1-
Meu pai é Jhonny Lawrence, ele conheceu a minha mãe em um bar e acabou levando ela pra casa e isso terminou em gravidez.
Já vi meu pai algumas vezes e até conheço o outro filho dele, Robby, ele não foi muito gentil comigo na vez que eu o vi. Também conheci o Miguel, não entendia muito bem o que ele era do meu pai, mas ele era legal.
Meu pai abriu um dojô de karatê, na verdade já fez um tempinho, pois esse dojô já ganhou um torneio.
Minha mãe resolveu me mandar para morar com meu pai por causa que fui expulsa do colégio.
Então é para Los Angeles que eu vim. E isso nos leva aonde eu estou agora, o dojô do meu pai, o cobra kai.
Eu queria ter visto o meu pai antes quando cheguei na casa dele, mas quando cheguei lá ele não estava, então pensei que ele estivesse no dojô.
Uma garota com o cabelo bem curto, um garoto loiro baixinho e um garoto de moicano até que bonitinho estavam parados olhando para a mim e não me deixavam entrar.
Aquele garoto de moicano era realmente bonito, tinha alguma coisa nele que me deixava presa, será os olhos azuis? Ou uma cicatriz do nariz até boca? Provavelmente de lábio leporino.
—O que acham?—perguntou o menino de moicano se pronunciando pela primeira vez.
—Não pensei em nenhum apelido pra ela.—disse a menina de cabelo curto.
—Talvez vocês possam me chamar de Lawrence, ou Olivia —disse já sem paciência.
—E porque faríamos isso?—perguntou o garoto de moicano.
—Porque eu sou filha do seu sensei?— disse como se fosse óbvio.
—Olivia?—Perguntou uma voz conhecida, a de Miguel.
—A própria.—disse me virando e abraçando o mesmo.—E aí, cara, quanto tempo.
—É... faz tempo mesmo.
—Meu pai está no escritório? Eu preciso resolver umas coisas com ele.
—Ele está sim, foi bom te ver.—disse o Miguel.
—Eu vou lá falar com ele.
Fui em direção ao escritório e meu pai falava ao telefone.
— Oi, tem um kimono sobrando pra mim?
—Filha? Que bom que chegou.—disse meu pai se levantando e me abraçando.
—Fui na sua casa e não tinha ninguém, resolvi procurar no dojô.—disse retribuindo o abraço.
—Seu kimono está ali.—ele disse apontando para o kimono.
—Obrigada, vou me trocar.—disse indo em direção ao vestiário.
—Certo, depois conversamos.
Quando sai do vestiário estava tudo mundo em formação. Fiquei entre o menino de moicano e a menina de cabelo curto. Acho que o menino de moicano era o Falcão, eu vi uma pessoa meio parecida com ele no torneio.
—Turma, temos visita.—disse meu pai ficando de frente pra turma. —Esse é o Sr. Kreese. É só um observador. Finjam que ele não tá aqui. Sr. Diaz, comande o aquecimento.
Meu pai foi para o lado do velho —que por sinal tinha um nome familiar— e o Miguel foi para a frente da turma.
Miguel fez o cumprimento e nós fizemos também.
—Posição de luta.—ele disse fazendo a posição. —Chute frontal. —ele disse nós fizemos —Ataque frontal. Soco do mal.
Não conhecia esse soco do mal, que na verdade nem era um golpe, todos os alunos fizerem deb e começaram a rir, eu olhei pro meu pai confusa.
—O que foi isso?—perguntou o meu pai.
—A gente só tava brincando. —Respondeu o Miguel. —Tem mais de onze meses pro próximo torneio
—É, e além disso a gente já sabe como lutar. —Disse o do moicano e os outros riram e concordaram.
—Então vocês já sabem tudo?—perguntei e eles arquearam a sobrancelha pra mim que dei de ombros.
—Não tem mais nada a aprender?—meu pai perguntou, a menina de cabelo curto começou a rir bastante e meu pai foi até ela. — O que é tão engraço, Srta Robinson?
—Desculpa, sensei, você não entenderia. —Ela respondeu.
—Tente.—pediu meu pai.
—É o que a cobra faz.
—O que a cobra faz?
A turma fez um barulhinho de cobra esquisito e fizeram um gesto com a mão.
—Quietos!—gritou meu pai e tudo mundo se assustou. —Amanha as 5 da manhã. Esquina da Fulton com Raymer. Quem não aparecer tá fora da equipe. Estão dispensados
Eu não fazia a mínima ideia do que o meu pai estava planejando, tenho até medo. Com certeza não é coisa boa.
Me troquei praticamente atoa já que meu pai nos dispensou cinco minutos depois, fui para o vestiário me trocar novamente. Iria na conveniência que tinha ali do lado comprar alguma coisa para comer, pois eu estava com fome.
Estava saindo do dojo quando o Miguel me parou.
—Olivia!—disse o Miguel entrando na minha frente. —Deixa eu te apresentar o pessoal.
—Ta bom...
—Esse é o Falcão.—ele disse apontando para o menino de moicano que deu um sorrisinho. —A Aisha.—Ele apontou para a garota de cabelo curto.
—Eai.—ela disse para mim e eu apenas sorri.
—Esse é o Bert. —Ele apontou para um menino baixo e loiro. —Esse é o Virgem, não sei o nome dele de verdade.
—É ele parece mesmo. —disse olhando o menino. —Deixa eu adivinhar? Foi o sensei que deu o apelido né?—ele concordou com a cabeça.
—Tem mais alunos, mas eles já foram embora.—disse o Miguel.
—É... foi muito bom conhecer vocês, mas eu tenho que ir.
Sai do dojô logo indo para a conveniência. Logo que sai me sentei em um banquinho que tinha ali perto e fiquei esperando meu pai, que estava resolvendo algumas coisas.
—Olivia né?—perguntou um menino se sentando ao meu lado.
—É...—disse sem dar muita importância.
—Sou o Mitch.—disse o menino. —Qual quer dia você gostaria...
—Olivia, vamos.—disse meu pai saindo do dojô.
—Te vejo depois. —disse o menino e eu saí de lá sem falar nada.
Fui para o carro com o meu pai para irmos para a casa.
—O que achou do dojô?—ele perguntou.
—Legal... e aquele velho que estava lá? Não me diga que é o seu antigo sensei.
—É ele sim, mas ele mudou.—ele respondeu.
—Se você tá dizendo...—disse dando de ombros.
—Então, como foi a viagem?
—Foi normal eu acho. —Fiquei em silêncio por alguns segundos pensando no que dizer.
—A dona Carmen vai fazer um jantar hoje à noite e ela quer que você vá para se conhecerem.
—Sério? Ela é a mãe do Miguel certo?—Perguntei é meu pai concordou com a cabeça.
Chegamos em casa e eu fui direto para o meu quarto, ele era relativamente grande então daria para organizar bem as coisas.
Arrumei algumas coisas no guarda roupa e logo em seguida fui tomar um banho para esse jantar com os Diaz.
Assim que eu e meu pai estávamos prontos saímos de casa indo para a casa ao lado. Meu pai tocou a campainha e uma senhora que eu acho ser a avó de Miguel atendeu.
—entra, entra— ela disse dando espaço para nós entrarmos. —debes ser olivia.—ela me deu um abraço.
Não entendi muito bem o que ela quis dizer, a única coisa que eu entendi foi o meu nome, mas mesmo assim retribui o abraço.
—Ah Olívia, como é bom te conhecer.—Disse Carmem.
—O prazer é todo meu.—disse sorrindo e a abraçando.
Depois de estarmos todos realmente apresentados começamos a conversar, eles eram bem legais assim como Jhonny havia dito.
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