02| Não saía da cidade
Após a mudança de Serenei dos Estados Unidos para Tóquio, ela abordou a transição com uma preparação completa. Seus estudos anteriores sobre o Japão e o idioma começaram quando seu pai se mudou.
No entanto, apesar da sua preparação, os desafios que a aguardavam em Tóquio revelaram-se mais difíceis do que o previsto. Além dos ajustes linguísticos e culturais, ela se viu confrontada com a experiência perturbadora de insultos depreciativos, entre os muitos desafios que ela ainda tinha que enfrentar.
Han descobriu que Serenei era uma mulher com uma personalidade incomparável. Desde o momento em que a viu pela primeira vez até hoje, ficou impressionado com a sorte excepcional que a vida lhe concedeu. A jornada deles juntos, começando no dia do primeiro encontro em uma corrida onde ele a apresentou à arte do drifting, solidificou em sua mente que ela era a pessoa certa.
Além da conexão deles, Serenei trouxe contribuições valiosas para sua oficina, com sua experiência em engenharia e seu olhar perspicaz para gráficos. A reviravolta inesperada nesta história de amor foi a constatação de que ele se apaixonaria por uma americana, uma circunstância que ele nunca imaginou.
Serenei reprimiu uma zombaria silenciosa, seu desconforto aumentando à medida que a situação deixava de diverti-la. Como colega Gaijin, ela não pôde deixar de se sentir desconfortável ao testemunhar o comportamento inadequado de Takashi, especialmente considerando a presença de Neela. Apesar de Han se apoiar nela em busca de segurança, tudo o que ela desejava era pôr fim ao confronto inútil.
─ Takashi! ─ Neela o repreendeu.
─ Só estávamos conversando. ─ Sean tentou justificar.
─ Você não está entendendo. ─ Neela o informou severamente, enquanto Morimoto gesticulava sutilmente com sua chave inglesa, incitando Sean a sair da sala.
A situação ficou mais séria, e as tentativas de contato físico de Han apenas perturbaram Serenei ainda mais quando ela afastou suas mãos.
─ Você poderia parar! ─ ela sussurrou com urgência.
─ Essa palavra que você me chamou, gaijin, ou algo assim, o que isso significa exatamente? ─ perguntou provocativamente, com Twinkie visivelmente nervoso.
─ Significa, Dê a volta... E se mande! ─ respondeu DK com um sorriso sarcástico.
─ Isso é exatamente o que vamos fazer. Vamos, cara! ─ Twinkie guiou Sean para se virar, um movimento pelo qual Serenei expressou mentalmente gratidão.
Numa reviravolta inesperada, Sean os enfrentou mais uma vez, desafiando a atmosfera.
─ Engraçado... Achei que aqui era um país livre... onde uma garota pudesse conversar com quem ela quisesse. ─ Twinkie suspirou e Serenei beliscou a ponta do nariz.
─ Você sabe quem eu sou, garoto? ─ DK perguntou, dando um passo à frente.
─ Uma espécie de Justin Timberlake do Japão, certo? ─ DK deu mais um passo à frente, mas Neela o deteve.
─ Deus, ele está realmente forçando isso. Assim como sua irmã." Han riu baixinho, ganhando um soco de Serenei.
─ Deixe.
Apesar das tentativas de Twinkie de se desculpar em nome de Sean, Serenei sentiu tensão quando DK se virou para olhar para ela, provavelmente percebendo quem era Sean.
Han a cutucou para que se levantasse e eles saíram de cena.
─ Ei, D., vamos lá! É hora de correr!"
─ Ei, boa sorte, Timberlake! ─ Agora ele tinha feito isso e não havia ninguém para salvá-lo.
O comentário de Sean agravou ainda mais a situação e Serenei gemeu enquanto Han bufava. Takashi, perdendo a paciência, atacou Sean, preparando o terreno para um confronto iminente.
─ Sorte tem você de eu ir correr agora.
─ Então vamos correr juntos. ─ DK riu na cara dele.
─ Mano, você não tem carro! ─ Serenei falou rindo. DK também riu e apontou para a declaração dela.
─ É fácil parecer arrogante quando você não tem maquina. ─ DK ri.
─ Pegue a minha! ─ a voz de Han entrou na conversa.
Serenei se virou rapidamente, as bocas de todos se separaram silenciosamente e Sean pegou as chaves sem pestanejar.
─ Você está louco? Tipo, realmente clinicamente mentalmente insano? ─ Serenei estava enlouquecendo.
─ Vamos correr! ─ diz Takashi. Ele se vira e começa a andar enquanto Serenei simplesmente para.
─ Qual foi? Quero ver se o garoto manda bem. ─ Han encolheu os ombros.
─ Han! Você não tem ideia do que ele fez com o carro. Ele atravessou uma casa e capotou umas cinquenta vezes! ─ ela estava segurando a mão dele e puxando-a.
─ É o meu carro. ─ ele riu, sem ouvir.
Ele comecou a caminhar e arrastando-a.
─ Você pode ver se o garoto em outros carros. Ele não sabe fazer Drift! Ele vai destruir Mona totalmente. ─ Ela sabia quanto tempo, amor e felicidade Han tinha dedicado aquele carro.
Ela não queria que tudo desaparecesse por causa de seu irmão teimoso.
Serenei se virou e começou a andar quando percebeu que não havia mais esperança e que ele não a estava ouvindo. Ele acompanhou o passo dela e gentilmente puxou-a pela mão.
─ Estou ignorando você.
─ Você não poderia me ignorar mesmo se tentasse. ─ ele beijou os lábios dela.
A ansiedade de Serenei aumentou à medida que os acontecimentos se desenrolavam e ela encontrou consolo na presença reconfortante de Han. Eles chegaram à linha de largada, onde se sentaram no capô de um carro próximo, Serenei pegando um pacote de batatas fritas das mãos de Han.
O aceno de cabeça desaprovador de Twinkie revelou a falta de capacidade de seu irmão, deixando-a preocupada.
Twinkie passou balançando a cabeça para Han, fazendo com que a expressão esperançosa de Serenei azedasse. A inexperiência de Sean com drifting levantou dúvidas, e ela colocou a cabeça entre as mãos. Han esfregou as costas dela, achando graça no que considerou uma reação exagerada.
Ela não olhou até ouvir o sinal, indicando a largada.
─ Vá! ─ Ela olhou para cima apenas para ver Sean virar a esquina.
Todos começaram a correr e se dispersar no ritmo. Um forte estrondo foi ouvido e foi Sean batendo na parede.
─ Eu te disse! ─ Earl disse ao passar por eles.
Finalmente, depois de um aglomerado de pessoas, Han levantou ainda mastigando o amendoim, ele cutucou Serenei para se levantar e ela acelerou o passo andando um passo na frente dele, esbarrando em seu ombro.
Han estava começando a ter uma ideia sobre o irmão dela e pensava que poderia ter tomado a decisão errada.
Ela entrou no elevador vazio e apertou o botão fechar, Han mal conseguiu entrar.
─ Vamos, ba... ─ ele começou, mas ela o interrompeu.
─ Han, você mandou Mona para o inferno. ─ Serenei brincou.
─ Posso trocar um carro por saber do que é feito um homem. ─ ele assegurou, mas ela se absteve de fazer qualquer comentário.
O elevador parou e eles saíram no meio de uma multidão barulhenta, reunindo-se com seus amigos.
À medida que os sons dos carros se aproximavam da linha de chegada, Serenei bateu o pé ansiosamente. DK chegou, chamando a atenção de todos. No entanto, o ronco fraco de um motor sugeria a aproximação de outro veículo.
Mona, totalmente arrasada, chegou abruptamente, deixando Serenei em estado de choque.
Absolutamente destruída.
─ Acho que vou vomitar. ─ ela expressou freneticamente, com a mão na cabeça.
Han, embora escondesse suas emoções, se importava profundamente, o que era evidente em seus olhos.
Twinkie, Reiko e Earl se aproximaram do carro, suas expressões refletindo o choque, Serenei se aproximou do irmão e se inclinou para a janela.
─ Deus, eu não sei quem te ensinou a dirigir, mas isso não é uma merda off-road que você fez em casa. ─ Ela caminhou em direção ao elevador e Han a seguiu.
Ao se aproximar do veículo, Han deu um conselho severo.
─ Não saía da cidade! ─ afirmou antes de ir embora com a garota.
─ Ele é seu dono agora. ─ Twinkie acenou para Sean, marcando o rescaldo dos eventos caóticos.
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Obrigada por ler!
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