13-
Acordei em uma cama muito confortável, mas não era a minha e eu também estava com uma camiseta que não era minha. Olhei para o lado e tinha alguém ali, me ajeitei na cama pra ver e era o Falcão? Eu fiz merda.
—Eu te acordei?—disse o Falcão se virando e vendo que eu estava acordada.
—Não.—respondi, ele levantou e começou a procurar alguma coisa. —A gente...?—disse gesticulando com a mão pra ele entender.
—An? ah não.—respondeu o Falcão.—Eu nunca transaria com você, não que eu não transaria com você, só não transaria com você chapada.—ele disse rápido e eu ri.—O que você se lembra de ontem?
—Pra falar a verdade eu só não sei como eu cheguei aqui.—Respondi.
—Você me pediu pra te não te levar pra casa, então eu te trouxe pra cá. Você quer que eu te leve pra casa depois?
—Pode ser... você ainda tem que arrumar o seu moicano.—disse me cobrindo com o edredom enquanto ele ia para o banheiro.
Continuei deitada pensando sobre a noite anterior, eu lembro que destruímos o dojo, depois fomos para um lugar com uma vista bonita, eu falei que gosto do Falcão, ele disse que também gosta de mim mesmo tendo feito uma tatuagem pra ex namorada, nos beijamos. Foi uma noite relativamente boa, tirando a parte do Miyagi-Do
O Falcão saiu do banheiro já arrumado.
—Coloca isso.—ele disse me jogando uma calça de moletom já que eu estava só de camiseta e calcinha.
Descemos, quando ele abriu a porta e a Moon estava lá com uma caixa com vários cupcakes escrito "desculpe" em letras vermelhas
—Olha ontem eu disse aquilo sem pensar, nós podemos...—Disse a Moon mas parou quando me viu.
—Oi Moon.—disse pegando um cupcake e indo para o carro.
O Falcão e a Moon ficaram conversando enquanto eu comi o cupcake que eu tinha pegado até ele entrar no carro e a Moon saiu estressada.
—O que ela queria?—perguntei.
—Ela disse que queria voltar, mas eu disse que não.—O Falcão respondeu.
Resolvi não tocar mais nesse assunto e fomos para minha casa em silêncio.
Quando chegamos entrei e por sorte não tinha ninguém. Seria difícil explicar para o meu pai porque eu estava com o Falcão.
—Vem entra.—disse puxando o Falcão para entrar. —Fica aqui enquanto eu me arrumo.
—Ta...—disse o Falcão se sentando no sofá.
Entrei no meu quarto, tomei um banho rápido, me troquei, coloquei uma calça jeans preta e uma blusa cinza escura simples. O Falcão ainda estava sentado no sofá mechando no celular.
—Estou pronta.—disse passando a mão no cabelo.
—A gente podia passar no starbucks comer alguma coisa.—sugeriu o Falcão. —Ainda temos tempo.
—Ta, vamos então.—disse indo até a porta.
Entramos no carro dele e ele ficou me encarando.
—O que foi?—perguntei.
—Eu... eu posso te beijar?—ele perguntou e eu olhei confusa.
—Pode, mas por que você ainda pergunta?—Perguntei rindo fraco.
—Não sei, vai que você não se lembra de ontem.—ele disse colocando a mão no meu pescoço.
—É claro que eu me lembro.—disse sorrindo.
Ele me deu um selinho que logo se transformou em um beijo carinhoso.
—Agora vamos.—Disse o Falcão quando nos separamos.
Chegamos e nos sentamos em uma mesa.
—O que você vai querer?—perguntou o Falcão.
—Ainda não sei.—disse olhando o cardápio.
—Bom dia! Já sabe o que vão pedir?—perguntou a garçonete olhando só para o Falcão.
—Eu vou querer um Frapuccino de Avelã com menta.—disse o Falcão.
—E eu vou querer um Iced Caramelo Macchiato e um Muffin de chocolate.
Ela anotou tudo e saiu.
—Você viu o jeito que ela ficou te olhando?—disse para o Falcão.
—Você tá com ciúme?—perguntou o Falcão rindo.
—Não, mas o jeito que ela olhou pra você, que oferecida.
—Você fica fofa com ciúmes.—Ele disse e eu revirei os olhos.
—Eu não tô com ciúmes, Eli.
—Se você diz—Ele diz erguendo a mão em sinal de rendimento e rindo.
Continuamos conversando até nosso pedido chegar.
—Esperai.—disse olhando a bebida do Eli.—Ela colocou o o número de telefone dela no copo. Eu falei que ela era oferecida.
—Meu Deus.—disse o Falcão rindo.
Continuamos comendo. O Falcão foi para o caixa pagar enquanto eu terminava de comer o meu muffin.
Quando ele voltou ele me deu um selinho, vi a garçonete revirar os olhos e esbocei um sorriso.
Saímos do starbucks com ele passando o braço pelo meu ombro.
—Podemos ir para o dojo agora?—O Falcão perguntou entrando no carro.
—Sim.—disse entrando no carro também.
Fomos para o dojo, já estava quase tudo mundo lá.
—Onde você estava?—perguntou o meu pai se aproximando. —E por que chegou com o Falcão?
—Eu dormi na casa da Aisha, e encontrei o Falcão chegando no dojô.—disse simples.
—Aé? Então eu posso perguntar pra ela?—perguntou o meu pai se referindo sobre eu ter dormido na Aisha.
—Pode.—disse dando de ombros.
—Srta. Robinson.—disse meu pai se aproximando da Aisha. —A Olívia estava na sua casa?
Eu olhei para a Aisha e fiz sinal para ela dizer que sim.
—Ela estava sim.—a Aisha respondeu e eu respirei aliviada.
—Ótimo!—disse meu pai indo no escritório.
—Onde você estava?—perguntou a Aisha.
—Eu te explico depois.—disse indo para o vestiário se trocar.
Me troquei e quando sai estava tudo mundo em formação.
—Fiquem de joelhos.—mandou o Sensei e fizemos isso nas bordas do tatame. —Vocês vão lutar hoje. Falcão! Miguel! No tatame.—os dois foram para o tatame e fizeram posição de luta. —Lutem!
Eles começaram a lutar, foi uma luta bem acirrada mas o Miguel ganhou.
—Bom trabalho, Diaz.—disse o Sensei Lawrence. —Comprimento.
Quando eles iriam lutar o senhor LaRusso entrou no dojô, eu e o Falcão trocamos olhares preocupados.
—O que acha que esta fazendo?—perguntou o sensei Lawrence.
—Não se faz de inocente.—disse o LaRusso.
—Tira o sapato pra subir no tatame, respeita o meu dojo.
—Quer mesmo falar sobre respeitar um dojo depois do que você fez com o meu, Jhonny?
—Eu não sei do que você tá falando. Eu não fiz nada com o seu dojo.
—Assim como não machucou um dos meus funcionários? —disse o LaRusso e deu uma risada debochada.—Sabe, por um momento uma parte minha se sentiu mal por você, mas eu não demorei pra lembrar o tipo de mau caráter que você é. Você se chama de "sensei" você nem sabe o que é um sensei. Um sensei orienta. Um sensei enaltece. Ele não ensina destruição e desrespeito!
—Acha que estamos ferrados?—perguntou o Falcão baixinho vindo ao meu lado.
—Só se descobrirem que foi a gente. —Disse.
—Eu sei que ninguém conquista uma medalha de honra roubando ela.—disse o LaRusso e eu olhei para o Falcão.
—Deixa eu falar uma coisa sobre o sensei de vocês. Ele pode ensinar vocês a lutar, mas não sabe nada sobre como é vencer na vida. Se quiserem se ajudar antes que seja tarde, as portas do Miyagi-Do estão abertas.
—Você veio aqui aqui pra roubar os meus alunos?—perguntou o sensei se aproximando do Sr. L
—E você vai fazer o que? —eles ficaram se encarando. —Você sabe que eu não vou bater primeiro.
—Eu sou melhor que isso.—Disse o meu pai se afastando.
—É? Então vamos ver se é mesmo.
O Sr. L saiu do dojo. O Chris se levantou e pegou a mochila.
—Aonde pensa que vai?—perguntou o sensei para o Chris mas ele não respondeu.
—Que que você tá fazendo?—perguntou o Mitch.
—Eu nunca gostei daqui.—respondeu o Chris.
Vários alunos seguiram eles, ótimo! Perdemos vários alunos.
É estamos ferrados...
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