nine; in name of love

chapter nine
❪ em nome do amor. ❫


DUAS OU TRÊS SEMANAS se passaram desde o acontecido. Amáris evitava Thomas o máximo que podia, as exceções que ele costumava vê-la era quando ela estava nas ruas ou na Opera House, mas até lá ela parou de frequentar. Amáris tentou o seu melhor esquecê-lo, junto com a dor do casamento, mas ela ainda falhava. Tentava o seu melhor para manter seu sorriso e atitude despertos, mas no fundo ela estava sendo consumida por isso.

E atualmente estava pior, pois o dia em que ela mais temia, chegou. Era o dia do casamento deles.

Amáris estava tão entorpecida com isso que agora ela não conseguia sentir mais nada. Whitemoore usava um vestido simples de cor vermelha que ficava perfeito em suas curvas. Havia uma fenda ao longo que mostrava suas longas e belas pernas. Juntamente com um coque bagunçado e suas jóias. Ela estava linda, mas seu rosto não mostrava o brilho habitual. Estava sem emoção.

A morena alcançou o local do casamento e olhou em volta. Estava enfeitado com flores e diversos enfeites caros. Ela estava com um pequeno buquê na mão para dar à Grace. Do outro lado, Polly Gray acenou e ela se dirigiu até a mesma. Sua face mostrando um longo sorriso e confiança enquanto desfilava.

Amáris entregou o buquê a Grace, que a olhava, e sorriu.

── Você está deslumbrante. Ate parece a noiva. ── falou a olhando com um sorriso perceptívelmente sarcástico.

Amáris riu amargamente, quase como um sussurro, e reafirmou sua pose superior.

── Algo errado? ── Polly perguntou.

── Não, está tudo bem. ── Amáris disse a abraçando em cumprimento.

Polly a olhou, preocupada que algo estivesse errado. A Gray caminhou com Amáris pela igreja. Todos os olhares recairam na jovem, mas isso não era de sua importância, estava acostumada em não ligar para as opiniões dos outros ou qualquer coisa sobre eles a julgando. Apenas um par de olhos a atraía, lindos olhos azuis frios e atrentes, profundos como o mar, um oceano na qual ela estava afogada, este pertencia a Thomas Shelby, o homem que ela amava.

Ele estava lá, com as mãos em frente ao corpo. Vestia um terno preto, com gravata branca e uma flor no bolso. Amáris o observava enquanto caminhava pelo tapete vermelho. Parecia tão linda, como se fosse a noiva caminhando pelo corredor para seu amado. Mas invés de caminhar em direção a ele, ela se sentou com Polly em um assento próximo. A dor fluiundo em seu corpo vendo ele alí.

Ela podia ver que ele sentia isso também, mas era tarde demais. Ele amava a Grace.

Logo as portas se abriram e Grace entrou. Ela estava linda e seu sorrisinho inocente estava estampado em seu rosto. Thomas olhou para mulher, e Amaris percebeu que era amor refletido em seus olhos, enquanto ele a olhava admirado. Isso foi o pior baque de sua vida.

Ela apenas sentiu suas esperança se esvaziando e seu pensamento desistindo de seus sentimentos.

Ambos disseram que havia votos e algumas pessoas choraram também ao ouvirem. Amáris não chorou, mas ela tentou o seu melhor para sorrir. Thomas a olhava as vezes, mas depois se concentrou na mulher a frente.

── Eu os declaro marido e mulher. ── completou o padre e os dois se beijaram, sorrindo um para o outro.

Whitemoore bateu palmas para eles e sorriu largamente, mesmo com a dor em seu peito. Nada nunca doeu tanto em sua vida. Seu coração se partiu em pedaços, estava quebrado, e agora ela sabia que tinha que seguir em frente.

O dia inteiro havia se passado e a jovem tentou ao máximo se controlar. Já estava escuro e as pessoas estavam indo embora do local. Amáris estava sozinha no jardim, seus olhos fechados e suspirando sequencialmente. Pensava que nunca em sua vida ela tivesse sido mais ferida. Ela não poderia ficar ali para sempre, isso iria prejudicá-la ainda mais. Então, ela respirou fundo e caminhou em direção ao portão sozinha, suas mãos cruzadas em torno de seus braços e se afastando silenciosamente.

── Amáris! ── uma voz gritou por trás.

E lá estava ele, do outro lado da rua. Ela sorriu tristemente.

── Tommy. ── suspirou.

Ele havia chamado o nome dela, mas não tinha ideia do que estava prestes a dizer. Ambos estavam ali, apenas observando um ao outro. Pareciam estar tão perto, mas ao mesmo tempo tão distantes.

── Sinto muito. ── foi tudo o que ele disse.

É claro que ele sentia, mas não sentia mais que ela. Por que estou decepcionada? pensava, odiando seu coração por pensar que ele estava voltando para ela.

── Você não precisa se desculpar Thomas, é apenas o meu destino, ok? ── pediu em um tom calmo ── Não há nada que você possa fazer para mudar isso.

A morena se virou e partiu pela noite escura. E ele? Ele apenas ficou lá, observando ela desaparecer de vista. O Shelby nunca pensou que alguém viraria tanto seu mundo de cabeça para baixo. Ela estava certa, ele havia encontrando seu par.

Amáris podia sentir o olhar dele fazendo buracos em sua alma. E quando viu que não conseguia mais se controlar, deixou as lágrimas escorrerem pelo seu rosto enquanto caminhava.

Para longe. Derramando lágrimas sem fim.

Ela apenas caminhou e caminhou. Seus pés trabalhando automaticamente. Ansiava para chegar em sua casa, correr para seu quarto, trancar a porta e cair no chão chorando. Pois este era seu destino e ela não poderia mudá-lo.

Seu maior erro havia sido se apaixonar por um Shelby, e ela nunca se arrependeu tanto de algo.

Já estava se sentindo exausta como se seus joelhos fossem desistir a qualquer momento e não aguentassem mais seu corpo. Não conseguia ficar em sua forma. Ela continuou acordada por meia hora, estava perdida dentre os lugares escuros, com todas as suas lágrimas esvaziadas. Seus olhos estavam secos e seu rosto se mostrava pálido. Seus saltos estalaram rápido no chão quando ela entrou em uma área escura da cidade. Ela nem se importava mais.

O frio da noite a pegou e ela sentiu um arrepio repentino, sua consciência voltando e seus olhos reparando em volta. Suspirou fundo se preparando para sair dali, mas antes que o fizesse Amáris sentiu um aperto forte em seu braço, puxando-a em um beco. Em seguida, um pano foi posto em volta da boca e nariz e ela tentou respirar mas sua vista de repente ficou escura.

Ela nem sequer teve um segundo para se mover em defesa ou fazer qualquer coisa. A pessoa a jogou no beco escuro e tudo desapareceu como um estalar de dedos.

[...]

AMÁRIS ABRIU OS OLHOS e sentiu como se seu corpo estivesse dormente, seus músculos estava doendo pela forma em que estava, prezava por um massagista ou uma cama no momento. Ela apertou os olhos para se ajustar à luz do quarto, se deparando com um lugar totalmente diferente.

── Acorde linda. ── disse uma voz rouca, de um homem.

A voz não era familiar para ela, então, lentamente abriu os olhos, estava prestes a mover o braço, mas algo a impediu de fazê-lo. Ela olhou para baixo e viu uma corda amarrada em volta da mesma, estava amarrada a uma cadeira. Se direcionou ao que estava à frente, seus olhos captaram algo alto, um homem especificamente alto, em frente a janela da grande sala.

── Quem é você? ── Amáris perguntou confusa.

Ela não estava com medo, ela somente queria saber quem iria sequestrá-la e o motivo disso.

── Oh, querida Whitemoore. ── o homem soltou um riso.

Os olhos da morena se arregalaram, o cara sabia quem ela era.

── Então, você me conhece? ── perguntou sarcástica.

O homem riu.

── Sim, eu conhecia seu pai. ── ele disse rindo novamente ── Na verdade, ele matou meu pai.

O tom de voz estava muito perigoso. A mulher jurava que se as palavras pudessem matar, ela já estaria morta há muito tempo.

── O que isso tem haver comigo? ── perguntou revirando os olhos.

Ela realmente não estava com humor para essa merda.

── Você tem atitude, hein? Eu realmente amo isso. ── ele disse movendo a mãos. Não havia se virado ainda, estava parado silenciosamente na janela. ── Qual é o seu nome? ── ele perguntou.

Amáris não respondeu e continuou revirando os olhos.

── Qual é a porra do seu nome? ── ele sussurrou tentando manter a calma.

── Você sabia que dizem que: 'um homem que não controla seu temperamento é um covarde'? ── a morena riu falsamente ── Já aqueles que controlam, são... mais perigosos. ── terminou. ── Amáris, prazer em conhecê-lo. ── um sorriso malicioso estampado.

O cara ergueu os olhos e finalmente se virou, revelando um homem forte, de aparência maligna e séria que ela não conseguiu reconhecer. Era bonito, mas não era o seu tipo. Amáris continuou o observando, cada mínimo detalhe.

── Parece que gostou do que vê, senhorita Amáris. ── ele comentou com um sorriso malicioso.

── Talvez. ── comentou no mesmo tom. ── Você até parece um anjo caído atirado do céu.

Ele olhou para ela de cima a baixo. O cara notou que ela não era só bonita, e sim muito mais que isso. Quente, em sua linguagem. Ele se aproximou dela e olhou em seus olhos. Raiva correndo por seus olhos podia ser notado. Isso era divertido.

── Se você já teve o suficiente com a minha apresentação, faça a sua também. ── pediu o encarando profundamente, de uma forma totalmente contrária de quando olhava para Thomas.

Com raiva e nem um pouco de suavidade.

── George. George Ghenoves. ── falou próximo.

Amáris tentou o máximo para esconder seu choque, enquanto os olhos dela se arregalavam minimamente. Ele respirou fundo e uma fragrância de colônia de jasmim entrou em suas narinas, ele riu e se afastou, colocando as mãos nos bolsos.

── Seu pai, ele era um amigo do meu pai. Ele confiava nele, mas algum dia a amizade se acaba. ── contou, seus olhos pensativos. ── Ele o matou e por quê? Por algumas ações estúpidas. ── suas mãos se moviam e circulava pelo peito do mesmo.

── Isso é devastador. ── ela sussurrou, sabendo que deveria sentir um mínimo de pena, mas Amáris não sentia mais nada.

── Mas agora acontece que ele está morto também. E eu não pude sequestrá-lo porque bem, ele se foi, mas pensei que talvez sua linda filha fosse ser de alguma utilidade. ── contou enquanto se encostada na parede.

Amáris se sentiu estranha. Uma sensação de vômito veio em seu estômago. Ela tremeu profundamente quando ele disse 'linda'. Ele era bonito, mas nem isso o fez atraente.

── Não se preocupe, eu não vou fazer nada com você, eu vou deixar você livre ── a morena estranhou, sabia que provavelmente viria algo daquilo. ── Mas em troca eu quero pedir uma coisa. Você terá que ser minha... noiva. ── ela estava certa.

Seu mundo desmoronou e ela paralizou, seu estado de choque se aumentando ainda mais. Seus olhos se arregalaram, e ela sentia como se sua alma estivesse queimada em cinzas. Ela sentiu raiva, tristeza, confusão, tudo o que crescia dentro dela.

── Eu sei que você está chocada. Mas eu tenho que me casar com você. ── fraziu o cenho. ── Quero dizer, de que outra forma eu vou ter o seu império? E você é linda também, então, por que não? ── explicou encolhendo os ombros.

── E se eu não aceitar? ── pressionou vagamente, sabendo que aquilo poderia ser altamente perigoso.

── Não aceitar? Bom, você é amada e pessoas morrem. ── sibilou o anjo caído, seu rosto ainda estava calmo ── Eu não tenho pessoas amadas, Amáris. ── revirou os olhos se aproximando. ── Então, o Shelby? ── perguntou.

Amáris parou seu movimento e olhou para cima. Uma pessoa normal neste momento estaria à beira de lágrimas, mas ela não era uma pessoa normal. A mulher suspirou e desviou o olhar, Thomas veio em sua mente, sua família e todos poderiam estar mortos se ela disse que não. Ghenoves poderia ser mais poderoso que eles, então ela estava preocupada.

── Combinado? ── ele perguntou.

De primeira, ela não respondeu. Era como se as palavras dela estivessem presas na garganta. Ao olhá-lo, ela viu que não tinha chance. Então, fechou os olhos e disse:

── Combinado.

Afinal, aquilo tudo era por ele, pelo sentimento e pelas pessoas importantes. Tudo pelo amor. Em nome do amor.











































hi minhas jóias, cap novinho em folha. Até a próxima, bjs ♡

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top