˖࣪ 𓂃Dez de abril de 1987. Não era uma noite como qualquer outra. Naquela data, algo raro, quase impossível aconteceu. Uma criança nasceu — não uma criança comum, mas o fruto de um vampiro e uma humana. Não de um vampiro qualquer, mas de Aro Volturi, o próprio arquiteto do poder.

Amalia, sua amada, entregou a vida para trazer a pequena ao mundo. Aro ouviu cada suspiro, cada gemido, e, no instante em que o coração dela silenciou, escolheu deixá-la partir. Não por falta de amor, mas porque sabia que o mundo oferecia muito menos misericórdia do que ele próprio.

Ele segurou o bebê nos braços, e quando os olhos da criança se abriram — olhos que carregavam a essência de sua mãe —, Aro fez o único juramento que um rei poderia fazer. “Você será protegida. Não há força no mundo, viva ou morta, que toque em você.”

Com passos firmes, Aro atravessou os corredores gélidos do castelo até a sala do trono, o bebê em seus braços. Ali estavam os outros dois reis, Marcus e Caius, que o receberam com olhares de compreensão. A corte reunida inclinou-se em expectativa quando Aro ergueu o bebê para que todos vissem.

— Esta é Astrella Volturi.

O silêncio foi rompido por um movimento uníssono. Cada súdito, cada guarda, cada figura na sala ajoelhou-se, murmurando com devoção:

— Vida longa à Princesa Volturi.

Naquele momento, não havia dúvidas. A existência de Astrella era mais que um milagre: era um marco.