Esse capítulo pode conter gatilhos para algumas pessoas!

Maldita seja Queen of broken hearts. Após a postagem, assumindo que marcaria presença na festa dos Jeon, Queen causou a maior discórdia no colégio de Seungmin. Muitos acusavam Somi de ser a dona do blog, ou que seriam amigas ou até mesmo que fizeram aquela festa apenas para chamar a atenção de Queen. Porém, as mesmas pessoas que julgavam Jeon Somi, não perderiam aquela estúpida festa por nada. Ao saber da notícia, a Jeon mais nova se desesperou, e se a festa fosse um fracasso, se as pessoas desistissem de ir apenas pela postagem idiota, oh céus, Somi estava fora de sí. A notícia saiu na terça feira, e seria assunto durante toda a semana, aquela história havia chegado até mesmo nos ouvidos do diretor do colégio Seungmin, que ao saber que sua filha foi convidada fez questão de implorar a garota para que não fosse a tal festa, como se realmente a fizesse lhe escutar. Yeji imaginava que aquela festa seria uma ótima oportunidade para se aproximar ainda mais de Kihyun, ela não perderia por nada. E apesar dos alunos convidados estarem com medo, nenhum deles pensavam em desistir de ir a festa. 

No dia seguinte, quarta-feira, à recente postagem do blog estava sendo o assunto mais falado do dia, de repente, os segredos anteriores foram esquecidos. O que acabava sendo bom, para alguns. 

Ao adentrar a escola naquela manhã, Kim Yerim estava sendo o centro das atenções. Muitos notaram a mudança no cabelo da garota e se perguntavam porque de repente Yeri mudou o tom de seu cabelo. Não foi diferente para Park Sooyoung, que chegou depois da amiga com o cabelo recém tingido de castanho. Talvez naquele dia os assuntos mais falados seriam, o novo cabelo de Sooyoung e Yerim e a festa amaldiçoada dos Jeon. 

Changkyun não pode deixar de perceber o novo cabelo da antiga amiga, estava linda, como sempre foi. Sua curiosidade era gigante, porque após anos a garota retirou a cor que ele recomendou? Talvez ele não tivesse mesmo chance de conseguir sua amizade de volta. O Im se sentiu um pouco chateado, claro que ela poderia pintar o cabelo quando bem quisesse, mas ela retirou justo o tom o qual ele indicou que ela usasse, depois de tanto tempo, se ela fosse tirar porque não fez isso quando param de se falar? Chang não a incomodou naquele dia, sem gracinhas, brincadeiras e nem olhares, ele a ignorou por completo.

Era uma quarta-feira estranha para Yeri. Sem atualizações do blog, sem um Changkyun lhe perturbando, apenas ela e suas amigas. Durante o intervalo, ela até mesmo olhou para o Im por alguns segundos, mas ele sequer retribuiu o olhar. 

A garota também prestou atenção nas pessoas já expostas pelo blog, elas já não estavam tão tristes como antes, exceto Sana, a garota ainda se sentia desencaixada na escola. A japonesa sentava apenas com Tzuyu, Bang Chan, Momo e Mina, nenhum de seus antigos amigos estavam com ela naquele momento. Era notável que dos três expostos, Sana foi a mais machucada, ela estava sendo ainda mais julgada que os outros dois, e aquilo lhe machucava, ela não deveria ser tratada de uma maneira diferente simplesmente pela forma de como vivia sua vida. Chou Tzuyu também não escapou dos julgamentos, mas como ela sempre foi "apagada" não foi tão ruim para ela como a namorada. Já para Bang Chan as coisas não estavam tão ruins, claro, os comentários o chamando de mentiroso, falso e outros mil nomes era inevitável, mas muitos rapazes usavam da situação para fazer brincadeiras, dizendo coisas como "Bang tem sorte" ou "Aposto que ele pegou as duas", era como se para ele, a situação fosse um benefício. Mas como a festa de Somi estava na boca de todos, acabou que a exposição dos três não teve tanta repercussão. 

Já na quinta, o dia foi praticamente igual ao anterior para alguns, mas para outros a escola estava ainda mais agitada. Quanto mais perto, da incrível festa do Jeon, ficava mais comentários surgiam. Somi estava com medo da festa ser um total fracasso por conta da postagem, mas ela não poderia deixar o irmão sem uma única comemoração. 

Joohyun, Seulgi, Seungwan, Sooyoung e Yerim haviam marcado de escolher suas fantasias ainda naquele dia, após as aulas. 

Yeri ainda se sentia estranha, novamente, Changkyun a ignorou por completo. Mais um dia sem gracinhas, apostas ou olhares. De repente ela teve raiva do Im, não por ser uma péssima pessoa – como dizia – e sim por ele não lhe dar a devida atenção, ela mudou o cabelo ele deveria ter vindo falar com a Kim! Seu ego estava totalmente ferido. 

Os próprios professores estavam estranhando as atitudes de todos os alunos. Ninguém comentava sobre os expostos, sem piadinhas durante as aulas ou zoações, os superiores estavam finalmente conseguindo darem a sua aula normalmente. Mas era claro que sem o professor Heechul, que continuava sumido pela cidade. 

Quando as aulas finalmente finalizaram, as garotas foram à loja de fantasias para escolherem a roupa que usariam na festa dos Jeon. 

— Eu pensei em ir de Ariel, — Joy apontou para a fantasia. — mas agora não tenho mais o cabelo vermelho, não tenho esse direito! — fingiu chorar. 

— Experimenta essa, Soo, aposto que vai valorizar suas curvas. — Seulgi entregou uma fantasia de policial à amiga, que correu ao provador. 

As outras quatro garotas continuaram procurando por fantasias interessantes. 

— Ei, Bae! — Seulgi chamou a namorada — O quê acha? 

Kang segurava uma fantasia de vampiro.

— Gi, muito genérico. — Joohyun riu. — Mas você ficaria linda. 

— Genérico ou não, ficaria ótimo em você, deveria experimentar! — Wendy disse. 

— Viu só Bae, a Wen me apoia nas minhas escolhas! — mostrou a língua. — Vou experimentar a fantasia, já aproveito e vejo como a Joy está. Volto logo! 

Irene revirou os olhos para a namorada e continuou a procurar algo que lhe agradasse. Yerim olhava tudo atentamente, eram tantas opções que não fazia ideia de qual ficaria melhor em si. 

Alguns minutos depois, Joy voltou vestida de policial, seu sorriso era radiante. 

— Ai meu Deus, Joy você tá incrível! — Yeri foi a primeira a dizer.

— Eu sei! — Deu pequenos pulos. — Ficou ótima eu amei, vou com ela, e já vou ligar para o Wonnie ir de policial também. — Ela falava alegre enquanto procurava seu celular em sua bolsa. 

— Wonnie? — Wendy perguntou rindo. 

— Wonho, não disse a vocês, a gente tá dando uns beijinhos...— sorriu sem graça.

— E você pensava em contar quando? — Joohyun a olhou. — Saindo daqui vai contar toda essa história para a gente direitinho! 

Seungwan riu.

— Eu já sabia, ele me contou.

— Prometo contar tudo, vou ligar para ele já volto! — Joy disse voltando ao provador. 

As três garotas restantes voltaram novamente sua atenção às fantasias. Pouco tempo depois, Seulgi retornou com sua fantasia de vampiro, Irene não deixou de babar pela namorada, ela estava simplesmente incrível, mesmo que ainda não estivesse com a maquiagem apropriada, a roupa havia ficado muito boa na jovem. 

— Retiro o que eu disse, Gi você está simplesmente maravilhosa! — Joohyun selou os lábios da namorada. 

— Eu sou linda até sem maquiagem com uma fantasia dessa imagine só! — Seulgi riu — Estou extremamente fabulosa, e ninguém tira isso da minha mente, vou ficar com essa. Me esperem aqui que vou tirar a fantasia. 

— Me espere! — Wendy a chamou. — Achei uma fantasia de um dos Minions, preciso experimentar urgentemente. 

As duas foram ao provador enquanto riam. No local ficou apenas Joohyun e Yerim, as duas indecisas sobre o que usarem. 

— Audrey Hepburn! — Irene praticamente gritou ao achar a fantasia. 

— Quem? 

— Audrey Hepburn de Breakfast at Tiffany's! — Exclamou novamente. — É a fantasia dela, por tudo que é mais sagrado eu necessito usar essa! 

Yerim ergueu uma de suas sobrancelhas e, em seguida, cruzou os braços. 

— É alguma personagem daquele filme velho que você é apaixonada? 

— Sim! Vou experimentar, não prometo ir rápido porque com certeza vou passar um bom tempo me apreciando no espelho. 

Joohyun saiu saltitante com a roupa em mãos, deixando apenas Yeri por lá. A Kim não fazia ideia do que escolher, ela sentia que precisava de algo que fosse chamar a atenção de um certo alguém…

De repente, ao olhar uma fantasia meio esquecida de lado, uma lembrança veio à sua mente. 

Ela estava andando de bicicleta com Changkyun, como faziam quase todas as tardes de sexta-feira, mas naquele dia o garoto jogaria futebol. O Im jogava futebol em sexta-feiras alternadas, a menor chamava aquele dia de "Sexta do Kihyun", já que era o Yoo quem o chamava para jogar. Yerim detestava a Sexta do Kihyun.

— Chegamos! — Changkyun falou já descendo de sua bicicleta. 

— Vai mesmo preferir ficar com o chato do Yoo, do que a sua melhor amiga? 

Chang riu. 

— Ele também é meu melhor amigo. 

— Não importa, você se diverte muito mais quando está comigo! — Yeri fez questão de falar alto, para que Kihyun, que já estava dentro da quadra, escutasse. 

Changkyun se aproximou da melhor amiga, que ainda estava em sua bicicleta, e afagou seus cabelos. 

— Não fique assim, podemos assistir Harry Potter na minha casa mais tarde, o quê acha? 

Yeri sorriu, sempre conseguia o que queria quando estava com ele. 

— Você vai fazer pipocas?

— Sim, eu vou turtle. 

— Te vejo na sua casa! — e então a Kim começou a pedalar, deixando o amigo para trás, com um enorme sorriso em seu rosto. 

Harry Potter, era a fantasia da Hermione de Harry Potter. Eles amavam assistir a saga quando ainda conversavam, com certeza Changkyun iria lhe notar com aquela fantasia, não que ela quisesse de fato isso.

No dia seguinte, sexta-feira, foi a vez de Changkyun escolher sua fantasia, junto a sua namorada, Somi. Na verdade, eles só foram experimentar, já que a Jeon já havia escolhido a fantasia de casal dos dois. Chang não se importou da namorada escolher por si, ela amava se fantasiar e sempre que tinha uma oportunidade fazia isso, então ele confiava no potencial da garota de escolher algo incrível. 

Ao chegarem na loja, Somi foi pegar as fantasias reservadas, completamente animada, entregou a roupa do namorado e ele entendeu na hora. Seriam Bonnie e Clyde. Changkyun sorriu. 

— Somi você é simplesmente incrível! Eu adorei nossa fantasia. — abraçou a namorada. 

— Eu sabia que você iria gostar, seremos os melhores Bonnie e Clyde! — depositou vários beijos na bochecha do Im.

Ainda na loja, quando estava finalizando o pagamento, acabaram encontrando Kihyun e Yeji, eles também estavam comprando fantasias combinando, ambos eram samurais. Os quatro aproveitaram que se encontraram e passaram o resto da tarde juntos. Somi e Changkyun puderam conhecer mais de Yeji, e perceber que ela era sim uma garota legal. 

E então, finalmente havia chegado sábado, o dia da festa dos Jeon. Changkyun se arrumou na casa da namorada, e passou o dia todo lhe ajudando com a decoração, para o seu alívio Jungkook ainda não havia chegado. Estavam apenas Somi, Changkyun e as empregadas na enorme mansão.

— Quando seu irmão chega? — o Im perguntou após finalmente terem terminado toda a decoração. 

— Ah, você sabe como ele é, vai chegar em cima da hora! — deixou um selar nos lábios do garoto. — Vou me arrumar, pode ficar aqui, prometo tentar não demorar muito. 

— Espera, e se alguém chegar?

Somi riu. 

— Mande entrar, já está tudo pronto mesmo. 

— Somi, sabe que eu não sei puxar assunto! 

A Jeon mais nova voltou até o namorado, o olhando sorridente. 

— Sei que está com medo do Jungkook chegar, mas ele não é um monstro. Kook não tem mais aquela implicância boba com você! — lhe abraçou. — Agora me deixe arrumar, ou você não vai ver a Bonnie mais bonita da festa! 

— A minha Bonnie do meu Clyde? — sorriu. 

— Sim, a Bonnie do seu Clyde. — gritou enquanto subia as escadas.

Changkyun riu da piada e suspirou fundo, amava Somi, ela era tão perfeita, e não se cansava de dizer isso. 

Um certo tempo depois, Somi já estava pronta, alguns convidados haviam chegado, mas a festa não estava bombando como todos pensavam. Todos estavam com medo de exagerar na bebida e correr o risco de aparecer no blog no dia seguinte. A Jeon achava aquela situação tão contraditória, se não queriam se divertir, era apenas não ir à maldita festa! 

A garota de repente pensou que aquela festa havia sido um grande erro. Os convidados estavam ali, fantasiados e conversando uns com os outros, alguns bebiam bebidas alcoólicas leves, a música estava alta e Changkyun também estava ali tentando animar a namorada, mas por quê tudo estava tão ruim? Se Jungkook visse o fiasco que aquela festa estava, nem o próprio gostaria de ficar naquele local. 

Alguns conhecidos íntimos do casal já estavam ali, um deles era Jiyeon – que aparentemente havia trago bebidas mais fortes e algumas outras coisas. Quando Somi viu o que a melhor amiga havia trazido consigo, correu até a mesma junto do Im. Ela literalmente não precisava de mais problemas.

— Jiyeon, que merda é essa? — a Jeon mais nova cochichou. 

— Relaxa, são apenas algumas bebidas mais fortes e alguns docinhos fornecidos pelo meu primo Junmyeon. — Era notável que a garota estava alterada.

— Wow, espera aí… — Changkyun entrou na conversa. — Bona, isso são drogas? 

A garota riu enquanto tirava tudo da caixa. 

— É, isso aí! — Bona ergueu uma das garrafas de bebida e gritou, chamando a atenção das outras pessoas. — Somi, vou te mostrar como animar as pessoas. 

Bona andou até a multidão de pessoas no centro da sala, incentivando todos a dançarem e beber um pouco mais.

— Somi, se seu pai vê isso na sua casa, ele vai te matar! — Chang exclamou — Seu pai é policial, merda, o que fazemos com as drogas? 

Jeon Somi olhou a multidão, que agora se animava aos poucos com Bona, a garota de fato estava ajudando. A festa estava finalmente se tornando uma festa, talvez não seria tão ruim, não é? 

Quer dizer, o fato de que sua melhor amiga agora usava drogas assombrava sua mente pouco a pouco, mas ela havia conseguido deixar todos mais animados para curtir. Somi não queria decepcionar todo mundo da festa e principalmente seu irmão.

— Somi, me responde, o que a gente faz com as drogas? — Changkyun perguntou mais uma vez, o desespero em sua voz era perceptível.

— Eu ouvi, drogas? — Somi ouviu a voz do irmão e então finalmente voltou à realidade. 

Merda, péssima hora para aparecer! Changkyun imaginou. 

Era Jungkook, vestido em sua bela e elegante fantasia de Dracula. 

— Kook, eu não trouxe isso, por favor não conte ao papai e mamãe! — Somi implorou ao irmão. 

O Jeon riu.

— So, fique calma. — depositou uma de suas mãos no ombro da irmã. — Eu não sou tão careta assim, sabe, na faculdade isso aqui é conhecido como diversão!  

Somi não entendeu, seu irmão agora também usava drogas? Porque de repente todo mundo sabia o que era aquilo? 

— O...o que quer dizer? 

— Se permita apenas uma vez maninha, — pegou um dos itens da caixa. — As pessoas vão chapar e ninguém vai se lembrar de nada no dia seguinte, sejam felizes! 

— Está insinuando para sua própria irmã que ela deveria se drogar? — Chang enfrentou Jungkook.

O mais velho revirou os olhos. 

— Somi, deveria trocar de namorado, esse é muito chato. — Jungkook sorriu para Somi e então se juntou à multidão. 

A garota observou o irmão se juntando à melhor amiga, era notável que as pessoas já estavam mais animados em poucos minutos pela presença daqueles dois. Alguns saiam da pista de dança brevemente para buscar bebidas e outras coisas, também queriam a diversão que Jeon Jungkook havia mencionado. 

Somi também queria dançar naquela multidão.

— Relaxa, eu não vou usar nada disso. — Beijou a bochecha do namorado. — Apenas preciso ficar de olho na Jiyeon. Vamos aproveitar! 

Somi correu para a pista de dança e Changkyun a acompanhou. À medida que todos aqueles adolescentes fantasiados se embebedavam, mais pessoas para se juntar ao time chegavam. Kihyun, Yeji, Wonho, Minhyuk e muitos outros alunos já haviam chegado. Finalmente a festa dos Jeon estava bombando do jeito que Somi queria. 

Irene, Seulgi, Wendy, Joy e Yeri já estavam a caminho da enorme mansão. Talvez elas fossem as mais atrasadas, já que a festa havia começado a exatas três horas atrás. Todo esse atraso foi pela maquiagem, que deveria ser perfeita, de Seulgi. Ao chegarem na porta do local, a música extremamente alta já era perceptível do lado de fora. Alguns adolescentes já bêbados se beijavam do lado de fora, típico de qualquer festa. 

Yerim suspirou fundo, sabia que aquela noite seria extremamente cheia e ao mesmo tempo incerta. Ela veria Im Changkyun a porra da noite inteira, e ainda teria que fingir que não se importava de o garoto estar lhe ignorando. Fingir...Yeri estava cansada disso. 

As cinco amigas adentraram o local, muitas pessoas bêbadas dançavam no centro da casa. A música era alta, adolescentes nada sóbrios e fantasiados era o que mais tinha naquele local. De longe, Kim avistou a anfitriã da festa, se divertindo como nunca em sua linda fantasia de Bonnie, ao seu lado Kim Jiyeon, com sua fantasia de anjo,   pulava alegremente, Changkyun também estava lá, se movendo de uma forma engraçada, vestido de Clyde, eles estavam combinando. 

— Soo, finalmente chegou! — Hoseok chegou nas garotas e abraçou a ficante, Sooyoung. — Boa noite meninas, e aí Wen. 

Sooyoung depositou vários beijos no pescoço do Lee, devolvendo o abraço. 

— A festa parece legal demais, as pessoas não passaram a semana falando mal? — Irene perguntou. 

— É a festa estava meio caída mesmo, mas a amiga da Somi chegou com um monte de coisa maneira e agora tá todo mundo assim! — Wonho falou alto para que as garotas conseguissem lhe ouvir. — Vem, vamos curtir! 

Wonho pegou na mão de Joy que mal conseguiu se despedir das amigas, sendo puxada para a multidão que dançava.

— Ah, esses dois. — Seungwan riu. 

— Vamos procurar algo para bebermos, não consigo dançar sem um estimulante antes! — Seulgi chamou pela namorada e pelas amigas.

Elas foram até a sala de jantar, onde havia algumas pessoas jogando alguns jogos de virar o copo lotado de álcool ou até mesmo se pegando, como diria Jeon Jungkook, era a diversão. 

Yeri olhava tudo atentamente, estava se sentindo estranha e deslocada. Por terem chegado recentemente, as garotas ainda não faziam ideia de onde estaria algo para que elas pudessem beber também. 

— Deve ter algo na geladeira, fiquem aqui, Gigi e eu vamos buscar algo alcoólico. — Joohyun segurou na mão da namorada e foram até a cozinha. 

A Kim e a Son encostaram na parede, esperando as amigas enquanto assistiam alguns adolescente se embebedar no jogo. Era simples, os jogadores que conseguissem acertar a pequena bola dentro do copo de cerveja e outros deveriam beber o líquido, quanto mais longe de distância, mais forte era a bebida. 

— Ai, Yeri, qual o nome daquele garoto? Ele não para de olhar para mim! — Wendy apontava disfarçadamente para um garoto que estava fantasiado de zumbi. 

O zumbi estava no centro da mesa onde estavam os vários copos cheios de cerveja e outros tipos de álcool. O garoto pegou um dos copos e virou rapidamente, olhando de volta para Seungwan. Yerim o olhou por algum tempo até ter certeza de quem era.

— Ah, é o Chae Hyungwon, ele é o representante de todos os terceiros da nossa escola. — A morena olhou para a amiga. — Deveria conversar com ele, dizem que ele beija bem. 

— Se ele me quiser, ele que venha atrás. — Wendy disse enquanto sorria para Hyungwon. 

Minutos depois, Seulgi e Joohyun voltam com vodka. As quatro bebem um pouco antes de se juntarem à pista de dança lotada de adolescentes bêbados. 

Kim Yerim tentava ao máximo ficar o mais longe possível de Changkyun e sua turma. Seu ego totalmente ferido implorava por atenção, mas se ele não fosse dar isso a ela, ela não queria ter que suportar ficar perto dele. Yeri estava bem ao lado das suas amigas, as garotas eram uma boa combinação, ela não precisava se preocupar com seu vizinho naquele momento. 

Sooyoung era a única das amigas que não estava na pista de dança. A garota estava ocupada demais para dançar, deixando pequenos selares em todo o pescoço de Lee Hoseok. Os dois estavam na área externa dos Jeon, onde alguns adolescentes bebiam e ameaçavam pular na enorme piscina, porém ninguém havia tomado coragem. Joy gostava da companhia de Wonho, ela não sabia definir aquela relação dos dois, mas tinha certeza de que era algo especial e que ela não queria que acabasse rápido. 

A Park não era lá muito boa nessa coisa de amor, às vezes ela se sentia usada. Claro que Park Sooyoung já teve alguns namorados, no máximo três, mas não era nada especial, sempre iam e não voltavam mais. Para os caras, era apenas sexo, pois Park Sooyoung tinha um corpo bonito, então ela era um "troféu". Ela estava na esperança de que Hoseok não fosse esse tipo de cara. 

Ela tinha um trauma, era difícil admitir, ela não gostaria de ser assim. 

Sooyoung teve o azar de perder a virgindade com um cara idiota, que fingiu gostar dela, fingiu lhe dar amor, para no final apenas usar o seu belo corpo – e de qualquer forma, para ela, não foi bom. Esse idiota havia sido o seu primeiro namorado, Joy tentou seguir em frente e se envolver com outra pessoa, ele era legal, engraçado, mas apenas nos primeiros meses. Depois, aquele garoto foi se tornando outro estúpido, e ficava ainda mais quando Joy negava ficar com ele. Já o seu terceiro e mais recente ex-namorado, não durou muito assim como os outros dois. Aquele terceiro foi sem dúvidas traumático, ele não forçava Sooyoung a fazer nada, mas simplesmente a colocava para baixo, como se fosse culpa dela se outras pessoas lhe olhavam. Sooyoung não podia olhar para outro homem, Sooyoung não podia usar nada muito provocante, Sooyoung também não podia ter outros amigos homens. Foi Irene que mostrou para a amiga o quão aquela relação estava tóxica, e ela acabou por terminar. 

Ela não poderia se impedir de sentir atração por outra pessoa, mas simplesmente não queria se entregar para Hoseok e sofrer como das outras vezes, ela queria acreditar que ele não seria assim. 

— Soo, deveríamos entrar na piscina? — Wonho perguntou parando o beijo. 

Joy riu.

— Talvez se eu me embebedar mais um pouco eu consiga me imaginar estragando minha bela fantasia naquela água. — apontou para a piscina onde alguns jovens colocavam apenas os pés. — Vamos pegar algo e voltar para cá, é divertido. 

Joy segurou na mão do garoto e o guiou de volta para a casa, apenas para pegarem qualquer bebida que tivesse álcool.

Hoseok sorriu, ele estava começando a gostar de verdade de Sooyoung, podia ser precipitado, quer dizer ele não tinha certeza se gostava mesmo dela, mas sentia algo diferente na jovem. Ela era engraçada, carismática e tinha um belo sorriso. 

Apesar de ser um garoto bonito, Wonho não teve muitas namoradas, apenas duas, que acabou da mesma forma: elas queriam algo mais eletrizante. Hoseok era o tipo de cara que gostava de demonstrar seus sentimentos, de dizer como se sentia, ele não tinha problemas com isso, era um jovem romântico, e para o seu azar, as garotas com quem namorou não estavam à procura de romance. Deveria admitir, o Lee estava com receio de que Sooyoung também fosse aquele tipo de garota, mas ele não queria ser apressado demais. 

Os dois buscaram bebidas e voltaram para o lado de fora. Sentaram no pequeno estofado que ficava na varanda enquanto olhavam os jovens que ainda ameaçavam pular na água gelada. 

— O quê você mais gostou de Seoul até agora? — Joy perguntou aleatoriamente. — Não vale dizer que sou eu! 

Os dois riram. 

— Hum, acho que o rio Han, ele é bonito a noite. — bebeu um pouco do álcool em seu copo. — A cidade em que eu morava não tinha tudo isso, era simples, eu sempre via Seoul pelas fotos e me encantava. 

Sooyoung apoiou sua cabeça no ombro do mais velho e deu um gole em sua bebida. 

— Também gosto daqui, mas às vezes gosto ainda mais de escapar para Jeju.

— Já fui lá com os meus pais, eles adoram. — Wonho comentou. 

— Deveríamos ir juntos! — Sooyoung levantou sua cabeça. 

— Você acha? 

Joy assentiu com a cabeça, bebeu o restante de sua bebida de uma vez só, e então sentou no colo do garoto. Suas pernas lhe cercavam.

— Eu quero entrar na piscina, agora! — sussurrou em seu ouvido. 

— Tem certeza? Não vai estragar sua fantasia? 

Sooyoung gargalhou. 

— Não me importo, vamos! — se levantou rapidamente e segurou a mão do garoto, que levantou em seguida. 

O guiando, Sooyoung correu em direção a piscina, e quando chegou perto o suficiente saltou junto de Hoseok. A água gelada percorreu pelo corpo dos dois, que ao colocarem suas cabeças para fora da água, se abraçaram em uma tentativa de se aquecer. 

Ao ver aquela cena, os outros jovens que não tinham coragem, também pularam, e logo aquela piscina que continha apenas Lee Hoseok e Park Sooyoung, se encheu de mais adolescentes bêbados. 

De volta para a parte interna da casa, Wendy havia saído da pista de dança, para pegar outra bebida, já que a sua havia acabado há algum tempo. Por mais incomum que pareça naquele momento, a cozinha estava vazia, ela não se importou e então tirou logo duas garrafas de uma vez só. Abriu uma delas e escorou no balcão enquanto bebia. 

Seu celular vibrou, a garota o tirou de seus bolsos e grunhiu quando viu de quem se tratava. 

son sohyun: wendy, não se esqueça de investigar tudo nessa festa, preciso de detalhes! 

Seungwan quis ligar para a mãe e gritar todos os nomes que vinha em sua mente. A Son não queria ser a porra de uma vilã, era difícil conseguir ser uma adolescente com amigos sem que estragasse a vida deles? 

— Vai se fuder, mãe. — falou enquanto observavam a mensagem. 

Son colocou seu celular sobre a bancada e virou a garrafa que bebia, já sentindo o álcool tomar conta de sua mente em instantes. 

— Bebendo sozinha? — escutou uma voz masculina, uma voz que ela ainda não conhecia. 

O garoto se aproximou, ficando frente a frente com Wendy, e então ela pode ver quem era. O zumbi do jogo. 

— Zumbi? 

— Minion? 

Os dois riram. 

— Aceita? — ofereceu a outra garrafa ao seu lado. 

— O meu ainda está cheio, obrigado. — levantou seu copo.

Wendy bebeu o restante que estava na primeira garrafa, e em seguida, não hesitou em abrir a segunda e já dar o seu primeiro gole.

— Parece que você quer mesmo se embebedar. 

— Tenho que aproveitar, não é? Não sei quando vou viver outra festa como essa! — bebeu novamente. — Aliás, qual seu nome? 

Sua mente dava risada enquanto perguntava, ela já sabia o nome dele, sabia até mesmo o que ele fazia na escola. Porém, Seungwan queria fazer um charme. 

— Hyungwon, você é a Wendy, certo?

Ela assentiu. 

— Como sabe meu nome? 

— E quem não sabe. Você chegou a pouco tempo, se enturmou com Bae Joohyun e suas amigas, também tem o fato de eu ser representante dos terceiros anos e sua mãe é a Soohyun do jornal, vocês são idênticas. 

Wendy não gostava de ser comparada à mãe. Sua mãe era manipuladora, ela não.   

— Todo mundo fala isso. — fingiu dar risada. — E então, Hyungwon, o zumbi, o que veio fazer aqui? Seu copo já está cheio, não precisa de outra bebida. 

— Você é uma boa observadora. 

— É de família. 

— Bem eu queria ter a certeza de que você estava desacompanhada para poder comer seu cérebro. — novamente, eles riram. — E saber se você aceita a companhia deste humilde zumbi? 

Wendy se aproximou, ela já não estava tão sóbria assim, não era como se Hyungwon também estivesse. Apoiou seus braços nos ombros largos do rapaz, ele havia entendido a mensagem, e então, selaram seus lábios. A música alta que tocava naquele momento, e o álcool que tomava conta dos corpos dos dois adolescentes, deixava tudo ainda mais intenso. Mãos bobas e um beijo selvagem eram distribuídos na jovem, seu celular voltava a emitir sons de notificações, mas ela estava ocupada demais aproveitando o beijo daquele zumbi extremamente sexy. Os boatos de Yerim estavam certos, Chae Hyungwon beijava extremamente bem. 

Ainda na pista de dança, Irene e Seulgi dançavam junto de Yeri, as três estavam dançando alegremente. A Kim sequer lembrava mais da existência de um certo alguém, ela estava tão distraída que não percebeu quando o garoto se afastou da pista completamente tonto, ao lado de Jungkook, que era quem lhe segurava pelo braço. Somi também não havia visto a cena, estava se divertindo com a melhor amiga e o resto das pessoas. 

Na cozinha, Seungwan e Hyungwon apenas pararam de se beijar quando ouviram pessoas conversando, enquanto iam na direção dos dois, a primeira coisa que a garota fez foi puxar Hyungwon para trás da bancada, e só então continuaram se beijando, ali no chão. Ela estava tão ocupada, que não percebeu que as vozes eram de Jungkook e Changkyun, eles não falavam tão alto, mas os dois conseguiam ouvir. 

— Quer me impressionar, porra, use isso! — Hyungwon ao escutar o grito, se afastou de Wendy, pedindo que ela fizesse silêncio. 

— E você tá querendo me drogar? Não preciso de impressionar você, caramba. 

— Drogas? — Wendy sussurrou, e Hyungwon tampou sua boca.

— Você é mesmo um frangote, não sei o que a Somi viu em você. Está todo mundo se divertindo, mas você insiste em cortar o clima! — o Jeon bateu a mão na bancada. 

— Quer que eu beba a maldita pílula? Eu bebo, porra! — Ele gritou de volta. 

— Changkyun vai se drogar? — A garota tentou falar, Hyungwon apenas assentiu, ainda confuso. 

Um silêncio de poucos segundos se estabeleceu, mas logo a conversa voltou. 

— Agora vá aproveitar a maldita festa, e pare de atrapalhar a Somi com suas preocupações de merda. 

Mas algumas coisas inaudíveis foram ditas. Quando Hyungwon teve certeza que eles haviam se afastado, ele segurou na mão da garota e se levantou. 

— O que foi isso? — ela perguntou. 

— Sinceramente, também gostaria de saber, mas não podemos nos meter nisso. Jungkook é alguém que não devemos mexer. Vem, vamos para fora. 

Por estar bêbada demais, Wendy não tinha certeza de que havia entendido tudo aquilo de uma vez só. Apenas pegou seu celular – e algumas pílulas – e foi guiada por Hyungwon. 

Meia hora depois, na pista de dança, Yeri se cansou de dançar e então avisou as amigas que sentaria um pouco. Ela encheu seu copo e se sentou em uma mesa, perto da porta de entrada. A Kim estava de fato se divertindo, pensou que a essa altura ela já estaria em sua casa completamente arrependida de ter ido, porém não, ela estava gostando. 

Observou um pouco da festa enquanto bebia, e então, ela estranhou que Changkyun não estava em nenhum lugar, nem mesmo com Somi que conversava com algumas pessoas, ele simplesmente havia desaparecido. Era o que a Kim imaginava, até que o próprio garoto apareceu magicamente ao seu lado, se sentando junto da garota. Naquele mesmo momento ela percebeu que ele estava diferente, deveria ser as bebidas. 

— Hey, hey, hey, Kim Yerim! Ou devo dizer, Hermione de Harry Potter, me de um autógrafo! — falava animado. 

Ela fez careta e virou o rosto na direção contrária, bebendo um pouco do álcool em seu copo. 

— Tão ignorante, como se fosse novidade. — riu sozinho. — Eu gostei do seu cabelo, Yeri, mas fiquei chateado por ter tirado aquela cor que eu disse. Mas assim, não ache que te odeio por isso, eu apoio o empoderamento feminino e você não tem que dar ouvidos a um cara que não tem local de fala, por favor não pense que falei tudo isso por que você não deveria ter pintado o cabelo. Droga, eu devo pensar melhor antes de dizer qualquer coisa. 

Yeri se segurou para não rir, Changkyun bêbado era sim uma coisa engraçada. 

— Sabe, essa semana foi bastante difícil para mim. Somi e eu brigamos depois daquela mensagem, eu me arrependi muito de ter brigado com ela. Ela sempre soube o quanto você era importante para mim e mesmo assim eu vacilei com ela, mas acho que agora estamos bem, quer dizer, fizemos um acordo. — naquele momento, o sorriso de Yerim se desmanchou, e então ela finalmente olhou para o garoto. — Eu prometi para ela que, se eu e você não voltarmos a ser amigos até o fim da aposta, eu vou finalmente esquecer você, claro não vai ser de repente, mas tenho que fazer isso por ela. — sorriu. — Porém, tô começando a pensar que eu deveria esquecer de você o mais rápido possível, eu não acho que vamos voltar a ser amigos assim, de repente, depois de anos eu acho que finalmente me toquei. 

Esquecer? Esquecer de Kim Yerim? Ninguém esquecia de Kim Yerim, não, ele não poderia fazer isso. Depois de todos os anos correndo atrás e se rastejando por ela, ele decidiu por meio de uma briga besta que não iria mais pensar em Kim Yerim? Não, simplesmente não, ela não poderia deixar ele fazer isso. 

— C-como assim? — sua voz falhou.

— Ah Yerim, você sabe, não é estranho que um garoto que namora fique correndo atrás de outra como um cachorro sem dono? E também, eu não deveria ficar a vida toda te implorando perdão, quando eu nem sei o que eu fiz! Mas tá tudo bem, nós vamos continuar sendo vizinhos. — apoiou a mão no ombro da garota — Agora vamos mudar de assunto!

Ele foi rápido em começar a tagarelar sobre outra coisa, mas aquelas palavras ecoavam na cabeça de Yeri. Esquecer, esquecer, esquecer, ele simplesmente esqueceria dela, a Kim não queria isso, os poucos dias em que ele lhe ignorou foram torturantes, imagine todos os dias sem um mísero olhar de Im Changkyun, não ele não devia ser tão cruel com ela. 

No andar de cima, em um quarto de hóspedes dos Jeon. Joy e Wonho se beijavam sobre a enorme cama de casal. Após o casal pular na água, ficaram por pouco tempo, antes dos breves selares evoluírem para algo ainda mais selvagem, eles resolveram pedir um lugar mais privado para Somi, que recomendou o quarto de hóspedes, e agora estavam lá. A música que tocava no momento, High Enough, era abafada dentro do quarto escuro, os dois estavam prestando mais atenção nas respirações ofegantes e nos baixos estalos que suas bocas faziam quando se chocavam. 

Estava tudo indo bem até aquele momento, eles tinham sincronia, nenhum se sentia desconfortável, estava ótimo. Até que Wonho trocou a posição de Joy, lhe deixando por baixo, a partir daí ela não se sentiu tão segura assim, mas tentou ignorar e aproveitar o momento. Foi quando Hoseok segurou na coxa da mais nova e beijou seu pescoço que tudo ficou estranho. Sooyoung teve uma memória relembrada com aquela ação, algo que ela não gostaria, e então no impulso, empurrou o garoto com toda a força que conseguiu naquele momento. 

— Não! — gritou assustada, sua respiração estava descompassada, era como se estivesse se sentindo sufocada. 

— Soo, tá tudo bem? Eu fiz algo errado? — ele tentou se aproximar, mas Sooyoung levantou da cama, se sentindo tonta, e foi para a sacada do quarto, se sentando no chão.

O vento forte bateu sobre seus fios escuros, e logo ela começou a chorar, encolhida, segurando seus próprios joelhos, com o rosto escondido entre eles. 

Hoseok estava preocupado com a garota, não sabia se havia feito algo que ela não tivesse gostado, e agora, se sentia completamente culpado. Ele foi até a sacada, lhe encontrando sentada no chão, ele conseguia ouvir o seu choro. Wonho se sentou ao lado dela, meio receoso, mas ela não se afastou. Abraçou a garota tentando lhe dar todo o apoio possível.

— Joy, eu te machuquei? — Perguntou.

Ela não respondeu, apenas balançou a cabeça, negando a pergunta. 

— Então o que houve, quer me contar? 

A Park suspirou, levantou seu rosto e tentou limpar as próprias lágrimas que continuavam escorrendo. 

— Me desculpa, eu estou envergonhada. — deitou no colo do rapaz. — É que...todos os relacionamentos que eu tive foram traumatizante, é difícil para mim tentar fazer sexo depois do que eu passei. Me desculpa, de verdade, eu não queria fazer você ter que ver isso. Eu pensei que conseguiria, mas falhei, novamente.

Ele afagou os fios escuros da garota, em uma forma de acalmar. 

— Joy, não se desculpe. Deveria ter me falado sobre, eu sinceramente não tenho pressa quanto a isso. Pode ficar tranquila, não precisa ter medo, jamais te machucaria. Sei que você já deve ter ouvido isso outras vezes, mas eu estou falando sério. Não deveria se forçar a fazer, faça quando se sentir à vontade. Eu gosto de você, não pretendo fazer mal algum.  

— Tudo bem se a gente...só se beijar por enquanto? — perguntou 

— Podemos fazer o que você quiser, desde que se sinta confortável.

Ela sorriu. Aquelas palavras foram reconfortantes, e sentir ele ali, por perto  lhe apoiando, era ainda melhor. Joy se sentiu aliviada, de finalmente, um cara entender os seus problemas. E então, eles ficaram lá, na sacada, em silêncio, apenas aproveitando o silêncio um do outro. 

De volta a festa, Yerim continuava surtando enquanto Changkyun estava tagarelando em sua cabeça. Ele falava de coisas completamente sem nexo e aleatórias, mas a mente dela não tinha nada além das palavras que Changkyun havia lhe dito. Até que, de repente, ele conseguiu chamar a atenção da garota. 

— Rimmie, acho que estou me sentindo mal…

A mente de Yerim se alertou. 

— O quê? Merda, o que você tem Chang? 

Chang, ela usou o apelido. Aquele maldito apelido, saiu de uma forma tão natural de seus lábios que ela mal havia percebido. 

— Eu...eu acho que vou vomitar. — colocou a mão sobre a barriga. — Riri, me leva ao banheiro, por favor!  

— Droga, Chang. — ela se levantou. — Vem, eu vou te levar até lá, só me diz onde é! 

O garoto passou seu braço pelo pescoço da menor, e foi lhe dizendo o caminho. Desviar das pessoas bêbadas não foi uma tarefa fácil, porém diante ao desespero, Yeri fez o máximo para que chegassem antes do rapaz colocar tudo para fora. 

De longe, no meio da multidão, Somi observou a cena. Ela queria ir até lá, e saber o que estava acontecendo, seu namorado não parecia bem e ver Yeri lhe carregando parecia um bom presságio, ele havia conseguido? Ela não conseguiria saber, já que precisava ajudar Jiyeon, que estava tão bêbada enquanto observava seu ex namorado, ela gritava para a melhor amiga que iria bater em Kihyun e Yeji, típico ciúmes. 

— Aqui, entra aqui, rápido! — Changkyun tampou a boca. — É o quarto da Somi, tem um banheiro lá dentro. 

Yeri empurrou a porta, que por sorte estava aberta, enquanto segurava o Im. Ela o levou até a porta do banheiro e o deixou lá dentro, fechando a porta em seguida. 

Ela estava nervosa, tudo estava sendo muito impulsivo, primeiro ele diz que a esqueceria e depois começa a passar mal de repente, merda, ela esperava que ele não lembrasse disso mais tarde. A Kim conseguia ouvir o Im fazendo sons de vômito, ele devia ter bebido pra caramba. Alguns minutos depois, o banheiro ficou em total silêncio, Yerim apenas escutava a música do andar de baixo. Yeri respirou fundo, andou em círculos na porta do quarto, antes de finalmente ter coragem para falar com ele.

— Chang...Changkyun. — o chamou 

— Hum. — ele murmurou baixo, provavelmente ainda passando mal.

— Aquilo que você disse lá embaixo, era...era pra valer?

Ele demorou para responder, como se estivesse pensando em uma resposta. 

— O que eu falei? — se fez de desentendido. 

Changkyun sabia o que era, ele sabia sobre o que ela estava falando, porém queria ouvir ela dizer. 

— Sobre você e a Somi, o acordo de vocês. 

— É, é verdade, porque? 

Foi a vez de Yerim pensar em algo para dizer. Como explicar que queria que ele cuidasse do seu ego. 

— Chang...não me esqueça. — começou. — Eu sei que, praticamente te mandei passear, mas agora que eu corro o risco de te perder, te quero de volta. 

Os olhos de Changkyun se arregalaram, sua tontura havia passado. Aquelas palavras saíram mesmo da boca de Kim Yeri ou ele estava apenas alucinado? 

— Olha, não é sempre que eu vou admitir isso, tá legal? Eu nem sei o que deu em mim, não sei nem oque tô fazendo aqui.

Changkyun abriu a porta do banheiro, e deu de cara com a garota. Seus olhos estavam brilhando, e ela parecia estar esperando por uma resposta. 

— Quer que voltemos a ser amigos? É isso?

— Bem, esse é nosso destino não é? E se for pra ser, se for pra gente voltar a acontecer. 

— Está falando sério?

— Eu acho que sim. 

Im Changkyun não acreditou nas palavras ditas pela garota. Após tanto tempo, ela resolveu que voltariam a ser amigos apenas porque ele disse que a esqueceria? Se soubesse disso a mais tempo faria isso na primeira oportunidade. Ele estava sem reação, eram muitas coisas acontecendo, sua namorada dava uma festa no andar de baixo, ele estava completamente bêbado, havia acabado de passar mal e agora Yerim, Yerim queria voltar a ser sua amiga. Chang não teve outra reação além se abraçar a garota.

— Ei, ei, calma aí você acabou de vomitar. — disse tentando afastar o Im. 

— Desculpe. — riu se soltando dela. — E agora, o que fazemos? Somos amigos? 

— Eu acho que sim. — ela também riu, meio sem graça. — Mas ei, podemos manter isso entre a gente, por enquanto? 

— Seremos amigos em segredo? Legal, eu gostei! — Changkyun falou animado. 

Ela ainda não estava acreditando que estava fazendo aquela escolha. Talvez, ela só teria feito aquilo por que Chang não fosse lembrar de nada no dia seguinte, e também, ela não era a mais sóbria da festa. E se quando acordasse no dia seguinte, ela se arrependeria de suas ações.

— Você já colocou tudo para fora? — perguntou se referindo ao vômito do garoto. 

— Ah, sim, acho que sim. Vamos descer? 

Yerim concordou. Changkyun pegou sua mão e a guiou de volta para o andar de baixo, mas eles não ficaram na festa, ele a levou para outro lugar, a varanda dos Jeon. Haviam muitas pessoas lá, a maioria nadavam na piscina, mas eles foram para uma parte da área em que não tinha ninguém, atrás de uma grande árvore. 

— Parece muito a árvore da sua casa. — Yeri comentou, e então se sentou no chão ao lado do garoto. 

O Im não disse nada, apenas apoiou a cabeça no ombro da garota, aproveitando o momento em que estavam se uma única briga, ele deveria aproveitar, não sabia se aquilo de fato duraria, ou se era apenas efeito da bebida. Ele sentiu falta daquele calor que sentiam quando estavam juntos. Era tão bom sentir a garota ao seu lado, ao mesmo tempo era um pouco estranho. Fazia algum tempo desde que tinham uma interação saudável, ele estava com receio de que a qualquer momento ela levantasse e começasse a odiar o Im novamente. 

Aparentemente, todos estavam bem na festa, Yeri estava com seu ex-melhor amigo, Joy aproveitava a companhia de Wonho e Irene e Seulgi se beijavam completamente apaixonadas na pista de dança. Mas espere, onde estava Son Seungwan? 

Após a Wendy flagrar Jungkook oferecendo drogas a Changkyun, Hyungwon e ela tiveram a brilhante ideia de também usarem. Passaram todo aquele tempo fumando, e a essa altura, estavam completamente chapados e sem noção do que estavam fazendo. Os dois se encontravam no segundo andar, procurando algum quarto, nem mesmo eles sabiam o porquê de estarem fazendo isso. 

Tentaram a primeira porta do corredor, estava trancada – deveria ser o quarto dos Jeon mais velhos. Wendy empurrou a penúltima porta, que para sua sorte estava aberta, era o quarto de Jungkook. 

— Esse quarto fede cigarros! — Wendy disse ao adentrar, rindo em seguida.

Atrás da Son, o Chae lhe seguia, tão bêbado e chapado quanto ela. Eles abriram o extenso guarda-roupas do Jeon e começaram a pegar algumas roupas, fingindo que eram o rapaz. 

— Olha só para mim, eu estou fantasiada de...qual é mesmo o nome dele? — Seungwan perguntou. 

— Jungkook. — Hyungwon gargalhou.

— É, isso aí, como estou?

— Elegante! 

Hyungwon se aproximou da mais nova e selou seus lábios, os dois se beijaram de um jeito selvagem. Wendy segurou nos ombros de Hyungwon e ambos caíram na cama de Jeon Jungkook, isso não impediu que o beijo parasse. Pouco tempo depois, eles se separaram, ficando lado a lado na enorme cama de casal, em silêncio. 

De repente, Seungwan se levantou da cama e Hyungwon foi atrás. Os dois começaram a examinar todo o quarto de Jeon Jungkook, vendo seus pertences como se fossem grandes avaliadores. Ao chegarem na varanda, Wendy percebeu que havia uma escada que ligava direto para o teto da casa, e foi aí que ela teve uma ideia perigosa. 

— E se nós fossemos até o céu? 

Hyungwon não havia entendido, então franziu as sobrancelhas. 

— Como assim?

— Vamos subir essa escada, vem, me segue.

A garota vestida de minion e o garoto vestido de zumbi começaram a escalar a escada, sem nem mesmo olhar para baixo. A adrenalina corria na veia dos adolescentes, na mente deles aquilo seria incrível e nada perigoso. O vento batendo no rosto deles apenas fazia tudo ficar ainda mais divertido. Wendy imaginava o que sua mãe falaria se a visse naquela situação, e então começou a se empolgar ainda mais com a ideia de ir até o teto da mansão. 

Quando chegaram no topo, não foi muito difícil ficarem em pé, já que o teto era como um chão para eles. A ventania era forte, e a adrenalina ainda mais. 

— Sente só isso! — gritou Wendy. — Uhul! 

E, bastou aquele grito, para que um garoto que estava no térreo percebesse a situação. Choi Youngjae correu o mais rápido que pôde para dentro da casa, chamando a atenção de todos que dançavam. 

— Pessoal, a novata, filha da jornalista da TV, está em cima da casa com Chae Hyungwon! — o Choi gritou. 

Somi foi a primeira a escutar, ela correu para fora sendo seguida por uma multidão de adolescentes curiosos. Joohyun e Seulgi se soltaram ao perceber de que se tratava da amiga. 

— A Wendy, merda Seulgi, não ficamos de olho em nenhuma delas! — Joohyun falou preocupada para a amiga. 

— Vai tentar fazer a Wendy descer de lá, eu procuro pela Joy e Yeri, vai, rápido! — Gritou Seulgi, e então elas se separaram. 

A Kang sabia que Sooyoung estava no andar de cima, só não fazia ideia de qual quarto seria. Irene correu para fora e empurrava todos a sua frente para tentar tirar Wendy daquele lugar. Quando a Bae chegou no lado de fora e conseguiu atravessar todos aqueles adolescentes, muitos deles que estavam gravando a cena, ela gritou o mais alto que pode, para que Seungwan lhe escutasse. 

— Son Seungwan, merda, desce daí maluca! — Irene gritou e conseguiu ouvir alguns burburinhos de fundo. 

— Ei, Bae Joohyun, como está aí em baixo? — Wendy falava alterada enquanto Hyungwon ria alto. 

No andar de cima, Seulgi abriu porta por porta, até que finalmente encontrou Wonho e Joy, na sacada, sentados no chão, rindo de algo que para eles era engraçado.

— Soo, graças aos deuses eu achei você! — Seulgi disse ao ver amiga. — Precisamos descer, rápido, e procurar pela Yerim. A Wendy está em cima do telhado! 

Ao ouvir a fala, Wonho e Sooyoung levantaram em um único pulo, preocupados com a Son. Os três desceram rapidamente enquanto Seulgi tentava explicar o que sabia. Ao voltarem para o térreo, Joy e Hoseok foram para o meio da multidão, enquanto Seulgi gritava desesperadamente por Yerim. 

Atrás da árvore, Changkyun e Yerim riam, bêbados, enquanto lembravam de algumas coisas que faziam no passado. Eles estavam aproveitando a companhia um do outro antes que aquela festa acabasse e todo aquele momento também fosse embora. Yeri não tinha certeza se estava pronta para voltar atrás, ela queria muito, mas apenas não conseguia. Já Changkyun, achava que Yerim estava bêbada, e que talvez no dia seguinte nenhum dos dois se lembrassem daquilo. 

Ao ouvirem a voz de Seulgi gritando pela amiga desesperadamente, eles se levantaram, cessando as risadas e saindo de trás da árvore em seguida. Claro que a Kang havia visto aquela cena, mas ela não tinha tempo para fazer questionamentos. 

— Okay, isso foi estranho, Yerim me conte mais tarde. — Seulgi disse. — Precisamos correr rápido, Wendy ficou louca e está no telhado da casa dos Jeon!

— No telhado, como ela subiu lá? — Yeri perguntou. 

— Pelo quarto do Jungkook! — O Im lembrou. — A Somi me contou que ele tem uma escada no seu quarto, ele gosta de observar as estrelas, ela deve ter subido por lá! 

Ao escutar o nome da namorada do amigo, o coração de Yerim se apertou, e ela não sabia o motivo. 

— Ótimo, vocês me levam até lá e eu os tiro. — Seulgi deu a ideia. 

— O quê, tá maluca, e se cair? — a Kim perguntou. — Não vai subir lá, não mesmo. 

— Turtle, tudo bem, vai ficar tudo bem! — A Kang segurou nos ombros da amiga. — O Im vai comigo, certo? 

Ao pensar que subiria no teto da casa de Somi, o estômago de Changkyun se embrulhou. Ele já não estava muito bom por conta da mistura das bebidas e a droga, imagine se subisse em um lugar alto? Ele iria vomitar tudo o que restava em seu corpo 

— Changkyun, você vai com ela? — Yeri perguntou. 

Quando ele olhou para a Kim e viu aquele olhar lhe pedindo por ajuda, ele não pode negar, e quando deu por si, Yerim estava no meio da multidão e ele guiava Seulgi ao quarto de Jeongguk. O Im engoliu seco quando percebeu que já estava subindo as escadas juntamente de Seulgi. O garoto tentava pensar em coisas alegres que fosse lhe distrair do medo, e em questão de minutos já estavam no teto da mansão. A visão que teve de todos no teto, fez Changkyun ter ânsia. 

A Kang gritava com a Son e o Chae para que descessem de lá, mas Changkyun não prestava muita atenção, ele só se sentia zonzo e com uma enorme vontade de vomitar — pela quinta vez naquela noite. 

O Im não ligou se a Kang já havia conseguido fazer com que os dois loucos e bêbados descessem, ele só quis descer antes que o pior acontecesse. Do térreo, Somi e Yerim estavam vendo que o garoto não estava se sentindo bem, quando ambas as garotas o viram descer, elas correram para dentro onde Chang iria descer. Somi estava preocupada com namorado, então nem ligou que Kim Yerim estava logo atrás de si. 

Ao chegarem ao quarto de Jungkook, Changkyun estava acabando de chegar na sacada, completamente pálido.

— Ai meu Deus, Kyun! 

— Chang! 

As duas falaram ao mesmo tempo, Changkyun se sentiu mais tonto ainda ao ver aquela cena. 

— Kyun, você tá bem? — Somi se aproximou do namorado. 

Naquele momento, Yerim percebeu que não tinha o mesmo direito que Somi. Eles namoravam e eram amigos além de tudo, já Yeri e eles estavam brigados a anos e só voltaram a se falar pela bebida, como Yerim poderia competir com Jeon Somi? A Kim então se afastou, vendo a cena de longe. Aquele não era o lugar de Kim Yerim, não mais. A garota desceu as escadas com uma enorme dor no coração, e ela sabia que a culpa era dela, seus olhos estavam cheios de lágrimas, ela estava frágil, não queria mais ser a Kim-idiota-Yerim, queria voltar a ser a garotinha de sentimentos como antes, que tinha o seu melhor amigo, quando tudo ainda era perfeito. 

Quando voltou ao lado de fora da casa, Seulgi, Wendy, Joy e Irene já estavam lá, provavelmente todas estavam indo embora, depois do vexame de Son Seungwan – ela com certeza iria se arrepender no dia seguinte.

— Finalmente te achamos, Rimmie, vamos embora! — Irene alertou. 

— Não! Eu quero ficar com o Hyunwonnie! — Seungwan disse se debruçando nos braços de Seulgi, quem lhe segurava.

— Tá maluca? Você quase morreu naquele telhado! — Seulgi gritou. 

— Como vamos levar ela para a casa dela desse estado? A mãe dela nunca mais vai deixá-la sair com a gente! — Joy falou cruzando os braços. 

— Gigi vai dormir na minha casa, vou levar a Wendy também, meus pais devem ter algum remédio para essa ressaca. — Joohyun falou já tirando as chaves do carro de sua bolsa. 

— Eu não bebi! — Wendy fingiu chorar. — Foram as drogas, perguntem ao Changkyun!

Drogas? Chang estava drogado?, Yerim pensou.

— Que merda você tá falando, Wendy? — Seulgi lhe encarou. 

— Ela deve estar bêbada, vamos logo, quero dormir! — Sooyoung falou saindo na frente das amigas.

Joohyun ajudou a namorada a segurar Seungwan e Yerim ia logo atrás. Sua mente estava confusa, Changkyun estava se drogando? Em que mundo aquele garoto tinha entrado. As conversas que tiveram durante a noite rodavam a cabeça da morena. Yeri não queria admitir, mas sua mãe tinha razão, ela ainda gostava de Im Changkyun – apenas não sabia em que sentido. 

Não demorou muito para chegar em seu condomínio, as garotas lhe deixaram em casa e ela subiu direto para seu quarto. Seus pais já estavam dormindo, então nem perceberam a chegada de Kim. 

Yerim abriu a janela de seu quarto, se deparando com o quarto do Im, completamente vazio. A visão que teve de Somi cuidando de Changkyun também era algo que ficava várias e várias vezes aparecendo em sua mente. 

Ela pensava apenas uma coisa: Quem deveria estar ali, naquele lugar, sou eu. 

Kim Yerim teve uma certeza naquela noite, ela queria se permitir. Se permitir a ter Im Changkyun de volta e ela conseguiria. Custe o que custar. 

FINALMENTE!! Esse especial de Halloween virou quase um de Natal, mas finalmente saiu.

Esse é o capítulo mais longo que já escrevi pra essa fanfic – e sinceramente meu favorito.

Sim, gatilhos e mais gatilhos nesse capítulo, eu avisei!

A Yeri percebeu tarde de mais que precisa do Changkyun, que pena.

Próximo capítulo posso demorar um pouco por questões de que: Agora trabalho, não estou mais atoa kakakak.

Ainda sobre o capítulo doze: Muitas exposições!