3.11- RETURN OF THE MINDFLAYER

— Então o Devorador de mentes construiu esse monstro aqui, em Hawkins, para a El. Para matar ela, sendo mais específico. – Mike explicava, olhando para Natalie em seguida – Ela e a Natalie. Para conseguir pavimentar um caminho pro nosso mundo.

Natalie estava sentada na fonte, sua mão suja de sangue seco tocando na água. Sua cabeça estava um completo desastre. Em questão de horas, tudo o que ela construiu no último ano caiu por Terra.

Seu ex-namorado era um russo psicopata que contribuiu para a morte de seu pai. O portal estava reaberto e o devorador de mentes estava na cabeça de sua própria mãe.

Eleven estava em perigo. Não ligava que o monstro queria matar a si, mas matar Eleven… Não deixaria aquilo acontecer.

— E ele quase conseguiu. – Max contou, atraindo o olhar de Natalie – Aquilo na perna dela, foi apenas uma parte dele.

— Que ótimo. – Ironizou Natalie

Amberly estava um pouco boquiaberta com as novas notícias sobre o monstro que os aguardavam. Não tinha boas memórias do devorador de mentes desde que ele causou a morte de Bob no laboratório no ano anterior.

Principalmente ao ver o estado que Will estava com ele em sua mente.

— E o quão grande isso é? – Hopper perguntou

— Deve ter por volta dos dez metros. – Harry disse

— E ele praticamente destruiu sua casa. – Lucas contou – Não leve a mal.

— Calma aí. Só para esclarecer. – Steve começou a falar – Essa aranhazona de carne que machucou a El é uma gigantesca… Arma?

Nancy concordou com a cabeça.

— Isso aí. – Harry murmurou

— Mas ao invés de pregos e metal, o devorador de mentes fez a arma dele com gente derretida? – Steve perguntou

Natalie suspirou fundo.

— Exato. – Nancy respondeu

Steve confirmou com a cabeça, o que Natalie imaginou ter doído para caramba, considerando todos os machucados em seu rosto.

— Tá. Tá bom. Legal. – murmurou o Harrington – Era só para saber.

Assim que Steve olhou em sua direção, Natalie virou seu olhar para Robin. A loira de cabelos curtos parecia que surtaria a qualquer instante.

Não a julgava. Se tivesse sido incluída nisso do nada, também ficaria da mesma forma.

Um sentimento de culpa tomou o coração de Natalie. Boa parte das pessoas ali não teriam envolvimento nenhum com o mundo invertido se não a conhecessem.

Talvez Ethan estivesse certo. Ela causava dor a todos ao seu redor.

— Tem certeza de que esse bicho está andando por aí? – Joyce perguntou

— A El deu uma lição nele. Mas, é. – Max confirmou – Ele ainda tá vivo.

— Mas e se o portal fechar novamente? – Amber perguntou

— Aí matamos nossa mãe. – Harry respondeu, quase no mesmo instante

A tentativa de segurar um soluço em seguida chamou a atenção de todos. Dustin e Steve se entreolharam.

Amber perdeu o ar do peito por um segundo.

— Como assim? – Amberly perguntou

Natalie desviou o olhar para o chão, sentindo que poderia vomitar a qualquer instante.

— O devorador de mentes entrou na mente dela. – Harry respondeu, com lágrimas nos olhos – Ela já pode estar morta… Quem sabe… Derretida no meio daquela aranha gigante.

— Não, ela não tá. Não ainda. – Natalie disse

Todos a olharam.

— Como você sabe? – Harry perguntou – Usou seus poderes?

— Ela tentou me matar. – respondeu Natalie, se corrigindo em seguida – O devorador de mentes tentou me matar.

Joyce desviou o olhar das crianças sentindo um peso crescer sobre seu peito. Sua amiga estava quase morta? Sua vida nunca ficaria em paz?

Primeiro Will havia sumido, depois Bob morreu (diga-se de passagem, Will quase morreu junto) e, agora, sua melhor amiga iria morrer também? Ela só queria paz…

— Então ainda temos chance de salvá-la. – Amber disse

Natalie não respondeu. Apesar de querer ter esperança, sabia que era praticamente impossível. Já haviam conseguido salvar uma pessoa do devorador de mentes, Will, e achava difícil que tivessem a mesma sorte.

Pelo canto do olho, percebeu Max de cabeça baixa também.

— Onde está o Reginald? – Hopper perguntou, de repente

— Pensamos que ele estaria com você. – Admitiu Nancy

O olhar de Jim estava sobre Natalie quando ela levantou a cabeça, seus olhos cheios de lágrimas. Ela negou com a cabeça de forma breve e foi o suficiente para que ele entendesse.

Entendesse que algo havia acontecido com seu amigo.

Um grito fez com que Natalie se levantasse com um pulo, erguendo a mão pronta para atacar.

— Calma aí, garota. – Murray disse, levantando alguns papéis

— Esse é o Murro? – Natalie perguntou

— Murray. – Lucas respondeu

O homem colocou os papéis sobre uma mesa, chamando os adultos para mais perto. Natalie andou até eles devagar, analisando tudo junto com todos eles.

Considerando que era a mais velha dos jovens adultos, achava que já poderia resolver as coisas junto com os adultos. Principalmente quando ela era uma das que mais causavam problemas entre todos eles.

— Tudo bem, isso foi o que Alexei chamou de “central”. – Murray começou, recebendo um olhar confuso de Natalie quando citou o nome do homem desconhecido – E essa central nos leva até a sala do cofre.

— Tá bom e onde é o portal? – Jim perguntou

Natalie sentiu Joyce colocando a mão em suas costas, tentando passar o mínimo de conforto para a garota em toda aquela situação.

— Bem aqui. – Natalie apontou no desenho

Murray concordou com a cabeça.

— Eu não sei qual a escala da planta, mas acho que fica bem perto da sala do cofre. – o que Bauman disse quase fez Natalie rir, nada era perto naquela base gigantesca – Talvez uns 15 metros.

Natalie abriu a boca para responder, mas Erica Sinclair foi mais rápida:

— Tá mais para 150 metros. – Murray virou seu olhar para Erica – O que? Acha que vai entrar assim como se fosse a Disneylândia comunista?

Murray a olhou desacreditado.

— Desculpe, quem é você?

— Erica Sinclair. Quem é você?

— Murray… Bauman. – ele hesitou em responder a garotinha

— Escuta aqui, Senhor Bundão. – Erica disse, fazendo Lucas a olhar desacreditado – Eu não estou querendo te ensinar nada, mas passei minhas últimas 24 horas naquele buraco de merda.

— É verdade. – Natalie concordou

Erica olhou para Jim e Joyce.

— E, com todo respeito, se caírem na lorota desse moço, todos vocês irão morrer. – A Sinclair concluiu

Os adultos pareciam tão chocados quanto Lucas com a fala da garota, mas Dustin e Natalie concordavam com a cabeça.

Murray olhou para Natalie e Joyce.

— Desculpa, por que essa criança de 4 anos está falando comigo?

— Eu tenho 10, seu careca babaca.

— Erica! – Lucas a repreendeu

Murray ergueu uma sobrancelha.

— Ela tem razão. – Natalie comentou – A base é gigantesca.

— É verdade. Vocês vão morrer, mas não precisam. – Dustin disse, se aproximando de Murray – Desculpe. Licença, eu posso?

Murray olhou para os mais velhos, dando de ombros em seguida.

— Claro. – O Bauman disse sarcasticamente

O Henderson o ignorou, sentando-se e pegando um lápis para escrever no grande mapa.

— Certo, está vendo essa sala? Aqui é o depósito deles. Tem um alçapão que vai dar no sistema de ventilação subterrâneo, foi como conseguimos entrar lá, porque dali você sai direto na base da arma. – Dustin explicou – É meio que um labirinto lá embaixo, mas Erica e eu mostramos o caminho.

Jim arqueou uma sobrancelha.

— Vocês mostram o caminho? – O Hopper perguntou

Natalie olhou para o mais velho de maneira ansiosa. Era contra as crianças se envolverem nisso antes mesmo de saberem o que tinha lá, agora então… Seria burrice deixá-los ir.

Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, eles não conseguiriam sair de lá vivos.

— Relaxa, você fica com a luta e com a parte perigosa do herói. A gente fica aqui… – Apontou Dustin – Guiando vocês.

— Não. – Hopper disse, imediatamente

Natalie suspirou aliviada. Dustin tentou argumentar, mas Hopper simplesmente saiu andando.

Andou atrás do mais velho, ignorando os pedidos de Dustin para tentar convencer o delegado. Hopper a olhou se aproximando, a garota totalmente suja de sangue seco, mordendo o lábio inferior com força.

Ela precisava falar sobre Reggie. Precisava contar o que ocorreu.

— Posso falar com você? – Natalie perguntou para Hopper, dando uma olhadela para o resto do grupo – A sós…

— Sim… Venha. – Hopper a chamou para mais longe, percebendo sua expressão carregada de preocupação – O que aconteceu, Natalie?

A Goodwin respirou fundo algumas vezes, tentando tomar coragem para falar. No entanto, ao abrir a boca para comentar o que aconteceu com seu pai, o choro tomou conta de si.

Deu diversos soluços enquanto as lágrimas saíam de seus olhos. Quando as primeiras lágrimas rolaram pelo rosto de Natalie, Hopper soube instantaneamente o que tinha acontecido: Reginald estava morto.

O delegado a puxou para um pequeno abraço, tentando a acalmar enquanto Natalie chorava em seus braços. Chorava desesperadamente, tentando se acalmar. Respirando fundo algumas vezes. Os soluços dela eram abafados pelo abraço, Hopper a segurava com firmeza temendo que a garota simplesmente caísse no chão.

Ele a deixava desabafar sua dor.

— Os russos… – Natalie soluçou – Atiraram na cabeça dele…

Hopper ficou sem reação por alguns instantes, tentando acalmar a menina. Sentiu a angústia invadir seu peito, tentando não demonstrar a tristeza que sentiu ao saber que seu melhor amigo havia sido morto de maneira cruel.

Hopper permaneceu ao lado dela, lutando contra suas próprias emoções, enquanto tentava oferecer o apoio que ela precisava. No entanto, não conseguiu segurar as lágrimas, deixando duas descerem pelos seus olhos.

Natalie abaixou a cabeça ao perceber que ambos estavam compartilhando a dor da perda.

— Pode contar para meus irmãos? Eu não…

— Eu conto, Natalie. – Hopper disse, colocando a mão no ombro da menina – Eu sinto muito…

O homem se afastou devagar. A mais nova o seguiu com olhar, percebendo que ele já chamava Harry e Amber para conversar. Os dois tomaram semblantes preocupados enquanto se afastavam do resto do grupo.

Sentiu seu corpo tremer, enquanto mais lágrimas apareciam em seus olhos. Não conseguiria ver Amber e Harry receberem a notícia sem ter uma grande crise.

Eleven a olhava ao longe.

A garota percebeu que Nancy andava em sua direção. A Wheeler segurou sua mãe.

— Nat… Como está se sentindo? – Perguntou ela

Natalie não queria falar sobre tudo aquilo. Não naquele momento.

— Suja. – respondeu a Goodwin com a voz falha – Vou me limpar no banheiro. E torcer para esse sangue todo não estar contaminado…

Sem deixar Nancy dizer qualquer outra coisa, Natalie virou o corpo andando em passos rápidos até a escada rolante, subindo correndo.

A morena correu até o banheiro mais próximo, fechando a porta. Natalie correu até a pia, se olhando no espelho. Apoiou-se respirando ofegante.

Estava igualzinha Carrie White, cheia de sangue pelo corpo e olhos tristes e vazios. Deu um pequeno tapa na parede branca, irritada com si mesma.

Se tivesse percebido antes… Se tivesse visto o devorador de mentes junto com as crianças, os russos teriam alcançado seu pai? Teriam o matado?

Ela encheu a mão com sabão líquido, passando por todo seu braço com certas brutalidade. O contato com os machucados escondidos pelo sangue fez com que todos ardessemquase no mesmo momento.

Fez a mesma coisa com o outro braço o enxaguando nas torneiras com certa dificuldade. Precisar apertar elas a cada 6 segundos não era nada vantajoso.

Se encarou no espelho, agora só com o rosto, as roupas e parte do cabelo sujos de sangue. Sangue de vidas que ela mesma havia tirado. Balançou a cabeça, tentando dispersar esse pensamento. Conseguia ver todos os machucados em seus braços, incluindo o tiro que pegou de raspão, agora sem nenhuma sujeira.

Até quando essas aventuras anuais continuariam? Até quando ela iria durar?

Em outro momento, se recusaria a usar sabonete líquido para lavar o rosto com medo de danificar sua pele, mas considerando que possivelmente estaria morta em algumas horas, não se importou.

Enquanto esfregava seu próprio rosto com água, ouviu a porta do banheiro abrindo-se e passos suaves adentrando o lugar. Secava seu rosto com papel quando disse:

— Eu tô bem, Nancy. Só precisava me limpar.

Ficou confusa quando não foi respondida, virando seu rosto em direção a pessoa no exato momento em que Ayla erguia uma faca contra ela.

Conseguiu ergueu a mão antes que atingisse seu rosto o que ocasionou um corte grande em seu antebraço. Tentou gritar, mas o ar sumiu de seus pulmões com o novo machucado. Mais sangue escorrendo pelo seu corpo.

Ela ergueu a faca novamente. Mesmo assustada, Natalie lembrou-se das aulas de defesa pessoal que seu pai deu para ela, segurando o braço do devorador de mentes e o girando, fazendo com que soltasse a faca.

Natalie empurrou Ayla para o lado, pronta para correr para longe, mas o devorador de mentes não era tão burro quanto a  garota queria que fosse.

Com um golpe na perna de Zero, o devorador conseguiu a derrubar quase de joelhos e agarrar sua cabeça. Ayla bateu o rosto de Natalie contra a pia, fazendo com que a mesma ouvisse seu nariz quebrando quase no mesmo momento. A dor foi sufocante, achou que não conseguiria mais respirar nas outras duas vezes que bateu seu rosto contra a quina.

Sua visão estava meio turva quando virou a cabeça um pouco para o lado, batendo praticamente sua orelha.

Natalie avistou a faca perto de si, agarrando-a quase no mesmo momento e acertando a perna de sua mãe. Foi o suficiente para ela conseguir a empurrar para longe e se levantar.

Seus poderes não funcionavam, mas conseguiu usar o cabo da faca para acertar o rosto da mulher que tentava a matar, a empurrando para dentro de uma das cabines e cambaleando rapidamente para fora.

Quando fechou a porta do banheiro, trancou-a usando a técnica que um dos seguranças havia a ensinado: puxando a maçaneta para cima deixando-a com um ângulo de 90 graus.

Apesar do barulho parecer estar um tanto quanto longe, - o que  Natalie culpou ser as inúmeras vezes que bateu a cabeça - ela deu um pulo para trás quando o Devorador de mentes bateu contra a porta.

Levou a mão ao rosto, novamente ensanguentado. Pela dor que sentiu ao ter um simples toque em seu rosto, imaginou que ele não deveria estar tão diferente do rosto do Harrington naquele momento.

Quase arqueou a sobrancelha quando o barulho cessou. Não parecia ter mais ninguém do outro lado da porta. Imaginou que o Devorador de Mentes tivesse pulado a janela e iria atacar o resto do grupo no andar debaixo do shopping, então, deu alguns passos lentos para trás.

Mas um barulho diferente se fez presente, fazendo com que Natalie arregalasse os olhos ao baixar o olhar e ver uma gosma passando por baixo da porta.

Quase no mesmo momento lembrou-se da conversa que tiveram minutos antes. Uma arma feita de pessoas derretidas. Deu mais passos para trás do que poderia se quer contar quando notou.

Não era uma gosma qualquer, aquilo era o que um dia foi Ayla Goodwin.

Quando a gosma saiu totalmente do banheiro, a forma da mesma mudou. Não mais para o corpo de Ayla, mas como um desconfigurado monstro que deveria ser apenas uma parte daquele de 10 metros.

Natalie ergueu um braço. Seus poderes estavam tão fracos que não surgiu efeito algum contra aquela criatura.

Se virou, correndo o mais rápido que podia para tentar chegar às escadas rolantes. Era apavorante saber que estava fugindo de uma criatura sem ao menos ter uma porcentagem de seu poder funcionando direito. Sem ter como se defender.

Por um momento pensou como deveria ser para todos os outros, lutando por suas vidas dependendo exclusivamente de armas. Quase caiu quando algo agarrou sua perna. Natalie deu um chute, se desvencilhando.

Com medo de ser pega desprevenida, se virou correndo de costas enquanto via o Devorador de Mentes se aproximar como um lobo vendo sua próxima presa.

Natalie esbarrou suas costas contra as grades que protegiam as pessoas de caírem para o andar debaixo. Se corresse um pouco para o lado, conseguiria alcançar as escadas rolantes.

Mas se o Devorador de Mentes interviesse em seu caminho, seria jogada para o andar debaixo e morreria com a queda.

Ofegava, pronta para ser morta, quando um extintor de incêndio acertou a cabeça do devorador de mentes. Ele caiu para o lado e antes que pudesse atacar a pessoa, sua cabeça foi esmagada.

Nancy bateu o extintor de incêndio algumas vezes contra o Devorador de Mentes enquanto o xingava:

— Por que você não morre logo, porra?

Natalie respirou fundo, fechando os olhos. Sentia seu corpo tremer.

— Você está bem? – a Wheeler perguntou, se aproximando e encostando em Natalie com cuidado

Natalie simplesmente negou com a cabeça, enquanto sentia as lágrimas descerem por seu rosto e misturando-se com seu próprio sangue.

Robin se aproximou devagar, não parecia estar tão longe de Nancy quando a mesma atacou o Devorador de Mentes.

— O que era aquela coisa? – Robin perguntou

— O Devorador de mentes. – Respondeu Nancy, parecendo impaciente – Não deveria ter a deixado sozinha lá.

— Tudo bem… – Natalie sussurrou

— Vem, vamos descer. – Nancy chamou, colocando um braço de Natalie ao redor de seus ombros. Ela olhou para Robin. – Pode me ajudar?

Ela estava sendo ríspida com a Buckley, mas Natalie não interviu. Não tinha cabeça para aquilo. Era a terceira vez que enfrentava uma quase morte só naquela noite. Nancy possivelmente estava com ciúmes de Robin por ser outra amiga próxima de Amber e Natalie.

Ou por ela estar próxima de Steve.

Robin e Nancy ajudaram Natalie a descer as escadas rolantes, atraindo os olhares de todos. Steve foi o primeiro a correr até elas e a ajudarem a descer Natalie.

Colocaram a Goodwin sentada perto da fonte e o Harrington correu para pegar uma garrafinha de água para ela beber.

Nancy tentou explicar o que viu.

— Então tinha outra parte do devorador de mentes aqui? – Max perguntou

— Tinha. Exatamente como aqueles que atacaram Jonathan e eu. – Nancy explicou

— Outra pessoa possuída que se transformou no monstro? – Lucas perguntou

Mas ao ver o semblante de dor em Natalie, Eleven percebeu que não era apenas pelos novos machucados, mas também uma dor emocional.

— Não só outra pessoa. – Eleven respondeu, fazendo os irmãos Goodwin a olharem – Ayla.

O que todos sabiam que significava.

Ayla Goodwin estava morta.

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