Capítulo dois

SHIVANI PALIWAL

Andamos pela escola inteira,era enorme, tinha até piscina, o caminho todo, Sabi,falava o quanto estava feliz por eu estar aqui e falando várias coisas que poderíamos fazer juntas, e eu e Yonta riamos a cada frase dela.
 
- Bom, por último essa aqui é a biblioteca - Yonta diz quando entramos na biblioteca maior que minha casa.

- É linda né? - Sabi diz - Eu sempre venho aqui quando vou ficar com alguém, os corredores são ótimos esconderijos - ela diz a última parte em voz baixa e nós rimos.

- Algum problema? - Yonta pergunta simpática

- Nenhum - Sabi responde e rimos baixo.

- Bom, sendo assim, vou para minha sala,e Shivank qualquer dúvida é só perguntar - ela diz.

- Ok, muito obrigada - falo e ela sorri e saí.

- Meu Deus, eu preciso muito ir no banheiro, esse tour não acabava nunca - Sabi diz - Me espera aqui, vou ser rápida, juro.

- Está bem - eu digo e ela saí.

Começo a andar pela biblioteca e encontro um livro que eu procurava a meses mas nunca encontrei, sim, eu gosto de ler por mais que não pareça. Pego o livro e me sento em uma poltrona que tinha ali para ler, e por incrível que pareça, ninguém cuidava da biblioteca,tipo uma bibliotecária velha com cara de cú, poderíamos pegar os livros que quiséssemos sem precisar falar com ninguém.

- A novata gosta de ler ? - escuto uma voz vindo da porta e olho pra lá.

- É o que parece - respondo olhando pro garoto de hoje mais cedo que estava encostado na porta.

-Eu curto alguns livros também - ele diz - Bem poucos, mas curto garotas que lêem.

- Legal - falo, quem é que chega
falando com alguém que não conhece como se tivesse a maior
intimidade?

Ele começa a caminhar até mim e
se abaixa na minha frente. O olho sem entender nada e ele se aproxima do meu rosto. Quanto mais ele se aproximava, mais eu podia sentir o cheiro de seu perfume misturado com um pouco de cigarro ou maconha, sei lá,estava muito desconfortável com
ele tão perto.

Ele se aproxima mais, e eu não
fiz nada para impedir, o que está acontecendo comigo? Normalmente homens só chegam tão perto de mim assim, quando estou bêbada, e olha lá.

- Deixei isso aqui ontem - ele diz no meu ouvido e pega um saquinho com maconha de trás do assento da
poltrona.

Me sinto um pouco aliviada por ele ter se afastado, tento me recompor e falo:

- Na biblioteca? Sério ? - falo - Pensei que fosse mais esperto - em nenhum momento o deixei perceber que ele tinha um pequeno efeito sobre mim,com certeza algo de momento.

- Quase ninguém vem aqui - ele diz.

- Eu venho - falo.

- Você acabou de chegar - ele diz e se levanta.

- Bailey,o que está fazendo ? - Sabi entra na biblioteca.

Ele apenas mostra o saquinho
para ela e sai,ela revira os olhos e caminha até mim.

- Não liga pro meu irmão,ele é babaca as vezes.

- Ele é seu irmão ? - pergunto
surpresa.

- sim, ainda por cima gêmeo.

- Nunca iria imaginar - falo surpresa.

- É,ele e eu somos bem diferentes,
mas então, vamos lá pro quarto? Vou te ajudar a desfazer as malas.

- Claro, vamos lá - falo e nós saímos
da biblioteca.

Caminhamos até o dormitório e
entramos, no quarto havia duas camas, dois armários e uma escrivaninha e também um banheiro, arrumei minhas coisas no armário, e coloquei lençóis que haviam deixado para mim colocar na cama, meu lado do quarto era algo mais escuro e mais simples já o de Sabi era rosa, e com mais detalhes.

Ela me ajudou a arrumar tudo, e então teve um barulho de sirene e Sabi disse que era hora do jantar, mas eu estava muito cansada, então, perguntei se ela poderia trazer algo para eu comer aqui no quarto, e ela disse que traria. Peguei meu celular e mandei mensagem para minha mãe e para
Hina dizendo que aqui era bem melhor do que eu imaginava, desliguei o celular sem esperar por uma resposta delas.

- Não quis jantar novata ? - Bailey pergunta escorado na porta.

- Você está cego ou o que ? Eu estou aqui,não estou? - falo como se fosse óbvio mas ele não parece ofendido.

- Nossa, pra que tanta grosseria? - ele diz.

- Você mereceu - falo me levantando.

- Tudo bem, você está certa - ele diz.

Olho sobre a cama e vejo um
edredom que nem eu nem Sabi alcançamos colocar no armário, o olho com um sorrisinho e caminho
até ele.

-Me faria um favor? - digo um pouco próxima.

- Dependendo do favor, sim - ele diz.

- Coloca aquilo lá em cima,por favor - falo.

- E porque você mesma não fez isso? - ele pergunta.

- Se eu conseguisse colocar,já estaria lá - falo.

- Tudo bem, eu te ajudo - ele diz - Masvcom uma condição.

- A deixa que eu mesmo coloco - falo pegando o edredom.

Me esforço e me estico o máximo que consigo, mas não alcanço, Marcus apenas ri sem mostrar os dentes.

- Tá,o que você quer ? - me viro para
ele.

- Quero que me ajude a fugir amanhã a noite - ele diz.

- Nem fudendo - falo - Qual é só coloque a merda do edredom lá... - o olho e ele não parecia preocupado com o edredom, ele colocando ou
não,daria no mesmo - Está bem, mas eu vou junto.

-A mas não vai mesmo,eu preciso de ajuda para sair, se você for junto vai ser pior ainda - ele diz.

- Para de graça, eu não vou atrapalhar em nada, e se você não me deixar ir, eu conto para a diretora que você anda fumando maconha na escola - falo o ameaçando.

Ele parece pensar mas acaba
aceitando.

- isso é chantagem! E já que não
tenho saída, pode ir - ele diz - Agora me dá isso - ele diz e pega o edredom da minha mão e coloca no armário sem fazer esforço.

- Muito Obrigada - falo e me sento na cama - Que horas amanhã?

- As nove, vai ser uma festa então pode ir arrumada. Nem pense em se atrasar, novata, nem era pra você ir - ele finaliza e sai do quarto.

O olho entrando no quarto ao lado
do meu e fechando a porta, dou um sorriso vitoriosa e me jogo na cama. Acabo dormindo sem nem ver Sabi
voltar.

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