03| Criptonita

Serenei optou por não voltar para casa naquela noite, tendo gradualmente transferido seus pertences para a casa de Han.

Ela antecipou o próximo confronto entre Sean e seu pai, e preferiu evitar o caos iminente.

Organizando uma carona para ambos, os amigos de Takashi garantiram sua passagem segura. No entanto, a conversa entre eles permaneceu muda até chegarem ao apartamento.

Quando destrancou a porta, Han gesticulou para que Serenei entrasse primeiro.

─ Você está brava? ─ ele perguntou, trancando a porta atrás deles e tirava os sapatos, colocando as chaves em uma gaveta.

─ Eu não estou brava. Só estou... ─ Serenei suspirou, indo para o quarto.

─ Se eu soubesse que motorista ele era... ─ Han interrompeu, seguindo-a.

Ela se virou, zombando.

─ Olha, Han. ─ Ela deu um tapinha no peito dele, sinalizando para ele se sentar. ─ Você nunca ouve o que eu tenho a dizer. Você nunca ouve nada que alguém tem a dizer, aliás, porque você não aceita merda de ninguém. ─ expressou enquanto vestia a roupa de dormir. ─ É meu irmão! Claro, vou saber que ele é um péssimo motorista, eu te disse todo o sangue e suor que você colocou naquele carro... ─ comentou, sentando na cama.

─ Sinto muito. ─ Han confessou após um momento de silêncio. ─ Eu deveria ter ouvido você e não estou apenas dizendo isso, realmente estou arrependido. Nós dois trabalhamos muito naquele carro!

─ Então, o que há com tudo isso, "não saia da cidade?" ─ zombou dele.

─ Ainda não tenho certeza, verei isso amanhã de manhã. ─ respondeu ele, desligando a luz.

Na manhã seguinte, Han deixou uma mensagem para Serenei, informando que estava providenciando para que Sean pegasse seu dinheiro depois da escola. E assim que o negócio foi concluído, Han ligou para ela, avisando-a de que estavam indo buscá-la.

Ao chegar, ela sentou-se no banco de trás.

─ Você está no negócio de coleta. Talvez o chame uma vez por semana ou por hora. ─ Han comentou, olhando para Serenei pelo espelho retrovisor. ─ Eu não me importo se você está doente como um cachorro ou na cama com a Beyoncé. Eu ligo, e você vem. ─ continuou, virando-se para Sean.

─ Só se você me ensinar Drifting. ─

─ Não estamos negociando. ─ Han afirmou.

─ Eu não estava negociando. ─ Sean o olhou e sorriu.

─ Acho que tudo correu bem essa tarde. ─ Serenei colocou a palma da mão no ombro de Han.

─ Você sabe disso, querida. ─ Han sorriu sutilmente.

─ Espere, vocês dois... ─ Sean gesticulou, olhando para eles.

─ Olhos na estrada, cowboy. ─ Serenei empurrou a cabeça para frente, encerrando a conversa.

Ela desviou sua atenção das ruas de Tóquio pelo resto da viagem. Essa cidade se tornou sua casa há alguns anos. As luzes, os carros, as pessoas. Han. Isso trouxe à tona um novo lado dela - mais ousado e ousado, mais feliz e contente.

Eles chegaram a uma pequena loja do Cassino. Han liderou o caminho até a frente com Serenei atrás dele e Sean mais atrás. Eles encontraram um dos minions de Takashi, que os conduziu até seu chefe, que estava em uma pequena sala nos fundos do prédio. Ela sabia que eles iriam discutir negócios mais cedo ou mais tarde, então não entendia exatamente por que trouxeram Sean com ele.

Quando Takashi e Morimoto os notaram, eles esvaziaram a sala. Os olhos de D.K. percorreram-na, mas se estreitaram ao ver seu meio-irmão.

─ O que ele está fazendo aqui? ─ D.K. perguntou ao notar Sean.

─ Ele está me pagando por aquela lata de cerveja amassada parada lá no fundo da minha garagem. ─ disse Han, jogando o dinheiro sobre a mesa.

─ Espero que não esteja dirigindo. ─ Morimoto disse.

─ Gaijin, quando é sua próxima corrida? Quero muito ver. ─ Morimoto perguntou, provocando reações tensas nos irmãos.

Serenei se desligou do restante da conversa, ansiosa para que ela terminasse. Uma sensação desconcertante instalou-se em seu peito, envolvendo-a. Algo parecia errado. Se estava relacionado aos negócios ou desencadeado pela sensação de que algo sinistro estava prestes a acontecer, ela não conseguia decifrar.

─ O que você acha Seri, hein? ─ Takashi perguntou.

Han a tirou de seus pensamentos, percebendo a expressão intrigante no rosto dela, ele fez uma anotação mental para perguntar a ela mais tarde.

Serenei forçou um sorriso e encolheu os ombros, D.K. lançou-lhe um olhar confuso. Ela nem percebeu que Sean não estava mais com eles e foi embora, eles estavam discutindo negócios, ela nem sabia.

─ Que foi? O gato comeu sua língua? ─ Morimoto perguntou.

─ Desculpe, não estou me sentindo bem. ─ disse ela, exalando.

Após concluir a discussão, a dupla saiu da sala, passando pela multidão movimentada absorta em vários jogos de cassino, com pessoas tentando fervorosamente a sorte nas diversas máquinas.

─ E, aí? ─ Han perguntou, pegando a mão dela.

─ Provavelmente não é nada. Mas vi alguns papéis estranhos na mesa dele. ─ ela argumentou, ele beijou a cabeça dela.

─ Papéis? ─ indagou ele, parando de andar.

─ Seu nome estava nele e o meu também. ─ explicou ela.

Han assentiu, silenciosamente dizendo a ela que cuidaria disso.

─ Seu irmão vai morrer. ─ Han comentou, ansioso.

Serenei seguiu seu olhar e viu Sean conversando com Neela.

─ Você não pode encontrar uma garota japonesa legal como o resto dos brancos? ─ Han perguntou.

─ Está tudo bem lá atrás? ─ Sean questionou.

─ Eu posso lidar com D.K. ─ Han assentiu, garantindo.

─ Achava que ele fosse a yakuza.

─ O tio dele é a yakuza. ─ Serenei esclareceu com um suspiro. ─ Ele banca o gangster só lá na salinha dele.

─ Mas eu preciso dele. ─ Han confirmou. ─ Ele evita que o Tio Kamata bisbilhote demais.

─ Como assim? ─ o garoto perguntou.

─ Bem, o tio dele recebe uma parte do lucro de todo mundo em seu território. Nós estamos em seu território. ─ Serenei explicou. ─ 50% de alguma coisa é melhor do que 100% de nada. ─ acrescentou, pegando seu telefone para avisar a Reiko que eles estavam a caminho.

─ Você já correu com o D.K.? ─ Han balançou a cabeça negativamente. ─ Por que não? Ele é tão bom assim?

─ Pra que correr? ─ Han perguntou a Sean.

─ Para ver se sou melhor que o outro. ─ Sean respondeu com um pequeno sorriso.

─ Só prova que você é mais rápido, só isso. ─ Serenei encolheu os ombros.

─ Se eu fosse correr, teria que ser por algo importante... Por que mais?

─ Corri por uma garota. Foi isso que me trouxe até aqui. ─ Sean admitiu com orgulho.

─ Isso é uma merda americana. ─ Han balançou a cabeça.

─ Han, você correria por mim? ─ Serenei apoiou a cabeça no ombro dele, brincando.

─ Claro que correria. ─ ele inclinou a cabeça para um beijo.

─ Por que você está me deixando correr? ─ Sean riu.

─ Porque você é a criptonita de D.K. E nos deve um carro.

Entrando no clube, Han cumprimentou várias pessoas enquanto segurava Serenei perto de si. Sean, depois de estacionar o carro, alcançou-os em breve. Passando por salas com modelos dançantes, eles chegaram à garagem, onde Han comprou bebidas.

Sean ficou surpreso e eles finalmente se sentaram em um sofá, Serenei descansando as pernas no colo de Han.

─ O Evo vermelho é seu. ─ disse Han, deixando Sean de olhos arregalados.

─ É melhor você mantê-lo inteiro, Reiko trabalhou muito nele. ─ avisou Serenei enquanto se inclinava para frente.

─ Espere, como assim? ─ Sean disse olhando para os dois.

─ Você está me representando agora. ─ disse ele, derramando um líquido em seu copo

─ O que você acha? Acha que ele vai deixá-lo correr em um Hyundai? ─ Serenei piscou.

Depois de uma noite de diversão, eles voltaram para casa, sem saber o que o dia seguinte traria. Se Serenei pudesse prever o futuro, poderia ter pensado duas vezes antes de aparecer na garagem.

Tudo parecia bem até que Sean chegou com Twinkie, exigindo começar imediatamente suas aulas de drifting. Han balançou a cabeça, incrédulo, enquanto Serenei simplesmente se sentou.

Afinal, Han causou isso a si mesmo, não ela.

Sean tentou se desviar, mas dizer que conseguiu seria uma deturpação grosseira. Earl expressou sua consternação em voz alta, questionando a decisão de Han de encontrar Sean.

Twinkie entrou na conversa, fazendo pouco caso da situação e comparando a atitude de Sean falta de habilidades para a proficiência de Serenei.

─ Minha mãe! Ela é cega de um olho e pode andar à deriva melhor do que isso! ─ Earl gemeu alto. ─ Han, onde você encontrou aquele cara?! ─ exclamou.

─ Sim, como vocês dois são parentes? Além de dirigir, você tem tudo isso. ─ Twinkie apontou para o corpo de Serenei. Ela jogou um copo de plástico cheio de água nele. ─ E ele tem tudo isso. ─ apontou para Sean, gesticulando que ele estava ereto como uma prancha de surf.

─ Twinkie vai dar em cima daquelas gaivotas ali. ─ disse Han, sem tirar os olhos do veículo de Sean.

─ Ciúmes, né? ─ Twinkie colocou um sotaque.

Serenei riu e Han apenas balançou a cabeça para eles. Ela colocou as pernas no colo dele que a olhou e sorriu. Ele se levantou, foi até ela e sentou-se com um estalo alto na cadeira de plástico.

─ Han!

─Você está colocando essas pernas no meu colo de novo?

─ Sim ─ Han recostou-se, a cadeira estalando ainda mais.

─ Han, a cadeira vai quebrar. ─ quando ele se levantou, ela caiu, batendo no concreto.

─ HAN!

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Tradução quentinha, saindo do forninho agora!

Pode conter erros ortográficos e de tradução.

Obrigada por ler <3

-atIass

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