𝒕𝒓𝒆̂𝒔. o dia da família em hogwarts.
TRÊS. o dia da família em hogwarts.
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Dumbledore não era conhecido por métodos convencionais, e quando ele decidiu acordar todos os alunos para a cerimônia importante, não usou simplesmente um encanto sonoro, mas algo mais ousado: um despertador encantado que mais parecia um trovão em miniatura. Enquanto os primeiros raios de sol começavam a iluminar o céu, o som estridente ecoou por todos os dormitórios de Hogwarts.
Evie estava profundamente imersa em um sono tranquilo, talvez o melhor que teve nos últimos tempos. Sua mente estava cheia de pensamentos sobre as descobertas que fizera na noite anterior, especialmente os manuscritos misteriosos. Ela estava sonhando com imagens enigmáticas quando o barulho súbito a despertou.
Seu corpo saltou da cama, o coração disparou, e por um breve momento, ela não tinha ideia do que estava acontecendo. Quando finalmente se deu conta de que estava ouvindo o alarme ensurdecedor do diretor, ela olhou para o lado e viu seu despertador com um rosto animado e perturbador estampado nele. Dumbledore sempre gostava de uma entrada dramática.
Evie sentou-se na cama, esfregando os olhos cansados, enquanto a cacofonia diminuía aos poucos. O sorriso perturbador do despertador parecia zombar dela, e ela o pegou e o jogou de volta na mesa de cabeceira.
"Merlin, Dumbledore. Um simples feitiço sonoro não era suficiente?" , Ela resmungou para si mesma enquanto se preparava para enfrentar o dia, lembrando-se das descobertas que a aguardavam e do reencontro com seus pais. Ficou grata por estar alerta, mas certamente preferiria ter acordado de uma maneira menos estridente.
Evie sabia que o dia que a aguardava seria repleto de atividades e emoções. Ela sabia que iria passar a manhã inteira sem a companhia de Theo, Pansy e Draco, e achou uma ótima oportunidade de conversar com seus colegas de casa. Enquanto se vestia, ela optou por usar seu cardigan azul-marinho por cima da tradicional blusa de botões branca e da gravata que tinha o mesmo azul característico de sua casa. Ajeitando seus cabelos castanhos que caíam em suaves ondas, ela se sentiu pronta para o dia que começava. Com passos determinados, Evie dirigiu-se ao Salão Principal para desfrutar de um café da manhã na mesa da Corvinal.
Enquanto aproveitava seu café da manhã, ela não pôde deixar de pensar em Theo Nott, que estava claramente ansioso para provocá-la com suas brincadeiras. Ela sabia que, em algum momento, ele encontraria uma maneira de se aproximar dela e lançar suas piadas e flertes característicos. Por mais que isso a irritasse, também a fazia sorrir.
A atmosfera no Salão Principal era uma mistura de excitação e expectativa à medida que o dia se desenrolava. Todos os alunos de Hogwarts estavam prontos para as atividades que os esperavam, ansiosos para reencontrar suas famílias e celebrar a magia da escola juntos.
Após o breve café da manhã, Evie seguiu para a Ala dos Alunos da Corvinal, para pegar algumas decorações a pedido do professor Flitwick, diretor da casa, para levá-los ao Salão Principal onde a cerimônia seria realizada. Enquanto o grande salão se enchia de alunos de todas as casas, ela encontrou um lugar na mesa da Corvinal, entre Luna Lovegood e Cho Chang. As duas colegas de Casa estavam envolvidas em uma conversa animada sobre as últimas edições do Profeta Diário e a busca por criaturas mágicas raras nos terrenos de Hogwarts. Evie se uniu a elas, e o tópico da conversa logo se voltou para os livros que as três estavam lendo no momento.
Luna, com seu jeito peculiar, começou a falar sobre um livro raro que tinha lido recentemente. "Vocês já ouviram falar de 'As Criaturas Mágicas Desconhecidas do Extremo Oriente'? É um livro verdadeiramente fascinante! Fala sobre criaturas mágicas pouco conhecidas, como o Sino-Dragão do Vietnã e o Elefante Alado de Sumatra. É uma leitura tão inspiradora."
Cho assentiu, com um sorriso. "Ah, sim, eu li esse livro também. Ele realmente expande nosso conhecimento sobre a magia ao redor do mundo. Mas meu favorito ainda é 'Segredos das Bruxas na Idade Média'. Gosto de aprender sobre como as bruxas antigas lidavam com magia e como isso influenciou nossa sociedade atual."
Evie concordou com as amigas. "Eu acho que esses livros são incríveis. Para mim, o clássico 'Mil Maneiras de Encantar: Uma Análise das Práticas Mágicas' sempre terá um lugar especial em meu coração. É um guia maravilhoso sobre diferentes feitiços, encantamentos e rituais mágicos. E a maneira como o autor explora a magia como uma forma de expressão artística é realmente inspiradora."
Enquanto Evangeline Vaillant, Cho Chang e Luna Lovegood trabalhavam nas decorações da Corvinal no Salão Principal, elas não podiam deixar de notar Theo se aproximando da mesa da Corvinal com um sorriso travesso. Evie quase revirou os olhos sabendo que sua paz tinha acabado.
"É, é isso mesmo, étoile. Só estou tentando alegrar o seu dia." , disse Theo com um sorriso confiante.
Evie rolou os olhos, mas não pôde evitar um sorriso. "Theo, você tem um jeito único de alegrar o dia de alguém, definitivamente. É irritante, mas funciona."
Theo riu. "Pelo menos tenho um talento especial. Mas sério, Evie, você parece tensa. Está tudo bem?"
Evie suspirou, parando por um momento em seu trabalho. "Ansiosa com tudo, só isso." Theo pareceu considerar isso por um momento. "Não sei como você consegue fazer isso."
"Isso o quê?"
"Fazer piadas como se não estivesse ansioso também."
"É um talento natural", disse Theo, com um sorriso convencido. Evie ficou quieta por um momento quando percebeu quase todos os seus colegas de casa olhando para ela e Theo.
"Todos estão olhando para nós." , disse Evie aflita. Ela odiava ser o centro das atenções, principalmente quando incluía suas coisas pessoais, como suas piadas internas com Theo.
"Evie, eles estão olhando porque sabem que estamos nos divertindo. Você é meu alvo preferido, e todos adoram ver como você lida comigo."
Enquanto continuavam decorando, Theo fez uma pausa para pegar uma bandeirinha azul e prata, e ofereceu a Evie. "Vamos lá, só mais uma. Você pode sobreviver."
Evie pegou a bandeirinha colorida de sua mão e começou a colocá-la em um dos pilares. "Só mais uma, então prometo que vou tentar relaxar."
Theo piscou para ela com uma expressão divertida. "Promessa aceita, étoile." E eles continuaram decorando, com Theo fazendo suas brincadeiras e Evie tentando não se deixar afetar. " Mas e então, étoile, alguma descoberta mágica incrível ontem à noite? Algo que queira compartilhar comigo?"
Evie riu, sabendo que a curiosidade dele era genuína. "Não ainda, Theo. Vai ter que esperar."
Depois do almoço, os alunos de Hogwarts tiveram um merecido descanso antes das cerimônias daquele dia. Evie decidiu passar o tempo na Sala Comunal da Sonserina, onde havia menos agitação. Ela sabia que alguns alunos da Sonserina poderiam olhar para ela com soberba, especialmente porque ela estava participando das cerimônias para representar sua casa, a Corvinal.
Enquanto Evie descansava e lia um livro, alguns estudantes da Sonserina começaram a cochichar e lançar olhares maldosos em sua direção. Ela tentou ignorar a situação, mas não demorou muito para que Draco Malfoy interviesse.
Draco se aproximou do grupo de estudantes, com uma expressão séria no rosto. "Há algum problema aqui?", ele perguntou, seu tom de voz carregado de autoridade.
Um dos alunos que estavam implicando com Evie tentou se defender. "Nós apenas achamos que ela está no lugar errado. Deveria estar com os corvinos."
Draco olhou para o garoto com um olhar gélido. "E desde quando cabe a vocês, idiotas, decidirem onde cada um deve estar? Evie é uma amiga nossa, e ela pode descansar onde bem entender."
Os outros estudantes da Sonserina começaram a se sentir desconfortáveis com a situação e começaram a se afastar. Draco deu um passo à frente, aumentando ainda mais sua presença intimidadora.
"É melhor que não haja mais nenhum problema aqui", ele advertiu, e os alunos da Sonserina rapidamente se dispersaram.
Evie agradeceu a Draco com um sorriso caloroso. "Obrigada, Draco. Você é realmente incrível."
Ele encolheu os ombros com uma expressão de superioridade. "Está tudo bem, Eviezinha. Se esses idiotas te incomodarem novamente, pode deixar que eu e Theo resolvemos pra você."
"Tudo bem, Malfoy." Evie deu uma risada após as palavras de Draco.
Mais tarde, Evie subiu com Pansy para o quarto de Theo e Draco. Os quatro amigos se acomodaram em suas camas, relembrando histórias engraçadas e compartilhando segredos íntimos de suas aventuras em Hogwarts. O clima estava descontraído e aconchegante, e todos estavam ansiosos para as cerimônias daquela tarde. Pansy e Evie estavam dividindo a cama de Theo, Draco estava em sua própria cama e Theo havia sido agraciado com um colchão no chão.
Enquanto conversavam, o cansaço do dia agitado se fez sentir, e eles começaram a bocejar. Draco bocejou exageradamente, provocando risadas de todos. "Acho que a combinação de trabalho duro e comilança me deixou sonolento."
Theo zombou. "Você não fez nada, Draco."
"Eu sei, mas fiquei cansado de ver vocês trabalhando." , Draco diz simples, cruzando os braços para trás da cabeça.
No meio da descontração e das risadas, Evie decidiu que era hora de abordar um assunto que a estava incomodando há algum tempo. Ela olhou para seus três amigos com uma expressão um pouco preocupada.
"Vocês notaram que não vemos o Lorenzo e a Helena desde o início das aulas? Não os vi na sala comunal da Sonserina, na sala de aula ou em lugar nenhum."
"Depois que eles começaram a namorar, não se desgrudam mais." , disse Pansy sorrindo. "Mas eles são incrivelmente fofos juntos."
"Nojentos, isso sim." , Draco afirmou.
"Isso é porque você é incapaz de amar alguém se não for você mesmo, Draco." , Theo disse olhando para o teto.
"Sim, ele fala isso porque nunca se apaixonou." , Evie concorda com o comentário de Theo.
"Amor é para idiotas."
Conforme a conversa fluía com os três se voltando contra Draco e sua incapacidade de amar, o cansaço da manhã agitada se fez sentir, e um a um, eles começaram a bocejar e a sentir os olhos pesados. Finalmente, o sono venceu, e o quarteto caiu no sono, prontos para enfrentar o que a tarde reservava.
Evie voltou para seu dormitório na Corvinal para se arrumar para a cerimônia, após acordar de seu cochilo renovador de 2 horas. Ela escolheu um moletom azul aconchegante que se destacava pela cor vibrante. Complementando o moletom, vestiu uma calça branca e calçou um par de botas pretas elegantes. Para dar um toque de sofisticação e mostrar seu orgulho pela casa Corvinal, colocou uma tiara azul em seu cabelo, combinando com a cor do moletom. Pronta para enfrentar o dia cheio de eventos, Evie saiu do dormitório com um sorriso confiante no rosto.
Evie não podia conter sua empolgação ao ver seus pais se aproximando. Seu coração saltou de alegria quando eles a abraçaram e trocaram afagos calorosos. Sua mãe, Lolie Vaillant, tinha um sorriso afetuoso no rosto e seus olhos brilhavam de orgulho enquanto observava a filha. Seu pai, Charlie Vaillant, apertou-a com força em um abraço caloroso e beijou-lhe a testa.
Charlie olhou para sua filha com ternura. "Está se saindo bem em Hogwarts, minha estrela?"
Evie assentiu, ainda sorrindo. "Está tudo indo muito bem, papai."
Lolie interveio com uma expressão gentil. "Estamos tão orgulhosos de você, Evie. Esperamos que continue aproveitando sua jornada na escola."
Enquanto os pais de Evie conversavam com ela, Theo, Draco, Pansy, Lorenzo e Helena também se reuniram com suas famílias. Evie observou com carinho as interações entre seus amigos e seus pais. Era encantador ver as diferentes personalidades familiares e afeições compartilhadas. Lorenzo e Helena finalmente resolveram aparecer após mais de uma semana sumidos. E o quarteto que estava sempre junto, não pode deixar as piadinhas de lado.
Evie sorriu enquanto olhava para o casal, balançando a cabeça com um ar travesso. "Bem, olhem só para esses dois. Desaparecendo juntos o tempo todo, hein?"
Pansy acrescentou com um sorriso malicioso. "Isso mesmo. Deveríamos nomeá-los 'O Casal Desaparecido'."
Theo entrou na brincadeira, rindo. "Ei, talvez eles estejam treinando para o Torneio Tribruxo como uma dupla secreta."
Draco deu uma risada sarcástica. "Ou talvez eles tenham se escondido do Flint e perderam o caminho de volta." Além de Draco, Pansy, Theo e Evie gargalharam alto.
"Muito maduro, pessoal. Muito maduro." , Lorenzo bufou, enquanto Helena sufocava uma risada.
Theo aproveitou o momento para fazer uma piada, arrancando risos de Evie. Ela riu e o cutucou de leve, agradecendo por conseguir arrancar um sorriso dela. Quando Evie olhou para Theo, ele inclinou-se e sussurrou em seu ouvido: "Eu estava ansioso para vê-la de novo, étoile."
Ela revirou os olhos, mas não conseguiu esconder um sorriso. "Você me viu não tem nem uma hora, Theodore."
Ele piscou de maneira travessa. "Isso faz parte do meu charme, Evangeline."
Enquanto as famílias conversavam e se confraternizavam, Evie, Theo, Draco, Pansy, Lorenzo e Helena compartilharam momentos de amizade. Era um dia especial que os unia, e eles estavam determinados a aproveitá-lo ao máximo. Quando o diretor Dumbledore anunciou o início da cerimônia, os alunos e suas famílias seguiram em direção ao local da comemoração. Evie estava ansiosa pelo momento de união e celebração. Por mais que soubesse das diferenças e tensões que existiam entre algumas famílias, ela esperava que o espírito do dia pudesse trazer alguma harmonia.
E com isso, Evie pensava a respeito do pai de Theo, que conseguia ser mais desnecessário que Lucius Malfoy. Quando Darius Nott se aproximou da mesa, a tensão se fez sentir. O Nott mais velho mal cumprimentou o filho, passando por ele com um olhar frio e desinteressado. Theo engoliu em seco, trocando um olhar de desculpas com seus amigos. A atitude de Darius Nott era um reflexo do relacionamento tenso entre pai e filho, e Theo sabia que não podia esperar muito mais dele.
Quando Darius murmurou as palavras cortantes, "Vamos acabar logo com isso." Theo sentiu um arrepio de desconforto percorrer sua espinha. Era evidente que seu pai não estava ali para desfrutar da companhia deles e não tinha paciência para as brincadeiras e piadas que costumavam compartilhar.
Theo sentia falta da mãe, mas parecia pior nesses dias comemorativos. A perda da mãe de Theo, quando ele tinha apenas 5 anos, foi um momento difícil e doloroso em sua vida. Desde então, ele carregou consigo a ausência dela e a profunda saudade que sentia. Sua mãe representava amor, segurança e carinho, e a falta dela era uma ferida que nunca cicatrizava por completo.
Theo frequentemente recordava os momentos felizes que passou ao lado dela, suas histórias antes de dormir e as risadas compartilhadas. A saudade da mãe de Theo era uma constante em sua vida, uma presença que nunca o abandonava.
Essa perda também o tornou mais sensível às emoções e às relações pessoais. Ele aprendeu a valorizar aqueles que estavam presentes em sua vida, especialmente seus amigos como Evie, Draco e Pansy, que se tornaram uma espécie de segunda família para ele.
Theo Nott era um mestre em esconder suas emoções dos outros, mantendo uma máscara de seriedade e compostura na frente dos demais. No entanto, Evangeline Vaillant tinha um entendimento profundo dele, conseguindo enxergar através dessa fachada. Enquanto estavam na mesa, Evie percebia o peso que Theo carregava, mesmo que ninguém mais notasse. Ela encontrava maneiras sutis de mostrar seu apoio e carinho, como cutucar seus pés por baixo da mesa. O toque era como um lembrete silencioso de que ela estava ali para ele, compartilhando o fardo de suas emoções. E em resposta, Theo oferecia a Evie um sorriso, um sinal de gratidão por sua compreensão e apoio. Mesmo quando o mundo parecia desmoronar ao seu redor, a presença de Evie era um raio de luz que o ajudava a enfrentar suas tristezas e incertezas.
Apesar da tensão, a jovem Vaillant irradiava alegria, seu sorriso iluminava o ambiente. Evie, Draco, e Pansy, sabendo que o momento da cerimônia estava se aproximando, tentaram criar um clima leve e descontraído para dissipar a tensão causada pelo pai de Theo. Fizeram piadas sobre o relacionamento de Evie com Lorenzo e Helena, que haviam estado um pouco ausentes nas últimas semanas.
Theo, com seu jeito brincalhão, provocou Evie, dizendo: "Ei, Evie, você acha que eles estão tramando um plano secreto juntos?"
Evie riu e lançou um olhar zombeteiro para Theo. "Bem, eles estão bem misteriosos ultimamente. Quem sabe estejam planejando algo grande!"
A conversa divertida entre os amigos serviu para aliviar a tensão momentânea, e todos estavam determinados a fazer do Dia da Família um evento memorável, independentemente das atitudes de alguns pais. Evie estava pronta para criar lembranças felizes naquele dia especial.
A cerimônia das homenagens às famílias e aos bruxos que perderam suas vidas durante a Primeira Guerra Bruxa era um evento solene e comovente em Hogwarts. O Salão Principal estava decorado com velas bruxas que lançavam uma luz suave, criando uma atmosfera respeitosa e séria.
Os alunos e seus pais se reuniram no Salão, aguardando o início da cerimônia. O Diretor Dumbledore se aproximou do pódio com seu característico ar de sabedoria e benevolência. Sua voz calma ecoou pelo salão enquanto ele discursava sobre a importância de lembrar daqueles que deram suas vidas para proteger a comunidade bruxa.
"Estamos aqui hoje para prestar nossas homenagens àqueles que sacrificaram tudo para que possamos viver em um mundo livre de trevas. A Primeira Guerra Bruxa deixou cicatrizes profundas em nossa comunidade, mas também nos mostrou a resiliência e a coragem que os bruxos e bruxas são capazes de demonstrar quando unidos pelo bem comum. Neste dia, honramos as memórias daqueles que não estão mais entre nós e renovamos nosso compromisso de lutar pela paz e pela justiça."
Dumbledore fez uma pausa, olhando para a plateia com seus olhos azuis penetrantes. Então, continuou: "Cada vela que acenderemos hoje representa uma vida perdida, um ente querido que não podemos mais abraçar. Mas também simboliza a luz da esperança que nunca deve se apagar. Vamos lembrar e celebrar suas vidas, não apenas suas mortes."
Após o discurso de Dumbledore, foi a vez dos alunos e seus pais homenagearem aqueles que haviam partido. Cada aluno se aproximou do pódio com uma vela e uma varinha. A cerimônia das varinhas estava prestes a começar, e os rostos dos alunos expressavam uma mistura de tristeza e respeito.
Enquanto os alunos se preparavam para acender as velas, Evie, Theo, Draco e Pansy conversavam entre si, compartilhando suas memórias e histórias sobre os entes queridos que haviam perdido. Era um momento de conexão entre amigos, um lembrete de que, apesar das casas diferentes em Hogwarts, todos compartilhavam a dor da perda.
Evie se aproximou do pódio com sua varinha e a vela nas mãos. Ela acendeu a vela com reverência, pronunciando o nome de seus antepassados Vaillant em um sussurro. As chamas dançantes iluminaram seu rosto, e ela sentiu a energia mágica fluir de sua varinha para a chama, como se estivesse conectada com aqueles que haviam partido.
A cerimônia das varinhas continuou, com cada aluno e seus pais prestando suas homenagens silenciosas. Era um momento de unidade e lembrança, e, à medida que as velas se acendiam, a sala se enchia de uma luz colorida, representando a memória daqueles que haviam sido perdidos, mas que nunca seriam esquecidos.
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A tensão no quarto era palpável enquanto Evie explicava a seus pais tudo o que havia descoberto naquela semana. Ela mostrou os manuscritos antigos e a carta misteriosa, com a caligrafia que parecia ser de alguém que conhecia muito bem. A expressão em seu rosto denunciava sua angústia, e ela esperava uma reação imediata de seus pais.
Seu pai, Charlie Vaillant, olhava para os manuscritos e a carta com uma expressão séria e pensativa. Era raro vê-lo tão rígido, pois normalmente era o engraçadinho da família, sempre pronto para fazer piadas e irritar sua esposa Lolie com suas brincadeiras. No entanto, naquele momento, ele parecia estar levando a situação muito a sério.
Sua mãe, Lolie, estava sentada em silêncio, observando a conversa com uma expressão tranquila. Ela não se intrometia nas palavras de Evie, o que era incomum para ela, pois geralmente era a voz da razão e da empatia na família.
Quando Evie terminou de falar, Charlie suspirou profundamente antes de falar. Sua voz estava firme e autoritária, uma raridade vinda dele. "Evangeline, entendo sua preocupação, mas você está tirando conclusões precipitadas. Talvez essa seja uma brincadeira de mau gosto de alguém de sua casa, ou quem sabe de outra casa, tentando criar drama. Não podemos tirar conclusões precipitadas baseadas em caligrafias. É uma perda de tempo."
As palavras de seu pai a atingiram como um golpe. Ela esperava que seus pais acreditassem em suas descobertas, mas Charlie estava sendo implacável. Lolie finalmente rompeu o silêncio com sua voz serena. "Ele está certo, Evie. Talvez seja melhor não se aprofundar nisso. Não há nada que possamos fazer agora, e nossa prioridade é cuidar de nossa família e mantê-la segura."
Evie estava perplexa com a reação de seus pais. Eles sempre a apoiaram em suas buscas por conhecimento e descobertas, mas agora estavam pedindo a ela que desistisse de algo que considerava importante. Ela não queria ignorar o que tinha descoberto.
Com um suspiro, ela olhou novamente para eles. "Não... Me desculpem, mas não."
Charlie olhou para a filha com uma expressão de pura fúria. "Não?"
"Eu acho que isso é uma decisão minha. Só eu sei que hora parar. Eu acho isso importante, e vou continuar... Vocês não vão me impedir!" , Evie disse com raiva.
Podia não parecer, mas, essa foi a coisa mais radical que ela já fez. Evangeline Vaillant, nunca, em toda sua existência, havia falado dessa maneira com Charlie e Lolie. Mas Evie não conseguia ignorar completamente o aperto em seu peito. Algo não estava certo, e ela tinha a sensação de que a resposta estava lá, à espreita, aguardando ser descoberta. Mesmo que seus pais pedissem que ela deixasse o assunto de lado, ela não conseguia evitar a sensação de que havia algo mais acontecendo do que eles estavam dispostos a admitir.
Evie não conseguia acreditar na audácia de seus pais, e a revolta a inundava enquanto ela saía furiosa do dormitório. Cada passo pelo corredor era carregado de frustração e determinação. Seus pais simplesmente pareciam não entender o quão importante era para ela desvendar esses mistérios, e aquilo a deixava enfurecida. Suas emoções fervilhavam, enquanto ela andava pelo corredor, perdida em seus pensamentos e na iminente briga que teve com seus pais, que não percebeu o que estava acontecendo à sua frente até que quase colidiu com uma cena que a fez parar abruptamente.
Theo estava sentado no chão escuro do corredor, gemendo de dor, mas com força o suficiente para acender seu cigarro. A fraca luz das tochas revelava seu olho roxo e seu lábio cortado. No momento em que Evie o viu, seu coração se apertou de preocupação. O choque a fez parar, ela olhando para Nott naquele estado vulnerável e cansado, sentia que estava ficando sem forças também. Ela correu até ele, ignorando o que poderia estar acontecendo com ela, preocupada apenas com o estado de Theo.
"Theo?" , ela o chamou, seu tom carregado de ansiedade. "O que aconteceu? Quem fez isso com você?"
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