𝗳𝗼𝘂𝗿

Bracebridge, Ohio
No mesmo momento


*₊ Shivani Paliwal ˚꒰:: ❝≡
'✦ ˑ point of view ִֶ 𓂃⊹

- Por acaso não viu meu cavalo? - encostou no ombro do homem, que retirou-o com um gesto, oque fez o mesmo sair. - Sherwyn! - gritou o nome, que imagino ser o de seu "cavalo". - Sherwyn!

- Olha só... Por que não se senta na parte de trás do meu... - pensa um pouco. - cavalo de aço! E eu te ajudo a encontrá-lo? - abriu a porta do carro.

- Claro! - assente. - É muita gentileza sua oficial! - agradeçe e eu apenas observo a situação.

- Está bem? - o policial perguntou e o tal "cavaleiro" assentiu entrando no veículo. - Ótimo. - se virou para mim. - É melhor... levá-lo ao hospital para ser examinado. - falou alto por conta do barulho da nevasca que caía acima de alguns objetos das ruas.

- 'Tá bom, encontro vocês lá! - afirmei indo para o meu carro.

Mesmo que não o conhecesse direito, ainda me sentia culpada por seu estado. Não sabia bem oque havia acontecido, mas sabia que eu o havia atropelado e que ele iria para o hospital por minha causa.

Antes de chegar ao meu carro, acabei vendo um pequeno brilho no chão. Era parecido com um colar porém muito maior e pesado. Com uma grande pedra azul brilhante no meio.

Pensei que poderia ser do... "Sir Bailey May", então a peguei e deixei no banco do passageiro durante o caminho para o hospital.

🎄

Estava sentada há uma meia hora esperando. E isso fazia com que eu me sentisse ainda mais culpada por tudo oque houve.

De repente escuto a voz de Stevens e me levanto o mais rápido possível.

- Como ele está? - me afobei, até demais.

- Não teve nem um arranhão, - um peso sai de minhas costas. - graças á armadura. - me surpreendo. Aquela fantasia era bem resistente. - os exames estão normais.

- Ai que bom. - suspiro aliviada.

Vejo atrás do oficial, o homem vindo em uma cadeira de rodas e segurando suas coisas em cima dos joelhos; todas envolvidas em sacos plásticos azuis.

- Sobrevivi ao seu tubo de tortura. - diz e eu me assusto, encarando o policial indignada.

- É, ressonância magnética. - entendo o fato. - Parece que o Sir Bailey- dá ênfase nas duas últimas palavras. - acredita ser um, cavaleiro do século XIV. - aponta para o moreno. - Disseram que a amnésia, é normal, depois de bater a cabeça. - o homem quase desconhecido se levanta da cadeira. - Costuma passar sozinha, sem tratamento. - Olha para ele sorrindo.

- Bailey! Fico feliz que esteja bem. - gesticulei.

- Se pronuncia "Sir Bailey". - estranho.

- É... Sir Bailey? - questionei confusa e Stevens, ao meu lado, assente com um "uhum". - Está bem, Sir Bailey. - sorrio. - Encontrei isso na neve. - apoiou de antemão as coisas empacotadas sobre os braços do oficial, que quase caiu para trás. - Acho que é seu. - lhe entrego o objeto que havia achado antes.

- Obrigado, milady. - agradeçe, e eu correspondo ao ato com um movimento feito com a cabeça. - Isto é muito precioso para mim. - coloca em seu pescoço.

- Estou aliviada que esteja bem. - entendo a mão pra ele. - Eu sou a Shivani.

Ele se ajoelha segurando minha mão, e acho que como eu, todas as pessoas ali ficaram confusas.

- Encantado. - se ajeitou ainda ajoelhado. - Sir Bailey Thomas Cabello May, de Norwich. - se apresenta novamente. - Ao seu dispor, milady Shivani. - ele beija minha mão e eu arregalo os olhos, enquanto o mesmo me encara firmemente.

- Eita. - Stevens se pronunciou.

- Ótimo. - sorrio sem mostrar os dentes.

- Sim. - o policial lhe entregou tudo que antes estava em suas mãos, e ele sorriu agradecido, saindo passando por Stevens, quase batendo a "espada" em sua testa.

Eu o segui, fazendo o mesmo caminho. Apenas parei para dar uma leve 'batidinha no ombro do oficial, e o encarar segurando o riso.

Logo estávamos os três no lado de fora. E eu colocava meu casaco por conta do frio.

- Ah, aliás, comprei ingressos para a ceia natalina. - me informou e eu sorri.

- Que bom. - afirmei terminando de pôr meu agasalho, fazendo com que ficássemos em silêncio.

- Seu pai estaria orgulhoso. - quebrou o silêncio. - Sentimos falta dele na polícia. - aquilo me tocou por dentro.

- Obrigada. Significa muito pra mim. - sorri de canto e suspirei tendo algumas lembranças. - Pra onde vão levá-lo agora? - me referi ao Sir Bailey que estava nos rodeando há um bom tempo.

- Ele não tem documentos, nem passagem pela polícia. - continuo ouvindo atentamente. - Então, pensei em deixá-lo na delegacia até recuperar a memória.

- Me sinto péssima. - ajeito minha echarpe no pescoço. - Eu o atropelei. - coloquei a mão na testa raciocinando. - A culpa é toda minha.

- Você não teve culpa nenhuma. - me assegurou, ou tentou algo.

- Eu não quero dormir na delegacia! - Bailey nos chamou à atenção. - Depois do que passei hoje, parece pavoroso.- tive que concordar. - Irei me abrigar abaixo de alguma árvore espessa...- o interrompo.

- Não vai dormir em baixo de uma árvore quando tem um quarto de hóspedes vazio lá em casa. - defendi.

Não iria deixá-lo ter uma noite ruim logo depois de eu tê-lo atropelado.

- Não, Shivani. É melhor não. - o oficial tentava me convencer.

- Vai dar tudo certo. Relaxa. - tentava o deixar seguro quanto à minha idéia. - Vou me sentir melhor, sabendo que ele vai estar seguro e confortável. - era a verdade.

- Agradeço a gentileza, milady Shivani. Sua hospedaria parece muito agradável. - Eu ainda estranhava seu modo de falar.

- Tudo bem. - assentiu Stevens. - Mas vou ficar de olho em vocês. - ri se seu comentário, mas ao mesmo tempo fiquei feliz em saber que minha segurança não seria um problema.

Ok. - ele sorriu e saiu. - Vamos lá? - chamei Bailey e o mesmo me seguiu.




 














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