𝖳𝗁𝗋𝖾𝖾❜ . . .𝖲𝖾𝗇𝗍𝖾𝗇𝖼̧𝖺 𝖽𝖾 𝗌𝖺𝗇𝗀𝗎𝖾
❛⠀ VEILS\ ⠀of fate ۪ •
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CAPÍTULO TRÊS˖࣪ 𓂃 ⋆ Sentença de Sangue
. . . ❛ Because even if you didn't ask me, I would still die for you, my love.❜ . . .
˖࣪ 𓂃 ⸸ - ( '𝓿. )ㅤ/Edward Cullen acreditava que passaria a eternidade ao lado de Isabella Swan. Para ele, ela era mais que um amor; era a razão de sua existência, o eixo em torno do qual tudo girava. Ele realmente acreditou nisso. Mas agora, quase quatro meses haviam se passado desde o dia em que Bella disse que não o amava mais.
Naquele momento, o mundo dele desabou. Não havia palavras suficientes para descrever o vazio que tomou o seu peito, um buraco negro que parecia consumir tudo ao redor. O tempo para ele havia perdido qualquer significado. Dias e noites se mesclavam em uma monotonia sufocante, enquanto a dor permanecia, constante e imutável, como ele mesmo.
O mundo de Edward antes preenchido pelas cores vibrantes que Bella trouxe, parecia novamente sem vida. As árvores já não tinham o mesmo brilho. O céu, antes vasto e cheio de nuances, era agora apenas uma tela desbotada. Nada fazia sentido, nada trazia alívio.
Ele se perguntava, em seus momentos mais sombrios, se esse era o destino reservado a ele: uma eternidade de solidão, condenado a lembrar do que perdeu.
Caçar se tornou impossível. Ele não suportava a ideia de cruzar a floresta, de encarar os instintos que o conectavam àquilo que mais desprezava em si mesmo. Sua família estava visivelmente preocupada.
Carlisle em particular, tomou medidas para garantir sua sobrevivência, trazendo bolsas de sangue animal diretamente para ele, em uma tentativa de aliviar a situação.
Edward aceitava aquilo sem resistência, mas também sem gratidão. Ele sabia que não era suficiente. Não havia nada que pudesse preencher o vazio deixado por Bella. Ele era um homem sem alma, um corpo imortal sem propósito.
Rosalie observava Edward do outro lado da sala, seus olhos fixos no irmão que, mais uma vez, parecia perdido em sua própria miséria. Ela cruzou os braços, impaciente, o desconforto evidente em seu semblante. Não era fácil para Rosalie assistir alguém definhar, mesmo que esse alguém fosse Edward.
"Maldita hora em que aquela humana cruzou nossos caminhos", pensou, os lábios se apertando em uma linha dura. Mas antes que pudesse concluir a reflexão, Edward levantou o olhar, lançando um vazio em sua direção, como se lesse seus pensamentos e, ao mesmo tempo, ignorasse sua existência.
— Você tem que se recompor, Edward. Já faz meses. — A voz de Rosalie cortou o silêncio da sala. Havia frieza ali, mas também algo mais profundo. Talvez uma ponta de tristeza por vê-lo tão destruído por algo que, na visão dela, nunca deveria ter acontecido.
Edward não respondeu. Não moveu um músculo. Apenas permaneceu ali, imóvel, um retrato vivo da dor, como uma estátua em ruínas que recusava ser reconstruída.
Rosalie fechou os olhos por um momento, para conter a vontade de gritar.
Não era raiva, exatamente. Era algo mais complexo, um misto de muitas emoções era frustração, pena e... amor. Porque, apesar de todas as diferenças e todas as discussões, Edward ainda era seu irmão. E vê ele assim a despedaçava de uma maneira que ela jamais admitiria.
Mas Rosalie era Rosalie. Ela não se permitia parecer vulnerável.
Endireitando os ombros, lançou mais um olhar firme para Edward antes de se afastar. Se ele não queria ouvir, ela não insistiria. Mas a cada passo que dava, não conseguia se livrar do pensamento:
“Ele precisa superar isso. Precisa.”
[...]
Astrella Volturi sabia que havia poucas certezas em sua vida, mas uma delas era inquestionável: treinar com seu tio Caius era um tormento. Não havia misericórdia, nem espaço para erros, apenas a brutalidade crua.
O impacto foi ensurdecedor quando ela colidiu contra a parede de mármore da câmara de treinamento. A dor irradiou por seu corpo como um lembrete cruel de sua parte mortal, mesmo . Antes que pudesse se levantar, a voz fria de Caius disse:
— Recomponha-se. Como espera vencer uma luta assim?
Astrella levantou o rosto, os olhos ardendo de frustração, mas não ousou responder. Conhecia bem o olhar de Caius: desprezo calculado e exigência absoluta. Ele não era como seu pai, que treinava com firmeza, mas também com cuidado. Caius era uma força cruel e imbatível, moldada por séculos de domínio e sangue.
O treinamento foi imposto após um evento terrível do passado, algo que Astrella preferia não revisitar. Desde então, seu pai se tornou mais protetor, sua presença um escudo contra os horrores do mundo. Mas Caius não era seu pai. Ele não oferecia conforto, apenas dureza Seu tio Caius disse que, se quisesse estar verdadeiramente segura, precisaria aprender a se proteger.
— Lembre-se, Astrella — continuou ele se aproximando, como um predador que avaliava a presa.
— Fraqueza é inaceitável. Aqui, ou você aprende, ou você morre.
As palavras, duras e impiedosas, eram uma verdade no mundo dos Volturi. Eles não toleravam falhas. Astrella sabia que, se quisesse sobreviver — e mais do que isso, conquistar respeito —, precisaria superar o medo e a dor. Ela cerrou os punhos, e se colocou de pé novamente.
Caius deu um sorriso curto, mais uma aprovação implícita do que um gesto de encorajamento. Ele se afastou, com os olhos avaliando cada movimento dela.
— De novo — ordenou ele.
Astrella sabia que não haveria descanso, não enquanto Caius decidisse que o treinamento ainda não havia terminado. E ele nunca parecia satisfeito.
Os dois continuaram por horas, a intensidade implacável do treinamento a deixando exausta. Se fosse completamente humana, ela tinha certeza de que já estaria em coma, ou pior.
Finalmente, ele parou a obeservando com aquele olhar analítico.
— Bem, devo dizer que foi muito bem hoje. — Sua voz carregava um tom de aprovação.
Astrella enxugou o suor inexistente da testa, tentando disfarçar o alívio.
— Eu tenho que ser, tio. — Ela respondeu.
Caius esboçou um sorriso — ou o mais próximo que ele chegava de um.
Houve um momento de silêncio antes de ela erguer o queixo, o seu humor ácido surgindo.
— Mas devo dizer que, em alguns momentos, gostaria de colocar fogo no senhor, tio.
Caius arqueou uma sobrancelha.
— Isso me lembra sua infância... — ele comentou.
— Você, com raiva sem motivo algum, quase me transformou em cinzas mais de uma vez.
Astrella deixou escapar um pequeno sorriso, apesar de si mesma.
— Talvez seja porque você sempre me provocava, — rebateu.
Caius deu de ombros, o sorriso se tornando mais evidente.
— Provocações constroem caráter, minha cara sobrinha. E, pelo visto, funcionou.
Astrella balançou a cabeça em negação, seu tio não mudava mesmo.
[...]
Astrella caminhava pelos corredores de mármore, o som de seus passos ecoando suavemente.
Ao seu lado, Demetri a acompanhava. Sempre presente, exceto quando em missão. Antes era felix e demetri mas acabou que seu pai optou por ser so demetri a fazer a sua guarda.
Ao chegar à sala principal, ela encontrou seu pai já em seu lugar, sentado em seu trono. Aro Volturi tinha o semblante carregado por uma expressão que ela conhecia bem — cruel, e profundamente calculista. Sem hesitar, Astrella tomou seu lugar no trono menor ao lado dele.
— Então, os Cullens não cumpriram sua parte do trato. Que conveniente. — A voz de Aro era puro desdém.
Astrella manteve-se em silêncio, mas suas mãos descansavam em punhos relaxados no colo. Ela ja tinha ouvido falar dos Cullens, especialmente de Carlisle. Diziam que ele já foi parte da corte de seu pai em tempos antigos, antes de seguir um caminho... divergente.
— O que devemos fazer, senhor? — Jane perguntou.
Aro permaneceu em silêncio por um momento, como se saboreasse a decisão que estava prestes a tomar. Apesar de tudo, ele ainda nutria uma ponta de paciência por Carlisle, uma espécie de respeito remanescente. Destruir o clã inteiro não estava nos planos. Mas punir o culpado... isso era inevitável.
— A decisão está tomada, — anunciou ele, com um tom teatral.
— Vamos executar Edward Cullen.
Astrella permaneceu imóvel, observando a reação de Jane, cujo sorriso discreto mal conseguia conter sua satisfação.
— Envie uma carta para eles, Jane. Apenas uma formalidade, já que Alice provavelmente já previu isso.
Jane fez uma pequena reverência, os olhos brilhando com um prazer frio.
— Como desejar, mestre.
Quando o olhar de Aro se voltou para sua filha, sua expressão transformou-se imediatamente. O semblante severo suavizou, revelando um lado raro de sua personalidade, reservado apenas para ela.
— Como foi o seu treinamento com Caius, minha estrela? — perguntou Aro, sua voz carregada de afeto.
— Bem proveitoso, — respondeu Astrella, cruzando as pernas com elegância. — Tio Caius não tem piedade.
Aro inclinou a cabeça, um leve sorriso brincando em seus lábios.
— Não seria da natureza dele, — comentou.
Apesar da presença do pai, Astrella sentia um leve vazio. Desde que sua mãe, Athenodora, e sua tia Sulpicia partiram em viagem juntas, os dias haviam se tornado mais tediosos. Ela até tentou convencê-las a deixá-la ir junto, mas o pai foi inflexível.
— É perigoso, minha querida. Volterra é o lugar mais seguro para você, — ele disse na ocasião, com aquele tom que encerrava qualquer possibilidade de discussão.
Apesar dos boatos sobre seus inimigos e sobre a cruel Astrella Volturi, para Aro, ela ainda é apenas sua filha.
Agora, sentada ao lado de Aro, Astrella lutava contra o tédio que parecia se arrastar pelos corredores.
[...]
— Sabe, Jane, você tem estado estranhamente de bom humor ultimamente. Suponho que seja pela execução daquele Edward? — comentou Astrella, inclinando a cabeça ligeiramente, um tom de curiosidade no olhar.
Jane ergueu os olhos lentamente, como se a pergunta fosse uma interrupção em seus pensamentos. Um sorriso frio curvou seus lábios.
— Ele mereceu, — respondeu ela. — Por se envolver com aquela humana patética e quase expor nosso segredo diante do mundo.
Os olhos de Jane brilharam com algo que beirava a satisfação cruel. Não havia arrependimento em suas palavras, apenas a certeza absoluta de que a ordem de Aro fora mais do que justa.
Astrella arqueou uma sobrancelha, observando a intensidade na expressão de Jane.
Astrella, ainda intrigada, se virou para Demetri, que permanecia à sombra da sala. Seus olhos faiscaram com curiosidade, mas o sorriso que curvou seus lábios era carregado de ironia.
— E por que exatamente o pobre Edward quase expôs nosso segredo? — perguntou ela, a voz carregada de diversão cruel.
— Por amor? Não me diga que foi algo tão ridículo assim.
Demetri cruzou os braços, um sorriso surgindo no canto dos lábios.
— Exatamente isso, — respondeu ele, o tom repleto de desprezo. — O infeliz se apaixonou por uma humana. Isabella Swan. Não só se apaixonou, mas também a colocou no centro de toda a nossa existência. Como se isso não fosse suficiente, quase revelou o que somos diante de um monte de mortais.
Astrella soltou uma risada seca, balançando a cabeça com desdém.
— Claro. Porque nada grita mais "romance épico" do que arriscar todo o clã por uma garota com expectativa de vida inferior a cem anos.
Demetri riu baixo, sacudindo a cabeça.
— Ele foi até a Itália, Astrella. Na luz do sol. Praticamente implorando para ser executado depois que ela... "morreu".
Astrella levantou uma sobrancelha, cruzando as pernas com um movimento lento.
— Deixe-me ver se entendi. Ele realmente achou uma boa ideia se expor como um alvo brilhante no meio de uma praça lotada de humanos? Tudo isso por uma mortal que mal entendia o que ele era?
Demetri deu de ombros, mas seu olhar dizia mais do que palavras.
— Resumidamente, sim.
Astrella bufou, apoiando o cotovelo no braço do trono menor e descansando o queixo na mão.
— Não é à toa que meu pai decidiu acabar com ele. Sabe, eu quase sinto pena. Quase. — Seus olhos brilharam com algo que poderia ser descrito como diversão sombria.
— Mas vamos ser honestos, Demetri. O mundo não precisa de outro vampiro ridiculamente dramático. Um já é suficiente.
Demetri riu baixinho, mas sua expressão manteve-se carregada de desprezo.
— Concordo plenamente, senhorita.
Astrella lançou-lhe um olhar divertido, erguendo a taça de cristal com sangue em um brinde irônico.
— Então brindemos ao bom senso... e à tragédia romântica que nunca deveria ter existido.
[...]
Edward estava perdido em seus próprios pensamentos. Ele se virou abruptamente e viu Alice parada, imóvel, com os olhos arregalados e cheios de pavor.
Um jarro de flores jazia em pedaços no chão ao seu lado. Antes que Edward pudesse perguntar, Jasper já estava ao lado dela, a segurando pelos ombros com urgência.
— Alice, o que foi? — perguntou ele, a preocupação evidente em sua voz.
Alice parecia lutar para encontrar palavras, os lábios trêmulos enquanto encarava algo que só ela podia ver.
Finalmente, sua voz saiu, baixa, mas carregada de horror.
— Os Volturi... Eles decidiram executar Edward.
O silêncio que se seguiu foi como o interval, mas durou apenas um segundo antes que o caos se instalasse.
Rosalie arfou, com os olhos brilhando em horror. Emmett cerrou os punhos, dando um passo à frente como se já estivesse pronto para lutar. Esme cobriu a boca com as mãos, incapaz de esconder o choque. Carlisle, sempre calmo, parecia subitamente mais velho.
Edward, no entanto, permaneceu imóvel.
— Não pode ser, — murmurou Rosalie, a incredulidade em sua voz dando lugar à raiva. — Eles não podem fazer isso.
— Eles podem — disse Jasper. — Se Alice viu, é porque já decidiram.
Todos os olhos se voltaram para Edward, esperando por sua reação. Ele, porém, apenas baixou o olhar, como se a notícia não o surpreendesse, mas ainda assim o esmagasse.
— É claro que eles decidiram. — Sua voz saiu baixa, quase inaudível. — Eu dei a eles todos os motivos...
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