...(O)dioso

A fanfic não tem a intenção de incentivar ao consumo alcoólico ou as drogas, jamais aceite bebidas, balas ou qualquer outra coisa de estranhos e quando estiver em uma balada/boate proteja sempre o seu copo o tapando com a mão ou leve uma telinha se deixar o copo de lado troque.

Atenção: Drogas - mas precisamente o ato de ser drogado contra a sua vontade 


Unsainted

Odioso

Horas antes na boate conversa entre as três luas:

— Não posso fazer nada se beber direto da fonte é mais gostoso e vocês deveriam se preocupar menos comigo e se divertir afinal a noite é uma criança. — As presas reluziram.

— Você não é uma criança Douma. A ordem é não matar entendeu? — Kokushibou foi firme e o loiro revirou os olhos antes de rir.

— Não pretendo matar ninguém só se for de prazer.

— Nos poupe dos detalhes, acho melhor se prepararem e você Akaza precisa encontrar uma forma da sua garota não descobrir o que vai rolar aqui, já que pelo visto ela é esperta.

— Sei exatamente o que farei para deixá-la entretida.

Douma acendeu um cigarro.

— Pelo visto Koku não é comigo que tem que tomar cuidado.

...

Faltavam dez minutos para a verdadeira festa começa, pelo menos para os integrantes da M2, você e Ayla estavam lá embaixo junto a Nakime e Daki bebendo e se divertindo e por mais estranho que pareça você ainda não tinha aceitado uma bebida alcoólica, tinha dito que queria ficar sóbria caso precisasse voltar para casa sozinha visto que todas as vezes que ia visitar Ayla após uma festa a mesma estava de ressaca ou toda dolorida.

— Anda Sn vamos beber! Umazinha vai ser o suficiente para te deixar firme. — Ayla sugeriu e você negou.

— Sn se o problema é voltar sozinha relaxa, eu também fico nessa situação e podemos voltar juntas. — Daki sorriu para ti, tentando te fazer beber discretamente e você revirou os olhos, no fundo não aguentava mais ficar na água com gelo já que o bar só servia álcool e tomar uma bebida em uma noite de diversão não quer dizer que está sendo irresponsável.

— Tá legal uma taça não vai me fazer mal. — Concluiu.

— Isso aí! Agora só falta escolher o que você quer. — Nakime comentou, você foi até o bar em busca de uma bebida sem saber que do mezanino o loiro te observava mais do que interessado, de repente Gyutaro parou ao lado segurando entre os dedos um copo claramente fresco.

— Escolhendo a presa da vez? Por que não desce lá e socializa se bem que não é difícil pra você nê!

Virou o copo de uma vez.

— Pelo visto começou a beber antes, espero que sua acompanhante não esteja morta ou a ponto de ter uma overdose. — Ironizou. — E sobre a sua pergunta — mais uma vez os olhos foram de encontro ao seu corpo que reverberava com o sabor do gim. — Hoje estou seletivo.

O moreno acompanhou tal olhar e sorriu.

— A Daki gostou dela. Vê se não mata dessa vez. Agora tenho que voltar pra minha belíssima acompanhante antes que ela faça alguma besteira.

Douma sorriu te olhando tão descontraída em seus planos tudo o que queria era se divertir com você, ao ponto de te ver sangrando.

Seu rosto se coloriu muito rápido e zonzeou se perguntando o que estava acontecendo.

— Uou! Acho que essa bebida não caiu bem. — Se apoiou na bancada.

— Vamos para o terceiro andar, você sabia que cada um deles tem um nome?  — Ayla falou descontraidamente. — O 3 é lua superior - 2 inferior e 1 é Oni, mas o Akaza ainda não me explicou o que significa.

— Tá legal isso não é importante agora, eu acho que estou bêbada com um gim!  — Se sentiu ofendida, não era forte para bebida, mas uma taça te derrubar chegava a soar ridículo.

Ayla riu te ajudando a subir, a prateada não estava tão ruim, mesmo que a marca em suas mãos estivesse cheia de drogas, drogas essas que se ativavam com o consumo alcoólico na intenção de deixar as presas mais alegrinhas assim só lembrariam de participar de uma baita festa e voltariam como escravos do prazer em busca de mais diversão.

Vocês se sentaram no sofá e enquanto você balançava a cabeça embalada pela música Ayla ria até que Akaza passou a mão pelo ombro direito da sua amiga.

— Precisamos conversar. — Apertou sutilmente.

— Agora não vai dar am...

— Pode ir Ayla, eu ainda estou consciente e não pretendo sair desse sofá pra nada, vai lá transar/ dar atenção ao seu namorado vai. — Você mandou e Akaza riu de lado, se sóbria é uma pessoa discreta, alta apenas abre a boca sem pensar.

— Nós não vamos fazer isso! — Ayla se defendeu e sentiu a destra se embrenhado nos fios da nuca.

— Ah vamos sim. — Ele Sussurrou — Afinal trinta minutos não podem ser considerados como uma foda não é?

Você tapou a boca com a mão rindo do rosto envergonhado da sua amiga que no instante seguinte prendia um olhar malicioso.

— Se é assim que você quer,  depois não reclama e você Sn não sai daqui! Nesse estado você não vai a lugar algum sozinha. — Se levantou piscando e enquanto se afastavam você só pode pensar uma coisa:

Como  Ayla tinha fôlego pra pensar em sexo todo dia? Se bem que era só olhar para o namorado dela que é completamente entendível.

Você forçou os olhos mais uma vez deixando de lado pensamentos que julgou esdrúxulos e continuou a se balançar a música de fundo da boate dessa vez tinha um clima mais pesado.

Blood honey tocava no terceiro andar e seus olhos permaneciam fechados sua respiração estava cada vez mais pesada tentou se desvencilhar de tal sensação focando na imagem mais próxima de si e assim se deparou com o loiro prensando uma mulher qualquer na parede ela arfava e você via a mão grande apertando a cintura, ele estava grudado ao pescoço alheio e sua mente divagou, poderia jurar que viu o indicador da destra perfurar o pulso enquanto ele levava o braço gotejando até os lábios, no entanto quando o abocanhou olhou de forma intensa em sua direção.

— Céus eu tô viajando — Sua mente concluiu e então o viu sorrir jogando a cabeça levemente para trás o lábio sujo de sangue escorrendo uma gota e os orbes arco-íris emerso no mais profundo branco, de imediato seu rosto esquentou achando tal visão um pouco... Quente, perversa e levemente excitante.

— Eu preciso de água, só posso estar ficando maluca! — Se levantou tropeçando as pernas e indo em direção as escadas, no entanto antes que pudesse chegar no primeiro degrau bateu de frente com um homem alto de cabelos presos. — Nossa quantos olhos! — Sussurrou balançando a cabeça. — Me desculpe, se encontrarem Ayla avisem que fui pra casa.

Nem sabia com quem estava falando.

— Não é correto que saia assim, ainda está alta pela bebida. — Tentou.

— Sem problemas, consigo ver bem até chamei um uber. — Mostrou o celular e automaticamente ele olhou para o loiro soltando-a.

— Nesse caso vá pela luz. — Ironizou e você apenas assentiu antes de descer as escadas com calma achando estranho que no primeiro andar só se podia ouvir a música e em como todos estavam grudados em alguém, passou rápido pela multidão tendo o braço segurado e olhou apenas para conferir a prateada sorrindo com os lábios em tom carmesim.

— Já vai Sn? Ainda é cedo... — Sua visão ainda estava muito turva, mas notou alguém por o braço sobre a garota.

— Se diverte com a gente...  — Os lábios também pingavam. 

Será possível que todo mundo está bebendo vinho? Foi o que você pensou enquanto um leve e sútil cheiro de ferro invadia suas vias nasais.

— Acho melhor não, to muito alta. — Informou.

— Ah se esse é o caso, pega tem água aqui. —  A voz de Daki soou lhe entregando o copo  e mesmo sabendo que não deveria confiar em alguém que praticamente acabou de conhecer você tomou o líquido. Desceu refrescante e pareceu fazer o efeito reverso pois sua visão embaçou mais e em poucos minutos você já estava se escorando na parede para sair da boate...

Mesmo com todos os avisos você saiu, ficou meia hora encostada na parede tomando ar, como se o clima pesado da boate tivesse entrado por seus poros, seus orbes aos poucos demonstravam cansaço e lutou para não ceder, tentou de várias formas manter um ponto fixo, mas no fim foi em vão.

Seu corpo devia ir ao chão, mesmo inerte se preocupava com a queda, mas tudo que sentiu foi o amparo macio antes de apagar completamente.

...

Ayla andava de um lado para o outro se culpando por ter te deixado sozinha, realmente não mediu as consequências ao ir conversar com Akaza, sim conversar, do contrário das brincadeiras sujas ele realmente precisava prendê-la por no mínimo duas horas e foi ridiculamente engraçado ter que lidar com a prateada o seduzindo enquanto se controlava para não ceder, no fim só colocou-a pra dormir e ficou ali a velar pelo sono.

— Merda Sn atende esse telefone! — Puxou os cabelos para trás desesperadamente já passavam das quatro da manhã e nada, não havia um resquício seu, como se nunca tivesse pisado na boate.

Daki se aproximou bocejando sendo praticamente carregada pelo irmão.

— Daki você viu a Sn? — Perguntou aflita, mas a mulher não respondeu estava cambaleando de sono.

— Deixa que eu respondo por ela, ela saiu com o Douma. Agora vou pra casa e se eu fosse você também iria. O dia costuma ser perigoso. — Piscou deixando-a confusa, no entanto a voz de Akaza sanou as dúvidas, afinal quem era Douma? Desde quando Sn Nethuns saia por ai com um cara desconhecido?

— Vou te deixar em casa. Douma é idiota, mas não vai fazer mal a sua amiga. — Eu espero — Pensou.

Ayla não dormiu enquanto não falou com você, mas por volta das seis horas recebeu uma mensagem sua avisando que se veriam no trabalho pois estava exausta, isso a tranquilizou sem saber que verdadeiramente você não fazia a menor ideia de onde estava.


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Sua mente vagava pelo limbo em busca de uma conexão viável para lhe reestabelecer, nunca em toda a sua vida usou drogas então não tinha como associar, mas ali apagada poderia jurar que deve ser a mesma sensação e enquanto seus fios em total hisuta esparramados pela cama faziam com que tivesse um ar ainda mais despretensioso   o loiro descamisado sorria terminando de tragar o cigarro.

"Meu tédio profundo jamais poderá ser saciado..."

O pensamento ecoou, no entanto se lembrou de estar deitado entre suas pernas sorvendo o líquido escarlate de sua coxa, aos poucos soltou a fumaça sentindo o corpo ressoar e não pode deixar de passar os dentes nas lindas presas tão claras quanto o marfim.

Seu sangue era como o vinho mais doce, quanto mais tomado, mais perigoso, afinal não se embriaga com facilidade e pode-se perder facilmente a consciência enquanto sorve.

Um sorriso brincou na face claramente cruel embebida pela falsa bondade e fechando os olhos retornou a ti observando-a, mesmo vestida seu corpo aparentava ser uma tela em branco, tela essa que ele estava louco para tingir de vermelho a penumbra do corpo do loiro cobriu o seu como um manto da morte que iria esvair sua vida aos poucos lhe drenando, mas algo fez com que ele recusasse.

Você se mexeu mais um pouco e num súbito rompante despertou erguendo o tronco e se sentando na cama, sua respiração exausta e seus dedos apertando os lençóis com força, gotículas de suor se formavam em sua testa, tentando compreender o que estava acontecendo, tudo ao seu redor era escuro, os móveis modernos não se pareciam em nada com os seus e para completar a única luz que entrava era da janela distante que não iluminava mais do que meio metro do quarto nem com o sol em toda a sua glória, tudo isso conferia ao local um ar lúgubre.

 — Onde é que eu estou?  — Se perguntou afagando os fios confusa encontrando com o mais profundo silêncio, ninguém te respondia e não fazia a menor ideia de que era observada e ao tentar se levantar sentiu a perna doer muito levou a destra até lá acariciando e involuntariamente sentiu algo, haviam dois furos em sua coxa esquerda, furos esses que recordou ter visto nos ombros de sua amiga.

O sorriso no entanto se alargou como se sentisse o cheiro que ainda emanava de ti e uma gota pingou de seus lábios e certeira caiu sobre seu ombro desnudo ainda quente e com cheiro forte de ferro. 


I'm dripping blood honey

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