𝓒𝓸𝓲𝓼𝓪 𝓭𝓮 𝓶𝓪𝓽𝓲𝓵𝓱𝓪

Capítulo 4

Quando chegou à escola, a curiosidade da híbrida foi imediatamente despertada. Os alunos corriam apressados em direção ao estacionamento dos ônibus, e, movida pela inquietação, ela se juntou à multidão. Ao chegar, parou, paralisada pela cena diante de seus olhos: um ônibus cercado por policiais, com sangue espalhado de forma alarmante, e a porta traseira destruída, arrancada com violência.

Evie observou a cena com um misto de confusão e apreensão.

── O que diabos aconteceu aqui? ── murmurou, os olhos fixos nas marcas de destruição.

── Ei, você viu a Allison? ── McCall perguntou, apressado, se aproximando com um olhar ansioso.

── Sim, acabei de vê-la chegando com o pai. ── Evie franziu a testa, um leve sentimento de inquietação crescendo ao ver o suspiro de alívio dele. ── O que está acontecendo?

── Depois eu explico. ── McCall respondeu de forma apressada, já se afastando para correr de volta ao prédio.

Ela assistiu a cena por mais um momento, tentando absorver a estranheza, antes de dar de ombros e seguir seu caminho para a aula de biologia. Mas, mesmo enquanto caminhava, um pressentimento inquietante a acompanhava.

No intervalo, enquanto caminhavam em direção ao refeitório, Scott compartilhou com Evie o sonho perturbador que tivera. Mesmo ainda irritada com os garotos por terem se voltado contra Derek, a curiosidade da híbrida falou mais alto, e ela decidiu ouvir. McCall contou que o motorista do ônibus havia sido encontrado em estado de choque e levado para o hospital.

── Posso ajudar vocês a descobrir a verdade. ── Evie ofereceu, mordendo uma maçã e observando Stiles e Scott trocarem olhares preocupados.

── Você não está mais brava? ── Stiles perguntou, hesitante, a expressão um pouco culpada.

── Estou, mas também estou curiosa para entender o que aconteceu. ── Evie deu de ombros, mantendo o olhar firme. ── E não vai ser de graça.

Lydia, acompanhada de seu grupinho de populares, se aproximou e se juntou a eles. Stiles e Scott trocaram olhares perplexos, sem entender por que ela decidiu se sentar ali. Evie, por sua vez, simplesmente deu de ombros, ignorando a situação como se fosse irrelevante.

── Onde vamos amanhã à noite? ── Lydia perguntou, lançando um olhar curioso para Evie e, em seguida, fixando em Allison. ── Você mencionou que ia ficar de bobeira com o Scott, certo?

── Estávamos tentando decidir o que fazer. ── Allison respondeu, com um leve sorriso.

── Eu estava pensando em ficar em casa. ── Evie respondeu, recebendo um revirar de olhos impaciente da ruiva.

── Você vai acabar criando raízes de tanto ficar em casa. ── Lydia resmungou, claramente frustrada por nunca conseguir convencê-la a sair. ── Não vou passar a noite vendo vídeos de lacrosse de novo. Se nós quatro vamos sair, que seja para fazer algo realmente divertido.

Stiles e Evie trocaram olhares cúmplices ao ver a expressão de surpresa no rosto de Scott.

── Sair? ── McCall perguntou, com a voz cheia de incredulidade. ── Nós quatro? Você realmente quer sair com eles?

── Sim, parece divertido. ── Allison respondeu, dando de ombros com um sorriso descontraído.

Evie interrompeu, trocando um olhar atento entre Scott e Jackson, que se encaravam com uma tensão quase palpável, como se estivessem prestes a se lançar um contra o outro.

── Deixa eu ir. ── a Hale disse, com um tom sério, mas um leve sorriso brincando nos lábios. ── Mas, por favor, só peço que vocês dois não se matem durante o passeio.

Ela saiu da escola e seguiu direto para a mansão Hale, onde Derek havia avisado que estaria. Ele tinha sido liberado depois que não encontraram provas contra ele; a única evidência era pêlo de animal encontrado no corpo da garota, o que indicava que uma criatura havia causado a morte dela, e não ele.

── Derek! ── ela sorriu ao vê-lo e correu para abraçá-lo, sentindo um alívio profundo se espalhar pelo corpo.

── Você está bem? ── o Hale perguntou, com uma expressão de preocupação que suavizava seus traços sérios.

Evie assentiu, afastando-se levemente para olhar nos olhos dele.

── Você soube do ataque ao ônibus? ── ela perguntou, com uma leve indiferença, recebendo apenas um sinal afirmativo de cabeça. ── Scott acha que o motorista foi atacado. Vou ajudar a descobrir se é verdade.

Um barulho de carro os fez ficar em alerta. Derek se aproximou da janela e viu uma viatura da polícia parada em frente à casa. O policial, acompanhado de um cachorro, observava a propriedade com atenção. O animal começou a latir incessantemente, e o policial, com uma expressão de apreensão, rapidamente voltou para a viatura e saiu em disparada.

── Agora eles vão ficar em cima de você. ── Evie bufou, irritada, cruzando os braços. ── Mudei de ideia, talvez devêssemos deixar Scott se virar e encontrar o alfa de outra forma.

── Ele é nosso melhor caminho para encontrá-lo. ── Derek respondeu, a voz grave e determinada.

── Sei que podem me ouvir. ── a voz do McCall ecoou do lado de fora, tensa e cheia de urgência. ── Preciso de ajuda.

Eles trocaram um olhar, com uma expressão séria e ligeiramente entediada, antes de sair da casa para encontrar o garoto.

── Derek, eu sei que fiz você ser preso e que praticamente entregamos vocês aos caçadores. ── Derek e Evie mantinham expressões neutras, sem emoção aparente. ── Não sei o que aconteceu com a sua irmã, mas preciso da ajuda de vocês para controlar. Acho que fiz algo ontem à noite.

── Blá, blá, blá. ── Evie interrompeu, revirando os olhos com um misto de tédio e impaciência. ── Já sabemos a história. Vá direto ao ponto, lobinho.

── Vou machucar alguém? ── Ele perguntou, a voz tensa e hesitante.

── Sim. ── Derek respondeu, a palavra simples, mas com um peso sutil.

── Poderia matar alguém? ── Scott perguntou, a voz cheia de incerteza e medo.

── Sim. ── Evie respondeu, mantendo um olhar sério e resoluto. Seus olhos estavam fixos nos dele, transmitindo a gravidade do que estava por vir.

── Então, eu realmente posso matar alguém? ── Scott repetiu, a inquietação evidente, como se fosse incapaz de afastar o medo.

── Provavelmente. ── Evie respondeu, com um tom direto, sem rodeios, quase desafiando-o a encarar a verdade.

Scott suspirou, deixando que a frustração e o cansaço transparecessem enquanto se apoiava em uma das colunas de madeira.

── Vou te ajudar a lembrar o que aconteceu. ── Evie disse, colocando a mão no ombro dele com um gesto de empatia.

── E nós vamos ajudar a controlar sua transformação, mas saiba que isso não vai sair de graça. ── Derek acrescentou, seus olhos sombrios e penetrantes como se quisesse que Scott entendesse a gravidade do que estava por vir.

── Isso eu já esperava. O que vocês querem? ── Scott perguntou, com a voz firme, mas uma faísca de apreensão ainda visível.

── Você vai descobrir. ── Derek respondeu, com um olhar enigmático.

── Por ora, vou te ajudar a descobrir o que aconteceu na noite passada. ── Evie disse, um leve sorriso de encorajamento surgindo em seu rosto. ── Me encontre na frente da escola quando anoitecer.

Evie saiu de trás da árvore ao ver o Jeep de Stiles estacionar. Eles seguiram em direção ao portão, mas Scott levantou a mão, impedindo que Stiles continuasse.

── Você fica de vigia. ── Scott ordenou, com um tom firme e decidido.

── Por que sou sempre eu que vigio? ── Stiles questionou, a indignação transparecendo em sua voz.

── Porque só temos nós três, e a Evie vai me ajudar a descobrir o que aconteceu. Então, você é o único que pode ficar aqui. ── Scott respondeu, sem hesitar.

Evie lançou um sorriso vitorioso para Stiles, piscou o olho de forma zombeteira e saltou o portão com agilidade, sendo seguida por Scott. Eles se aproximaram do ônibus, parando a uma distância estratégica.

── O que eu preciso fazer? ── Scott perguntou, a ansiedade transparecendo em sua voz.

── Entre lá e deixe seus sentidos trabalharem. ── Evie o orientou, com um tom firme e sério. ── Confie na sua visão, tato e olfato. Deixe que eles revelem o que aconteceu.

── É só isso? ── Scott olhou para ela, a testa franzida e a dúvida evidente no olhar.

── Você realmente quer saber o que aconteceu? ── Evie perguntou, os olhos fixos nos dele, desafiando-o a encarar a verdade que tanto temia.

── Só quero saber se machuquei alguém. ── Scott respondeu, a preocupação evidente em sua voz.

── Não, você não quer isso. ── Evie retrucou, o olhar penetrante e a voz mais baixa. ── Você quer saber se vai machucá-la.

Scott assentiu e caminhou em direção ao ônibus, entrando sem hesitar. Evie o seguiu de perto, mas, ao encostar em uma das poltronas, as imagens da noite anterior começaram a invadir sua mente, trazendo à tona memórias fragmentadas e intensas. Ela viu o alfa, atacando o motorista, enquanto Scott tentava, em vão, protegê-lo. A cena se desenrolava em sua mente como um pesadelo vívido, cada detalhe emergindo com uma clareza perturbadora.

O som insistente da buzina do Jeep de Stiles a trouxe de volta à realidade. Eles correram para fora do ônibus e pularam o portão, entrando apressadamente no carro.

── Funcionou? ── Stiles perguntou, a voz tremendo de ansiedade. ── Você conseguiu se lembrar?

── Sim, estive lá ontem à noite. ── Scott respondeu, a respiração pesada. ── E grande parte do sangue era meu.

── Então, você o atacou? ── Stiles indagou, com os olhos arregalados, a preocupação evidente em cada palavra.

── Não. ── Scott negou com firmeza, a expressão marcada pela angústia. ── Vi olhos brilhantes no ônibus, mas não eram meus. Eram do Derek.

── Se você acha que o Derek atacou o motorista, por que ele teria te ajudado? ── Stiles perguntou, com a testa franzida e um olhar desconfiado.

── Não era o Derek. ── Evie interrompeu, a voz sombria e o olhar grave. ── Era algo muito pior.

── O quê? ── Scott questionou, a tensão em sua expressão crescente.

── Na hora certa, você vai saber. ── Evie respondeu, com um tom enigmático.

── E o motorista? ── Stiles insistiu, a voz tensa e a mão apertando o volante.

── Scott tentou protegê-lo. ── Evie falou, com um suspiro de pesar, o olhar fixo na estrada à frente.

Derek, atendendo ao pedido de Evie, passou na casa do McCall para buscá-la.

── O alfa foi atrás do Scott. ── Evie falou, com o semblante sério, os olhos fixos na estrada.

── Ele quer que o Scott cumpra o rito de passagem. ── Derek completou, com um tom calmo e resoluto.

Quando pararam no posto de gasolina para abastecer, dois veículos se aproximaram. Evie reconheceu um deles de imediato, e seus olhos se estreitaram, enquanto uma onda de raiva começava a crescer dentro dela. Chris Argent saiu do carro, seguido por dois caçadores, e a simples visão deles fez a tensão no ar se tornar palpável.

── Carro legal. ── Chris comentou, com um sorriso irônico.

── Concordo. ── Evie respondeu, o sorriso falso nos lábios e a voz carregada de sarcasmo. ── Pelo menos Derek sabe escolher bem as coisas... exceto, claro, quando se trata de namoradas. ── Ela lançou um olhar de soslaio para o primo, a alfinetada disfarçada em humor ácido.

Derek havia compartilhado um pouco de seu passado e da família durante uma das visitas de Evie, incluindo o segredo de que, na juventude, tivera um relacionamento secreto com a irmã do caçador - um detalhe que ninguém além de Peter e, agora, Evie conhecia.

── Mas é preto, e esse é o problema. ── Chris devolveu o sorriso de forma desafiadora. ── É difícil mantê-lo limpo. Por isso, eu definitivamente sugeriria um pouco mais de manutenção. Se você tem um carro tão legal, deveria cuidar dele, não é? ── continuou o caçador, passando o pano pelo para-brisa com um movimento cuidadoso, seus olhos fixos em Derek, com uma ameaça sutil escondida. ── Pessoalmente, eu cuido muito das coisas que amo. ── lançou um olhar significativo para Derek e, em seguida, para Evie. ── Mas isso é algo que aprendi com minha família. E vocês, bem, não parecem ter muito disso hoje em dia. Têm?

Derek cerrou os punhos, a mandíbula contraída, e o olhar, que antes era de controle, agora estava carregado de tensão. Evie percebeu a mudança instantaneamente e segurou sua mão, entrelaçando os dedos com força, transmitindo calma e apoio.

── Prontinho. ── Chris olhou para eles com um sorriso desafiador. ── Agora dá para ver pelo para-brisa. Viram como tudo ficou mais claro?

Ele se virou para ir embora, mas parou ao ouvir a voz de Derek.

── Você se esqueceu de checar o óleo. ── Derek falou, com a voz calma e penetrante, como se cada palavra fosse uma lâmina.

── Cheque o óleo. ── Chris ordenou para um de seus caçadores, lançando um olhar de desdém para os lobisomens.

O caçador se aproximou do carro e, com um movimento brusco, quebrou o vidro com o cabo da arma. O estilhaço ressoou no ar, e Evie fechou os olhos, lutando contra a onda de raiva e medo que ameaçava transbordar. Derek apertou a mão dela, um gesto silencioso de apoio.

── Parece bom para mim. ── O caçador disse, recuando do carro.

── Dirija com cuidado. ── Chris avisou, a voz carregada de sarcasmo e um sorriso cruel.

── Você também. ── Evie respondeu, com a voz firme e um sorriso sombrio. ── Sabe, acidentes podem acontecer.

Chris lançou um olhar mortal na direção dela antes de entrar no carro e se afastar, a tensão ainda pulsando no ar.

── Eu vou matá-lo! ── Evie começou, a raiva ardendo em sua voz, mas respirou fundo, forçando-se a se controlar.

── Não, não vai. ── Derek a interrompeu, virando-se para ela com uma expressão grave, os olhos fixos nos dela. ── Precisamos ter cuidado, especialmente você.

── Tudo bem. ── Ela bufou, a frustração evidente em sua respiração. ── Vamos embora antes que meus instintos assumam o controle e eu vá atrás dele.

── Precisamos passar em um lugar antes. ── Derek disse, e a híbrida franziu a testa, a desconfiança tomando conta de seu olhar.

Derek dirigiu em silêncio até o hospital, sua expressão fechada enquanto conduzia. Ao chegarem, esgueiraram-se pelos corredores vazios, evitando a vigilância dos funcionários e a curiosidade dos visitantes. Finalmente, encontraram o quarto do motorista atacado pelo alfa.

── Abra os olhos. ── Derek pediu, sua voz grave quebrando o silêncio do quarto e fazendo com que o homem na cama se mexesse ligeiramente. ── Olhe para mim. ── insistiu, e o homem obedeceu. ── Do que você se lembra?

── Hale. ── a palavra saiu com dificuldade, e eles se entreolharam, surpresos.

── Como sabe nosso nome? ── Evie perguntou, a confusão crescendo em seu olhar.

── Eu sinto muito. ── respondeu, sua voz fraca e trêmula.

── Como nos conhece? ── Derek insistiu, a voz firme, mas contida.

── Eu sinto muito. ── O homem repetiu, a voz fraca e vacilante.

── Não vamos conseguir mais do que isso. ── Evie disse, percebendo a frustração nos olhos do primo. ── É melhor irmos embora antes que nos vejam.

Antes de saírem, deram uma última olhada para o homem. Seus olhos estavam fechados, mas ambos sabiam que ele não estava dormindo. Com um suspiro silencioso, saíram do quarto e seguiram de volta para a antiga casa na floresta, onde ficaram conversando, processando tudo o que havia acontecido.

Scott entrou na casa correndo, com o semblante preocupado. Sabia que os encontraria ali.

── Derek! Evie! ── McCall os chamou, sua voz carregada de raiva. ── Sei o que vocês fizeram!

── Nós não fizemos nada. ── Evie respondeu, a calma em sua voz desafiando a tensão do momento.

── Vocês mataram ele! ── Scott acusou, subindo as escadas com passos lentos e cautelosos, os olhos penetrando as sombras em busca dos dois.

── Ele morreu enquanto conversávamos. ── Derek retrucou, a voz grave e dura.

── Como a sua irmã morreu? ── Scott questionou, a acusação ainda na ponta da língua.

── Minha irmã estava desaparecida. ── Derek respondeu, a irritação começando a se infiltrar em seu tom. ── Eu cheguei aqui para encontrá-la.

── E você a encontrou.

── Eu a encontrei em pedaços! ── a voz dele reverberou pela casa, cheia de dor e raiva. ── Usaram-na como isca para me pegarem.

── Acho que vocês mataram os dois. ── McCall dizia enquanto subia os degraus da escada, a voz carregada de acusação.

── Sinceramente, o que você pensa ou deixa de pensar não nos interessa. ── Evie respondeu, sua voz reverberando pela casa com uma calma perturbadora, quase desafiadora.

── Vou contar a todos, começando pelo xerife. ── Scott ameaçou, a voz firme e cheia de raiva, mas seus olhos não podiam ver os dois, apenas o vazio diante dele.

── Vai dizer que a garota foi assassinada por lobisomens? ── Evie provocou, uma risada nasal escapando de seus lábios, fria e cínica. ── Não se esqueça, se eles vierem atrás de nós, você também vai se dar mal.

── Eu não ligo. ── Scott retrucou, agora no topo da escada, com um olhar decidido e desafiador, como se já tivesse aceitado as consequências.

Derek, já sem paciência, surgiu repentinamente na frente de Scott, agarrando-o pela camisa e jogando-o escada abaixo. McCall se levantou, transformado, e rugiu em desafio. Evie se acomodou no topo da escada com uma expressão divertida e tirou um pacote de salgadinhos do bolso embutido da jaqueta.

── Isso vai ser interessante. ── A híbrida comentou, enfiando um punhado de salgadinhos na boca.

Os olhos do garoto flamejavam de raiva enquanto ele arremessava Derek contra a parede, fazendo-o atravessá-la com um estrondo que ecoou pela casa. Evie gargalhou alto, a risada cheia de diversão e desafio, recebendo um olhar mortal do primo.

── Isso foi bonitinho. ── Derek disse, tirando a jaqueta e se transformando.

── Isso foi bonitinho. ── Derek disse, tirando a jaqueta e se transformando, sua voz carregada de desafio.

Scott estava se esforçando ao máximo, mas sua determinação era inabalável; ele continuava resistindo, mesmo que cada movimento fosse difícil. Derek avançou, e Scott foi atingido pelas garras afiadas do Hale, fazendo-o cair no chão gemendo de dor.

── Eu não o matei. ── Derek reafirmou, com a voz firme.

── Nenhum de nós matou ninguém. ── Evie acrescentou, descendo as escadas e ficando ao lado do primo. ── Não é culpa sua, e muito menos nossa.

── Isso? Tudo isso é culpa dele! ── McCall gritou, aproximando-se de Derek e ficando cara a cara com ele. ── Você arruinou a minha vida!

── Não, não fui eu. ── Derek falou, com calma, sua voz grave ecoando na sala.

── Você me mordeu! ── Scott gritou, a raiva e a dor transparecendo em seus olhos.

── Deveria parar de sair acusando as pessoas sem ter certeza! ── a híbrida gritou, a raiva transbordando em sua voz. ── Tudo o que temos feito é te proteger, e o que você faz é nos acusar de algo que nenhum de nós fez! Ele não foi quem te mordeu, Scott.

── O quê? ── Scott franziu a testa, confuso e surpreso. ── Existe outro?

── Um alfa. ── Derek respondeu, a voz grave e determinada. ── Ele é o mais poderoso da nossa espécie. Nós três somos betas, mas esse cara é mais forte, mais selvagem, mais perigoso do que nós três juntos. Minha irmã veio atrás dele. Agora, estamos tentando encontrá-lo, mas não acho que conseguiremos sem você.

── Por que eu? ── Scott perguntou, a dúvida e a desconfiança misturando-se em sua expressão.

── Porque foi ele quem te mordeu. ── Evie explicou, os olhos fixos nele. ── Você é parte da matilha dele.

── É você, Scott. ── Derek acrescentou, a voz mais baixa, mas carregada de urgência. ── Ele quer você.

Obrigada por ler

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