𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝗼𝗻𝗲 | a chegada.

CAPÍTULO UM.
──  ❝A chegada.


Os Cullens haviam esperado por uma semana, mas a mulher misteriosa não apareceu. Cada dia que passava, a esperança que Carlisle sentira ao escutar sua voz no telefone começava a murchar. A sensação de confiança que ele tivera, tão forte e inabalável, parecia agora uma lembrança distante, como um sonho que se desfaz ao acordar. Ele queria acreditar que ela cumpriria sua promessa, mas a incerteza tomou conta de sua mente. O telefone continuava em silêncio, sem nenhuma ligação de volta, e Carlisle não sabia mais o que esperar. Ele se sentia desanimado, a mesma sensação de impotência que tinha antes de fazer a ligação, agora mais presente do que nunca.

Na clareira, a atmosfera estava carregada de tensão. Os Cullens e os transmorfos, uma aliança temporária formada para enfrentar o exército de recém-criados de Victoria, estavam reunidos para treinar. A clareira, normalmente um local de paz e reflexão, agora era palco de uma preparação árdua, onde cada movimento estava sendo afinado com precisão, com todos cientes de que o tempo estava se esgotando.

Edward, Alice e Jasper estavam ajudando os transmorfos a aprimorar suas táticas de combate, enquanto Emmett e Rosalie, sempre prontos para qualquer desafio, coordenavam os ataques simulados. Bella observava de longe, seu coração pesado com o que estava por vir. Ela sabia que não havia mais volta. A batalha seria inevitável, e sua presença, tão humana e frágil, só tornava tudo mais arriscado.

Carlisle observava tudo em silêncio, de pé à margem da clareira, o olhar distante. Ele sabia que seu foco deveria estar na preparação, mas sua mente não conseguia se afastar da lembrança da mulher misteriosa e da promessa não cumprida. Ele queria acreditar que ela ainda viria, mas a realidade cruel de sua situação o puxava de volta para a dura verdade. O exército de recém-criados de Victoria não iria esperar, e a batalha estava se aproximando a passos largos.

"Eu achei que nunca me ligaria" a voz dela ainda ecoava em sua mente, mas agora, mais do que nunca, parecia uma ilusão. Carlisle se virou lentamente, observando os outros treinarem, sabendo que aquele era o momento em que suas esperanças estavam começando a se esvair, e ele teria que confiar apenas na força de sua família e seus aliados para enfrentar o que estava por vir.


De repente, um cheiro inebriante e doce invadiu a clareira, capturado instantaneamente pelos sentidos aguçados dos sobrenaturais presentes. O aroma era inconfundível, algo que misturava a essência da natureza com uma doçura sobrenatural, algo que os atraía. Aos poucos, todos começaram a perceber o som de passos rápidos, leves como uma brisa. Ninguém teve tempo de reagir antes que, de repente, uma mulher apareceu, saltando em direção a Carlisle. Com um movimento ágil e inesperado, ela aterrissou no colo dele, abraçando-o com força.

Atordoado, Carlisle mal teve tempo de processar o que acontecia, mas mesmo assim, o instinto o fez envolvê-la em seus braços, fechando os olhos por um momento. O cheiro dela, inebriante e familiar, invadiu sua mente e trouxe uma onda de lembranças. Ele sabia quem ela era. Uma memória antiga, mas agora clara como o dia, surgiu em sua mente.

Lilith.

Ela o havia encontrado nos primeiros anos de sua vida como recém-criado, quando ainda lutava para controlar os instintos e a sede incontrolável. Ela o ajudou, orientou-o, e, de alguma forma, até mesmo o acalmou com sua presença enigmática. Sua voz, serena e firme, ecoou na mente dele, como se fosse ontem.

A mulher, agora visivelmente à sua frente, olhou para ele com um sorriso suave e misterioso.

── Finalmente estou de volta, Lisle ── disse ela, com uma voz que carregava tanto a suavidade quanto uma urgência que parecia estar ligada ao próprio destino.

Carlisle ficou em silêncio, sem palavras, enquanto a presença dela preenchia o ar ao seu redor. Ele estava atordoado e, ao mesmo tempo, aliviado. Lilith estava de volta, mas ele não sabia exatamente o que isso significava para ele e para todos ao seu redor.

Lilith, com sua beleza impecável, parecia emanar uma aura de mistério e poder. Sua pele morena clara refletia a luz da clareira de uma forma hipnotizante, enquanto seus olhos e cabelos negros como a noite dominavam sua presença. A boca carnuda e pintada de vermelho vivo destacava-se, tornando-se um dos seus traços mais sedutores. Ela vestia um vestido preto justo, que acentuava suas curvas de maneira quase provocante, complementado por um colar de rubi que cintilava no pescoço, refletindo a luz que a cercava. Seus saltos finos e pretos davam-lhe uma postura altiva, e a confiança que ela emanava parecia inabalável. Sua personalidade, forte e calculista, irradiava uma mistura de sedução e controle, com um toque de frieza e até mesmo uma pitada de sádico prazer. Ela estava sempre avaliando, sempre analisando, e suas ações eram sempre executadas com um propósito, mesmo que não fosse óbvio para todos.

Lilith olhou ao redor da clareira, seus olhos observando cada figura presente com uma intensidade quase predatória. Ela capturou os detalhes, as emoções, o que estava sendo dito e não dito. Mas então, seus olhos pararam, como se tivessem encontrado algo - ou alguém - que lhe chamava a atenção. Seu olhar se fixou em Emmett Cullen.

Emmett era grandalhão, de uma estatura imponente que o fazia se destacar entre qualquer multidão. Seus músculos eram definidos, quase esculturais, resultado de anos de treinamento físico e sua força sobrenatural. Ele tinha uma aparência selvagem, com o rosto quadrado e um sorriso fácil, sempre pronto para provocar e fazer piadas. Seus olhos, um tom de dourado profundo, estavam sempre atentos, expressando uma mistura de energia e diversão, mas também um lado protetor e feroz quando necessário. Sua personalidade era calorosa e extrovertida, alguém que gostava de rir e estar em movimento, mas que também possuía uma força interior e uma lealdade inabalável aos que amava. Emmett tinha um gosto pela vida, como um instinto selvagem que não se deixava amedrontar pelas sombras do mundo.

Mas quando os olhos de Lilith se encontraram com os de Emmett, algo foi instantâneo. Era como se uma chama invisível tivesse acendido entre eles. Ambos pararam no mesmo momento, seus olhares se trancando, sem palavras. No fundo, eles sabiam. A conexão era inegável. Era algo profundo, algo inexplicável, algo que transcende o tempo e as palavras.

Eles se reconheceram como companheiros de alma. Emmett sentiu uma sensação de familiaridade, como se já tivesse conhecido Lilith em outro tempo, outra vida. Lilith, por sua vez, sentiu a mesma atração magnética e inevitável, como se o destino tivesse entrelaçado seus caminhos antes de tudo aquilo acontecer. Havia algo de primal e antigo naquela ligação, algo que não podia ser explicado facilmente, mas que estava presente na essência de ambos. Era o tipo de conexão que poucos experimentariam, uma conexão profunda e irrevogável.

Lilith não precisou dizer uma palavra para que Emmett soubesse o que estava acontecendo. O silêncio entre eles falava mais do que qualquer frase poderia expressar.


Lilith olhou para Emmett com um sorriso enigmático, os olhos brilhando com uma mistura de reconhecimento e algo mais profundo, mais intenso. A voz suave e sedutora saiu de seus lábios enquanto ela se dirigia diretamente a ele, com uma confiança irrepreensível.

── Olá, companheiro ── disse ela, a palavra ressoando com um significado que apenas os dois podiam compreender naquele instante. Emmett sentiu a conexão crescente entre eles, como se uma parte de sua alma finalmente tivesse encontrado o seu lugar. O sorriso de Lilith era pequeno, mas carregado de mistério, e antes que ele pudesse reagir, ela se virou para encarar o restante do grupo, como se nada mais importasse além do que ela tinha a dizer.

Ela se colocou diante dos Cullen e dos transmorfos, sua postura altiva e seu olhar fixo. Sua presença parecia dominar a clareira, afastando qualquer dúvida ou questionamento não pronunciado. O ar ao redor dela parecia mudar, tornando-se mais pesado, mais carregado com sua energia peculiar.

── Eu sou Lilith Monroe ── ela anunciou com uma calma glacial, a voz ecoando entre as árvores ao redor. ── A primeira e única vampira da minha espécie.

Os olhares curiosos dos Cullen e dos transmorfos se voltaram para ela, com perguntas não ditas pairando no ar. Alguns, como Edward, estavam tentando sondar sua mente, mas Lilith era uma presença impenetrável, como se tivesse barricadas invisíveis ao seu redor, mais profundas do que qualquer pensamento simples pudesse alcançar.

── E o que isso significa? ── perguntou Alice, sempre curiosa, com o semblante sério.

Lilith não respondeu imediatamente. Em vez disso, ela a encarou com um olhar tranquilo e desinteressado.

── Não vou explicar nada a ninguém ── disse ela, sua voz decidida, sem sombra de dúvida. ── O que sou, o que faço, ou o que fui... Isso não lhes diz respeito.

A frieza em suas palavras era clara, mas não havia hostilidade. Ela apenas parecia convencida de que sua história era dela e dela apenas. Ela observou os rostos ao seu redor, absorvendo as reações, e em seguida, continuou com um tom mais pessoal, mais íntimo, como se estivesse falando diretamente com seus próprios pensamentos.

── Sou a única vampira da minha espécie porque nunca transformei ninguém. Eu gosto de ser a única. A verdade é que... gosto de me sentir única. ── Ela fez uma pausa, o sorriso em seus lábios parecendo mais uma expressão de satisfação do que de arrogância.

Os Cullen trocaram olhares. Embora a atitude de Lilith fosse desconcertante, algo sobre ela fazia com que todos, mesmo sem entender, sentissem que ela não era alguém que poderia ser questionado ou desafiado sem consequências. Ela tinha a força de sua individualidade e a confiança em sua história, e isso era o suficiente para ela.

Esme foi a primeira a quebrar o silêncio, sua voz suave e cautelosa.

── Você é uma... vampira muito antiga, não é? ── Ela perguntou, sua expressão de preocupação misturada com um leve fascínio.

Lilith a observou, e por um breve momento, seus olhos se suavizaram.

──  Sim ── respondeu ela com simplicidade. ── Antiga, mas nunca entediante. A eternidade tem suas vantagens, você sabe.

Com essas palavras, ela virou-se novamente para Emmett, seus olhos preenchidos com uma complexidade que ele ainda não conseguia decifrar completamente. O restante do grupo ainda a observava, sem saber se estavam lidando com uma aliada ou uma ameaça. Mas Lilith parecia indiferente à dúvida deles, seu foco agora completamente voltado para o homem com quem compartilhou aquela conexão de alma.

O silêncio novamente dominou a clareira, todos os presentes aguardando, sem palavras, o próximo movimento de Lilith. O que ela queria? O que ela realmente estava fazendo ali? As perguntas estavam no ar, mas Lilith parecia completamente no controle de sua própria narrativa, como sempre fora.

Lilith caminhou com elegância até Emmett, seus passos leves como se flutuasse sobre a terra. Quando ela alcançou o gigante Cullen, estendeu a mão, e sem hesitar, ele a pegou com um sorriso genuíno, sentindo a conexão entre eles se intensificar a cada segundo. Os dois estavam agora entrelaçados, e para Emmett, aquela simples troca de gestos selava uma verdade: finalmente, ele tinha sua companheira, da mesma forma que Carlisle tinha Esme, Jasper tinha Alice e Edward tinha Bella. Ele a sentia como uma parte de si, como se algo essencial em sua existência tivesse sido finalmente restaurado.

Lilith, no entanto, não parecia se perder em momentos de afeição. Ela olhou para Carlisle com uma expressão implacável, a frieza em seu olhar provocando um arrepio naqueles ao seu redor. Sua voz soou autoritária, como se estivesse acostumada a ser ouvida sem contestação.

── Fale, Carlisle ── ordenou ela, a calma em suas palavras disfarçando o perigo iminente em sua presença. ── Por que precisa da minha ajuda? O que há de tão grave que me fez ser chamada até aqui?

Carlisle, ainda atônito pela intensidade da situação e pela aparição inesperada de Lilith, respirou fundo e começou a explicar. Ele falou sobre Victoria, sobre o exército de recém-criados que ela estava formando, sobre a ameaça que ela representava para Isabella e para todos os que estavam ao seu redor. Explicou o quanto estava disposto a arriscar para proteger sua família, mesmo que isso significasse recorrer à ajuda de uma vampira tão poderosa e misteriosa quanto Lilith.

Quando ele terminou de contar a história, Lilith permaneceu em silêncio por um momento, seus olhos fixos em Carlisle com uma intensidade que fazia os outros na clareira se sentirem desconfortáveis. Então, ela soltou uma risada baixa e sombria, algo que parecia mais uma gargalhada amarga do que qualquer outra coisa.

── Tolos ── ela murmurou, sua voz carregada de desdém.

Os Cullen ficaram em silêncio, surpresos pela reação. Eles esperavam algo mais, talvez um plano, ou um conselho, mas o que Lilith trouxe foi apenas frustração e uma ironia crua. Ela então os olhou com um olhar afiado, suas palavras caindo pesadas sobre eles.

── A maior regra do mundo sobrenatural é clara: nunca, em hipótese alguma, mete-se com o companheiro de um vampiro ── ela disse, a frieza em sua voz agora clara. ── E vocês, com toda a sua boa intenção e senso de justiça, quebraram essa regra fundamental. E agora, devem lidar com as consequências.

Ela fez uma pausa, permitindo que as palavras ecoassem na mente de todos. O clima na clareira se tornou ainda mais denso, a tensão visível nas faces de todos.

── Victoria ──  ela continuou, com um tom que parecia cortar o ar ── tem todo o direito de matar Isabella. Se alguém ousar tocar no companheiro de um vampiro, as consequências são inevitáveis. E, neste caso, vocês foram os primeiros a violar essa regra sagrada.

A revelação de Lilith caiu como uma bomba sobre os Cullen. Para eles, Isabella era mais do que uma humana, ela era parte da família, e a ideia de que Victoria tinha o "direito" de matá-la parecia inaceitável. Mas Lilith não estava preocupada com os sentimentos deles, sua visão era pragmática, fria, baseada em regras não ditas e consequências implacáveis.

Emmett, que até então estivera imerso em sua conexão com Lilith, olhou para ela, confuso, mas também começando a entender a gravidade das palavras. Ele apertou sua mão, ainda em choque, mas com um sentimento crescente de lealdade a ela - a companheira que, agora, mais do que nunca, parecia saber muito bem o que fazia.

Carlisle respirou fundo, tentando processar o que ela dissera. Ele sempre soubera que as regras do mundo sobrenatural eram implacáveis, mas ouvir isso de Lilith, uma vampira tão antiga e experiente, trouxe uma nova perspectiva à sua compreensão do perigo que eles estavam enfrentando.

── Então, o que devemos fazer agora? ── perguntou Esme, sua voz suave, mas cheia de preocupação. Ela sentia o peso das palavras de Lilith e sabia que, de alguma forma, precisavam de um plano para lidar com a situação de Isabella e Victoria.

Lilith olhou para Esme, sua expressão impassível, e respondeu com um tom quase de desdém.

── Agora, o que resta é lidar com as consequências das suas escolhas. Se Isabella está em perigo, vocês terão que lidar com isso da maneira mais difícil possível. Não posso salvar ninguém de algo que é uma consequência direta de suas próprias ações.

Com isso, Lilith deu um passo atrás, suas palavras pairando no ar como uma sentença irremediável. Ela se voltaria para seus próprios motivos, e os Cullen teriam que encontrar seu próprio caminho para resolver a situação com Victoria.

Lilith manteve-se em silêncio por um momento, deixando que suas palavras anteriores se assentassem nas mentes de todos ao seu redor. Quando ela finalmente falou, sua voz era ainda mais firme, mais implacável.

── Eu não vou interferir nisso ── disse ela, com a expressão intransigente. Ela observava cada um dos Cullen, como se estivesse avaliando cada um deles com um olhar calculista. ── Isso é problema de vocês. A regra foi quebrada e agora, vocês terão que lidar com as consequências. Eu já disse o que precisava dizer.

Edward, que estava parado observando a cena com crescente frustração, não conseguiu mais se conter. Seus olhos brilharam com raiva, e ele se aproximou de Lilith, com a tensão emanando de seu corpo. Ele não entendia como ela podia ser tão indiferente à situação de Isabella, à pessoa que ele amava.

── Como você pode ser tão fria? ── ele disse, sua voz cortante. ── Bella está em perigo e você simplesmente diz que não vai fazer nada? Como pode, depois de tudo o que aconteceu?

Lilith virou-se lentamente para Edward, um sorriso divertido surgindo em seus lábios. Ela não se intimidou com a raiva dele; na verdade, parecia que ela gostava de provocar.

── Vampinho tolo ── ela disse, sua voz cheia de sarcasmo. Sua expressão se endureceu, e seus olhos negros brilharam com uma ameaça velada. ── Se fosse esperto o suficiente, não se meteria comigo. Eu tenho paciência para pouco, e você claramente não é alguém que deve desafiar. Estou nesse mundo desde o começo de tudo, e o que você chama de problemas humanos ou vampíricos, para mim, não passa de um jogo. Não espere que eu me envolva.

Edward ficou paralisado por um momento, seu rosto uma máscara de frustração e incredulidade. Lilith estava distante, incompreensível, e suas palavras estavam cheias de um poder que ele ainda não conseguia entender. Ele sentia que enfrentava algo que não podia controlar, e isso o irritava profundamente.

Lilith, vendo que as palavras ainda não tinham atingido o suficiente, continuou.

── Se eu fosse me envolver, Edward, eu estaria do lado de Victoria ── ela disse, a frieza de sua voz tornando-se quase tangível. ── As regras são claras, e eu sigo-as. Victoria tem todo o direito de se vingar de Isabella. Ela pode e deve fazer isso, como qualquer vampiro faria. E, se você fosse um pouco mais astuto, entenderia que não há nada que você ou qualquer um de vocês possa fazer para mudar isso.

A clareira ficou em silêncio por um momento, a tensão entre eles aumentando. Edward estava furioso, mas também estava começando a perceber que Lilith não estava disposta a ser movida por argumentos emocionais ou morais. Ela seguia suas próprias regras, e essas regras pareciam não ter nada a ver com o que ele considerava justo ou certo.

Jasper, sempre atento às emoções dos outros, tentou intervir, a tensão no ar afetando a todos.

── Lilith ── começou ele, com sua voz calma e controlada. ── Não podemos simplesmente deixar Bella morrer. Você não pode realmente querer que isso aconteça, não é?

Mas Lilith olhou para ele com a mesma expressão indiferente, o sorriso desaparecendo de seus lábios. Ela deu um passo à frente, como se o peso de suas palavras fosse suficiente para parar qualquer resistência.

── Eu quero que vocês entendam uma coisa, e entendam bem ── ela disse, a voz quase ameaçadora agora. ── No fim das contas, as regras do nosso mundo são mais importantes que qualquer sentimento. E, para vocês, pode parecer cruel, mas Victoria tem o direito de se vingar. Ela não apenas tem o direito, ela deve se vingar. E se você, Jasper, está esperando por algo diferente, então está apenas sendo ingênuo.

A frieza da situação ficou clara para todos ali. Lilith não era alguém a ser convencida com argumentos de moralidade ou justiça. Ela tinha uma visão pragmática e impiedosa das coisas, e suas palavras ecoaram na clareira como um aviso.

A tensão continuou, e agora, mais do que nunca, os Cullen e os transmorfos precisavam decidir qual seria o próximo passo a seguir. Mas uma coisa estava clara: Lilith estava distante, implacável e, mais importante, do lado de quem seguisse as regras. E, para ela, as consequências que estavam prestes a acontecer eram inevitáveis.

3281 palavras.

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