16° Cap- O homem de duas caras.

Audrey esperou calmamente, ciente de que era Harry quem deveria resolver tudo, com o apoio dos amigos. No entanto, começou a desconfiar que a sorte não estava ao lado dele. Pelo que ouvia, deduziu que a Pedra estava, de alguma forma mágica, com Harry.

"Ele realmente preciso aprender a mentir", pensou ela, revirando os olhos ao ouvi-lo mentir sobre o que viu no espelho. Silenciosamente, Audrey se aproximou e, finalmente, vislumbrou a sala onde Harry estava, encontrando-o amarrado por cordas mágicas nos pulsos e tornozelos.

Uma voz alta e fria ecoou pelo lugar, fazendo Audrey recuar. Ela já sabia o que fazer. Ao chegar à entrada da sala, deparou-se com o rosto de Voldemort, pálido como giz, com olhos vermelhos intensos e sem expressão, fendas nas narinas como uma cobra, emergindo da parte de trás da cabeça de Quirrell. O rosto de Harry refletia terror, ao contrário dela.

— Está vendo no que me tornei? — disse o rosto. — Sou apenas uma sombra vaporosa... Só tenho forma quando compartilho o corpo de alguém... — Uma risada gélida escapou dos lábios de Audrey, ecoando pela câmara enquanto ela descia as pequenas escadas em direção aos dois homens.

— Compartilha? — ela debochou. — Por favor, sejamos sinceros, você abusa de Quirrell — disse, olhando-o de cima a baixo, julgando-o. — E realmente... — Fez uma pausa dramática. — É o que ele merece. Os três ficaram surpresos. — Ele não serve nem para servir uma xicara de chá – ela fala friamente, encarando os olhos gélidos de Voldemort.

Harry estava perplexo, incapaz de entender a súbita mudança na personalidade de Audrey. A confusão dominava seus pensamentos enquanto ele observava a cena se desenrolar diante de seus olhos. Mas algo em seu íntimo lhe dizia que tudo fazia parte de um plano meticulosamente elaborado. Audrey virou-se de costas para Voldemort, seu corpo tenso denotando determinação. Seus olhos, intensos e penetrantes, encontraram os de Harry, que a encarava com uma mistura de choque e admiração. Em um momento de cumplicidade silenciosa, Audrey riu e piscou para ele, seus lábios formando um sorriso misterioso. E então, como se um véu tivesse sido retirado de sua mente, Harry compreendeu. Era como se um feitiço tivesse sido quebrado, e ele percebeu que Audrey estava apenas fingindo.

— Ele e o seu fiel comensal que abriga a sua forma vaporosa, e bebe do sangue do unicórnio para que você sobreviva? — ela gargalhou. — Ai, isso é patético.

O rosto de Voldemort ficou em silêncio, observando atentamente a menina. Ele tentava se lembrar de onde conhecia sua expressão fria e olhar sério. Até que finalmente se lembrou e abriu um sorriso amarelo.

— Ah... me lembro de você — o rosto falou, seu tom de voz carregado de malícia. — A garota da floresta, uma Sonserina, certo?

— Sim — ela respondeu com desdém, mantendo-se firme sob o olhar penetrante de Voldemort. — E você não tinha um servo melhor? Ou todos os outros se voltaram contra você?

Quirrell soltou um suspiro indignado, mas antes que pudesse protestar, foi prontamente interrompido.

— Calado — Audrey e Voldemort o cortaram simultaneamente, suas vozes ecoando com uma autoridade assustadora.

— Diga-me, realmente teme que esse garoto magricelo, lerdo e sem noção do perigo possa te derrotar? — ela questionou, encarando os olhos mortos de Voldemort com uma mistura de desprezo e coragem.

— Você sabe com quem está falando? — Voldemort respondeu com uma voz carregada de irritação, mas também de um certo fascínio pelo desafio que Audrey representava.

— Sei sim, Lord Voldemort, o maior bruxo das trevas em décadas, e também o homem que não conseguiu matar um bebê. Você não me assusta, não passa de um ser desesperado. Diga-me, o que faria se eu quebrasse a pedra? Me mataria? Acabaria com a minha vida assim, em vez de me fazer sofrer? Saiba que viver é pior do que morrer.

Audrey falava com uma determinação feroz, sua voz ecoando pela câmara com uma intensidade que preenchia o espaço. Seus olhos, faiscando com uma mistura de desafio e indignação, fixavam-se impiedosamente em Voldemort. Ela não recuava diante da ameaça imponente do bruxo das trevas; ao contrário, confrontava-o com uma coragem que o surpreendia e intrigava.

Voldemort, por sua vez, sentia-se desconcertado diante da ousadia e da confiança inabalável de Audrey. Ela não se curvava diante dele como tantos outros haviam feito no passado. Era como se ela estivesse imune ao poder que ele exercia sobre os outros. Isso o intrigava profundamente e despertava uma mistura de emoções dentro dele. Por um breve momento, uma pontada de admiração pela coragem dela atravessou sua mente, embora fosse rapidamente obscurecida por uma certa irritação por ser desafiado por uma simples estudante de Hogwarts.

— Você é ardilosa, Srta. Audrey — Voldemort riu. Sua risada lembrava a de psicopatas nos filmes trouxas - rouca e desprovida de qualquer emoção. — Seria uma perfeita comensal no futuro. Vejo um futuro glorioso para você ao meu lado: poder, fama, teria tudo o que quisesse. Seria idolatrada e respeitada...

Audrey revirou os olhos, um sorriso cínico brincando em seus lábios.

— É bem tentador — ela retrucou com deboche. — Mas eu nunca trairia meus amigos. E tem mais uma coisa, eu já sou respeitada, idolatrada e, o mais importante, já tenho o poder.

Audrey agiu rapidamente, seu corpo se movendo com uma graça determinada. Apontou a varinha para Voldemort, seus olhos faiscando com concentração. "Ventus Impactus!" pronunciou, sua voz ressoando com autoridade.

Ao mesmo tempo em que Audrey lançava o feitiço, uma esfera de energia azulada se formava na ponta de sua varinha, pulsando com poder. Ela liberou a esfera com um gesto firme, e o turbilhão de vento resultante atingiu Voldemort com uma força devastadora, arremessando-o para longe com uma velocidade impressionante. O impacto foi tão forte que o corpo de Quirrell colidiu com a parede, liberando Harry das cordas mágicas que o prendiam.

— Agarrem-no! Mate o menino, mate o menino, mas deixe ela! — a voz de Voldemort ecoou pela câmara, repleta de fúria e desejo de vingança. No mesmo instante, a mão de Quirrell fechou-se em torno do pulso de Harry, fazendo-o cair de joelhos e arrastando Audrey junto.

— Me solte, Harry! — Audrey gritou, lutando contra a força de Quirrell. Harry, embora com dor, conseguiu solta-la.

— Calma, está tudo bem — tentou tranquilizá-lo, mas sua voz tremia com a incerteza. Audrey não sabia como afastar Quirrell, mas estava determinada a proteger Harry a todo custo.

Audrey avançou com determinação, seus olhos fixos em Quirrell com uma intensidade que transmitia uma mistura de desafio e confiança. Ela respirou fundo, preparando-se para o que estava prestes a fazer. Com um movimento fluido e preciso, ela ergueu a perna direita, atraindo a atenção de todos os presentes na sala.

O ar ao seu redor pareceu ganhar vida, vibrando com a energia concentrada que emanava dela. Seus músculos estavam tensos, prontos para o impacto iminente. Em um instante, ela liberou toda essa energia acumulada, desferindo um chute de taekwondo rápido e poderoso em direção a Quirrell.

O impacto foi devastador. O pé de Audrey atingiu Quirrell com uma força impressionante, fazendo-o cambalear para trás com um grito de dor. O som do impacto ecoou pela sala, reverberando nas paredes como um trovão distante.

Quirrell lutou para se recuperar, sua expressão contorcida de dor enquanto ele tentava se reerguer. Enquanto isso, Audrey permaneceu firme, sua postura exibindo uma confiança inabalável. Ela sabia que havia feito o que era necessário, e estava pronta para enfrentar as consequências de suas ações.

O silêncio tenso que se seguiu foi quebrado apenas pelo som abafado dos passos de Quirrell enquanto ele se afastava, claramente abalado pelo poder do golpe que acabara de receber. E no centro da sala, Audrey permaneceu, uma figura imponente e determinada, pronta para enfrentar qualquer desafio que viesse em seu caminho.

Harry sentiu a dor diminuir, fazendo-o ficar firme sobre seus pés novamente. Com a ajuda de Audrey, ele se levantou e a encarou com os olhos brilhando de admiração.

— Isso foi incrível — ele disse, sorrindo.

Audrey retribuiu o sorriso, um brilho travesso reluzindo em seus olhos.

— Não conte ao morcegão que fiz isso, essas artes marciais são coisas de trouxas — ela riu, divertida.

Os dois olharam em volta ao ouvir Quirrell soltar um grito agonizante de dor e se dobrar em agonia.

— Seu chute fez isso? — Harry perguntou, chocado e um pouco temeroso.

— Não, olhe para a mão dele!

As mãos de Quirrell estavam sendo tomadas por bolhas inflamadas, uma reação rápida e alarmante aos eventos recentes. Diante dos olhos atônitos de Harry e Audrey, a pele do bruxo se contorcia, bolhas se formando e se expandindo rapidamente, como se uma força invisível estivesse corroendo sua carne. Era um espetáculo macabro, um presságio sombrio de que algo terrível e sinistro estava se desenrolando diante deles.

— Eu.... Fiz isso? — A voz de Harry era trêmula.

— Sim e não... Ah, Harry, pergunte ao Dumbledore - Audrey disse, sem paciência.

— Agarre-o! Agarre-o! – Antes que pudessem fazer algo, Quirrell agarrou o pescoço de Harry, fazendo-o cair no chão. Audrey ouvia os urros de dor de Quirrell e Harry enquanto rolavam no chão. Ela pensava freneticamente no que poderia fazer.

— Mestre... minhas mãos... não consigo segurá-lo.... Minhas mãos! Quirrell, embora mantendo Harry preso no chão com os joelhos, soltou seu pescoço e arregalou os olhos, perplexo, para as palmas das mãos – elas pareciam queimadas, vermelhas, em carne viva.

— Então mate-o, seu estúpido - guinchou Voldemort.

— E acabe com isso, já está ridículo - Audrey debochou, seus olhos vasculhando o chão em busca de algo que pudesse usar. Usar magia não parecia a opção mais segura, pois poderia atingir Harry.

Audrey notou uma madeira abandonada no canto da sala, meio escondida sob uma pilha de destroços e poeira. Com movimentos furtivos e cautelosos, ela se deslocou silenciosamente na direção da madeira, seus passos ecoando apenas levemente no chão de pedra. Cada passo era calculado, cada movimento executado com precisão enquanto ela se aproximava do objeto. Com um olhar rápido para garantir que não estava sendo observada, Audrey estendeu a mão e agarrou a madeira com firmeza, sentindo sua textura áspera e irregular sob seus dedos.

— Cuidado com a menina! – Alertou Voldemort – ela é....

— Sou o que? – perguntou irônica ao acertar a madeira no rosto de Voldemort e, como brinde, na cabeça de Quirrell, que cambaleou para trás, saindo de cima de Harry.

— Segure o rosto dele! – Exclamou Audrey.

— O que? — Harry perguntou confuso.

— Faça o que eu mandei, Potter — disse ela séria —  rápido — exclamou. 

Relutante, Harry sentiu o peso do momento sobre seus ombros enquanto se ajoelhava com a ajuda de Audrey. Cada movimento era acompanhado por uma mistura de determinação e apreensão, seus músculos tensos com a responsabilidade que recaía sobre ele. Com um suspiro nervoso, ele estendeu as mãos trêmulas em direção ao rosto contorcido de Quirrell. Seus dedos hesitaram por um momento antes de encontrar a pele quente e áspera do bruxo, sentindo as bolhas inchadas e doloridas que marcavam seu semblante. A sensação era desconfortável, mas Harry sabia que precisava resistir à repulsa e manter-se firme. Com uma determinação renovada, ele segurou o rosto de Quirrell com mais firmeza.

— Aaaaaaaaai! — O homem gritou desesperado.

Quirrell se ergueu, um gemido abafado escapando de seus lábios entreabertos enquanto seu rosto se contorcia em agonia. Suas mãos tremiam visivelmente ao tocar as bolhas que brotavam em sua pele, cada uma delas uma manifestação física da dor insuportável que o consumia. O rosto do bruxo estava distorcido pela tortura, suas características antes familiares agora distorcidas pelo sofrimento. O suor escorria por sua testa e seu corpo tremia, mas apesar da angústia evidente, havia uma determinação feroz em seus olhos, uma determinação de continuar lutando apesar das adversidades.

— Ahhhh, entendi, ele não pode me tocar sem sentir dores horríveis! — Harry exclamou feliz, e Audrey o encarou sem expressão alguma.

— Merlin, dê-me paciência.

— Domine ele, para que não possa lançar nenhum feitiço! — Gritou Harry.

— Faça você, não sou eu quem está queimando ele - ela falou irritada.

Harry piscou algumas vezes, e finalemente entendeu, ele se ergueu com determinação, seu coração pulsando com adrenalina enquanto tentava agarrar Quirrell mais uma vez. No entanto, o bruxo malévolo se esquivava habilmente de seus ataques, movendo-se com agilidade surpreendente e deixando Audrey exasperada com a situação.

"Como ele vai salvar o mundo todo sendo assim?" pensou Audrey, sentindo a frustração se acumular dentro dela. Com um gesto impaciente, ela bateu na própria testa, como se tentasse afastar a confusão que se instalava em sua mente. Determinada a encontrar uma solução, ela rapidamente apanhou sua varinha, pronta para agir.

Com um movimento ágil e preciso, Audrey lançou o feitiço do corpo preso em Quirrell. A magia pulsou através dela, fluindo da ponta da varinha em um arco brilhante em direção ao bruxo atormentado.

Num salto corajoso, Harry lançou-se sobre Quirrell, segurando-o com força como se estivesse tentando contê-lo. A dor latejante que percorria seu corpo tornava difícil até mesmo manter os olhos abertos, mas ele persistia, determinado a proteger aqueles que amava.

Enquanto isso, Audrey agia rapidamente, puxando Harry para longe do perigo iminente. Seus olhos brilhavam com uma mistura de determinação e preocupação, seu coração apertado com o temor pelo que estava por vir.

Harry percebeu a expressão preocupada de Audrey e sentiu um calafrio de apreensão percorrer sua espinha. "Me desculpe, morcegão, mas tenho que fazer isso..." pensou ela, deixando-se levar pela escuridão que se aproximava enquanto Harry desmaiava nos braços da amiga.

Audrey se ergueu com determinação, seus olhos brilhando em um tom de roxo intenso, como se estivessem impregnados de pura energia mágica. Esticando o braço com a mão aberta, ela apontou diretamente para Quirrell, sua postura confiante e seu sorriso ladino revelando sua determinação em enfrentar o desafio.

Enquanto Audrey concentrava seu poder, as bolhas na pele de Quirrell começaram a crescer mais rapidamente, uma clara manifestação da magia que ela estava canalizando. Era como se ela estivesse invertendo o curso do sofrimento, agora sendo ela quem exercia controle sobre a situação, utilizando sua habilidade mágica para enfrentar o inimigo com firmeza e determinação.

— Se estiver doendo, você vai aguentar. Mão na sua consciência, e precisando pensar – sua voz era fria como gelo.

Quirrell gritava e implorava, suas palavras ecoando pelo espaço enquanto ele lutava contra a dor agonizante que Audrey infligia com sua magia.

— Você nunca foi nada para ele, e vai morrer sendo um nada. Um traidor - disse Audrey, sua voz fria e imperturbável, contrastando com a agonia de Quirrell.

Por mais que ela não demonstrasse emoção alguma, assim que ele caiu desacordado, Audrey interrompeu seu ataque.

— Mas não serei eu quem vai te matar - afirmou, sua voz ecoando com uma determinação sombria.

Voldemort, despertando da pancada, emergiu do corpo de Quirrell em uma sinistra nuvem de fumaça. Seu ser sombrio rompeu-se do hospedeiro com uma força assustadora, estilhaçando as janelas do local e extinguindo as chamas das velas enquanto fugia, deixando para trás um rastro de destruição e escuridão.

— Ta só o pó viu! – Audrey gritou

Então, ela caiu de joelhos. Seu corpo tremia violentamente, e sua cabeça girava em uma vertigem intensa. Audrey sentia uma mistura de exaustão e agitação, sabendo que havia usado um poder que não deveria ter acessado, algo que ultrapassava seus limites de controle. O arrependimento ecoava em sua mente, enquanto ela enfrentava as consequências de sua ação imprudente.

— Harry – ela disse fraca, ela tentou levantar mas não conseguiu, então ela engatinhou até ele com a respiração ofegante. – E você pensando que conseguira sem mim.

Ela reuniu as últimas reservas de energia que lhe restavam e, com um esforço tremendo, ergueu o garoto nos braços. Com determinação, Audrey se levantou, suportando o peso de Harry enquanto sua própria força parecia desaparecer aos poucos. Com um movimento rápido e preciso, ela concentrou sua vontade e aparatou para longe dali, levando Harry consigo.

O salão principal estava mergulhado no caos, com pessoas correndo em pânico, gritos ecoando pelos corredores e lágrimas escorrendo pelos rostos dos estudantes. Os professores, embora agissem com determinação para restaurar a ordem, estavam visivelmente abalados pela gravidade da situação. Snape, em particular, exibia um estado de desespero palpável, suas ordens mescladas com gritos direcionados a Dumbledore, demonstrando uma agitação que beirava o frenesi.

No entanto, toda essa cena de tumulto e confusão pareceu congelar quando Audrey entrou no salão, carregando Harry nos braços. Um silêncio tenso se espalhou pelo ambiente, as pessoas pararam em seus afazeres e seus olhares se voltaram para a figura determinada da jovem bruxa, que atravessava o salão com uma expressão séria e determinada. Seus passos eram firmes, mesmo sob o peso de Harry, e seu olhar transmitia uma aura de urgência e importância que silenciou até mesmo as vozes mais exaltadas.

— Audrey – Snape gritou e correu ate ela.

— Drey! – Draco e os outros correram ate ela também.

Mas nenhum deles chegou a tempo de alcançá-la antes que Audrey desabasse, vencida pela exaustão. Seu corpo cedeu sob o peso do esforço sobre-humano que ela havia realizado, e ela caiu desacordada no chão do salão, envolta pela preocupação e pela admiração silenciosa daqueles ao seu redor.


Audrey abriu os olhos, sua visão inicialmente embaçada pela exaustão. Piscou uma vez, e então novamente, esforçando-se para focar sua visão. Finalmente, viu nitidamente o rosto sorridente de Dumbledore à sua frente, irradiando tranquilidade e calor.

— Boa tarde Audrey – disse ele.

Audrey fixou o olhar frio nele e disse:

— Você sabia, sabia que ele ia tentar roubar a pedra, sabia que ele estava abrigando Lord Voldemort em seu corpo, sabia que ele estava matando os unicórnios e principalmente, sabia que íamos tentar impedi-lo. E não fez nada.

Dumbledore fitou Audrey com surpresa estampada em seu rosto sereno. Seus olhos azuis, normalmente tão calmos e penetrantes, agora refletiam uma expressão de admiração e perplexidade diante da jovem bruxa, cuja coragem e determinação haviam ultrapassado todas as expectativas.

— Audrey, por favor, relaxe ou Madame Pomfrey vai me expulsar da enfermaria.

Audrey revirou os olhos com uma leve expressão de desdém e examinou o ambiente ao seu redor. Encontrava-se deitada em uma confortável cama adornada com lençóis brancos de linho, o toque suave dos tecidos proporcionando um certo conforto em meio à incerteza. Ao seu lado, uma mesa detalhada de doces se destacava, oferecendo uma tentadora variedade de guloseimas que pareciam convidativas em sua perfeição meticulosamente elaborada.

Ela observou a cena com um misto de curiosidade e cautela, seu olhar percorrendo cada detalhe do quarto enquanto tentava assimilar a nova realidade em que se encontrava.

— Presentes de seus admiradores – esclareceu ele, sorrindo -. Aquilo que aconteceu no alçapão e segredo absoluto.

— Por isso, todos já sabem – ela disse em tom obvio.

— Certamente... nossos amigos Srs. Fred e Jorge Weasley, foram os responsáveis pela tentativa de lhe mandar um assento do vaso sanitário.

— Eles explodiram um banheiro?

— Não, Filch os apanhou antes que o fizessem – ele disse com uma risadinha

— Bom mesmo... se fizessem isso sem mim eles iam ver só.... A quanto tempo estou aqui?

— Uma semana, seus amigos principalmente o Sr. Malfoy, Potter e o Professor Snape ficaram aliviados ao saberem que você voltou a si. Eles estavam muitíssimos preocupados.

— E a pedra? — Questionou com as sobrancelhas cerradas. 

— Não vai esquecer isso, não é? — Dumbledore riu nasalmente. 

— Obvio que não, por que eu deveria? Eu que descobri tudo.

— Sei disso... muito bem, Prof. Quirrell não a tirou de Harry. Você se defendeu muito bem sozinha, e cuidou dos outros muito bem, também.

— Eu sei.... Recebeu a carta de Draco ou de Hermione?

— Draco a mandou primeiro, confesso que fiquei muito surpreso quando a fênix azul me encontrou no ministério levando uma carta do Sr. Malfoy. Lhe concedi quinze pontos pela ajuda.

Audrey assentiu.

— Receei que tivesse chegado tarde... – Dumbledore disse.

— E chegou, na verdade o senhor agiu tarde. Caiu feito um pato na armadilha dele, ou aceitou ser um.

— Sabe porque agi assim? Fiz isso pelo mesmo motivo que você.

— Não, eu fiz o que fiz porque sei como aqueles três são, por que sei que eles precisam de autoconfiança e porque são capazes. Mas nos só temos onze anos e você sabia de tudo muito antes de entrarmos na escola, você tratou o Harry como um porquinho ao abate. – ela retrucou.

— Entendo sua revolta, mas quando for mais velha vai entender.

— Eu entendo, mas isso não significa que eu aceite.

Um silencio prevaleceu no local por alguns minutos.

— E o Sr. Flamel, o que ele vai fazer com a pedra?

— Eu e ele conversamos, decidimos destruir a pedra, mas imagino que já tinha concluído isso.

— Sim... mas queria confirmar.

— Bem, ele tem elixir o suficiente para cuidar dos negócios antes de morrerem.

— Imagino que para mentes bem estruturadas como eles, a morte será como dormir depois de um longo e cansativo dia.

Dumbledore dirigiu seu olhar para Audrey com um brilho nos olhos repleto de admiração. Seu olhar, antes sereno, agora estava repleto de uma luz cintilante, refletindo a profunda admiração que sentia pela jovem bruxa diante dele. Era como se o diretor estivesse vendo-a sob uma nova luz, reconhecendo não apenas sua coragem e determinação, mas também sua força interior e sua capacidade de enfrentar desafios que muitos outros temeriam.

— Sua reação foi o contrário da de Harry – disse ele com uma risadinha.

— A morte e apensas uma aventura seguinte – ela respondeu friamente -, você sabe que a pedra foi uma péssima ideia, brilhante, mas péssima. Todo dinheiro e vida que a pessoa pode querer.

— As duas coisas que a maioria das pessoas escolheriam em primeiro lugar.

Audrey fixou os olhos claros e cintilantes de Alvo Dumbledore com uma expressão de total desconfiança. Ela sentiu a necessidade de penetrar naqueles olhos profundos em busca de alguma indicação de suas verdadeiras intenções, mas encontrou apenas uma serenidade impenetrável que a deixou ainda mais intrigada. Por sua vez, Dumbledore parecia compartilhar o mesmo sentimento em relação a ela, como se estivesse tentando decifrar os pensamentos e as motivações por trás da máscara que ela usava.

Um silêncio tenso pairava entre os dois, cada um avaliando o outro com uma mistura de cautela e curiosidade. Era como se estivessem em um jogo de xadrez, cada movimento calculado e cada expressão meticulosamente avaliada em busca de alguma vantagem. No entanto, ambos sabiam que essa batalha silenciosa estava longe de terminar, e que as verdadeiras revelações ainda estavam por vir.

— O problema e exatamente esse – disse ela -, os humano tem, o dom de fazer exatamente, as coisas que são piores para eles.

Dumbledore permaneceu sentado em silêncio, seus olhos buscando uma resposta que ele não conseguia encontrar diante da expressão desconfiada de Audrey. Uma sensação de desconforto pairava sobre ele, enquanto tentava decifrar os pensamentos da jovem bruxa que o encarava com um sorriso ladino nos lábios.

Por sua vez, o sorriso de Audrey denotava uma confiança astuta, como se estivesse ciente de que havia conseguido manter Dumbledore em xeque, pelo menos por enquanto. Seus olhos brilhavam com uma determinação silenciosa, revelando uma astúcia que combinava com a sua expressão serena.

O silêncio entre os dois persistia, carregado de tensão e expectativa enquanto cada um ponderava sobre o que o outro poderia estar pensando. Era um jogo de mentes, um duelo de vontades que continuaria até que uma das partes cedesse ou revelasse suas cartas.

— Parece que uma mera garotinha conseguiu deixar o famoso Alvo Dumbledore sem palavras – debochou.

— E verdade, você e curiosa senhorita Snape – ele riu -, sei que posso esperar grandes feitos da senhorita. Você pensa de uma forma extraordinária, admiro-lhe isso.

Novamente o silencio prevaleceu.

— Lord Voldemort ira voltar, e ira atrás de Harry, certo?

— Sim, isso e algo inevitável.

Audrey ergueu uma das sobrancelhas, seu gesto desafiador ecoando sua determinação em enfrentar Dumbledore. Com um movimento lento e deliberado, ela passou a língua pela parte interna da bochecha, um gesto que refletia sua impaciência e inquietação diante da situação.

— Não e inevitável, ou o senhor não quer que seja?

Dumbledore encarou Audrey em silêncio, sua expressão serena agora tingida com uma leve sugestão de surpresa e admiração diante da audácia da jovem bruxa em desafiá-lo dessa maneira. Era evidente que ele a considerava audaciosa por se dirigir a ele com tamanha franqueza e desconfiança.

— Quando for a hora certa eu lhe....

— Não, quando a guerra começar, Voldemort retomar o poder, e inocentes morrerem, você vai revelar o que quiser, não necessariamente a verdade.

— Vou revelar o que precisarem saber – ele disse sério.

— Está vendo, o necessário, não a verdade.

Silencio, novamente.

— Ele está em algum lugar, talvez procurando outro corpo para compartilhar...

— Sem estar propriamente vivo – Audrey afirmou. – Ele não pode ser morto. 

— Ele abandonou Quirrell a morte; ele demonstra a mesma falta de Piedade tanto com os amigos quanto com os inimigos.

Audrey arqueou uma das sobrancelhas, seu tom de voz carregado de ironia ao dirigir-se a Dumbledore.

— Ele não tem amigos, apenas serviçais — ela disse com um sorriso irônico. — Imagino que você pense que, ao ser retardado repetidamente, talvez nunca mais volte ao poder.

 Dumbledore concordou com um aceno de cabeça, mas quando Madame Pomfrey apareceu, ele se levantou rapidamente.

— Vou deixá-la descansar, senão a senhorita Pomfrey me expulsará.

— Até logo, diretor.

Assim que Dumbledore saiu da sala, Snape entrou. Seu olhar expressava pura preocupação enquanto ele se aproximava de Audrey e a abraçava.

— Minha morceguinha, fiquei tão preocupado... Você usou seus poderes demais para enfrentar Voldemort. Foi um ato de coragem, mas também de perigo. Audrey olhou para Snape, seus olhos cheios de preocupação.

— Ah, morcegão... Eu me lembro de tudo... Fiquei com medo de não parar... Fiquei com medo de matar Quirrell... Foi horrível.

— Eu sei, minha morceguinha. Mas agora você está aqui, segura — Snape a abraçou fortemente. — Você e os outros conseguiram sair vivos e quase ilesos.

Audrey suspirou, abraçando-o de volta.

— Eu só queria que tudo isso acabasse... Não sei se consigo lidar com toda essa pressão.

— Você não precisa lidar com isso sozinha, Audrey. Estou aqui para você, assim como todos seus amigos. Você é forte, minha menina, mas mesmo os mais fortes precisam de descanso. Audrey abaixou a cabeça, lágrimas escorrendo por suas bochechas.

— Eu estou tão...

— Eu sei — Snape a interrompeu. — Você precisa descansar, recuperar suas energias. - Ele passou o dedo na bochecha dela, enxugando as lágrimas. Audrey olhou para Snape, sorrindo.

— Morcegão... Pode cantar para mim?

— Claro, minha pequena — ele ajudou Audrey a se deitar e a cobriu com os lençóis. — Agora feche os olhos e descanse. Snape suspirou suavemente e começou a cantar em um tom baixo e reconfortante. — Durma, minha pequena feiticeira, nada vai te machucar esta noite. Sob o manto de estrelas brilhantes, descanse tranquila, sem nenhum açoite. Os perigos da noite estão longe, aqui em Hogwarts, você está segura. Deixe seus medos irem embora, envolva-se no manto da ternura. Durma, minha morceguinha querida, nos sonhos, encontrará sua luz. Seu coração, tão jovem e valente, encontre paz, não mais intruso. — Os olhos de Audrey começaram a se fechar lentamente, envolvida pela canção de Snape.

— Obrigada, tio Severo... Eu me sinto melhor... Snape continuou cantando suavemente até que Audrey adormeceu completamente.

— Descanse bem, minha querida. Eu estarei aqui quando acordar.


Madame Pomfrey, a encarregada da enfermaria, era uma boa pessoa, mas muito rigorosa. Audrey suplicou por mais tempo.

— Só cinco minutos — pediu ela.

— Absolutamente não.

— Mas a senhora deixou o Dumbledore, o Harry, o Rony, e a Hermione entrarem, e deixou o morcegão também.

— Bem, é claro ele, é o diretor, e o Snape é seu padrinho, é muito diferente. E você precisa descansar! — Madame Pomfrey enfatizou a última frase — e os outros estavam nessa loucura com você.

— Mas eu estou descansada, faz duas semanas que estou aqui deitada, sem fazer nada! Ah, por favor, Madame Pomfrey — implorou Audrey, os olhos pidonchos de salamandras.

— Ah, muito bem, mas só dez minutos.

Então Madame Pomfrey deixou Fred, Jorge, Theo, Zabine, Pansy e Draco entrarem. Pansy parecia prestes a abraçá-la, mas Audrey ficou grata por ela ter se contido, pois sua cabeça ainda doía. 

— Ah, princesa, nós estávamos achando que você ia... Snape estava tão preocupado — disse Theo, suspirando.

 — A escola não fala em outra coisa — disse Zabine. 

— Mas na real, o que foi que aconteceu? — perguntou Jorge. 

— Geral estão criando teorias malucas — falou Fred. — Vivem cercando o Potter, o Weasley e a Granger, perguntando o que aconteceu.

 — Mas eles não sabem de tudo — disse Pansy. 

Malfoy estava distante, encostado na parede, absorvendo cada palavra da conversa: o galpão, o visgo, as chaves, o xadrez, o trasgo, as poções, o espelho, Quirrell, Voldemort, os poderes de Audrey e a conversa com o diretor. Eles eram ótimos ouvintes, reagindo nos momentos certos, e quando Audrey mencionou o rosto de Voldemort, Pansy soltou um grito, interrompendo o silêncio tenso.

— Então a pedra acabou? — perguntou Draco finalmente. — Flamel e a esposa vão simplesmente morrer? 

— Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas uma aventura seguinte, o diretor concorda comigo. 

— Sempre disse que ele era biruta — disse Fred, parecendo muito impressionado com a grande loucura de sua Imperatriz. 

— O que aconteceu com Harry, Rony e Hermione? — Audrey perguntou. 

— Hermione voltou sem problemas — disse Jorge. — Ela fez Rony voltar a si e eles correram para o corujal para se comunicarem com Dumbledore. 

— Mas antes eles o encontraram no saguão — falou Fred. 

— Ele já sabia! — "Vocês foram atrás dele, não foram?" — exclamou Theo. — Eu estava lá quando ele disse isso, e ele saiu correndo em passos de tartaruga para o terceiro andar. 

— Entendo... 

— Bem, vamos embora, meninos, vamos deixá-la descansar — Pansy empurrou os garotos para fora, deixando apenas Draco. Audrey o encarou, e eles ficaram assim por um bom tempo. 

— Ele queria que vocês fizessem isso, não é? — perguntou ele, e Audrey concordou com um gesto. Malfoy se desencostou da parede, irritado. — Ele é louco? Você podia ter morrido! Não sabe como eu fiquei preocupado e me sentindo culpado quando você desmaiou no salão! Se eu tivesse te trancado no quarto e te apagado com um feitiço... — Ele se sentou em uma cadeira ao lado dela, segurando sua mão. — Fiquei com tanto medo... medo de te perder. - Audrey sorriu.

 — Não sei por que Dumbledore fez isso, quanto ao fato de ele ser louco, eu concordo. Mas sabe, eu pensei bastante sobre isso — ela fez uma pausa, e Draco ouviu atentamente. — Ele sabe de tudo o que acontece por aqui, e de alguma forma ele queria que fizéssemos isso. Só que... 

— O motivo não está claro?

 — Não — ela suspirou. — Sabe... Eu fiquei com medo também.

 — De que? 

— Não consegui parar e matar Quirrell com meus poderes... — Audrey abaixou a cabeça. — Não tenho controle, perdi a cabeça, fiquei com muita raiva acumulada ao longo do ano e estourei... Usei meu poder para acelerar a reação do que o Harry fez... 

— Mas não o matou, você soube parar e salvou todo mundo — Draco sorriu. — Tenho tanto orgulho de você. — Draco pegou delicadamente o queixo dela e o ergueu, fazendo-a olhar para ele.

 — Sério? — ela perguntou olhando aquele mar que eram os olhos do rapaz.

 — Com toda certeza. Sabe, eu queria ser como você, forte, independente, queria ter coragem para fazer o que eu achar certo. E não o que querem que eu faça. 

— Mas você fez! — Ela exclamou. — Você mandou a carta... 

— Meu pai descobriu... Ele surtou, Drey... — disse ele com lágrimas nos olhos. 

— Ele... Ele te... 

— Ele apareceu na escola, no meu dormitório, me puxou pelo braço com tanta força que mal conseguia respirar, gritando comigo sobre sermos leais à nossa família e como eu não deveria confiar em Dumbledore. Eu podia sentir o cheiro de álcool em sua respiração, seu rosto vermelho de raiva. Depois, sem nenhum aviso, ele me deu um tapa tão forte que minha bochecha ainda está latejando de dor. 

Audrey encarou Draco, seus olhos arregalados denotando incredulidade diante da revelação chocante. A crueldade das palavras dele a atingiu em cheio, deixando-a atordoada, com uma mistura de horror e tristeza estampada em sua expressão.

 — Ele disse que eu não devia me meter, que o que eu fiz foi errado. Mas se foi errado, por que eu me sinto bem por ter feito?! — Ele questionou. — Ele gritou muito comigo, e depois tirou o cinto da calça e me bateu... disse que era para eu aprender... 

— Draco, eu sinto muito... Me desculpe... Eu não devia ter te metido nisso... 

— Não é culpa sua, Drey, eu quis ajudar. Estou tentando não pensar muito nisso. Mas é difícil. Eu só queria fazer a coisa certa, Audrey, mas parece que nunca é suficiente para ele. — Audrey o abraçou forte, e apenas esse gesto o fez se sentir muito melhor. — Sabe, eu me senti... Bem... Senti que fiz o certo... É claro que doeu quando vi o olhar de decepção dele quando eu disse o que fiz, doeu quando ele disse aquelas coisas... Mas tudo valeu a pena quando Snape disse que você estava bem, que você tinha conseguido. Que você acordou, e que estava bem. — Audrey se desfez do abraço e sorriu. 

— Eu te amo, Draco, você sempre será meu melhor amigo — os olhos dela brilhavam com verdade —. Tenho orgulho der você. 

— Eu também te amo, Drey, quero sempre estar ao seu lado.

 Draco, com cuidado, auxiliou Audrey a se deitar novamente na cama. Seus movimentos eram gentis, demonstrando preocupação e consideração pela amiga. Ele ajeitou os travesseiros com cuidado, garantindo seu conforto, e cobriu-a com o lençol até os ombros. Seus olhos permaneciam fixos nela, expressando uma mistura de ternura e apreensão enquanto observava Audrey se acomodar na cama.

— Não vai mesmo falar para as pessoas da escola que foi você quem avisou o Dumbledore? 

— Não, eu prefiro manter segredo. 

Audrey riu, mas logo ficou séria. 

— Sabe... Eu acho que Dumbledore sentiu que eu tinha o direito de enfrentar Lord Voldemort. 

— Mas por quê? — Draco inclinou a cabeça, confuso, e Audrey mordeu o lábio inferior.

 — Não sei, é a marca do Maluco — ela falou, e Draco riu. 

— Olhe, você precisa estar boa para a festa de fim de ano amanhã. Os pontos foram somados e nós ganhamos, é claro. Pottah faltou no último jogo, e a Grifinória apanhou da Corvinal, você tinha que ter visto, e a comida vai ser boa. 

Nesse exato momento, Madame Pomfrey adentrou no quarto da enfermaria com um ar decidido e firme. Sua presença era imponente, e ela parecia determinada a garantir que as regras fossem seguidas à risca. Seu olhar era severo enquanto observava a cena, e sua voz ressoou pelo ambiente com autoridade quando dirigiu-se a Audrey e Draco, ordenando que ele saísse imediatamente. 

— Você está aqui faz meia hora, agora FORA! — disse com firmeza, fazendo Draco olhar para ela com um olhar de ignorância e superioridade. 

— Meu pai vai saber disso! — ele se levantou. 

Draco deixou um rápido selinho nos lábios de Audrey, um gesto carinhoso e discreto, antes de se apressar para fora da enfermaria. Seu rosto, normalmente pálido, estava agora corado de um vermelho intenso, contrastando com a palidez que costumava caracterizá-lo, fazendo-o parecer mais vívido do que nunca. Enquanto ele partia apressadamente, Audrey permaneceu no leito da enfermaria, os olhos ainda arregalados, perdidos em pensamentos, enquanto observava a porta se fechar atrás dele.








ᴀꜱꜱɪᴍ ᴄᴏᴍᴏ ᴀ ʟᴜᴀ ɢᴜɪᴀ ᴀ ɴᴏɪᴛᴇ, ᴀ ᴍᴀɢɪᴀ ᴄᴏɴᴅᴜᴢ ᴇꜱᴛᴀ ᴊᴏʀɴᴀᴅᴀ. 'ᴘᴀʟᴀᴠʀᴀꜱ ꜱÃᴏ, ɴᴀ ᴍɪɴʜᴀ ɴÃᴏ ᴛÃᴏ ʜᴜᴍɪʟᴅᴇ ᴏᴘɪɴɪÃᴏ, ɴᴏꜱꜱᴀ ɪɴᴇꜱɢᴏᴛÁᴠᴇʟ ꜰᴏɴᴛᴇ ᴅᴇ ᴍᴀɢɪᴀ', ᴄᴏᴍᴏ ᴅɪꜱꜱᴇ ᴀʟᴠᴏ ᴅᴜᴍʙʟᴇᴅᴏʀᴇ. ᴀɢʀᴀᴅᴇÇᴏ ᴘᴏʀ ᴇ𝖝ᴘʟᴏʀᴀʀ ᴇꜱꜱᴇꜱ ᴄᴀᴍɪɴʜᴏꜱ ᴅᴇꜱᴄᴏɴʜᴇᴄɪᴅᴏꜱ ᴄᴏᴍɪɢᴏ. ꜱᴇ ᴀ ᴍᴀɢɪᴀ ᴅᴇꜱᴛᴀ ʜɪꜱᴛÓʀɪᴀ ʀᴇꜱꜱᴏᴏᴜ ᴇᴍ ᴠᴏᴄÊ, ᴠᴏᴛᴇ, ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴇ ᴇ ᴄᴏᴍᴘᴀʀᴛɪʟʜᴇ. ɴÃᴏ ꜱᴇᴊᴀ ᴀᴘᴇɴᴀꜱ ᴜᴍ ᴇꜱᴘᴇᴄᴛᴀᴅᴏʀ ꜱɪʟᴇɴᴄɪᴏꜱᴏ.

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