𝒅𝒆𝒛𝒆𝒔𝒔𝒆𝒊𝒔. ❛ apenas eu e você ❜
DEZESSEIS. "apenas eu e você"
Enquanto a noite caía sobre Hogwarts, os pesadelos de Theo se intensificavam, tornando-se uma presença constante e opressiva em sua vida. A cerimônia da Marca Negra se aproximava rapidamente, e o medo e a pressão eram insuportáveis. Em seus sonhos, ele via escuridão, dor e uma servidão eterna ao Lorde das Trevas. Essas imagens horríveis o perseguiam, deixando-o sem descanso. Ele acordava suando, com os gritos e as risadas maléficas ainda ressoando em sua mente.
Nos corredores de Hogwarts, Evie notou a mudança em Theo. Ele estava mais silencioso, mais distante. Seus olhos, antes cheios de vida e determinação, agora estavam cansados e atormentados.
"Theo, você está bem?" , ela perguntou, tocando gentilmente seu braço, tentando alcançar a parte dele que estava se escondendo.
"Apenas pesadelos" , ele murmurou, a dor evidente em seu rosto. Tentou sorrir para ela, mas o gesto parecia forçado. "O mesmo de sempre."
Evie franziu a testa, preocupada. "Quer conversar sobre isso? Talvez ajude."
Theo balançou a cabeça, desviando o olhar. "Não quero te preocupar mais do que já faço... E, além disso, não é importante."
"Se está fazendo você ter insônias de novo, é importante."
Theodore sorriu, mas o sorriso não alcançou seus olhos. Ele sabia que precisava mudar de assunto, afastar a conversa dos pesadelos e das sombras que o cercavam. Não queria que Evie soubesse da Marca Negra, pelo menos não ainda. A responsabilidade e o medo que sentia eram fardos que ele ainda não estava pronto para compartilhar com ela.
"Você quer jantar em Hogsmeade comigo mais tarde?"
"Claro, Theo" , Evie deu um sorriso.
"Apenas eu e você..." , ele sussurrou, observando as bochechas de Evie corarem.
"Tudo bem. Te vejo mais tarde" , Evie deu um beijo rápido na bochecha de Theo e andou até desaparecer pelo corredor.
Theo ficou ali por um momento, observando Evie se afastar. A culpa e a preocupação lutavam dentro dele. Ele queria protegê-la, mas sabia que estava apenas adiando o inevitável. Eventualmente, ela descobriria a verdade sobre a Marca Negra e tudo o que isso significava. Mas até lá, ele se agarrava a esses momentos de normalidade, tentando encontrar alguma força e coragem para enfrentar o futuro.
Com um suspiro, Theo se virou e começou a caminhar em direção à sala comunal da Sonserina. Precisava encontrar uma maneira de lidar com seus pesadelos e com a pressão da cerimônia que se aproximava. Enquanto isso, esses momentos com Evie eram um lembrete de que ainda havia algo bom em sua vida, algo pelo qual valia a pena lutar.
Ele encontrou algum consolo em Draco Malfoy. Somente a Draco ele revelou a verdade sobre seus pesadelos. Numa noite, enquanto os outros dormiam, Theo e Draco conversavam no dormitório da Sonserina.
"Esses sonhos estão me matando, Draco" , Theo confessou, sua voz um sussurro desesperado. "A cerimônia está se aproximando e... não sei se consigo."
Draco colocou a mão no ombro de Theo, um gesto raro para o normalmente frio Malfoy.
"Vamos passar por isso, Theo" , ele disse com uma firmeza que contrastava com seu habitual cinismo. "Pelo menos estamos juntos. Praticamente na morte, mas estamos juntos."
A tarde se transformava em noite enquanto Theo e Evie caminhavam em direção a Hogsmeade. O ar estava frio, e as primeiras estrelas começaram a aparecer no céu escuro. Ele se sentia nervoso, mas determinado a aproveitar um momento de paz ao lado de Evie, longe das sombras que o atormentavam.
Os Três Vassouras estava aconchegante e animado, cheio de alunos e habitantes de Hogsmeade. Encontraram uma mesa num canto mais tranquilo e se sentaram, as canecas fumegantes diante deles.
"É bom estar aqui com você" , disse Theo, observando Evie com brilho nos olhos. "Preciso de momentos assim para esquecer um pouco de tudo."
"Eu também, Theo" , respondeu ela, pegando sua mão sobre a mesa. "E você sabe que pode contar comigo, não é? Eu me preocupo com você."
Theo apertou suavemente a mão dela, apreciando o conforto que isso lhe trazia.
"Sei disso, étoile. E agradeço muito. Você torna tudo um pouco mais fácil de suportar."
Eles conversaram sobre coisas diversas, riram de piadas e desfrutaram da companhia um do outro. A cada sorriso de Evie e a cada gargalhada compartilhada, Theo sentia os pensamentos sombrios que o assombravam se afastarem, mesmo que por um breve momento.
Conforme saíam de Hogsmeade, caminhando lado a lado, suas mãos se encontraram naturalmente, entrelaçando os dedos em um gesto espontâneo e cheio de significado. A brisa fria da noite trazia consigo o aroma fresco das árvores e o som distante do vento entre as folhas, criando uma atmosfera de paz e intimidade. O silêncio confortável os envolveu, permitindo que apreciassem a presença um do outro sem a necessidade de palavras.
À medida que avançavam pela trilha iluminada pela lua, o ritmo de seus passos sincronizava-se, e Theo sentia uma leveza que não experimentava há muito tempo. O calor da mão de Evie na sua era um lembrete de que ele não estava sozinho, de que havia alguém ali para apoiá-lo, independentemente das dificuldades que enfrentava.
Evie, por sua vez, sentia uma conexão profunda com Theo. Cada passo ao lado dele reforçava seu desejo de estar presente e ajudá-lo a carregar o peso que parecia esmagá-lo. Ela olhou de relance para Theo, notando a expressão um pouco mais relaxada em seu rosto, e sentiu uma onda de ternura e determinação.
"Sabe, Theo" , disse ela suavemente, quebrando o silêncio. "Mesmo que você não queira falar sobre o que está acontecendo, quero que saiba que estou aqui para você. Sempre."
Theo apertou levemente a mão de Evie, um pequeno sorriso surgindo em seus lábios.
"Eu sei."
Eles continuaram caminhando, deixando que o silêncio confortável retomasse seu lugar. Cada momento compartilhado, cada olhar trocado, fortalecia o vínculo entre eles, tornando a jornada de volta a Hogwarts não apenas um percurso físico, mas também um caminho de compreensão e apoio mútuo. Sob a luz suave das estrelas, a conexão entre Theo e Evie se aprofundava, prometendo força e amizade para enfrentar os desafios que estavam por vir.
Ao chegarem à entrada da sala comunal da Grifinória, Theo sentiu um misto de nervosismo e determinação. Ele não queria que a noite terminasse sem expressar o que sentia. Evie, percebendo a hesitação de Theo, virou-se para ele com um sorriso acolhedor.
"Obrigada por hoje."
Theo respirou fundo, reunindo coragem. Seu coração batia acelerado, e ele sabia que aquele era o momento certo.
"Evie, eu..." começou ele, sua voz suave e um pouco trêmula. "Estou apaixonado por você... Acho que sempre estive. Por você foi... Você é a melhor coisa que já me aconteceu." os olhos de Evie brilhavam enquanto Theo continuava falando. "Você é a porra do amor da minha vida."
Theo inclinou-se lentamente, seu coração batendo acelerado, e com delicadeza aproximou-se de Evie. Ele sentia a tensão no ar, mas também a conexão inegável entre eles. Com um movimento cuidadoso, seus lábios encontraram os dela. O beijo foi terno e cheio de emoção, uma mistura de alívio e desejo reprimido, transmitindo tudo o que ele não conseguia expressar em palavras.
Por um momento, o tempo pareceu parar. A suavidade dos lábios de Evie contra os seus, a leve pressão e o calor, tudo isso criou um elo profundo e íntimo entre eles. Theo sentiu uma onda de emoções que iam desde o medo e a incerteza até a esperança e o afeto. Ele desejava que esse momento pudesse durar para sempre, que as sombras e os pesadelos fossem afastados pela luz do sentimento que compartilhavam.
Evie, ao mesmo tempo, fechou os olhos, permitindo-se ser levada pela intensidade do momento. Ela sentiu a sinceridade e o afeto de Theo no beijo, cada segundo reforçando a conexão que existia entre eles. Era como se, naquele instante, todas as preocupações e medos de Theo fossem compartilhados com ela, e ela queria mostrar-lhe que ele não estava sozinho.
Quando finalmente se afastaram, seus olhos se encontraram, cheios de uma nova compreensão. Theo viu o brilho nos olhos de Evie, uma mistura de surpresa e felicidade que aquecia seu coração.
"Eu te amo, étoile." , disse Theo, sua voz cheia de ternura, seus olhos fixos nos de Evie, refletindo a sinceridade e a profundidade de seus sentimentos.
"Eu te amo, Theo." , respondeu Evie, com a mesma intensidade, seus olhos brilhando com uma mistura de felicidade e emoção.
Theo sorriu, sentindo uma onda de alívio e felicidade inundar seu coração. Ele sabia que ainda havia muitos desafios pela frente, mas naquele momento, com Evie ao seu lado, sentia-se mais forte. A pressão e o medo pareciam um pouco mais suportáveis com o amor que compartilhavam.
Evie sorriu, e Theo a puxou novamente para um beijo, mas este era mais profundo e necessitado, como se precisassem um do outro há anos. O beijo era uma promessa silenciosa, um vínculo que selava o amor e o apoio mútuo que ambos estavam dispostos a oferecer, independentemente das dificuldades que enfrentassem.
"Sóbrios agora." , disse Theo, ainda abraçando a cintura de Evie, não querendo deixá-la ainda.
Evie deu uma risada baixa, seu riso suave e musical. "Sóbrios."
Theo sabia que deveria ir, mas cada fibra do seu ser resistia a se afastar. Ele suspirou suavemente, a relutância evidente em seu rosto.
"É melhor eu ir andando" , disse ele suavemente, embora sua voz traísse a hesitação. Lentamente, afrouxou os braços da cintura de Evie, passando a segurar seu rosto com carinho, os polegares acariciando suas bochechas.
"Tudo bem" , sussurrou Evie, sentindo uma pontada de tristeza por deixá-lo naquele momento. Ela sabia que ele precisava dela tanto quanto ela precisava dele.
"Boa noite, étoile" disse Theo, se afastando lentamente, seu olhar ainda fixo em Evie.
"Boa noite, Theo" , respondeu ela, dando-lhe um último olhar carinhoso antes de se virar para entrar na sala comunal.
Quando Evie estava prestes a desaparecer além do retrato, Theo a chamou de novo, sua voz urgente.
"Evie, espera..."
Ela parou e olhou para ele, um sorriso esperançoso se formando em seus lábios.
"Só um último..."
Ele cruzou a distância entre eles rapidamente, segurando as bochechas de Evie com as mãos e dando-lhe um último beijo apaixonado. Esse beijo era cheio de promessas não ditas, de apoio incondicional e de amor profundo que os sustentaria nos tempos difíceis.
Quando finalmente se afastaram, Theo sorriu, seu coração batendo forte.
"Agora eu vou."
Evie acenou, seus olhos ainda brilhando com a intensidade do momento.
"Boa noite, palhaço."
Enquanto se afastava, Theo sentia-se mais leve. O peso dos seus pesadelos ainda estava lá, mas agora, com o apoio de Evie, ele sentia que podia enfrentar qualquer coisa. A caminhada de volta à sala comunal da Sonserina foi acompanhada de pensamentos mais positivos, e um sentimento de esperança começava a surgir em seu coração.
Hogwarts se preparava para o anual baile de inverno, um evento aguardado ansiosamente pelos alunos da escola de magia e bruxaria. O salão estava sendo decorado com guirlandas de gelo encantadas e luzes cintilantes, criando uma atmosfera mágica que incentivava a formação de casais e os sonhos de jovens bruxos e bruxas.
Fred procurava Evie com os olhos durante o jantar no Salão Principal. Ela estava sentada perto de Pansy, rindo enquanto colocava um pouco de chá em sua xícara. O ruivo suspirou e foi até a mesa de Sonserina rapidamente, já que era lá que frequentemente encontrariam Evangeline. Um pontinho azul no meio de milhares de verdes.
"Oi, Evie." , ele disse, sorrindo nervosamente."Podemos conversar por um momento?"
"Sobre o quê?"
"Sobre o baile de inverno... Você já tem um parceiro?"
Antes que Evie pudesse responder, uma coruja-correio pousou na frente dela, interrompendo a conversa. A coruja trouxe uma carta com a caligrafia rabiscada e um "S" estilizado indicando uma cobra, uma marca característica de Theodore Nott.
Evangeline Vaillant, Theodore Nott pede que a senhorita o encontre na torre de Astronomia imediatamente.
"S"
Evie sentiu suas bochechas esquentarem ao ler a mensagem. Ela se virou para Fred, com um sorriso de desculpas.
"Eu...", disse ela, levantando-se rapidamente. Evie lançou um olhar significativo para Pansy. "Sinto muito, Fred... Tenho que ir."
A garota de cabelos curtos sorriu e levantou os dois polegares, desejando boa sorte à amiga.
Evie correu pelos corredores de Hogwarts, seu coração batendo mais rápido com a expectativa. Quando chegou à torre de Astronomia, um delicioso aroma de cookies invadiu suas narinas. Ela encontrou Theodore sentado em cima de uma toalha de piquenique, um sorriso nervoso iluminando seu rosto ao vê-la aparecer.
Theo estava visivelmente nervoso. Pedir a Evie para ser seu par no baile parecia uma tarefa simples, mas a ansiedade acelerava seu coração e fazia sua voz falhar. Era Evie, afinal.
"Oi." , disse Evie, um pouco sem fôlego.
"Oi." , respondeu Theo, tentando manter a calma. Ele olhou para os lados, buscando coragem, e então segurou um pequeno buquê de hortênsias azuis, estendendo-o para Evie.
"Theo..." , ela sussurrou emocionada enquanto pegava o buquê com cuidado. - Você não precisava fazer isso.
"Claro que precisava" , disse Theo, seus olhos fixos nos dela. "Na verdade, é o mínimo que posso fazer por você."
Evie olhou para o buquê, sentindo uma onda de ternura e alegria. Ela sabia o quanto isso significava para Theo, o quanto ele tinha se esforçado para tornar esse momento especial.
"Tenho duas perguntas."
"Pode mandar." respondeu Evie, seu coração batendo mais rápido.
"Você quer ir ao baile comigo?"
"Jura?" Theo a olhou levantando uma sobrancelha, como se a resposta fosse óbvia. Ele não queria mais ninguém, apenas ela. "Sim... Sim! Claro."
Evie riu, sentindo uma alegria genuína. A ansiedade que ele sentia era visível, mas agora parecia se dissipar na leveza do momento.
"A segunda... Vou deixar para o dia do baile."
"Ah não, Theo." , disse Evie, fazendo um biquinho adorável. "Sou ansiosa."
"Eu sei." , Theo riu, inclinando-se para beijar rapidamente seus lábios. "Olha, não vai demorar muito... O baile é daqui a uma semana."
"Muito tempo... São dias, horas, minutos e-" , reclamou Evie, fazendo uma contagem dramática com os dedos.
"É surpresa, Evie. Não vou contar" , insistiu Theo, tentando manter a expressão firme, embora fosse difícil resistir ao charme de Evie.
"Nem se eu fizer isso?" , Evie sorriu, aproximando-se e encostando suavemente seus lábios nos de Theo.
"Não." , ele disse baixinho, a voz vacilante.
"Tem certeza?" , perguntou ela, passando os braços pelos ombros de Theo. Com uma mão, ainda segurava o buquê, e com a outra, enroscava os dedos nos fios claros de seu cabelo. Theo fechou os olhos, sentindo a proximidade, e puxou Evie para mais perto, colando seus lábios aos dela em um beijo intenso.
"Isso é tortura..." , Theo bufou quando se afastaram, o rosto vermelho e a respiração irregular. "Sua provocadora."
"Aprendi com você." , ela respondeu, rindo, a felicidade transbordando de cada palavra.
O som das risadas deles ecoava na torre de Astronomia, misturando-se com o suave sussurro do vento lá fora. Theo e Evie ficaram ali, compartilhando momentos de carinho e provocação, fortalecendo ainda mais o vínculo entre eles. Cada gesto, cada olhar trocado, era uma promessa silenciosa de apoio e amor incondicional.
"Sério, Evie." , disse Theo, segurando o rosto dela com ambas as mãos, olhando profundamente em seus olhos. "Eu não poderia imaginar alguém melhor para estar ao meu lado no baile. E em tudo o mais."
Evie sentiu seus olhos se encherem de lágrimas de alegria.
"Theo, você me faz tão feliz." , disse ela suavemente. "Não vejo a hora de ver o que você está planejando." Theo sorriu, inclinando-se para dar mais um beijo nela.
"Vai ser especial, eu prometo." , ele sussurrou contra os lábios dela.
Eles ficaram juntos por mais um tempo, aproveitando a tranquilidade da torre e a companhia um do outro, sabendo que aquele momento seria um dos muitos que compartilhariam. Quando finalmente se despediram, cada um sentiu-se mais forte, pronto para enfrentar o que quer que o futuro trouxesse, pois tinham um ao outro, e isso era o que mais importava.
Após seu pequeno segundo encontro com Theo, naquela mesma noite, Evie começou a ter seus próprios pesadelos. Sonhos vívidos e perturbadores a visitavam, como se estivessem avisando que algo terrível estava prestes a acontecer. Ela sonhava com Theo, cercado por sombras e gritos, e com uma escuridão que parecia engolir tudo ao seu redor. Essas visões a deixavam ansiosa e preocupada, aumentando seu desejo de proteger Theo a qualquer custo, não importa o que custasse a ela.
No início, Evie tentou ignorar os pesadelos, convencendo-se de que eram apenas reflexos de sua própria ansiedade e do estresse que ambos estavam enfrentando. No entanto, com o passar das noites, os sonhos tornaram-se mais intensos e aterrorizantes. Ela via Theo preso em um vórtice de escuridão, suas mãos estendidas em um pedido de ajuda silencioso, enquanto vozes malignas sussurravam ao redor, prometendo dor e servidão eterna.
Evie avistava uma figura sombria, envolta em um manto negro. O ar ao seu redor parecia vibrar com uma energia sinistra, e Evangeline sentia-se paralisada pelo medo. A figura erguia a cabeça, revelando os olhos vermelhos e a face pálida e cruel de Voldemort, o Lorde das Trevas. De repente, as sombras começavam a se mover ao seu redor, espreitando, e Evie sentia um calafrio percorrer sua espinha. Os murmúrios aumentavam de intensidade, transformando-se em gritos e risadas maléficas. Ela tentava correr, mas seus pés pareciam presos ao chão, como se o próprio solo estivesse tentando engoli-la.
"Evangeline Vaillant." , sua voz ecoava pelo campo, cheia de promessas sombrias e ameaças veladas. "Você é descendente de uma linhagem de bruxos poderosos, mas também de sombras e escuridão. Chegou a hora de você aceitar o seu destino."
Evie tentava recuar, mas era como se estivesse presa em um feitiço. Ela sentia a presença dos antepassados sombrios em sua mente, sussurrando palavras de tentação e corrupção. Eles a chamavam para o lado sombrio, prometendo poder e domínio sobre os fracos e os inferiores.
"Não." , murmurou Evie, lutando contra a influência das sombras. "Não!"
"Você não tem escolha, é o seu próprio destino. Sua profecia." , a risada maléfica de Voldemort ecoou. "Se não me escolher, mais pessoas vão morrer... As pessoas que você mais ama. Sua família, seus amigos..."
As sombras rugiram de raiva, tentando prendê-la em seu abraço gelado, mas Evie resistia com toda a sua força. Ela invocava a luz dentro de si, lembrando-se do amor e da coragem que a motivavam.
"Não!" , ela deu um grito, dissipando as sombras ao seu redor.
O campo desaparecia lentamente, substituído pela tranquilidade do quarto de Hogwarts. Evie acordava sobressaltada, o coração batendo freneticamente e o corpo coberto de suor frio. Ela sentia o peso do sonho em sua mente, aquela ansiedade, o medo e o desespero tomarem conta de seu ser, era mais do que ela podia suportar.
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