𓂃 ⵌ capítulo um !
𓂃 ⵌ 𝕯𝖆𝖗𝖐 𝕱𝖆𝖙𝖊 . . . 】 !
ָ࣪ ˖ ▌. ݁ ٬٬ primeiro capítulo ⸒⸒ 🦇
normais.
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❛ postado em 17/12/2024
3128 palavras | revisado.
. ݁ ٬٬ 𝐌𝐄𝐓𝐀 ִ ֗ ៵ʾ ▎15 votos
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Os irmãos Sabaku estavam em Forks há alguns dias, tentando se estabelecer em sua nova realidade. A casa onde haviam sido colocados ficava um tanto isolada, cercada por um terreno amplo que se estendia até a borda da floresta. Era uma construção simples, funcional, mas com uma atmosfera sombria devido à névoa constante que envolvia a região. Desde que chegaram, nenhum deles tinha saído de fato, permanecendo confinados enquanto tentavam se adaptar ao novo ambiente.
Para Temari e Kankuro, a mudança era um desafio em todos os aspectos. O frio úmido de Forks era uma diferença gritante em comparação ao calor escaldante de Suna. Temari passava boa parte do tempo envolta em mantas grossas, reclamando baixinho sobre como sentia falta do sol abrasador do deserto. Kankuro, por outro lado, tentava compensar o desconforto ajustando seu traje tradicional para algo mais adequado ao clima, mas ainda assim se sentia deslocado. Ambos estavam acostumados ao calor que parecia fazer parte de quem eram, e esse ambiente cinzento e frio os fazia se sentir como estrangeiros em um mundo que não os queria.
Gaara, no entanto, parecia completamente indiferente à mudança. O frio, a umidade, o isolamento... nada disso parecia atingi-lo. Ele passava horas sentado perto da janela, olhando para a floresta com um olhar distante e impenetrável, como se estivesse completamente alheio às dificuldades dos irmãos. Para ele, o ambiente externo era irrelevante. O verdadeiro peso que carregava era interno, uma luta silenciosa que nenhum clima ou lugar poderia influenciar.
Enquanto Temari e Kankuro murmuravam sobre a adaptação e tentavam criar uma rotina, Gaara permanecia imóvel, impassível, como se já tivesse aceitado que Forks não era um refúgio, mas apenas mais uma etapa em sua jornada inevitável.
A mudança para Forks exigiu uma adaptação significativa para os irmãos Sabaku, não apenas em relação ao clima, mas também à forma como se apresentavam ao mundo. O que era considerado normal na Vila da Areia seria estranho e chamaria atenção na pequena e pacata cidade cercada por florestas. Todos tiveram que abandonar certos hábitos e adaptar suas identidades às novas circunstâncias, mesmo que isso fosse contra sua natureza.
Temari, por exemplo, já não carregava seu grande leque nas costas. Era um sacrifício simbólico, pois o leque era parte de quem ela era como kunoichi e como pessoa. No entanto, Baki, prevendo a dificuldade que enfrentariam, presenteou-a com um leque menor, discreto, que ela sempre mantinha escondido em suas vestes, como um lembrete de sua verdadeira força e identidade. Ainda assim, era estranho para ela não ter o peso familiar do leque maior em suas costas.
Kankuro, sempre associado a suas grandes marionetes, também precisou se adaptar. As marionetes grandes e assustadoras que ele normalmente carregava não teriam lugar em Forks. Em vez disso, ele começou a carregar uma marionete pequena, compacta, cuidadosamente escondida dentro de sua mochila. Era um modelo simples, mas eficaz, presente de Baki antes da partida. Kankuro, no entanto, ainda sentia a falta da conexão que tinha com suas criações maiores, e a adaptação era um desafio emocional tanto quanto prático.
Gaara, como sempre, parecia ser o menos afetado pelas mudanças. Sua imensa cabaça de areia, um símbolo inseparável de seu poder, havia sido substituída por algo muito mais discreto: um colar com uma pequena cabaça pendurada, presente de Baki. A pequena cabaça continha uma quantidade limitada de areia, o suficiente para situações de emergência, mas também era um lembrete silencioso de sua ligação com Suna. Ele não parecia incomodado com a mudança; para ele, a cabaça pequena era suficiente. A verdadeira força de Gaara não vinha do objeto em si, mas de sua determinação implacável.
Esses itens, apesar de discretos, eram mais do que simples ferramentas. Eram laços com o passado, vestígios de quem eram antes de serem exilados em Forks. Cada um deles carregava esses pequenos símbolos como formas de se reconectar com suas identidades originais, mesmo enquanto tentavam se ajustar ao novo ambiente. Afinal, por mais que tentassem se misturar, era impossível apagar completamente quem eram.
Baki chamou os irmãos para a sala da nova casa, sua expressão séria e controlada. Era um homem de poucas palavras, mas quando falava, sua voz carregava autoridade e clareza. Os irmãos Sabaku se reuniram, com Temari e Kankuro ainda ajeitando seus casacos grossos para enfrentar o frio, enquanto Gaara permanecia em silêncio, como de costume, observando o cenário pela janela antes de finalmente se virar para ouvir.
── Sentem-se ── começou Baki, cruzando os braços e olhando para cada um deles, certificando-se de que tinha sua total atenção. ── Agora que estamos aqui, é importante que saibam a história que todos precisamos contar. Estamos em uma cidade pequena, e pessoas em lugares assim adoram fazer perguntas. Qualquer deslize, e nossa presença aqui será questionada.
Ele fez uma pausa, olhando para o rosto de cada um, antes de continuar. ── A partir de agora, a história é esta: vocês três perderam seus pais recentemente em um acidente de carro. Isso foi devastador para a família, e eu, sendo o tio mais próximo, fiquei com a guarda de vocês. A mudança para Forks foi para que pudéssemos escapar das memórias dolorosas de Suna e tentar lidar com o luto em um lugar mais tranquilo.
Temari e Kankuro trocaram olhares inquietos, claramente desconfortáveis com a narrativa, mas sabendo que não tinham escolha. Era um disfarce necessário para evitar qualquer suspeita. "E se perguntarem sobre o acidente?", indagou Temari, com o rosto ainda levemente franzido.
── Se perguntarem, mantenham a história simples. Foi um acidente em uma estrada do deserto, o carro perdeu o controle e... é isso. ── Baki respondeu de forma direta, sem entrar em detalhes desnecessários. ── Quanto menos vocês falarem, melhor. Não há necessidade de florear ou improvisar. Apenas repitam o básico e deixem que eu lide com qualquer pergunta mais complicada.
Kankuro inclinou-se na cadeira, cruzando os braços. ── E se alguém desconfiar? Não somos exatamente... normais." Ele olhou de relance para Gaara, que permanecia inexpressivo
── Então não deem motivos para isso ── respondeu Baki com firmeza. ── Vocês estão aqui para se misturar, não para chamar atenção. E quanto a você, Gaara... ── Ele olhou diretamente para o ruivo, que levantou os olhos, seu olhar indiferente encontrando o de Baki. ── Eu sei que isso é o mais difícil para você, mas precisa tentar. Qualquer comportamento estranho e vão começar a fazer perguntas que não queremos responder.
Gaara deu de ombros, como se tudo aquilo fosse irrelevante para ele. ── Desde quando a opinião dessas pessoas importa para mim? ── Sua voz era baixa, fria, mas carregava uma indiferença genuína.
── Não é sobre o que importa para você ── respondeu Baki com seriedade. ── É sobre proteger todos nós. Se não seguirmos esse plano, será apenas uma questão de tempo até sermos descobertos.
O silêncio que se seguiu deixou claro o peso da situação. Finalmente, Temari suspirou, resignada. ── Certo. Nós contamos a história e seguimos o plano. Mas isso não significa que vamos gostar disso.
── Não precisam gostar ── disse Baki, dando um passo para trás e encerrando a conversa. ── Só precisam sobreviver. Amanhã começamos a frequentar a cidade. Não esqueçam: mantenham-se discretos.
Todos ali sabiam muito bem que a existência de ninjas era um segredo guardado a sete chaves, restrito às vilas ocultas. Fora desses círculos, o mundo comum vivia alheio a qualquer ideia de que guerreiros habilidosos, capazes de feitos extraordinários, existiam entre eles. Por isso, a necessidade de discrição era absoluta. A menor falha poderia expor não apenas eles, mas todo o sistema ninja.
Amanhã seria o início de sua nova vida em Forks, e todos estavam cientes do peso dessa mudança. Os três irmãos frequentariam as escolas locais, e Baki assumiria sua nova posição como policial na pequena delegacia da cidade. O disfarce era perfeito: o tio protetor que havia trazido seus sobrinhos órfãos para um ambiente mais calmo, enquanto reconstruíam suas vidas após uma tragédia.
── Vocês têm que se comportar como adolescentes normais ── disse Baki antes de sair da sala, seu tom firme e direto. ── Nada de chamar atenção. Nada de brigas desnecessárias. E, principalmente, mantenham suas habilidades em segredo. Não importa o que aconteça.
Temari cruzou os braços, claramente desconfortável. ── Adolescentes normais? Isso é fácil de falar, mas... você viu o Gaara ultimamente? ── Ela lançou um olhar para o irmão, que continuava sentado em silêncio, completamente alheio à conversa.
── Não se preocupem comigo ── Gaara respondeu calmamente, sem sequer desviar o olhar da janela. ── Eu não pretendo fazer nada que nos complique.
── É o que espero ── disse Baki, estreitando os olhos. Ele sabia que Gaara era imprevisível, mas também sabia que o rapaz entendia o quanto a situação era delicada.
Kankuro suspirou, jogando-se no sofá com um ar derrotado. ── Frequentar a escola, hein? Mal posso esperar para ser tratado como um estranho por um bando de adolescentes idiotas.
── Isso faz parte do disfarce ── respondeu Temari, pragmática. ── Precisamos agir como se fôssemos... normais. ── Ela parecia ter dificuldade até mesmo em dizer a palavra.
── Vocês dois precisam se esforçar ── cortou Baki. ── Não temos margem para erros. Meu trabalho como policial nos dá um certo nível de proteção, mas isso não vai durar se começarem a surgir perguntas sobre vocês três.
O peso da responsabilidade pairava sobre todos eles. Para Temari e Kankuro, o desafio era maior, pois a vida escolar seria algo completamente novo e desconfortável. Gaara, por outro lado, parecia simplesmente indiferente, mas todos sabiam que ele carregava a maior carga emocional de todos. Sua mera presença já era algo que atraía olhares, e a convivência com pessoas comuns poderia facilmente despertar antigos instintos.
Com isso, a noite se desenrolou em silêncio. Cada um deles sabia que o dia seguinte seria um teste, o primeiro de muitos, para sua habilidade de se misturar e sobreviver em um mundo completamente diferente daquele que conheciam.
Naquela noite, como em todas as outras, o demônio da Vila da Areia não dormiu. Para Gaara, o sono era um território proibido, uma vulnerabilidade que ele não podia se dar ao luxo de experimentar. Enquanto seus irmãos descansavam, tentando se adaptar ao novo ambiente, ele permanecia imóvel, sentado no chão de seu quarto, olhando fixamente para a pequena cabaça em seu colar.
Mas ele nunca estava realmente sozinho.
"E então, Gaara... foi assim que você acabou? Escondido em uma cidadezinha patética, rodeado por árvores e mortais insignificantes? Que gloriosa queda para o grande monstro de Suna."
A voz de Shukaku ecoava em sua mente, carregada de ironia e sarcasmo. Era uma presença constante, inescapável, como a areia que fluía ao seu redor, mesmo quando estava imóvel.
"Seu pai deve estar rindo de você agora. O grande Gaara, reduzido a um garoto de escola, fingindo ser algo que não é. Você deveria estar esmagando esses fracos, não se misturando entre eles."
Gaara fechou os olhos, sua respiração permanecendo calma, mas a tensão em seu corpo denunciava o peso daquela presença. Ele havia aprendido a resistir às provocações de Shukaku, mas isso não as tornava menos perturbadoras.
"Você não sente saudades? O medo nos olhos deles, o sangue na areia? Eles te respeitavam, Gaara. Agora? Agora você é só uma sombra do que era. Patético."
── Silêncio ── murmurou Gaara, sua voz baixa, mas firme. Ele não precisava gritar para impor sua autoridade, mesmo contra Shukaku. ── Você não tem poder aqui. Não mais.
"Não? Então por que ainda estou aqui? Por que você não consegue me ignorar? Face it, garoto... eu sou parte de você, e sempre serei."
Gaara abriu os olhos novamente, fixando-os na escuridão do quarto. A lua cheia lançava um brilho pálido pela janela, e a floresta ao redor da casa parecia viva, como se sussurrasse segredos que ele não conseguia decifrar. Ele não respondeu à provocação de Shukaku dessa vez, preferindo mergulhar no silêncio gelado de seus pensamentos.
Enquanto os outros dormiam, encontrando alguma forma de consolo no descanso, Gaara mantinha sua vigília solitária. Era assim que sempre havia sido, e ele não esperava que mudasse. Shukaku continuaria rondando sua mente, zombando e provocando, mas ele não cederia. Não podia ceder.
Amanhã seria o início de sua nova vida, mas naquela noite, como em tantas outras, o verdadeiro monstro não estava do lado de fora. Estava dentro dele. E Gaara sabia que, por mais que tentasse, nunca estaria completamente livre.
Gaara passou a noite exatamente como tantas outras: acordado, mantendo sua mente focada enquanto Shukaku sussurrava de tempos em tempos, com sarcasmo cortante e zombarias. Ele não reagia além de murmúrios ocasionais para silenciar o demônio, apenas aguardando o amanhecer.
Quando os primeiros raios de sol iluminaram a floresta ao redor da casa, Gaara se levantou. Ele se preparou para o dia com a mesma meticulosidade fria de sempre, sem pressa, sem hesitação. Optou por roupas que pareciam refletir o que ele era: uma jaqueta preta de couro com detalhes em tachas metálicas, uma camisa de tecido escuro com estampa abstrata que parecia um redemoinho sombrio, e calças jeans justas, desgastadas, mas estilizadas, com pequenos rasgos. Botas de couro pesadas completavam o visual, o som das solas ecoando pelo piso de madeira enquanto ele descia as escadas.
Na sala, Temari já estava pronta. Sempre pragmática, ela havia optado por roupas funcionais, mas que ainda ressaltavam sua personalidade marcante. Vestia uma camisa de manga longa bege, com um colete verde-escuro ajustado por cima, combinada com jeans preto e botas de cano médio. Seus longos cabelos loiros estavam presos em quatro rabos de cavalo, uma tentativa de manter sua aparência habitual sem chamar muita atenção. Temari era como sempre: confiante e de postura firme, mas seus olhos demonstravam um cansaço sutil, como se estivesse carregando o peso de ser a figura mais sensata entre os três.
── Bom dia, Gaara ── disse ela sem muito entusiasmo, olhando para ele com um misto de preocupação e aceitação. Era difícil saber o que esperar de seu irmão, mas ela sabia que ele lidava com seus próprios demônios, literalmente.
Kankuro estava sentado no sofá, ajustando os cadarços de suas botas. Ele vestia uma camiseta preta com uma estampa de caveira estilizada, coberta por um moletom cinza com capuz. Suas calças eram cargo, cheias de bolsos, e ele usava tênis escuros que contrastavam com seu estilo ninja anterior. Apesar de estar mais relaxado que Temari, sua expressão era de desconfiança, como se ele estivesse constantemente avaliando o ambiente ao redor, mesmo dentro da casa.
── Finalmente desceu, hein? ── Kankuro comentou, olhando para Gaara com um meio sorriso. Ele era o mais descontraído entre os três, mas havia algo em sua postura que sempre indicava estar em alerta, pronto para agir se necessário.
Gaara não respondeu de imediato. Apenas os observou com seus olhos frios e calculistas antes de caminhar até a cozinha para pegar um copo de água. Ele não precisava explicar sua insônia; era um fato que todos já haviam aceitado.
── Prontos para nosso grande show de normalidade? ── perguntou Temari com um tom sarcástico, cruzando os braços. ── Porque hoje é o dia de começarmos a nos misturar, e isso significa... socializar.
Kankuro revirou os olhos. ── Mal posso esperar para lidar com adolescentes reclamando sobre seus dramas insignificantes.
Gaara, como sempre, permaneceu em silêncio, mas algo em sua postura sugeria que ele também estava se preparando mentalmente. Hoje seria o início de sua vida em Forks, e ele sabia que não seria fácil para nenhum deles.
Desde a revelação de tudo o que Rasa havia feito com Gaara, Kankuro e Temari não conseguiam evitar reavaliar suas ações e atitudes em relação ao irmão mais novo. Durante anos, haviam sentido medo dele, uma emoção que ainda persistia, embora de forma mais contida. Afinal, quem em sã consciência não teria medo de alguém que carregava um demônio em seu interior e era capaz de devastar tudo ao seu redor em um instante de fúria?
Mas, agora, havia algo diferente. Saber o que Gaara havia sofrido — desde as manipulações de Rasa até a traição cruel de Yashamaru — lançou uma nova luz sobre tudo. Ele não era apenas o monstro temido por todos em Suna; era também uma vítima, alguém que tinha enfrentado uma solidão e um sofrimento que ninguém, nem mesmo eles, poderiam compreender plenamente.
Temari, que sempre havia sido a voz da razão, sentiu a culpa pesar em seu coração. Ela lembrava-se de todas as vezes em que havia evitado Gaara, de todas as palavras duras que havia dito a ele em momentos de medo ou frustração. Agora, ela via o irmão mais novo sob uma nova perspectiva: não apenas como o receptáculo de Shukaku, mas como um garoto que havia sido usado e abandonado por todos que deveriam tê-lo protegido.
Kankuro, por sua vez, lidava com os próprios arrependimentos. Ele sabia que havia sido duro com Gaara, muitas vezes deixando claro seu medo e desprezo, como uma tentativa de se proteger. No entanto, agora percebia que o verdadeiro culpado de tudo aquilo não era Gaara, mas Rasa. O homem que deveria ser o pai deles não passava de um manipulador frio, disposto a sacrificar o próprio filho em nome de suas ambições políticas.
Por mais difícil que fosse superar o medo que sentiam, tanto Temari quanto Kankuro decidiram, em silêncio, que tentariam se ajustar a Gaara. Afinal, ele era seu irmão, e ninguém além deles entendia o que significava carregar o nome Sabaku em meio a um mundo tão cruel.
Temari foi a primeira a quebrar o silêncio naquela manhã. Ela olhou para Gaara, que terminava de beber seu copo d'água, e falou com um tom mais suave do que o usual. ── Gaara... sei que não temos sido os melhores irmãos. Mas... estamos aqui. Qualquer coisa que você precisar, pode contar com a gente.
Kankuro, surpreso pela atitude da irmã, resmungou algo antes de concordar. ── É, é... o que ela disse. Não que você precise de ajuda, mas... estamos juntos nessa agora, certo?
Gaara parou por um instante, os olhos frios voltando-se para os dois. Ele não respondeu imediatamente, mas havia algo em seu olhar que parecia menos endurecido, talvez até confuso. As palavras deles não apagariam anos de distanciamento e medo, mas eram um começo.
Finalmente, ele deu um pequeno aceno de cabeça antes de se virar e caminhar para a porta. Não era um gesto grande, mas, para Temari e Kankuro, era um sinal de que talvez houvesse uma chance de reconstruir algo. Afinal, apesar de tudo e de todas as dificuldades, Gaara ainda era o irmão mais novo deles — e talvez, apenas talvez, eles pudessem ser a família que ele nunca teve.
. . . ꗃ ' agora sim, a história se inicia.
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