♡˖꒰006𝐄𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐞 𝐚 𝐬𝐚𝐥𝐯𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨
𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗦𝗲𝗶𝘀!
𝖤𝗇𝗍𝗋𝖾 𝖺 𝗆𝗈𝗋𝗍𝖾 𝖾 𝖺 𝗌𝖺𝗅𝗏𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈
★
❛ 𝘪𝘵 𝘳𝘢𝘪𝘯𝘴 𝘸𝘩𝘦𝘯 𝘺𝘰𝘶'𝘳𝘦 𝘩𝘦𝘳𝘦 𝘢𝘯𝘥 𝘪𝘵 𝘳𝘢𝘪𝘯𝘴 𝘸𝘩𝘦𝘯
𝘺𝘰𝘶'𝘳𝘦 𝘨𝘰𝘯𝘦 '𝘤𝘢𝘶𝘴𝘦 𝘪 𝘸𝘢𝘴 𝘵𝘩𝘦𝘳𝘦 𝘸𝘩𝘦𝘯 𝘺𝘰𝘶 𝘴𝘢𝘪𝘥,"𝘧𝘰𝘳𝘦𝘷𝘦𝘳 𝘢𝘯𝘥 𝘢𝘭𝘸𝘢𝘺𝘴" . . ❜
Por décadas, poucas coisas despertaram o interesse de Edward Cullen, um vampiro que observava a humanidade de longe, quase como se estivesse em um mundo à parte.
Ele sempre acreditou que seria o único entre seus irmãos a permanecer sozinho para sempre, até que, há quase um ano, conheceu Isabella Swan, sua La Cantante.
Inicialmente, a única coisa que ele pensava era em saciar sua sede drenando cada gota do sangue dela. No entanto, algo em Bella o fascinava de maneira única.
A curiosidade que ela nutria por ele era diferente de qualquer outra que já havia experimentado. Depois de tanto tempo em uma solidão silenciosa, ele começou a sentir algo novamente, algo que ele não conseguia nomear, mas que o fazia acreditar que estar ao lado dela poderia trazer um tipo de conforto esquecido.
Edward raramente desviava sua atenção de Bella, mas a primeira vez que realmente notou Adalynn Collins foi perturbador.
Ele podia ouvir seu coração às vezes pulsar de maneira irregular, e quando descobriu que ela sofria de uma doença cardíaca, tudo fez sentido. A segunda vez que a percebeu foi durante uma aula de história da arte, onde o gosto peculiar dela por Paganini capturou sua atenção.
Havia algo de inofensivo nela, uma aura estranhamente amigável. O terceiro encontro foi quase cômico; Adalynn estava prestes a escorregar no chão, e, apesar de seu desinteresse por humanos que não fossem Bella, seus reflexos o compeliram a salvá-la.
O quarto encontro ocorreu quando Adalynn ajudou Bella, despertando uma leve empatia nele. Em momentos de distração, seus olhos vagavam pela sala e, inevitavelmente, sempre encontravam Adalynn.
Seus irmãos, se notaram, fingiram desinteresse, mas Alice, sua irmã, sempre o observava com um olhar perscrutador, como se soubesse mais do que demonstrava.
O quinto encontro de Edward com Adalynn estava longe de ser agradável.
Ele estava voltando da casa de Bella quando o cheiro familiar e metálico de sangue invadiu seus sentidos. Entre os vários aromas, havia um inconfundível: o de Adalynn, misturado com sangue. Ela havia sofrido um acidente. A escolha era simples-ele poderia ignorar, deixar que o curso natural da vida seguisse seu caminho, afinal, humanos são efêmeros, destinados à morte, seja por doença, velhice ou acidente.
Mas algo nele não permitiu que ele seguisse adiante. Seguindo o rastro do sangue, ele a encontrou na floresta, quase inconsciente, com o airbag acionado. O cheiro do sangue era quase irresistível.
Ele ouviu gemidos baixos de dor e, sem hesitar, arrancou a porta do carro. Com cuidado, retirou-a dos destroços. Lágrimas deslizavam por seu rosto pálido. Com um sussurro, ele a segurou nos braços e murmurou:
- Está tudo bem - mas ele sabia que estava tentando convencer a si mesmo tanto quanto a ela, porque não suportava a ideia de salvá-la em vão.
Após suas palavras, Adalynn desmaiou em meus braços. A escolha mais lógica naquele momento era levá-la até Carlisle; ele saberia o que fazer. Com dificuldade, pegou o celular e ligou para ele. No segundo toque, Carlisle atendeu.
- Alice me avisou. Vou estar esperando nos fundos do hospital - disse, desligando em seguida.
Edward não perdeu tempo. Correu pela floresta, sua mente focada unicamente no corpo que segurava. Cada passo era preciso, mas o desespero crescia. Sentiu o breve retorno da consciência de Adalynn, apenas para vê-la desmaiar outra vez. O som do coração dela estava ficando mais fraco, cada batida mais lenta.
Ele apertou os lábios, lutando contra a ansiedade que começava a tomar conta. Acelerou o passo, quase implorando em silêncio que ela não morresse em seus braços. A ideia de carregá-la sem vida o assombrava, mais do que ele gostaria de admitir.Ele ainda se lembrava de todos aqueles corpos do passado...
Assim como prometido, Carlisle já o esperava nos fundos do hospital. Edward não hesitou ao entregar Adalynn em seus braços.
- Ela está morrendo - foi a única coisa que disse, antes de Carlisle sair às pressas com ela. Edward, por impulso, os seguiu.
Até certo ponto. Uma enfermeira bloqueou seu caminho, avisando que ele não podia passar daquela porta. Por um momento, hesitou, mas assentiu. Pensou em ir embora. Já tinha feito o que podia. A vida dela não era mais problema seu. Mas, de alguma forma, ele ficou.
Ele ouvia o desespero das enfermeiras, as vozes exaltadas dizendo que ela estava morrendo. Até que, de repente, não ouviu mais o batimento da garota. As máquinas silenciaram. Contou cinco minutos até que trouxessem Adalynn de volta.
"Que bom", ele pensou. Lembrou-se do irmão dela. Ele ficaria arrasado. Mas por que se importava? Talvez a convivência com Bella estivesse o tornando mais empático com os humanos.
Depois de um tempo, Carlisle apareceu com o rosto tenso.
- Preciso que faça algo para mim - disse, sem rodeios. Edward não perdeu tempo sondando a mente dele e, de imediato, a ideia pareceu absurda: usar seu veneno em uma humana.
- Se minha teoria estiver certa, uma dose controlada não vai transformá-la, mas pode salvá-la - explicou Carlisle.
- E se não der certo? - Edward perguntou, embora soubesse a resposta. Ela morreria.
Carlisle o conduziu até uma sala repleta de equipamentos médicos.
- Vai ser desconfortável - avisou Carlisle.
Com alguma dificuldade, ele extraiu o veneno de Edward. E, como esperado, foi desconfortável.
- Isso deve ser suficiente - disse, antes de sair.
[...]
Pela segunda vez, Edward pensou em ir embora, mas seus pés pareciam presos ao chão da sala de espera. Algo o impedia de partir.
Uma hora depois, Carlisle voltou, desta vez acompanhado de uma enfermeira. As expressões em seus rostos estavam menos tensas que antes.
- Inacreditável, ela começou a reagir. Essa garota quer mesmo viver - comentou a enfermeira antes de ser chamada para outra tarefa.
Carlisle parou e olhou para seu filho. Edward estava com manchas de sangue humano em suas roupas.
Naquele momento, Carlisle se perguntou por que seu filho havia se importado. Edward raramente se envolvia em situações assim.
Talvez a convivência com Bella Swan estivesse despertando um lado mais humano, ofuscando seus instintos. Ele notou a sutil mudança na cor dos olhos de Edward, um marrom com um toque avermelhado, sinal da fome que começava a surgir.
- Eu não tenho a resposta exata para isso - murmurou Edward, lendo os pensamentos do pai.
- Ela vai se recuperar bem, graças a você - disse Carlisle, com um toque de orgulho na voz.
"Que bom", pensou Edward. A humana teria mais alguns anos. Sem mais demora, ele se foi. Correndo pela floresta, tentou se convencer de que ajudá-la era apenas uma retribuição pelo que Adalynn fez por Bella naquele dia. No fim, tudo voltava a Bella. Ela era sua vida agora, repetia para si mesmo em sua mente...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top