0.13


CAROLINE.

Confesso que não lembro a última vez que realmente me diverti em uma festa.

Quando era pequena sempre imaginei minha adolescência como nos filmes, com um namorado super gato e decolado, festas todos os fins de semana e ser super popular na escola.

Seria estranho falar para a pequena Caroline que hoje em dia não quero mais ser popular muito menos namorar agora, e principalmente, não tenho ânimo nenhum para ir em festas sempre.

Mas hoje seria diferente, os garotos do time organizaram uma festa na piscina na casa de um deles, os pais viajaram e como sabem, quando surge uma oportunidade dessas não é qualquer um que desperdiça.

Por mais que a maioria tem apenas 16 anos, quando tem festas como essas eles bebem como se não houvesse amanhã.

Confesso que já provei algumas bebidas mas nunca ao ponto de ficar totalmente tonta, no máximo fiquei animada já que sóbria posso ser confundida com uma estátua.

Confesso que é estranho estar se arrumando para uma festa e não ter a penny do meu lado cantando e contando sobre seus planos malucos para a festa, jurando que todos iriam seguir o roteiro criado em sua mente.

Mas sinto que ir para uma festa vai me fazer esquecer um pouco o que está acontecendo, nos últimos dias tenho pensado muito sobre o assunto dos vampiros e enfim, já tive minha decisão.

Primeiro foi minha irmã, e agora Penny, se isso for realmente verdade não posso ficar aceitando até que mais alguém que eu ame morra.

Tenho feito amizade com novas pessoas e não quero que a Maddy ou Brooke morram, assim como nenhum dos outros claro.

— o que tanto você pensa em?— olhei para a porta e vi minha mãe que estava encostada na batente da porta com seus braços cruzados, parecendo curiosa com meus pensamentos.

— sobre, se estou com vontade de ir mesmo hoje— disse olhando-me no espelho.

— filha, saia um pouco, tenta se distrair, sei que está passando por muita coisa ultimamente, não quero que perca sua adolescência por problemas que adultos podem resolver!— ela disse se aproximando.

— tenho medo que, em uma dessas festas aconteça igual da última vez.— falei.

— foi um acidente, não pode se privar para sempre, se não se sentir bem lá eu te busco, mas só tente.— ela falou e deu um sorriso.

Assenti e voltei a me olhar no espelho.

— leve uma toalha.— ela falou e me deixou sozinha novamente.

Terminei de arrumar meu cabelo e maquiagem quando meu celular vibrou e ligou mostrando uma mensagem do Mason.

"Vai para essa festa chata na piscina?"

Como pode parecer tanto um velhote chato.

"Sim! Você não vai?"

Mandei a mensagem mas nem me importei em ver sua resposta, apenas soltei o celular e comecei a arrumar a bolsa na qual iria levar roupas reservas e etc.

Me assustei ouvi um barulho na janela, olhei para a mesma e me assustei quando vi uma figura preta bicando o vidro, era um corvo.

Devo ter algo muito especial para corvos.

Não dei importância para ele, que logo foi embora.

Quando já estava tudo arrumado sai de casa dando um beijo na bochecha da minha mãe.

Andei um pouco e parei em frente a casa do Mason, apertei a campainha e pude ouvir barulhos de passos do outro lado da porta.

Assim que ela abriu dei de cara com Tristan, que estava com uma camiseta que cabia mais três dele mesmo, e uma calça também larga, parecia mais um pijama.

— Oi Caroline, onde vai tão arrumada?— ele falou e logo deu uma mordida no chocolate que estava em sua mão.

— para a festa na casa do Bryan, você não vai?— perguntei e vi o mesmo contorcer o rosto em confusão.

— nossa não recebi nenhum convite.— falou.

— na verdade nem tem convite, ele apenas disse que todos poderias "colar" na casa dele— falei e ele abriu um sorriso.

— eita nós, é hoje que eu vou curtir uma festinha então.— falou e correu para subir as escadas.

— a Maddy...— tentei falar mas era tarde, ele já estava bem longe.

Não queria entrar sem permissão na casa dos outros mas Tristan parecia ser o único por ali no momento, ou era.

Dei um passo para dentro da porta e já pude sentir uma energia negativa percorrendo pelo meu corpo.

— invadindo assim a casa dos outros senhorita Greene.— a voz de Mason ecoou pela sala grande do local.

Olhei para direção da voz e o vi encostado na porta da cozinha.

Reparei no garoto que me olhava com um olhar de deboche, como sempre. Ele usava uma camiseta preta e uma calça jeans também preta, seus cachos estavam bem finalizados e como sempre, seu anel destacando sua mão.

— tem que avisar antes de aparecer assim do nada, me assustou.— falei e ele veio andando até mim.

— que pena, a intenção era te fazer desmaiar de tanto susto.— falou sorrindo.

— engraçadinho, tem como você chamar as meninas? A festa está pra começar.— falei e percebi ele me olhar com mais atenção agora.

— nossa tinha esquecido, você nem respondeu minha mensagem.— falou e eu olhei para meu celular vendo uma notificação dele.

"Se quiser que eu vá, eu vou."

Revirei os olhos e ele sorriu.

— não quero que vá.— falei.

— eu não iria de qualquer forma, essas festas me dão sono, um bando de crianças que não sabem beber e querem pagar de adultos.— falou e eu o olhei estranho.

— é que, eu sou super maduro para minha idade, você sabe.— ele falou e passou por mim indo chamar as garotas.

.....

Chegamos na festa, já havia chegado muita gente, estavam na pisciana, nas beiradas e alguns espalhados pela casa.

— quer beber algo?— Brooke me perguntou e eu neguei, ela perguntou o mesmo para Maddy que disse que sim e Brooke foi buscar para as duas.

— oque fazem em festar assim geralmente, tá tão sem graça aqui.— Maddy falou e eu sorri fraco.

— pra falar a verdade, fica assim até alguém ficar muito bebado e caçar briga.

Continuamos conversando e logo Brooke apareceu, tempos depois chegou Tristan e Miguel, mas nada do Mason.

Ele realmente não viria.

— vamos para a piscina.— Brooke chamou animada e todos toparam.

— Jaja eu vou, vou cumprimentar algumas pessoas antes.— falei e todos eles assentiram me deixando ali sozinha.

Cumprimentei algumas pessoas e logo vi Bryan, o dono da casa, se aproximando com um copo na mão.

Ele era legal, estudei com ele desde o 6 ano, não era muito próxima mas não era alguém que eu não tinha vínculo nenhum.

— que surpresa Caroline, você raramente vem nas festas que eu dou— falou e eu sorri fraco.

— já vim em algumas.— falei e ele levantou sua mão com apenas dois dedos levantados, indicando a quantidade de festas que eu fui.

— são muitas.— falei me referindo as vezes que fui.

— bebe alguma coisa, seja feliz hoje.— ele falou e sorriu para mim, logo depois de me da um copo com um drink.

— pode deixar.— falei e ele saiu passando a mão em meu ombro.

Sai da casa indo até a área da piscina.

Encontrei meus amigos e logo entrei na piscina assim como todos eles.

Bebi aquele drink completo, e outro e outro.

Já estava escuro, a piscina era aquecida então tinha várias pessoas ali ainda, eu sentei na borda junto com Maddy.

— não acha que está bebendo muito?— ela disse olhando para o drink em minha mão.

— que nada, esse é oque, o 3?— falei meio confusa.

— é o 7.— ela respondeu e eu reprimi meus lábios percebendo que tinha passado do ponto.

— eu acho melhor a gente ir, essa festa tá um saco e você não tá nem um pouco sóbria.— ela falou e se levantou para ir chamar o resto do grupo que estava espalhado pela casa.

Olhei para a piscina em minha frente, tinham luzes nela que faziam a mesma brilhar, balões por ela inteira e a cada canto que você olhasse poderia ver um casal se pegando.

Abaixei minha cabeça olhando para o copo em minha mão.

Meu celular vibrou e eu o liguei, vi uma mensagem da Maddy avisando que estava ajudando Tristan que inventou de beber e estava chorando em um dos quartos da casa por achar que foi sequestrado.

Dei risada e continuei ali.

Às horas foram passando, as pessoas indo embora e eu continuava ali, parte era por medo de levantar e acabar caindo de tontura.

Senti uma presença do meu lado e olhei vendo um garoto alto do meu lado, ele se sentou e pude ver que era Bryan.

— oi.— falei dando um sorrisinho.

— quem diria, Caroline bebada.— ele falou dando risada.

— eu não estou bebada.— falei e senti minha cabeça tombar para o lado um pouco.

Ele, que também parecia estar alterado, me segurou para que eu não caísse para trás e encostou minha cabeça em seu ombro.

— acho que é melhor eu procurar meus amigos para ir embora.— falei e tentei me desencostar dele.

— calma, você tá muito bebada.— falou e senti seus dedos deslizarem de leve em meu braço.

Senti um arrepio correr pelo meu corpo.

Meu celular começou a vibrar e vi que era mason, antes que eu pudesse atender para falar algo Bryan pegou o celular de mim e colocou do seu lado.

— me devolve!— falei tentando pegar o celular.

— calma, oque eu ganho em troca?— falei com um tom malicioso.

— é sério Bryan, não estou brincando.— falei e ele continuou me segurando.

Não sabia que estava tão bebada, tudo rodava e parecia que estava em um sonho.

Senti ele se aproximando do meu rosto e seus lábios encostarem em minha bochecha.

Olhei em volta e vi que já não havia mais ninguém no jardim.

Engoli seco sentindo um sentimento de nojo e raiva percorrer pelo meu corpo, tentava o empurrar mas minha força contra a dele naquele momento era o mesmo que nada.

— sua mãe não té ensinou a como tratar uma mulher cara?— ouvi uma voz conhecida.

Olhei para a direção da voz vendo ele, Mason estava parado com suas duas mãos em seus bolsos.

— cala a boca Mason, não é problema seu!— Bryan falou.

— solta ela cara.— Mason falou e senti Bryan me segurar ainda mais forte.

— se não?— Bryan implicou e antes mesmo que pudesse falar mais alguma coisa Mason o acertou com um murro.

Ele já caiu para trás inconsciente.

— meu Deus.— falei olhando o garoto desacordado.

— você tá bem? Ele te fez algo?— Mason perguntou se abaixando ao meu lado.

Olhei para ele que me olhava fixamente, encarei seus olhos que pareciam atentos aos meus.

— sim, ele não fez nada de mais.— falei e ele suspirou.

— o que você tem na cabeça Caroline, bebendo em festa de desconhecidos?— ele brigou enquanto me ajudava a levantar.

— achei que conhecesse as pessoas daqui.— falei e logo sentir meu corpo tombar um pouco pela embriagues.

Mason me segurou antes que eu caísse no chão e suspirou revirando os olhos.

—Suba nas minhas costas.— ele falou e eu depois de alguns segundos relutante, subi.

Ele me levou até um carro no qual ele tinha vindo.

— viu buscar os outros, espere aqui.— ele falou e saiu me deixando ali.

Suspirei encostando minha cabeça no banco, e apaguei.

Perdão se houver erros de português!

Cap enorme para compensar os longos meses sem.

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