capítulo dezoito:-"La Vie En Rose."
“O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo.”
—William Shakespeare.
——“Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.
—Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.”
—Fernando machado.
S/N Álvarez Point Of View
—Eu terminei de colocar os talheres na mesa enquanto Jenna pegava as taças.
—Na sala de jantar tocava "La Vie En Rose".
—Era o momento perfeito.
—Vamos jantar em casa. Sozinhas. Com uma janela onde da pra ver a torre Eiffel de longe. E uma música clássica no fundo.
—Tudo estava perfeito.
—Jenna colocou duas taças na mesa e colocou vinho nas duas.
—Nós duas nos sentamos.
—S/N:—Ah!quase ia esquecendo. –Eu me levanto e pego duas velas aromáticas e acendo e coloco na mesa.
—Jenna:—Oh viadagem. –Dou risada.
—S/N:—Agora sim. –Me sento novamente e coloco o guardanapo no colo.
—Jenna:—Aí,bem que a gente podia comer esse macarrão que nem no desenho 'a dama e o vagabundo'. –Dou risada.
—S/N:—Oh viadagem.–Ela ri.
—Nós duas bebemos um pouco do vinho.
—Jenna:—Obrigada por ter me buscado na faculdade hoje de tarde.
—S/N:—Eu meio que fui obrigada. –Dou risada e ela da um tapa no meu braço.
—Jenna:—Deixa de ser mentirosa. Você veio por livre e espontânea pressão.
—S/N:—Ainda bem que você sabe. –Ela ri.
—S/N:—Cê sabe que qualquer dia eu vou ter que voltar pra Itália,né?–Ela bufa e faz beicinho.
—S/N:—Nem vem com essa cara.
—Jenna:—Qual é?você não pode morar aqui comigo?
—S/N:—Eu não quero que você tenha muito gastos. E também não quero morar de favor e tals. –Ela me olha incrédula.
—Jenna:—Não é de favor. Eu quero que você esteja aqui,e não me importo com outras coisas.
—Jenna:—E sabe que sempre podemos dar um jeito.
—S/N:—Tá,vamos supor que se eu morar aqui,eu vou dormir aonde?
—Jenna:—No chão.
—Jenna:—Onde você tá dormindo esses dias,sua besta quadrada?
—S/N:—Na sua cama.
—Jenna:—Então,se você vier morar comigo,a gente pode dormir na mesma cama como estamos fazendo.
—S/N:—Tá,a cama tá resolvido. E quanto a faculdade?
—Jenna:—Na Itália,você nem tava fazendo faculdade que eu sei.
—S/N:—Como que você sabe?
—Jenna:—Sua mãe que me disse.
—S/N:—Veia traidora. –Ela da risada.
—Jenna:—Enfim,você pode se matricular na mesma faculdade onde eu tô estudando.
—S/N:—Hum,e quando você quiser trazer alguém pra cá e eu estiver aqui?–Ela da risadas e olha pra minha cara.
—Jenna:—Cê tá falando sério?
—S/N:—Eu não tô rindo,tô?
—Jenna:—Eu gosto de mulher brava,sabia?–Ela me dá um beijo na bochecha e eu reviro os olhos.
—S/N:—Oh Demonia,eu tô falando. Inferno.
—Jenna:—Eu to ouvindo,gostosa.
—S/N:—Que raiva.
—Jenna:—Eu nem disse nada.
—S/N:—Responde a pergunta que eu fiz.
—Ela olha pra mim segurando a risada e eu reviro os olhos.
—Jenna:—Para de revirar os olhos,eles vão parar no cérebro.
—S/N:—Então me leva a sério.
—Jenna:—Eu tô levando.
—Ela me olha com aquele sorriso maldito dela e eu respiro fundo pra não matar ela.
—S/N:—Jenna,eu vou quebrar você no pau.
—Jenna:—Depende de qual maneira você tá falando.
—Ela da risada e eu a olho séria.
—Jenna:—Me da um beijo e eu falo.
—S/N:—Vai tomar no seu cu então. –Ela ri mais ainda.
—Jenna:—Me da um beijo.
—S/N:—Não.
—Jenna:—Me da logo um beijo. –Ela ri e se aproxima de mim.
—Reviro os olhos e dou um selinho em seus lábios.
—Jenna:—Não,não quero um beijinho mixuruca desses. –Dou risada quando ela fala 'mixuruca' com o sotaque.
—S/N:—Você nem sabe o que é mixuruca.
—Jenna:—Sei sim.
—S/N:—O que é então?
—Jenna:—Não importa. –Dou risada.
—Jenna:—Vai,me dá um beijo.
—Bufo e dou um beijo em seus lábios.
—Era lento e calmo.
—Mas depois de alguns minutos se beijando,a desgraçada assopra na minha boca acabando com o clima.
—S/N:—Filha da puta. –Jenna da risada.
—Eu dou algumas tossidas e dou um tapa no braço dela.
—S/N:—Eu devia te matar,desgraçada do meu ódio.
—Jenna:—Me mata de amor,gata.
—S/N:—Vai,falando sério,responde a minha pergunta.
—Jenna se ajeita na cadeira e me olha.
—Jenna:—Ah,sei lá.
—Jenna:—Não é como se você impedisse eu trazer alguém pra cá.
—Jenna:—Então seria normal,o mesmo pra você,caso queira trazer alguém pra cá.
—Jenna:—Ficaria normal.
—Eu balanço a cabeça algumas vezes e bebo um pouco do vinho.
—S/N:—Tá,vamos comer antes que esfrie. –Pego o garfo.
—Jenna:—Ah,Álvarez,nem vem.
—Jenna:—O que foi que você tá com essa cara de buceta aí?
—S/N:—Nada ué.
—Jenna:—Nada? mentirosa.
—Jenna:—Você tá com cara de cu,o que foi?
—S/N:—É a minha cara natural.
—Jenna:—Não,você tem cara de amor da minha vida. –Ela diz com um sorriso mas eu não dou risada.
—Jenna:—Álvarez,o que foi?você tá estranha.
—S/N:—Me deixa comer em paz,inferno.
—Jenna:—Fala direito,oh Praga.
—Dou o dedo do meio pra ela e enrolo o macarrão no garfo.
—Passamos alguns minutos bebendo e comendo,mas ninguém puxou assunto e ficamos em silêncio.
—Até que eu respiro fundo e solto o garfo e coloco a mão na testa.
—Jenna:—O que foi. –Eu suspiro e olho para ela.
—S/N:—Eu não aguento mais.
—Jenna:—Não aguenta mais o que?–Ela me perguntou em um tom suave e por um momento quase me perdi na imensidão de seus olhos castanhos.
—S/N:—Fingir. –Eu dou uma pequena risada e a olho me segurando para não desabar ali.
—S/N:—Qual é,somos amigas desde crianças. Melhores amigas.
—S/N:—Aos 13 eu não sabia o que era amor.
—S/N:—Eu só soube te amando. –Vejo Jenna arregalar os olhos e abaixar a cabeça.
—S/N:—Aos 13 eu soube o que era amor porque descobri te amando.
—S/N:—Você foi o meu significado do que é o amor.
—S/N:—E,porra,doeu pra caralho.
—S/N:—Eu estava me apaixonando pela a minha melhor amiga.
—S/N:—E eu sempre tinha que aguentar te ver saindo com outras pessoas,se relacionando,se conhecendo e eu sempre ficava de lado.
—S/N:—Desejando que fosse eu no lugar delas.
—Jenna ficava só de cabeça baixa apenas escutando o que eu falava enquanto eu desabafava.
—S/N:—Mas nunca era.
—S/N:—Eu sempre era a conselheira,o ombro que você chorava,o ouvido que te escutava desabafar,e o tanto que eu me esforçava apenas para ser a melhor amiga do mundo pra você.
—S/N:—Eu estive lá até quando você teve sua primeira desilusão amorosa.
—S/N:—E eu tinha medo de falar pra você o que eu sentia porque eu não queria estragar a nossa amizade.
—S/N:—Eu sempre estive lá.
—S/N:—Mas me doía porque eu sabia,que jamais iríamos passar disso.
—S/N:—Mas agora a gente fica juntas e se beija as escondidas como se fossemos adolescentes e isso fode com a minha cabeça,mas eu amo estar perto de você.
—S/N:—Mas eu preciso dizer tudo isso porque já não aguento mais.
—Eu fecho os olhos e deixo algumas lágrimas cair.
—Entre dois seres humanos,a coisa mais íntima que sexo,é chorar um pelo o outro.
—S/N:—Eu vou fazer da minha vida uma missão de encontrar a garota mais perfeita e bonita do mundo só pra tentar esquecer você. –Dou uma pequena risada em meio as lágrimas.
—S/N:—Vou acabar me casando com essa mulher e vou passar o resto da vida com ela.
—S/N:—Vou dizer a mim mesma que ela é perfeita. –Eu aperto os lábios e balanço a cabeça diversas vezes.
—S/N:—E que eu vou ser muito feliz.
—S/N:—Mas ela nunca vai ser você.
—S/N:—Sabia?
—S/N:—Ninguém nunca vai ser como você.
—S/N:—Eu amo você.
—S/N:—Eu estou perdidamente e completamente apaixonada por você.
—S/N:—Eu so queria que você fosse minha de verdade.
—S/N:—Mas você nunca foi.
—S/N:—Não de verdade.
—S/N:—Sempre tive me contentar só com um pedaço.
—S/N:—Eu não te culpo.
—S/N:—E não deixo de amar você por isso. –Suspiro.
—S/N:—Mas não vou conseguir suportar.
—S/N:—É por isso que preciso de uma resposta.
—S/N:—Tenha pelo menos a decência de partir meu coração de uma maneira que me faça entender e não deixe que minha mente crie suposições,por favor.
—S/N:—Preciso de uma resposta.
—Ela enxugou algumas lágrimas mas continuou de cabeça baixa.
—Em silêncio.
—Silêncio.
—E silêncio.
—Eu suspirei e sai da mesa.
—Eu me apaixonei por ela do mesmo jeito que alguém cai no sono.
—Gradual e repentinamente.
—E acabei sendo derrubada pela a tempestade.
Continua.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top