one; royal opera house
chapter one
❪ casa de opera real. ❫
ERA UMA MANHÃ bem fria em Birmingham. O sol não estava brilhando tanto e as pessoas continuavam com suas coisas pessoais. Era um dia normal, e um trio de irmãos passavam pela cidade, com destino a um local específico. Os olhos pontiagudos e azuis vagaram por um Royal Opera House que ficava na cidade próxima a Birmingham. Eles haviam organizado uma reunião com Brooke Stone, o gerente da Opera House, para conhecer o proprietário da casa.
Eles não sabiam quem o cara era, mas sabiam que ele tinha algumas informações específicas sobre os italianos e o comércio americano. Então, Arthur, John e Tommy foram lhe fazer uma visita a casa. Arthur estava dirigindo e Tommy estava apenas fumando o cigarro no banco da frente.
── Bem, espero que consigamos algo do dono, hein? ── Arthur disse e John simplesmente acenou com a cabeça enquanto mantinha um palito na boca.
── Se não o fizermos, vou processar aquele cara que nos pediu para vir. ── disse Tommy em sua voz profunda e rouca.
Eles logo chegaram no local e saíram do carro para ver o grande edifício real.
── Ah, bem-vindos senhores. ── Stone disse,
saindo e cumprimentando-os com um sorriso.
Eles simplesmente assentiram e seguiram Stone até um quarto privado na varanda da casa. Música podia ser ouvida antes de entrar na sala. Ao longe, havia um grupo de meninas e meninos praticando balé no palco. Tommy olhou para eles por um momento antes de se sentar em seu assento. Em seguida de John e Arthur.
── Senhores, o que gostariam de beber,
hein? ── Stone perguntou.
── Uísque. ── Arthur disse por todos, já que Thomas ainda olhava para o palco com alguns dançarinos nele.
Stone partiu em busca das bebidas, enquanto os irmãos esperavam. Arthur notou seu irmão continuamente olhando para as pessoas dançando. Ele passou os olhos pelo palco até parar em uma dançarina em pé, com as costas viradas para eles. Era uma mulher alta, vestida em roupas casuais, estava usando uma camisa branca de botões e calça larga. Sua posição estava para baixo e ela estava segurando um pequeno stick.
Thomas estava ficando cada vez mais curioso para ver quem ela era. Stone adentrou em passos rápidos trazendo-lhes suas bebidas, e notando também, o homem olhando para a mulher que era como um instrutor para o dançarinos.
── Curioso sobre quem ela é, senhor? ── Stone perguntou de forma educada, direcionando seu olhar ao palco.
John olhou também e viu a mulher dando instruções para os dançarinos.
── Ela... Oh, ela é uma verdadeira beleza. Um anjo em forma de humano. Ela com certeza dança como um também. ── Stone disse suspirando e entregando a eles suas bebidas.
── Não acho mulheres tão divertidas. ── Thomas disse, bebendo seu uísque inteiro em um gole.
── Bem, você vai achá-la divertida. Não é uma mulher comum, ela é diferente. Mais forte, mais poderosa, mais destemida e mais bonita. ── citou, fazendo a curiosidade crescer ainda mais.
O Shelby se levantou, colocando as mãos nos bolsos e apenas ficou na varanda olhando para a mulher que o Stone descreveu.
── Vamos fazer de novo. ── ela gritou, apontando para suas posições. ── Não, não, deixe-me mostrar a você. ── ela disse ficando no canto do palco e pedindo a um dos dançarinos para ficar no outro canto.
A música tocou novamente e ela estava firme em sua posição. Ela caminhou lentamente em direção ao dançarino e quando ela estava perto, levantou a perna dela e ele a segurou. O dançarino se inclinou para trás enquanto segurava sua perna fazendo um movimento de dança.
Mesmo ainda não podendo vê-la, Thomas ficou um pouco surpreso, tanto quanto seus dois irmãos. Ela pulou no homem e ele a segurou, girando-a em seguida. Quando ela deu uma última volta, a música terminou, mas suas costas ainda estavam voltadas para ele. Os fichários ficaram surpresos com seus movimentos de dança. Ela realmente dançava como um anjo.
A mulher deu-lhes umas últimas instruções sobre a dança e dispensou-os. O palco estava vazio agora, exceto por alguns outros assistentes da mulher. Stone, que ainda estava ali, chamou-a e ela finalmente virou-se.
Um leve suspiro escapou dos lábios de Thomas. Ele finalmente teve um vislumbre dela. Ela tinha um maxilar perfeito. Um beicinho nos lábios rosados, cabelos castanhos, o corpo esguio e em forma.
── Jesus! ── Arthur se engasgou, fazendo seu cigarro cair de suas mãos em surpresa.
Thomas ficou parado olhando para ela. O rosto não podia ser lido, era sem emoção, mas ainda assim ele refletiu algo em seu olhar.
── Eu te disse que ela era uma beleza. ── Stone disse, colocando as mãos nos bolsos.
Alguns minutos se passaram até Stone os recobrar a consciência.
── Cavalheiros, estão aí desde que a viram dançar, vamos a algum lugar privado. ── ele convidou educadamente.
Eles assentiram e caminharam com ele. Thomas ainda estava um pouco surpreso por vê-la, mas ele ignorou isso e entrou na sala vip. Havia alguns quadros de giz e quadros de mapas de Birmingham. A lareira foi acesa no quarto e Tommy acendeu um cigarro, sentando-se novamente em um assento.
Arthur caminhou para perto da janela e John sentou-se com seu irmão. Eles estavam um pouco quietos, porque ainda estavam absorvendo a beleza da mulher que viram.
── Senhores, fiquem a vontade. ── disse Stone, curvando-se para eles e se direcionado até a porta.
Ele abriu a porta do cômodo novamente e olhou para fora, onde a mesma mulher estava parada, no canto do grande corredor com sua assistente.
── Senhorita Amáris! ── ele chamou por ela.
Os olhos azuis voltaram para cima ao ouvi-la pelo nome. Ato que foi repetido pelos outros irmãos, quando souberam que se tratava dela.
── Amáris... ── ele disse para si mesmo enquanto abaixava seu cigarro.
A mulher olhou para Stone e veio até ele com um olhar curioso sobre seu rosto. Sua assistente caminhou com ela, segurando um papel de contrato logo atrás.
── Senhorita, eu quero que você conheça alguns senhores. ── disse apontando para o quarto.
Amáris olhou para onde ele estava apontando e caminhou até a sala, onde revelava três homens que estavam vestidos, praticamente, quase iguais, todos com as mesmas boinas. Amáris reconheceu quem eles eram em um segundo.
── Senhora estes são-...
── Os ciganos. ── Amáris disse interrompendo ele, enquanto olhava para os homens na frente ela.
Ela olhou para todos, mas apenas um atraiu sua atenção.
── Você deve ser Thomas Shelby. ── disse a mulher, andando até ele para apertar suas mãos com um sorriso no rosto.
── O que me entregou? ── perguntou ele, em sua voz rouca enquanto apertava sua mão.
Uma onda elétrica foi disparada através de ambos os corpos, mas eles prontamente ignoraram. Ela se desviou, cumprimentando John e Arthur tambem.
── Sou John Shelby. ── o mais novo disse, olhando para o mulher de tirar o fôlego na frente dele.
── É um prazer conhecê-lo John. Eu sou Amáris. ── ela disse para os três homens.
── Amáris... ? ── Arthur perguntou, querendo saber o sobrenome dela.
── Eu não acho que você está pronto para o meu sobrenome, ainda. ── avisou, com seu sorriso discreto.
Todos se divertiram com o mistério que ela fazia, exceto Thomas. Ele fingiu que não era nada demais, mas no fundo estava a achando intrigante.
── Como posso ajudá-los, cavalheiros? ── perguntou, se afastando um pouco para trás.
── Bem, não há nada que precisamos, exceto que só queríamos conhecer o dono da Opera House. ── John disse, com seu costumeiro palito entre os lábios.
── Bom, você está falando agora mesmo com ela. ── Amáris disse encolhendo os ombros.
Eles abriram a boca, muito mais surpresos por ela se revelar ser o próprio proprietário do local.
── Bem, então queremos sua ajuda. ── Thomas disse enquanto dava outra tragada no cigarro.
Amáris cruzou os braços e simplesmente olhou para ele, esperando por seu pedido.
── O que você sabe sobre o comércio de rum americano e italiano? ── perguntou olhando para o cômodo.
Amáris não ficou surpresa com a pergunta dele, era algo que recebia com muita frequência.
── Bem, o que você quer saber? ── a pergunta saiu em um tom simples.
── Tudo. ── ele respondeu, olhando bem para os olhos da mulher.
Amáris deu um leve sorriso e então caminhou até o canto da sala, onde muitos mapas eram guardados. Pegou um rolo específico e colocou-o em cima do tabuleiro. Era um mapa de conexão comercial entre América, Itália e Londres.
── Vamos começar daqui. ── ela começou, agarrando uma caneta e marcando um círculo em uma parte da Itália.
── O mercado de comércio ilegal deu o seu melhor para esconder o que eles fazem lá fora, mas não há nada que possa ser escondido de mim que facilmente. ── comentou, deixando escapar seu tom de zombaria.
Ela continuou, contando a eles muito mais informações, das quais foram úteis para o caso, e realmente útil para eles, deixando então Tommy satisfeito.
── Há muito para cobrir cavalheiros, espero que ajude. ── continua Amáris, dando-lhes um educado sorriso.
Esse ato foi o suficiente para derretê-los, porque, até mesmo aquele grupo frio de homens, poderia ser facilmente derretido por ela.
── Bom, eu não acho que você nos conhece bem assim. ── Tommy disse abaixando seu cigarro. ── Quando se trata de negócios, definitivamente não, pode continuar. ── ele disse agora olhando para ela.
Ela riu, simplesmente acenando com a cabeça.
── Senhor Shelby, vamos planejar outra reunião algum dia e talvez eu possa dizer mais, porque uma reunião não será suficiente pelo que eu sei. ── ela disse ainda rindo. ── Eu moro em Birmingham, então não vai ser difícil planejar uma reunião. ── concluiu para o Shelby, que assentiu com a cabeça.
── Que tal o Garisson, no sábado às 10h? ── deu a idéia.
── Tudo bem então. Tenha um ótimo dia. ── ela disse deixando o quarto em menos de um segundo.
Eles acompanharam com o olhar, a mulher linda desaparecer em questão de segundos.
── Eu gostei dela. ── Arthur soltou, fazendo seus irmãos darem a ele um olhar significativo. ── O quê? ── perguntou levantando as mãos ao ar em rendição.
Thomas suspirou e eles logo deixaram o local.
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