01| O turista

Serenei não estava em casa quando Sean chegou, ela estava dormindo na casa de amigos desde que seu pai começou a trazer amigas para casa. E também não tinha certeza de quando ele viria.

Ela estava relaxando na garagem reorganizando algumas peças do carro.

O som do carro andando paralelo à entrada a fez revirar os olhos e sorrir, Han saiu do carro com um sorriso sutil no rosto.

Han entrou na garagem e perguntou:

─ Você nunca vai para casa?

─ Eu considero isso um lar, Han. ─ Serenei respondeu.

Notando as chaves do carro balançando em seu dedo, Han comentou casualmente:

─ Seu irmão não deveria chegar logo?

─ Honestamente, não sei. ─ ela encolheu os ombros.

─ Vá para casa e prepare-se, você vai comigo esta noite. ─ declarou ele de seu escritório, olhando para as pilhas de papéis.

─ Eu disse para Reiko que iria com ela. ─ Serenei protestou.

─ E eu disse que você vai comigo.

─ Sim, Han. Simples assim. ─ revirou os olhos e acenou para ele.

Ela sentou-se no carro e foi embora.

Mais tarde naquela noite ao falar com seu pai, Serenei soube que Sean havia chegado no dia anterior, embora seu paradeiro atual permanecesse desconhecido. Optando por não comentar o comportamento irresponsável do pai, ela se vestiu às pressas e partiu.

Vestida com uma camisa preta justa de mangas compridas e jeans, Serenei acrescentou pequenos brincos ao conjunto, sem necessidade de colar com cruz, pois era um acessório constante.

Ao sair da casa, uma buzina a assustou, revelando Han no banco do motorista, com um sorriso astuto.

─ Não concordamos em nos encontrar lá?

─ Mudei de ideia. ─ respondeu ele.

─ Bem, mude de volta. ─ ela insistiu.

─ Você joga duro para conseguir e eu vou jogar duro para me livrar. De qualquer forma, por favor, entre no carro.

Após uma breve viagem, eles chegaram ao local designado na garagem, onde o carro de Han estava estacionado.

Ao se aproximarem de DK, Serenei descobriu que o bar onde ela trabalhava era dele e que o emprego dela ali se baseava no apreço que ele tinha pela aparência dela, apesar de seus conflitos ocasionais, eles mantiveram um relacionamento um tanto amigável.

Ah, os carros.

Nas vibrantes ruas de Tóquio, a cultura automobilística era uma pulsação, um ritmo que ecoava nas veias da cidade.

Veículos elegantes e coloridos, adornados com decalques chamativos e luzes deslumbrantes, percorriam as noites iluminadas por neon.

Cada carro parecia uma obra de arte personalizada, um reflexo da personalidade e do estilo de seu proprietário. Os eventos de corrida transformaram estradas comuns em campos de batalha, onde os pilotos exibiam as suas habilidades numa sinfonia de velocidade e precisão.

O ar estava denso com o cheiro de borracha queimada e o zumbido distante dos motores. A cultura automobilística de Tóquio não se tratava apenas de transporte, era uma dança, uma celebração e uma expressão de paixão pela estrada.

Procurando Reiko, Serenei perguntou:

─ Ei, DK, viu a Reiko? ─ ele apontou para o carro de Neela que se aproximava.

Serenei, admirando o veículo de Neela, ouviu a discussão sobre técnicas de direção.

─ Porque o jeito que você dirige é errado! ─ Reiko gemeu para Neela.

Passaram aproximadamente dois segundos desde que Neela estacionou e eles já estavam discutindo.

─ Não preciso de um computador para me informar sobre a resposta do acelerador. ─ Neela respondeu.

─ Então terminamos aqui. ─ Earl disse sem se deixar abalar.

Um rosto familiar se aproximou.

─ Sean! Que porra você está fazendo aqui? ─ Ela o abraçou, sem saber se estava brava ou feliz em vê-lo.

─ Bem, fui enviado para cá porque fui direto ao Dukes of Hazzard com um garoto. ─ explicou ele.

─ Não brinca, mas você não deveria estar aqui. Você comete algo errado aqui e sua bunda está presa ─ ela avisou, com um sorriso persistente no rosto.

─ Eu vou tentar.

─ Não se eu atirar em você primeiro.

Reiko e Earl partiram para explorar outros carros, deixando Seri com Twinkie, que se tornou amigo do seu irmão. Sentindo-se confiante em deixar Sean aos cuidados de Twinkie, Serenei juntou-se a DK, Morimoto e Han. No entanto, a atenção rapidamente voltou para seu irmão quando os olhos de Takashi percorreram a cena e encontraram um cara desconhecido conversando com sua garota.

─ Quem é o turista? ─ Takashi perguntou maliciosamente, prenunciando o confronto iminente.

─ O que há com você e as meninas da escola, D.? Você está progredindo na vida, precisa elevar sua empresa. ─ Han brincou em voz alta, fazendo com que Takashi se aproximasse do novo cara.

Han se recostou, deslizando casualmente um braço ao redor de Serenei.

─ Han, esse cara é o Sean, meu meio-irmão. ─ ela riu, plenamente consciente de que o problema estava se formando.

─ Achei que ele parecia familiar...

─ Então, quando você vai elevar sua empresa? ─ ela perguntou, referindo-se ao comentário anterior dele.

─ Você está tão elevada quanto parece, minha querida. ─ ele flertou, tentando um beijo que pousou na bochecha dela quando a mesma se virou. ─ Você não está com calor? ─ questionou, apontando para as roupas dela.

─ Estou sempre com calor. ─ ela brincou, levantando-se e Han seguiu seu exemplo.

─ YO!

Han, Morimoto, Serenei e alguns espectadores formaram uma multidão enquanto Sean se tornava o centro das atenções. Twinkie interveio, Han lutou para conter o riso e o envolvimento de DK com Neela acrescentou complexidade à situação.

─ Ele estava indo. ─ Twinkie garantiu.

DK passou os braços em volta de Neela.

Serenei suspirou com a visão, a pobre garota estava lentamente sendo pega em todas as suas travessuras e logo não conseguiria sair.

Ele seguiu com um murmúrio em japonês.

─ Desculpe, não falo japonês. ─ Sean disse enquanto olhava para trás de DK para ver um rosto familiar de Serenei.

Ela balançou a cabeça em desaprovação e Han achou todo o espetáculo bastante divertido.

DK beijou a bochecha de Neela.

─ Entendeu isso, Gaijin? ─ ele sorriu.

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Nota da tradutora

Esse está sendo difícil de traduzir, mas vamos nessa! Espero que tenham gostado e até a próxima.

obrigada por ler!

-atIass

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