𝗰𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝘁𝗿𝗲𝘀 | ciúmes e determinação
Naquele dia, Barry caminhava pelos corredores da escola ao lado da professora Alisson, uma mulher com cabelos pretos cacheados que emolduravam seu rosto delicado de pele de avelã. Ela tinha um corpo atraente e usava roupas justas que destacavam suas curvas, atraindo olhares por onde passava. Eles conversavam de forma casual enquanto seguiam em direção às suas respectivas salas, que ficavam próximas uma da outra. Barry estava distraído com os comentários animados de Alisson sobre o trabalho na escola e os alunos, mas ainda mantinha seu habitual sorriso educado.
Quando passaram perto do grupo dos Cullens, Alisson fez uma pausa e virou-se para ele, um sorriso sugestivo iluminando seu rosto. ── Sabe, Barry ── ela começou, usando um tom descontraído, mas com um brilho nos olhos que entregava algo mais. ── Estava pensando... que tal tomarmos um café depois das aulas hoje? Tem um lugar ótimo na cidade, e seria bom conversarmos mais fora do ambiente de trabalho.
Barry piscou, surpreso com o convite direto. Ele abriu a boca para responder, mas, por reflexo, seu olhar desviou para Alice Cullen, que estava mais adiante com seus irmãos. Ela parecia estar olhando na direção deles, mas não diretamente para ele. No entanto, sua expressão era evidente: seus olhos dourados brilhavam com algo que Barry só poderia interpretar como desagrado, ou talvez... ciúmes?
Ele franziu a testa, confuso. Por que Alice reagiria assim? Eles mal se conheciam, e além disso, ele era seu professor. Ainda assim, aquela sensação de conexão, aquela linha invisível que parecia uni-los, estava mais forte do que nunca. Barry não conseguia ignorar o peso daquele olhar, e isso fez sua resposta para Alisson vacilar.
── Eu... ── Ele hesitou, tentando reorganizar os pensamentos. ── Acho que... pode ser uma boa ideia. Talvez.
Alisson pareceu satisfeita com a resposta, embora tenha notado sua hesitação. ── Ótimo. Depois da aula, a gente combina os detalhes ── ela disse, com um sorriso confiante, antes de continuar seu caminho.
Barry ficou parado por um momento, sentindo-se preso entre a casualidade do convite de Alisson e a intensidade do olhar de Alice. Quando ele finalmente começou a caminhar novamente em direção à sua sala, não conseguiu evitar olhar para trás. Alice já havia se afastado com os outros Cullens, mas o desconforto que sentiu ao ver sua expressão ainda o acompanhava.
── Que droga está acontecendo comigo? ── ele murmurou para si mesmo, enquanto entrava na sala e fechava a porta, tentando ignorar o turbilhão de emoções que começava a dominá-lo.
Os alunos começaram a entrar na sala um a um, suas vozes ecoando suavemente enquanto se acomodavam em suas carteiras. Barry organizava os materiais para a aula no balcão, tentando se concentrar no que tinha planejado, mas seu pensamento continuava voltando à expressão de Alice no corredor. Ele balançou a cabeça, tentando afastar a ideia de que ela poderia estar com ciúmes. ── Isso não faz sentido ── murmurou para si mesmo. ── Ela é só uma aluna, e eu sou só... um professor aqui. Nada além disso.
Alice foi a última a entrar, o som leve de seus passos chamando sua atenção. Barry olhou para ela, como fazia todas as vezes que ela entrava na sala, esperando o costumeiro cumprimento educado ou o sorriso discreto que ela sempre lhe dava. Mas, para sua surpresa, dessa vez ela simplesmente passou direto, com a expressão fechada e o olhar fixo à frente, sem sequer reconhecê-lo.
O gesto simples, ou a ausência dele, o desarmou por um momento. Era incomum Alice agir assim, e ele não pôde deixar de sentir que algo estava errado. O pensamento de que ela poderia estar com ciúmes voltou à sua mente, mas ele rapidamente o descartou. "Não. Não pode ser isso" ele pensou, tentando racionalizar. "É só minha imaginação. Talvez ela esteja tendo um dia ruim."
Respirando fundo, Barry afastou a confusão e focou no que realmente importava: a aula. Quando todos os alunos estavam em seus lugares, ele se aproximou do quadro e saudou a turma com seu tom animado habitual. ── Bom dia a todos. Espero que estejam prontos para algo diferente hoje.
Isso capturou a atenção da maioria, e algumas cabeças se levantaram com curiosidade. Barry sorriu e gesticulou para os materiais que havia trazido. ── Hoje, vamos realizar um pequeno experimento para demonstrar como as reações químicas podem ser transformadoras. Vamos trabalhar em duplas, e cada uma terá um conjunto de materiais básicos para criar algo incrível. Mas, primeiro, vou explicar os princípios por trás do que vamos fazer.
Enquanto falava, ele observava discretamente Alice. Ela mantinha os olhos fixos no caderno, rabiscando algo, mas não parecia estar realmente prestando atenção. Era diferente do usual, e isso o incomodava mais do que ele gostaria de admitir. Barry respirou fundo, focando na explicação para a turma, mas não conseguia afastar a sensação de que algo havia mudado naquele dia.
Barry pegou um dos frascos de vidro que havia preparado e o levantou para que todos pudessem ver. ── Então, hoje vamos realizar um experimento bem simples, mas que ilustra perfeitamente a reação entre um ácido e uma base. Cada dupla vai receber uma solução de bicarbonato de sódio e vinagre. Quando vocês misturarem os dois, vão observar o que chamamos de reação efervescente, causada pela liberação de dióxido de carbono.
Enquanto ele falava, olhava de um lado para o outro da sala, certificando-se de que os alunos estavam acompanhando. A maioria parecia interessada, alguns até animados. Mas, quando seus olhos pararam em Alice, ele notou algo que o desconcertou. Ela o encarava com uma expressão que ele só podia descrever como irritada. Sua testa estava ligeiramente franzida, e seus lábios, antes sempre curvados em um sorriso amigável, estavam apertados.
Barry gaguejou por um breve segundo, mas rapidamente recuperou o ritmo da explicação. Ele sabia que não devia deixar uma única aluna influenciá-lo daquela forma, mas era difícil ignorar o contraste tão evidente. Alice, a garota que sempre o saudava com alegria e parecia genuinamente interessada em suas aulas, agora parecia uma pessoa completamente diferente.
── Além disso ── ele continuou, tentando manter o foco. ── essa reação é um ótimo exemplo de como substâncias comuns podem ser usadas para entender conceitos mais complexos, como a formação de bolhas de gás ou a neutralização de compostos.
Por um momento, ele achou que Alice desviaria o olhar, mas não. Seus olhos dourados permaneciam fixos nele, agora com uma intensidade que ele não conseguia decifrar. Barry desviou o olhar rapidamente, focando em outro aluno que levantava a mão para fazer uma pergunta. Mas a sensação persistente de que algo estava errado o acompanhava como uma sombra.
"Talvez seja só impressão minha" ele pensou, enquanto terminava de distribuir os materiais. Mas, no fundo, sabia que não era. Alice estava diferente, e ele não sabia por quê.
Barry caminhava pela sala, observando atentamente enquanto os alunos misturavam as soluções de bicarbonato de sódio e vinagre, suas expressões iluminadas pela curiosidade e pelo entusiasmo com a reação efervescente. As bolhas de gás formavam espuma nas beiradas dos frascos, arrancando risadas e comentários animados de várias duplas. Era um momento simples, mas que enchia Barry de orgulho. Ensinar algo e ver o brilho de compreensão nos olhos de seus alunos fazia com que toda a confusão que sentia sobre si mesmo e sua nova vida parecesse distante, pelo menos por um instante.
Quando todos terminaram o experimento, Barry pediu que as duplas organizassem os materiais em suas bandejas enquanto ele voltava ao centro da sala. ── Certo, pessoal, vocês fizeram um ótimo trabalho. Agora, quero saber se entenderam o que acabou de acontecer aqui. Alguém pode me explicar como essa reação química funciona?
Por um momento, a sala ficou em silêncio. Barry já estava acostumado com isso - sempre levava alguns segundos até que algum aluno criasse coragem para se manifestar. Mas, para sua surpresa, Alice levantou a mão. Ela ainda parecia diferente do habitual, mas seu rosto carregava determinação. Barry apontou para ela com um sorriso encorajador. ── Sim, Alice. Pode nos explicar?
Alice se levantou lentamente, seus olhos dourados ainda fixos nos dele. Sua voz era clara e confiante, como se quisesse provar algo. ── A reação acontece porque o bicarbonato de sódio é uma base, enquanto o vinagre contém ácido acético. Quando os dois se misturam, ocorre uma reação de neutralização, e o ácido reage com o bicarbonato para produzir gás carbônico, que é o que causa as bolhas. Basicamente, estamos vendo o resultado da liberação desse gás.
Barry ficou genuinamente impressionado. Apesar do comportamento estranho de Alice naquele dia, sua explicação era impecável. Ele sorriu, ignorando o incômodo persistente que sentia ao tentar compreender seu humor. ── Muito bem, Alice! Essa foi uma explicação excelente. Parece que você captou perfeitamente o conceito.
Alice apenas assentiu com um sorriso discreto, sem a empolgação habitual que ele estava acostumado a ver nela. Ela se sentou novamente, mantendo sua postura séria, o que deixou Barry ainda mais intrigado. Ele tentou se concentrar em finalizar a aula, agradecendo a participação de todos e explicando que haveria mais experiências interessantes nas próximas semanas.
Mas, no fundo, ele sabia que aquela interação com Alice continuava a alimentá-lo de perguntas que ele não conseguia responder. O que havia mudado entre eles? E por que ele não conseguia parar de pensar nisso?
O sinal tocou, anunciando o fim da aula, e os alunos começaram a recolher suas coisas, saindo em pequenos grupos enquanto conversavam sobre o experimento. Barry permaneceu na frente da sala, observando-os com um sorriso satisfeito. Ele gostava de ver a empolgação deles, mas seus olhos, inevitavelmente, acompanharam Alice, que novamente era a última a sair.
Quando ela passou pela porta, Barry, num impulso, segurou levemente seu braço. ── Alice ── ele chamou, sua voz gentil. ── Está tudo bem com você? Você pareceu... diferente hoje.
Alice parou, olhando para ele com aqueles olhos dourados que sempre pareciam enxergar mais do que ele queria revelar. ── Estou bem ── respondeu ela, sua voz calma, mas um pouco distante. ── Só... algumas coisas na minha cabeça.
Barry franziu a testa, não convencido. ── Se precisar de alguma coisa, ou se quiser conversar... sabe que pode me procurar, certo? ── Ele sorriu, tentando transmitir sinceridade.
Alice hesitou por um momento, parecendo ponderar suas palavras. ── Obrigada, professor Allen ── disse ela finalmente, sua voz um pouco mais suave. Ela se virou para sair novamente, mas parou no meio do caminho. Virando-se de volta para ele, seus olhos agora tinham uma intensidade diferente.
── Posso perguntar uma coisa? ── ela começou, sua voz direta. Antes que Barry pudesse responder, ela continuou: ── Você tem... alguma coisa com a professora Alisson?
A pergunta o pegou de surpresa, e ele piscou, atordoado. ── O quê? ── Ele soltou uma risada nervosa, tentando processar. ── Não. Claro que não. Por que está perguntando isso?
Alice cruzou os braços, como se avaliasse cada palavra que ele dizia. ── Eu ouvi o que ela disse no corredor hoje. E vi como ela olhava para você. Só queria saber. ── Sua expressão era desafiadora, mas havia algo mais ali, algo vulnerável, que Barry não conseguia ignorar.
Ele suspirou, percebendo o quão estranho aquilo parecia, mas decidiu ser honesto. ── Ela me convidou para tomar um café, só isso. Não significa nada. Somos apenas colegas de trabalho.
Alice relaxou um pouco, mas seu olhar ainda era intenso. ── Entendi. Só... tenha cuidado, professor. Nem todo mundo é o que parece.
Barry a encarou, confuso com suas palavras, mas antes que pudesse perguntar o que ela queria dizer, Alice deu um leve sorriso, quase como se quisesse amenizar a conversa, e saiu rapidamente da sala, deixando-o sozinho com mais perguntas do que respostas.
Alice saiu da sala com um grande sorriso estampado no rosto, seus passos leves e quase saltitantes enquanto se afastava do corredor. Apesar de sua expressão alegre, por dentro ela ainda sentia uma pontada de ciúmes que era difícil de ignorar. A ideia de Barry e Alisson juntos a incomodava mais do que gostaria de admitir, mas agora que ele havia deixado claro que não havia nada entre eles, ela se sentia um pouco mais aliviada.
Mas o alívio era apenas uma pequena parte do que estava sentindo. No fundo, algo mais profundo e determinado crescia dentro dela. Alice sabia que ainda não tinha nenhum tipo de relacionamento com Barry, pelo menos não além do vínculo aluno-professor, mas isso era apenas uma questão de tempo. Ela sentia que ele também notava a conexão entre eles, mesmo que tentasse ignorá-la. E Alice era persistente. Quando queria algo, raramente desistia.
"Eu vou conquistá-lo" pensou ela, enquanto atravessava os corredores com passos confiantes. "De um jeito ou de outro, Barry Allen vai perceber que somos feitos um para o outro."
O fato de ele ser seu professor complicava as coisas, mas Alice era criativa e paciente. Ela sabia como agir, como se aproximar de forma sutil, sem parecer óbvia ou precipitada. Além disso, seu dom de prever pequenos fragmentos do futuro a ajudava a entender como e quando dar cada passo.
Alice olhou de relance para uma das janelas do corredor, seu reflexo mostrando o sorriso confiante que ela tanto conhecia. "Isso é só o começo," sussurrou para si mesma, enquanto seguia para encontrar seus irmãos. Por dentro, ela já começava a planejar seu próximo movimento.
Alice se aproximou de seus irmãos que a esperavam próximos aos armários. Emmett foi o primeiro a notar o sorriso satisfeito em seu rosto e, como sempre, não perdeu a oportunidade de provocá-la.
── Ei, baixinha, você andou falando sozinha agora há pouco? ── ele perguntou, cruzando os braços com uma expressão exageradamente curiosa. ── Ou isso foi algum tipo de conversa interna com seu namorado imaginário, o professor de química?"
Alice estreitou os olhos para ele, mas antes que pudesse responder, Rosalie deu um leve tapa no braço de Emmett. ── Pare com isso, Emmett. Deixe Alice em paz.
Emmett, no entanto, ignorou o olhar de reprovação de Rosalie e continuou com seu sorriso debochado. ── O que foi? É só uma pergunta honesta! Além do mais, a Alice tá tão possessiva com esse cara que parece até que está marcando território. ── Ele soltou uma risada alta, que ecoou pelo corredor.
Edward, que estava recostado no armário ao lado, ergueu uma sobrancelha, claramente entretido. ── Você realmente está muito focada nesse professor, Alice. Está ficando um pouco óbvio, até para nós ── comentou, sua voz calma mas carregada de implicância.
Jasper, que geralmente evitava as provocações, dessa vez também entrou na brincadeira, um sorriso leve surgindo em seu rosto. ── Para ser justo, Emmett pode ter razão. Eu senti um pouco de... intensidade emocional vindo de você quando saiu daquela sala.
Alice colocou as mãos nos quadris, encarando os irmãos com firmeza. ── Eu não estava falando sozinha ── começou, sua voz com um tom de indignação. ── E eu não sou possessiva! Só estou... interessada. Há uma diferença.
── Ooooh, interessada ── Emmett disse, arrastando a palavra de forma exagerada e piscando para ela. ── Isso aí é um eufemismo para 'apaixonada'? Porque é isso que parece.
── Emmett! ── Rosalie repreendeu novamente, mas dessa vez não conseguiu esconder o sorriso divertido.
Alice bufou, cruzando os braços e lançando um olhar cortante para Emmett e depois para Edward, que ainda observava a cena com um sorriso contido. ── Vocês realmente não têm nada melhor para fazer do que ficar me irritando? Por que não vão caçar ou algo assim?
── Ah, calma, baixinha. Só estamos nos divertindo ── Emmett respondeu, erguendo as mãos em rendição.
Alice, no entanto, sorriu maliciosamente, recuperando sua confiança. ── Podem rir o quanto quiserem, mas eu sei o que estou fazendo. Barry Allen não tem ideia de como sua vida vai mudar.
Os irmãos trocaram olhares, misturados entre diversão e curiosidade, mas nenhum deles ousou questioná-la diretamente. Quando Alice se determinava, era melhor deixá-la seguir em frente com seus planos, porque ela quase sempre conseguia o que queria.
O grupo continuou no corredor, agora completamente envolvido em uma conversa animada e cheia de provocações. Quem passasse por ali poderia facilmente pensar que eles eram apenas adolescentes comuns, amigos rindo e se divertindo depois de uma aula qualquer.
── Então, Alice ── Emmett começou, ainda com um sorriso travesso no rosto. ── Se você está tão certa de que vai conquistar o professor, qual é o plano? Vai convidá-lo para um jantar? Oh, espera... você não come comida humana. ── Ele riu alto, enquanto Rosalie revirava os olhos.
Alice deu um passo à frente, apontando um dedo no peito de Emmett. ── Muito engraçado, grandalhão. Mas, ao contrário de você, eu tenho finesse. Não preciso de truques baratos para chamar atenção.
Edward não perdeu a chance de entrar na conversa. ── Finesse? É assim que está chamando isso agora? Porque, pelo que ouvi, você estava basicamente ameaçando a pobre Alisson com o olhar hoje de manhã.
Alice olhou para Edward, claramente ofendida. ── Eu não a ameacei com o olhar. Foi... uma avaliação. Só estava me certificando de que ela soubesse o território em que está pisando.
── Território? ── Jasper repetiu, contendo uma risada. ── Alice, parece que você está em uma guerra e ele é o prêmio.
── Não é assim que funciona, Jasper ── Alice respondeu, cruzando os braços. ── Barry e eu temos uma conexão. Algo que nenhum de vocês, além de Rosalie e Emmett entenderia.
── Uma conexão ── Emmett repetiu, fazendo uma careta dramática. ── Isso soa como o tipo de coisa que as pessoas dizem em romances adolescentes. Você está lendo esses livros de novo?
Rosalie finalmente se juntou à conversa, sua voz cheia de sarcasmo. ── Ah, deixe-a em paz, Emmett. Pelo menos a Alice está tentando algo novo. Quem sabe? Talvez esse professor seja o único que consiga lidar com ela.
── Obrigada, Rosalie ── Alice disse, erguendo o queixo. ── Pelo menos alguém aqui entende.
Edward riu baixinho. ── Seja como for, só espero que você saiba no que está se metendo. Humanos são complicados, Alice. E ele não é exatamente um adolescente desavisado.
Alice lançou um olhar determinado a Edward. ── Eu sei exatamente no que estou me metendo, Edward. E Barry Allen não é só um humano qualquer. Ele é especial. Vocês vão ver.
── Claro, claro ── Emmett disse, fingindo uma expressão séria. ── Só não vá quebrar o coração dele, baixinha. Humanos podem ser sensíveis.
── Eu não vou quebrar nada ── Alice respondeu, com um sorriso confiante. ── Exceto talvez o seu orgulho quando eu provar que estava certa.
Enquanto eles riam e trocavam provocações, o som de suas vozes ecoava pelo corredor, preenchendo o ambiente com uma energia leve e descontraída. Para quem observasse de longe, nada ali pareceria fora do comum. Apenas um grupo de adolescentes, vivendo sua vida escolar com as típicas brincadeiras e dinâmicas de amizade. Mas, claro, ninguém poderia imaginar que aquelas figuras aparentemente inofensivas eram vampiros.
Enquanto a conversa continuava, o sinal tocou novamente, indicando o início da próxima aula. Os Cullen se dispersaram, cada um seguindo para sua respectiva sala, mas não sem antes trocar mais algumas palavras provocativas.
── Boa sorte com seu plano, Alice ── Emmett disse por cima do ombro, piscando para ela. ── Mal posso esperar para ver como você vai dar esse primeiro passo.
Alice apenas sorriu, aquele sorriso confiante e ligeiramente enigmático que sempre usava quando tinha tudo sob controle. ── Você verá, Emmett. E quando isso acontecer, espero que esteja pronto para admitir que eu estava certa desde o começo.
Jasper se aproximou de Alice antes de seguir para sua própria aula, colocando uma mão gentil em seu ombro. ── Só... tome cuidado, Alice. Sentimentos humanos podem ser imprevisíveis. Você pode ver o futuro, mas o coração de alguém pode ser mais complicado do que parece.
Ela assentiu, agradecendo silenciosamente o conselho de Jasper. Ainda assim, no fundo, ela estava mais determinada do que nunca.
Enquanto o grupo se separava, a escola voltou ao seu ritmo normal, com alunos enchendo os corredores e professores se preparando para suas aulas. Alice, no entanto, sentia como se estivesse em seu próprio universo, onde tudo parecia girar em torno de um objetivo: Barry Allen.
O corredor finalmente ficou vazio, e Alice deu um último olhar para a porta da sala de Barry antes de seguir para sua próxima aula. Ela sabia que isso era apenas o começo, mas estava disposta a esperar e agir no momento certo. Afinal, se tinha algo que ela havia aprendido em sua existência imortal, era que paciência sempre recompensava aqueles que sabiam como usá-la.
E, com isso, o dia continuou, mas a história que estava sendo escrita entre Alice e Barry estava longe de terminar. Pelo contrário, ela apenas começava a se desenrolar, com todas as promessas, desafios e segredos que só um vampiro e um cientista vindo de outro universo poderiam compartilhar.
3425 palavras.
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