𝘾𝘼𝙋𝙄́𝙏𝙐𝙇𝙊 𝘿𝙤𝙞𝙨!
𝘋𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘵𝘢𝘳 𝘦𝘮 𝘍𝘰𝘳𝘬𝘴.
★
❛ 𝘏𝘦𝘢𝘳𝘵 𝘰𝘯 𝘺𝘰𝘶𝘳 𝘴𝘭𝘦𝘦𝘷𝘦 𝘭𝘪𝘬𝘦 𝘺𝘰𝘶'𝘷𝘦 𝘯𝘦𝘷𝘦𝘳 𝘣𝘦𝘦𝘯 𝘭𝘰𝘷𝘦𝘥
𝘙𝘶𝘯𝘯𝘪𝘯𝘨 𝘪𝘯 𝘤𝘪𝘳𝘤𝘭𝘦𝘴, 𝘯𝘰𝘸 𝘭𝘰𝘰𝘬 𝘸𝘩𝘢𝘵 𝘺𝘰𝘶'𝘷𝘦 𝘥𝘰𝘯𝘦
𝘎𝘪𝘷𝘦 𝘺𝘰𝘶 𝘮𝘺 𝘸𝘰𝘳𝘥 𝘢𝘴 𝘺𝘰𝘶 𝘵𝘢𝘬𝘦 𝘪𝘵 𝘢𝘯𝘥 𝘳𝘶𝘯
𝘞𝘪𝘴𝘩 𝘺𝘰𝘶'𝘥 𝘭𝘦𝘵 𝘮𝘦 𝘴𝘵𝘢𝘺, 𝘐'𝘮 𝘳𝘦𝘢𝘥𝘺 𝘯𝘰𝘸. . ❜
A mudança de ares é como um suspiro revigorante para o coração. E foi exatamente isso que Adalynn experimentou ao despertar do seu sono. Olhando para o relógio ao seu lado, deparou-se com a frustrante constatação de que ainda eram sete da manhã. Ela suspirou pesadamente, ansiando por mais alguns preciosos minutos de sono, mas sabia que seria quase impossível.
Após alguns minutos, ela abandonou o abraço caloroso dos lençóis e seguiu para o banheiro, onde a água do chuveiro era reconfortante. Vestiu-se com um vestido verde-esmeralda de veludo, acreditando que se encaixava nos contornos de seu corpo.
Uma meia-calça preta de lã para desafiar o frio, um casaco branco e uma echarpe de cashmere verde. Nos pés, sapatilhas de verniz preto, uma dança delicada de conforto.
Ao espiar pela janela, o céu nublado de Forks revelou-se, sussurrando saudades dos dias ensolarados e caminhadas no Central Park de Nova York.
Antes de sair do meu quarto, peguei o frasco de comprimidos na minha mesa de cabeceira e engoli um com um gole de água. Depois da crise que eu tive algumas semanas atrás, eu não podia me descuidar da minha saúde.
Eu respirei fundo e saí do meu quarto. Na sala, minha mãe e meu irmão já estavam sentados à mesa, tomando o café da manhã.
"Bom dia!" eu cumprimentei com um pequeno sorriso. Eu não era fã das manhãs, principalmente as frias e cinzentas.
"Bom dia, Ada", minha mãe disse. Ela tinha feito as panquecas que pareciam deliciosas, eu me sentei à mesa e peguei uma panqueca, colocando um pouco de mel por cima. Eu também me servi de um pouco de café, descafeinado, é claro. A minha dieta era um pouco controlada por causa da minha condição.
O médico me aconselhou a evitar café normal, dizendo que seria arriscado. Eu perguntei se não podia tomar o descafeinado, e ele concordou, desde que eu moderasse. Eu não poderia sobreviver sem o meu precioso café.
"Ada, amanhã vai fazer sol, podemos ir dar uma volta na reserva. Eu vi no site e é ótimo para fazer caminhada",meu irmão falou. Ele amava a natureza e eu sabia que estava louco para conhecer a reserva florestal. Ele tinha lido que lá havia muitos animais, como lobos. Ele achava isso fascinante, e eu também.
"Claro que você não iria perder a oportunidade de explorar, não é?", eu perguntei revirando os olhos. Eu também gostava de um pouco de ar puro, e as caminhadas me faziam bem.
"Podemos ir, acho que vai ser bom conhecer Forks", respondi.
Ao responder, os olhos de Anthony se iluminaram como estrelas.
"Ótimo, e seria ótimo o seu violino. Eu vi que lá tem um pequeno lago e dá para você tocar. Sei que você não aguenta ficar muito tempo sem a sua música", ele disse, me conhecendo bem. Ele sabia que eu era apaixonada por música, e que o meu violino era o meu tesouro.
Eu tinha ganhado ele do meu pai, antes dele morrer. Era a única lembrança que eu tinha dele, e eu tocava sempre que podia.
"Por favor, tomem cuidado quando forem amanhã, vocês estão em uma nova cidade, então cuidado", minha mãe falou preocupada.
"Eu já pensei nisso eu vi uma loja onde tem guias, e depois podemos ir lá", falou Anthony
"Mas pode deixar, mãe, eu com certeza ficarei de olho na Ada para ela não se perder", meu irmão disse com um sorriso zombeteiro.
"Claro, seu engraçadinho, tá mais fácil você se perder", eu retruquei, entrando na brincadeira.
"Está certo, crianças, vamos parar. Temos que ir ao mercado e depois na nova escola em que vocês irão estudar. Tenho que levar algumas papeladas", minha mãe disse, interrompendo a discussão.
Após o término do café da manhã, fui até o meu quarto em busca do celular. Antes de descer, verifiquei meu e-mail e notei algumas mensagens. Respondi rapidamente e desci.
No caminho, as imponentes árvores de Forks capturaram minha atenção, suspirando na esperança de me adaptar aqui. Chegando ao pequeno mercado local, adquirimos suprimentos para as próximas semanas. Percebi olhares curiosos de algumas pessoas, eu sempre tentava tentando oferecer um sorriso amigável. Ao sair do mercado, nos dirigimos diretamente para Forks High School.
Não demorou muito para encontrá-la, pois os lugares em Forks não eram exatamente longe. O estacionamento estava vazio, indicando claramente o período de aula. Nós direcionamos a um prédio com a placa "secretaria", onde uma senhora na casa dos cinquenta anos prontamente veio nos atender.
"Em que posso ajudar?", indagou ela.
Minha mãe respondeu prontamente: "Sou Mary Collins. Há alguns dias, liguei para matricular meus filhos, e só faltava entregar esses papéis", disse ela, acompanhando com um sorriso.
A secretária assentiu e pegou os papéis das mãos da minha mãe. Seus olhos, por trás dos óculos de aro fino, examinaram cuidadosamente os documentos.
"Ah, sim, Mary Collins. Fico feliz que tenha tudo pronto. Vou providenciar a matrícula dos seus filhos imediatamente", ela disse com uma voz séria e, transmitindo uma sensação de confiança.
Enquanto aguardávamos, aproveitei para observar os corredores de Forks High School. As paredes creme e os armários metálicos. O silêncio dominava os corredores vazios, interrompido apenas pelo eco distante de vozes em salas de aula.
A secretária voltou e entregou uns formulários para a minha mãe.
"Aqui estão os documentos que vocês precisam. Se tiverem alguma dúvida, é só me perguntar. "
"Obrigada", falamos em uníssono.
Depois que a minha mãe preencheu os formulários, ela nos disse que na segunda os nossos horários estariam prontos e era só passar para pegar.
Nos despedimos e fomos direto para o carro.
"Mãe, podemos passar na Forest Reserves? Eu vi no site que eles têm guias disponíveis. Eu e a Ada vamos precisar de alguém que nos oriente na nossa caminhada pela reserva", disse Anthony, guardando o walkman no bolso.
"Claro, filho. Vamos lá", minha mãe concordou.
Depois de um tempo, chegamos à Forest Reserves e entramos na loja. Eu notei que havia algumas pranchas de surf e placas de preservação ambiental. Mais ao fundo, havia uma pequena biblioteca. Meus olhos se iluminaram ao ver os livros.
"Bem-vindos à Forest Reserves. Eu sou John Yargee. Como posso ajudá-los?", perguntou um senhor com uma camisa verde-musgo.
Meu irmão logo se adiantou:
"Nós gostaríamos de contratar um guia para nos acompanhar amanhã na reserva", explicou Anthony.
"Certo, vou verificar no sistema quem está disponível", respondeu o senhor Yargee.
Enquanto minha mãe e meu irmão conversavam com ele, meus olhos se voltaram para a biblioteca.
"Mãe, vou dar uma olhada nos livros ali atrás", falei para ela.
Ela me conhecia bem e sabia da minha paixão por livros. Ela sorriu e disse:
"Tudo bem, filha."
Me dirigi para a biblioteca, que ficava um pouco afastada da loja.
Enquanto passava pelos livros, vi um que me chamou a atenção: era sobre lendas quileutes. Como eu não era exatamente muito alta, fiquei na ponta dos pés para tentar alcançá-lo, mas sem sucesso. Me estiquei mais um pouco, mas meus dedos mal tocavam o livro. Foi quando uma mão o pegou para mim.
Me virei para ver quem era. Era um garoto de uns dezesseis ou dezessete anos, com cabelos curtos e pretos. Seus olhos eram escuros, destacando-se sobre as maçãs do rosto altas. Ele tinha um traço de infantilidade no queixo. Era um rosto muito bonito.
Eu sorri e agradeci.
"Obrigada pela ajuda", disse.
"De nada. Aliás, eu sou Jacob Black," ele se apresentou, sorrindo de lado.
"Prazer em conhecê-lo. Eu sou Adalynn Collins", eu disse.
"Nova na cidade?", ele perguntou. Antes que eu pudesse responder, ele se desculpou.
"Desculpe ser tão direto, é que Forks não é uma cidade muito populosa", ele disse, parecendo tímido. Jacob não estava errado. Forks tinha apenas quatro mil habitantes. Eu o tranquilizei, respondendo:
"Nós nos mudamos ontem para Forks", eu disse.
"Entendo. Deve ser uma grande mudança. De onde vocês vieram?", ele perguntou, demonstrando interesse.
"De Nova York. Eu vivi lá desde que nasci", respondi, sentindo uma ponta de saudade.
"Uau, Nova York. Deve ser incrível. Eu nunca saí de Forks, mas sempre quis conhecer outros lugares", ele disse, com um brilho de admiração nos olhos.
"Nova York é incrível, sim. Mas também é muito agitada e barulhenta. Às vezes eu precisava de um pouco de paz e silêncio", comentei, tentando ver o lado positivo da mudança.
"Bom, então você veio para o lugar certo. Forks é a cidade mais pacata e silenciosa que existe. Talvez até demais", ele brincou, com um sorriso irônico.
"É, eu percebi. Mas também tem o seu charme. Eu gosto das árvores e da natureza", respondi, olhando pela janela e vendo as copas verdes.
"Então, você veio explorar Forks e acabou comprando um livro?", ele perguntou.
"Quase isso. Eu vim com a minha mãe e o meu irmão Anthony atrás de um guia. E quando cheguei aqui, vi que tinha uma biblioteca e não resisti", respondi com um sorriso.
"Bom, senhorita Collins, podemos dizer que você está com sorte. Pois eu sou um dos melhores guias da loja", ele disse, com um tom brincalhão.
"Isso é uma oferta, senhor Black?", eu perguntei, entrando na brincadeira.
"É, se você quiser", ele disse, com um olhar convidativo.
Depois de pensar um pouco. Jacob parecia ser muito simpático.
"Tudo bem, então", eu concordei.
"Vou avisar o John", ele disse, e fomos até onde estavam o senhor Yargee, a minha mãe e o meu irmão.
"Certo, vou falar com a Leah Clearwater, ela pode ser a guia", ouvimos o senhor Yargee dizer.
"John, eu conversei com a senhorita Collins aqui, e ela aceitou que eu fosse o guia, se vocês não se importarem, é claro. Eu posso mostrar a área da reserva para eles", Jacob falou, se adiantando.
"Bom, se a minha irmã gostou do guia, acho que não tem problema", o meu irmão disse, com um tom malicioso.
"Está certo, então. Jacob vai acompanhar vocês às nove da manhã, só peço que um de vocês assine aqui", falou o senhor Yargee.
Meu irmão assinou rapidamente.
"Ah, sim, eu sou Jacob Black", ele se apresentou para a minha família.
"Eu sou Anthony", o meu irmão se apresentou.
Jacob se virou para a minha mãe com um ar brincalhão e disse:
"Então você é a outra irmã?"
Minha mãe riu e disse:
"Mary Collins, e por mais que eu não pareça, eu sou a mãe deles", ela falou, sorridente.
"Ah, certo. Eu gostaria de levar esse livro". Eu me virei para John. Ele concordou e fomos até o caixa, onde eu paguei. Mais um para a minha coleção.
Depois de algum tempo de conversa, resolvemos ir embora. Antes de sair, Jacob disse:
"Ah, sim, esse aqui é o meu número". Ele me entregou um cartão com o seu número.
"Se tiver alguma dúvida, é só me ligar", ele explicou.
"Certo, e muito obrigada". Eu e a minha família saímos da loja em direção ao carro.
Meu irmão, com um olhar risonho, disse:
"Parece que a Ada mal chegou em Forks e já está conquistando corações por onde passa", ele me provocou.
"Ah, Anthony, o Jacob só estava sendo gentil", eu falei, revirando os olhos.
"Claro, gentil", ele disse, fazendo aspas com as mãos.
Soltei um suspiro indignada e me virei para janela do carro para ignorar o meu irmão, o restante do caminho até em casa foi tranquilo, assim que eu cheguei fui direto para o meu quarto para colocar o meu novo livro na minha prateleira, senti um pouco de náuseas e resolvi deitar um pouco. Eu odiava ter essa maldita doença que me fazia sentir tão fraca.
Fui até a pequena gaveta e tomei um remédio para enjoo, depois de longos minutos e até estar melhor resolvi ir até o quarto do meu irmão. A porta estava aberta então entrei diretamente. Ele estava deitado na cama escutando música no walkman. Assim que me viu ele se sentou e disse:
"Oi Ada, o que foi?", ele perguntou.
Me sentei ao lado dele e falei:
"Nada, só estou entediada", falei respirando fundo. Infelizmente na mudança a tv quebrou e agora teria que esperar até segunda para uma nova. Era uma tortura ficar sem os meus preciosos episódios de Friends. Eu esperava sobreviver até lá, pois ficar sem olhar o lindo rosto do Chandler era uma tortura.
"Bom, acho que eu tenho a solução perfeita para isso", disse Anthony. Ele se dirigiu até o seu closet e voltou com uma caixa.
"E o que seria essa caixa?", perguntei, curiosa. Ele abriu a caixa e tirou outra caixa menor, que tinha a aparência do palácio de Versalhes e estava escrito quebra-cabeça de 10 mil peças.
"Essa é a sua ideia de diversão?", eu questionei, incrédula. Ele se sentou no chão e espalhou as peças.
"Tem alguma ideia melhor?", ele retrucou, erguendo uma das sobrancelhas.
"Não". Eu me rendi e fui em direção ao chão me juntar ao meu irmão. Bom, ficamos horas e horas sem parar, tentando montar o quebra-cabeça. No decorrer desse tempo, mamãe veio nos perguntar se estávamos bem. Nós dois concordamos em uníssono, sem tirar os olhos das peças. Ficamos o dia todo até a hora do jantar, onde mamãe nos arrastou para comer.
O jantar foi tranquilo, conversamos sobre a nossa nova vida em Forks e sobre os nossos planos para amanhã. Depois do jantar, me despedi com um boa noite e fui para o meu quarto.
Antes de dormir, tomei um banho quente que relaxou os meus músculos. Coloquei um pijama confortável e peguei o livro que eu tinha comprado mais cedo.
A minha leitura se estendeu até a parte onde falava sobre os frios, uns seres sobrenaturais que se alimentavam de sangue humano. Após o cansaço da leitura, apaguei a luz e me aconcheguei na cama. A escuridão me envolveu e eu dormi. Acordei no outro dia disposta, fiz as minhas higienes matinais e escolhi uma roupa confortável para caminhada.
Olhei pela janela e vi fracos raios solares. Achei que esse seria um evento raro em Forks. Antes de sair, peguei o meu violino. Depois do café da manhã, mandei uma mensagem para Jacob para nos encontrarmos. Assim que ele respondeu, avisei para Anthony e decidimos ir. Não demorou muito para chegarmos ao local marcado. Jacob já nos esperava. Ele estava com os braços cruzados e um dos pés apoiados em uma picape.
"Bom dia. Hoje eu serei o guia de vocês e podem ter certeza que farei questão de vocês se divertirem", falou ele, em um tom divertido.
"Ótimo", falei, feliz.
"Bom, crianças, a mãe de vocês já vai. E Jacob, você tem algum horário para que eu possa vir buscá-los?", perguntou a minha mãe.
"Pode deixar, senhora Collins. Eu posso deixar eles em casa, se a senhora quiser", ofereceu Jacob.
"Sendo assim, eu agradeço muito. E por favor, divirtam-se, mas nem tanto. E tomem cuidado na caminhada", disse a minha mãe, antes de ir embora.
Depois de nos despedirmos, seguimos em direção à trilha com Jacob guiando eu, e Anthony. "O que é isso na sua mão?", perguntou ele, curioso. Antes que eu pudesse responder, o meu irmão se pronunciou.
"Isso, Jacob, é o tesouro mais precioso da Ada, o seu violino", falou o meu irmão, em um tom divertido. Dei um leve empurrão nele, de brincadeira.
. "Nossa, acho que nunca conheci alguém que tocasse violino", falou ele, admirado.
"Bom, agora conhece. E assim que chegarmos ao lago, eu terei o prazer de fazer um show particular para os senhores", falei, de forma teatral e divertida.
"Me sinto lisonjeado por estar vivenciando isso", disse o meu irmão, de forma dramática. Nós três acabamos rindo. Jacob, no meio do caminho, estava nos explicando alguns pontos da reserva. Observei ao redor e achei tudo muito lindo.
"E como é a sua vida aqui em Forks, Jacob?", perguntou o meu irmão, de forma curiosa.
"Ah, dá pro gasto. Eu vivo na reserva, na reserva vivemos como em uma pequena comunidade indígena. Não igual nos livros de história tradicional, apesar de que nos reunimos algumas vezes com os mais velhos para escutar histórias mais antigas dos nossos antepassados", explicou ele, de forma alegre.
"Uau, isso é muito legal", falou o meu irmão, de forma entusiasmada.
"Sim, isso é muito legal. Será que você poderia nos contar alguma história? Eu não quero ser abusada nem nada, só se estiver tudo bem para você", perguntei, de forma bastante curiosa.
"Bom, as histórias são meio que podemos dizer secretas, mas vou abrir uma pequena exceção. As histórias que sempre pensamos serem lendas. As histórias de como viemos a existir. A primeira é a história dos guerreiros espirituais. De acordo com a lenda Quileute, os guerreiros espirituais foram os primeiros a mudar de humanos para lobos", falou Jacob.
"Sério, nossa, isso é muito legal", falei, de forma impressionada.
"Mas é claro que isso são só lendas", falou ele, dando um pequeno sorriso.
"Não deixa de ser muito maneiro", comentou o meu irmão.
"Agora vamos deixar esse papo de lado e vamos seguir com a nossa caminhada. Eu vi que vocês querem ir até o lago, mas se quisermos chegar lá é melhor nos apressarmos um pouco", disse Jacob, animado.
Fomos caminhando por um tempo, vi o meu irmão com um pequeno binóculo e tirando uma câmera polaroid da mochila. Esse Anthony era sempre cheio de surpresas. Fomos parando em alguns pontos para o meu irmão observar e tirar algumas fotos. Depois de meia hora, chegamos ao lago. Era muito lindo. Nos apressamos para tirar algumas fotos e depois colocamos um pano para sentarmos e comermos, pois já era um pouco mais de meio dia.
Trouxemos alguns sanduíches e também oferecemos ao Jacob, que aceitou prontamente e agradeceu. Comemos em um silêncio maravilhoso, só apreciando a natureza. Nessas horas, eu agradeço por ter vindo morar aqui.
"Então, Adalynn, pode tocar um pouco do seu violino?", pediu Jacob.
"É claro", concordei, feliz. Tirei o violino da bolsa de proteção e comecei com um clássico de Niccolò Paganini, uma das minhas preferidas. Após a minha apresentação, escutei palmas do meu irmão e de Jacob.
"Obrigada, senhores". Fiz uma reverência, agradecendo. Assim que eu me sentei, Jacob falou:
"Relógio legal". Jacob apontou para o meu pulso.
"Ah, isso. Bom, ele é bom, serve para eu observar os meus batimentos cardíacos". Assim que terminei de falar, Jacob franziu o cenho.
"É ver os batimentos?", perguntou ele. Escutei uma pequena risada do meu irmão.
"Sim, eu tenho uma doença chamada fibrilação atrial, e resumindo, eu observo os meus batimentos por aqui", expliquei.
"Nossa, eu sinto muito, não quis causar algum desconforto nem nada", falou ele, com o semblante triste.
"Sem problemas, Jacob, não é nada demais", falei, apaziguando.
"Certo... Bom, você toca muito bem mesmo, vai seguir carreira?", ele perguntou, mudando de assunto.
"Eu ainda não sei, eu fico entre a academia de artes e a de música", disse, era uma indecisão que um dia enfrentaria.
"Bom, eu particularmente aposto que a Ada vai na de música", falou o meu irmão, brincando com a câmera polaroid.
"E por que você acha isso?", perguntei, curiosa.
"Ah, Ada, qualquer um pode ver quando você toca, você e o violino parecem um só", falou o meu irmão, logo depois tirando uma foto.
"Sério?", perguntei, sorrindo.
"Sim, mas não se acostume com as minhas boas reflexões", ele disse e foi em direção ao lago tirar fotos.
"Vejo que se dá bem com o seu irmão", falou Jacob.
"Sim, eu e Anthony temos os nossos momentos de guerra, mas em geral somos unidos", disse a Jacob.
"E você tem irmãos?", perguntei, curiosa.
"Não, só sou eu, se bem que o meu pai fala que eu valho por dois", ele disse e rimos.
O restante do dia passou voando e às quatro horas da tarde fomos embora. No caminho, expliquei para Jacob o caminho de casa. Assim que chegamos, Anthony prontamente agradeceu e se despediu. Assim que desci, agradeci a Jacob.
"Obrigada, Jacob, acho que já posso te considerar um amigo", disse, sincera.
"Claro, foi um prazer guiar você e seu irmão, sempre que quiserem podem me chamar", ele ofereceu.
"Pode deixar", eu respondi, sorridente. Me despedi e entrei.
"E aí, foi bom?", perguntou a minha mãe, sentada no sofá com um olhar divertido e curioso.
"Foi ótimo, mãe, Jacob é legal", eu respondi.
"Que ótimo, meu bem", ela disse. Depois de uma breve conversa com a minha mãe, que durou até o jantar, fui para o meu quarto com um suspiro satisfeito. Fui até a sacada observar a lua, o vento soprou em meu rosto... é, eu podia me acostumar. E com esses pensamentos, mais um dia se passou...
⚰️💗🎻 |Hello lovers, mais um capítulo de The Art Of Living, resolvi mudar um pouco o estilo da escrita.
⚰️💗🎻 | A betagem do capítulo foi feita pelo projeto WonderfulDesigns
⚰️💗🎻 |Bom quero ver comentários do que acharam do capítulo.
• 🦇🌙🍷🌳💐⚰️💗🎻 •
𝗧𝗛𝗘 𝗔𝗥𝗧 𝗢𝗙 𝗟𝗜𝗩𝗜𝗡𝗚 | 𝖤𝖣𝖶𝖠𝖱𝖣 𝖢𝖴𝖫𝖫𝖤𝖭
𝘴𝘵𝘰𝘳𝘺 𝘣𝘺 𝘣𝘦𝘭𝘭𝘢𝘵𝘳𝘪𝘹𝘻𝘺𝘸 © 2024
─ 𝖾𝗌𝗍𝖾𝗍𝗂𝖼𝖺/ 𝗅𝖺𝗒𝗈𝗎𝗍 𝗉𝗈𝗋 𝘀𝗽𝗶𝗱𝗲𝗿𝘀𝘄𝗳𝗳 ─
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top