034 ;𝘢𝘥𝘷𝘪𝘤𝘦𝘴 𝘰𝘧 𝘵𝘳𝘢𝘪𝘵𝘰𝘳𝘴.
No outro dia, o dojô estava uma bagunça. Todos os alunos discutiam irritados sobre o acontecimento da noite anterior, desejando revidar o que eles fizeram. Juniper ficou calada, treinando com Mabel do lado da discussão, tentando não entrar na conversa e despejar o ódio que guardava da noite passada.
Quando os dois senseis saíram do dojô, deixando eles sozinhos para treinar, a Davis acompanhou Robby, Kenny, Tory e Mabel até o canto da sala, onde as duas crianças ficaram treinando os golpes com a ajuda dos veteranos enquanto os três discutiam.
─ Sabem que somos uma ameaça, e que nós três temos uma problema com o juiz. - Robby comentou do lado da loira, encarando os golpes de Kenny ─ que tinha a ajuda de Tory ─ e Mabel.
─ Precisamos pegá-los em um lugar deserto. - A Nichols deu uma ideia.
─ Ou colocar fogo no dojô deles. Com eles dentro. - Juniper finalmente abriu a boca, soltando um pouco das diversas ideias que teve. - Podíamos colocar a culpa em um incêndio ambiental! De qualquer forma, aquele lugar parece uma selva. - Comentou com uma careta, enquanto ajudava Mabel a ficar na postura correta, recebendo um sorrisinho como agradecimento.
─ Como você ainda não foi presa outra vez? - Robby perguntou retórico, rindo bobo quando a mesma pareceu pensar sobre a pergunta, também não entendendo como.
─ Ouçam! Reúnam-se! - O sensei Silver entrou no dojô agitado, fazendo os alunso deixarem o que faziam para entrar em formação. - Tivemos uma conversinha com os senseis no miyagi-do. De agora em diante, nada de lutas até o torneio. - Ele avisou, fazendo a loira bufar revoltada.
─ Nossos inimigos nos humilham e vamos ficar quietos? - Tory perguntou irritada.
─ Nós não podemos ter compaixão agora. Ou mudaram de opinião? - A Davis acompanhou a loira, usando o mesmo tom de voz.
─ Claro que não. Não mostramos compaixão ao inimigos. - Kreese foi rápido em respondê-las.
─ Mas haverá um momento para lutar. Não gastem socos se não for para marcar pontos. - Terry completou ele, olhando diretamente para a Davis, que desviou o olhar irritada. - Se seus inimigos mexerem com vocês, ou rirem de vocês, ótimo! Peguem toda essa raiva e guardem-na! Vão precisar dela quando a hora chegar. - Disse vagando o olhar entre os alunos. - Entendido?
─ Sim, sensei. - Todos disseram juntos, mesmo que alguns ─ como a Davis ─ não concordassem.
Depois de se despedir do Keene e dos seus outros colegas, a Davis levou Mabel e Kenny para a casa, deixando que eles discutissem sobre jogos o caminho inteiro. Aquilo era muito melhor que música para ela ─ menos as da Taylor Swift ─ e apenas melhorava o seu humor depois de tantos problemas envolvendo as duas crianças. Ela não queria envolver os dois mais do que eles já estavam, e seu medo era que deixar os dois entrarem para o cobra kai mudassem eles, assim como ela mudou.
Por mais que odiasse admitir, Juniper entendia que não era mais uma simples estudante com um hobby. Agora ela estava se tornando um grande alvo no meio de uma rixa antiga entre adultos possivelmente perigosos. Mesmo que gostasse de ter essa imponência sobre os outros, no caminho ela perdeu parte de si quando foi deixada para trás pelos outros por ser leal ao seu dojô, algo que ela não imaginava que um dia seria, já que a rivalidade entre os dojôs não era um assunto importante para ela, até quase morrer por causa desse erro.
E Juniper não era o tipo de pessoa que cometia o mesmo erro duas vezes.
• • •
Mesmo que quisesse, Juniper ainda tinha suas obrigações com a escola, e uma delas era realmente ir para o colégio, o que era pior do que jogar álcool em um machucado. Seus horários sempre batiam com os alunos do miyagi-do, e a garota sentia vontade de jogar as cadeiras neles quando sente os olhares vidrados nela. Aquele dia em específico ela rezava para não encontrar um deles, pois estava sedenta por uma briga, mesmo que fosse proibido agora.
E para piorar o seu humor, Tory a ligou para reclamar da família Larusso ─ outra vez ─ depois de perder outra emprego por causa deles. Tory e Juniper passaram a ser mais próximas depois de tanto tempo juntas, além do ódio em comum pelo miyagi-do, o que fazia a Davis estar no topo da sua lista de ligações.
─ Não acredito que ela tentou atrapalhar o seu trabalho! - A loira exclamou fechando o seu armário irritada, deixando um resmungo baixo sair quando quase prendeu o dedo.
─ E ela conseguiu! Eu não podia aguentar mais um minuto daquele chefe idiota, mas ainda precisava do dinheiro. - Tory exclamou do outro lado da chamada, fazendo ambas ficarem em silêncio com apenas os passos dos outros alunos de fundo.
─ Por que você não me chamou para acabar com a cara dela? Seria fácil fazer isso. - A Davis comentou com os olhos semicerrados enquanto mordia os lábios ansiosa, tirando uma risada fraca da Nichols.
─ Você me assusta as vezes. - Tory disse com a voz baixa, ainda cabisbaixa com a situação. - Não sei o que fazer sem um emprego agora.
─ Bom, primeiro você pode tentar voltar para a escola, e o trabalho eu posso te ajudar a encontrar um. - Juniper disse pensativa, colocando a mão na cintura antes de se apoiar no próprio armário.
─ A Larusso nunca me deixaria voltar! - A Nichols disse ríspida, soltando uma risada sarcástica.
─ Mas a mãe dela talvez. - A Davis retrucou, fazendo a loira ficar em silêncio. - Você mesma me falou que ela foi atrás de você, ou seja, ainda temos esperança que aquela família não seja tão idiota! - Ela tentou parecer animada com a ideia.
─ Isso é insano, você sabe disso, certo? Se a Larusso descobrir...
─ Ela não vai fazer nada. - Ela cortou a amiga irritada. - E mesmo que quisesse ela não poderia. Mais fácil acabar com ela no torneio de uma vez.
─ Você 'tá certa. - Tory suspirou, parecendo odiar a Davis por solucionar o problema. - Mas ainda vou pensar sobre isso. Te vejo no dojô!
─ Pensa bem, Nichols! - Elas se despediram, com Tory desligando a ligação e deixando a loira preocupada do outro lado.
Quanto mais tempo passava com a Nichols, ela entendi aos poucos do porquê a garota é assim. Não que Juniper a julgasse, pois ela não poderia mesmo se quisesse, já que fez muito pior. Mas algumas peças do seu quebra cabeça estavam se juntando aos poucos quando o assunto era a Nichols.
─ Não sabia que gostava tanto de torneios. - A voz fez Juniper paralisar com os punhos cerrados, fechando os olhos e respirando fundo antes de virar.
─ Pelo jeito você prefere não saber das coisas, Campbell. - A loira comentou ácida encarando o rosto de Serena a sua frente, com uma mochila em seu ombro e o olhar preocupado, típico da garota.
─ Juniper, eu... - Ela deu um passo para frente, fazendo a Davis dar um passo para trás irritada, erguendo uma mão para fazer ela parar.
─ Eu não quero ouvir mais um pedido de desculpas, Serena. Eu não me importa mais com o que você, ou qualquer um de vocês, tem para me dizer agora. - Juniper disse cansada, seu tom de voz sendo baixo e ríspido enquanto gesticulava com a mão.
─ Eu não tinha a intenção de te machucar, Juniper! E eu sei que eu mereci, mas você não pode deixar isso te levar para o lado errado. - Serena exclamou nervosa, segurando a alça da mochila como se pudesse se apoiar nela para não cair no chão.
─ Então esse é o problema? - Ela riu ácida, mexendo a cabeça em negação. - Eu escolhi estar no cobra kai, e não vai ser você que vai me tirar de lá, Campbell. - Afirmou raivosa.
─ Então você concorda que vocês estão errados. - A morena comentou baixo, encarando a mais alta como se tentasse ler os seus pensamentos.
─ Quer saber? Vai se foder! - Juniper exclamou irritada, passando as mãos no rosto antes de colocá-las na cintura. - Vocês são um bando de hipócritas, e tem sorte que eu vou manter a minha promessa de não quebrar a cara de vocês até a torneio. - Deu ênfase nas últimas palavras, encarando a Campbell no fundo dos olhos dela antes de virar e sair pelos corredores.
Ela apenas queria que o torneio chegasse logo para tudo aquilo acabar.
• • •
Quando a Davis chegou no dojô aquela tarde, ela não falou com Robby ou com outro colega, indo direto para os fundos treinar sozinha. Era claro que ela estava irritada, apenas de olhar para os seus olhos e para a sua postura ereta que o Keene notou que algo aconteceu.
Por isso ele deixou Kenny e Mabel conversando no tatame, e foi para os fundos, escutando apenas o barulho dos golpes que a loira desferia contra o saco de pancadas. O garoto franziu a testa em confusão quando ela não notou a sua presença, pois ela estava focada e quase perdida a cada movimento que fazia.
─ Ei! - O Keene a chamou baixo para não assustar ela, fazendo com que os braços dela parassem e o seus olhos imediatamente ficassem tranquilos. - Tudo certo? - Deu um passo para frente, enquanto ela suspirava e tirava o cabelo que grudou no suor da sua testa.
─ Tive uma conversa com a Serena hoje. - Comentou a contragosto, engolindo a seco o seu ódio.
─ Uma conversa ou outra discussão? Porque você definitivamente não parece feliz com isso. - Robby perguntou interessado, passando o olhar pelo rosto dela ainda preocupado.
─ Ela age como se eu fosse a vilã! - Juniper exclamou indignada, mexendo nas próprias mãos para a afastar a dor de ter descontado o que sentia no saco de pancadas. - Quem começou essa merda foi eles, e quem tem que pagar por isso na escola sou eu. - Soltou um resmungo descontente.
─ Queria estar lá para não deixar você sozinha. - Ele confesso cabisbaixo, descendo o olhar para a parede tentando pensar em uma forma de se redimir, fazendo a loira suspirar mais tranquila, deixando um sorriso leve surgir no canto dos seus lábios.
─ 'Tá tudo bem. Eu aguento esperar até o torneio para revidar. - A Davis afirmou abaixando a guarda, pegando a sua garrafinha para ir para a aula. - Vamos. - Ela o chamou quando passou por ele e, ainda com o olhar longe, o garoto acompanhou ela.
A aula passou rápido para eles, mesmo que os ensinamentos de Terry fossem pesados e mais cansativos, eles estavam gostando. Robby e Juniper passaram a aula um do lado do outro, ambos com os pensamentos embaralhados, tentando ao máximo não deixar que aquilo afetasse o seu desempenho.
─ Três coisas fazem um campeão. Os três Ds. - Silver exclamou passando pelos alunos, enquanto eles realizavam o treino. - Desejo. Devoção. E disciplina. - Ele parou na frente do tatame. - Não posso dar as duas primeiras. Posso dar a última, mas vocês precisam querer! Vocês querem?
─ Sim, sensei! - Todos disseram ao mesmo tempo.
─ Certo? Posição de Junbi. - O sensei pediu, e todos colocaram seus punhos na frente do corpo com os braços esticados. - Agora, entendo que queiram derrotar seus inimigos. E vocês irão, quando for preciso. Até lá, mantenham o foco no treino. Entenderam? - Seus olhos pararam na Davis, que arrumou a postura antes de responder.
─ Sim, sensei! - Os alunos disseram em uníssono, mas não convenceram o homem.
─ Com convicção! - Ele pediu com autoridade.
─ Sim, sensei! - Dessa vez eles o convenceram.
─ Ótimo. Braços abertos. Atenção. - O sensei dizia os comandos, e os alunos realizam perfeitamente, se curvando ao final como cumprimento. - Dispensados.
Juniper soltou a respiração que nem sabia que prendia, relaxando os músculos enquanto andava para pegar a sua garrafinha no canto do dojô, sendo seguida pelos seus amigos que compartilhavam do mesmo cansaço.
─ O segundo sensei fez a gente treinar muito! O cara partiu pro nível hard! - Kyler exclamou quando a loira jogou para ele a garrafa de água do mesmo, antes de pegar a sua tomando um longo gole. - Pena que não podemos bater no miyagi-do.
─ Não podemos lutar, mas podemos nos vingar. - Robby comentou suspeito, e imediatamente a Davis o olhou curiosa, entendo o motivo do garoto ter ficado quieto a aula inteira.
Mabel e Kenny se entreolharam quando a loira entregou a sua garrafa para o Payne segurar, os olhos dela vidrados nos olhos do Keene com um brilho único em ambos. Kyler e Tory prestavam atenção no moreno, interessados em saber sobre o que ele falava.
─ E o que você pensou, gênio? - Ela perguntou sarcástica ao seu lado, com um sorrisinho afiado.
Eles estavam prontos para a vingança.
• • •
Falcão encarava a tela do celular com o seu coração acelerado, o contato de Serena brilhando na tela, quase brilhando em uma enorme bandeira vermelha. Seus dedos escreviam e reescreviam a mensagem múltiplas vezes, as vezes pensando que estaria a coagindo a ir ao baile com ele com o uso de algumas palavras, enquanto outras vezes ele parecia desesperado em tê-la ao seu lado.
Não era mentira. Ele poderia negar, mas ter se reconectado com seus antigos ciclos de amizade, fez a antiga chama que a garota acendeu uma vez, querer brilhar uma última vez. Embora os dois não chegassem a conversar sobre tudo o que aconteceu, ele sabia que tinha o perdão dela apenas por encarar os seus olhos enquanto conversavam. Ela não parecia desapontada, ou com medo dele, era apenas o mesmo olhar que apenas Serena sabia ter.
Seus dedos começaram a digitar uma outra vez, uma última tentativa antes que ele desistisse e jogasse o celular na parede. O texto era simples, onde em poucas palavras ele explicava que não tinha mais medo, e que estava disposto a tentar o que eles passaram tanto tempo evitando. Era a mensagem perfeita.
Ele sorriu bobo, seu dedo indo até o botão de enviar, mas parando quando ele escutou um barulho no fundo do estúdio de tatuagem, fazendo ele desviar a mira.
─ Ei, Rico, tudo bem? - O de moicano perguntou com os olhos vidrados na mensagem que escreveu, inerte ao perigo que o rondava.
─ Ainda não sei como a sua pele não caiu, Eli. - Juniper apareceu no estúdio, sua jaqueta de couro cobrindo os braços e o capacete roxo nas suas mãos. - Mas acho que a quantidade de tinta não está afetando o seu corpo, mas sim o seu cérebro. - Ela comentou maldosa, deixando o capacete na mesa com os utensílios de tatuagem.
Falcão levantou no momento em que a voz conhecida ecoou, seus olhos levemente arregalados vendo ela encarar o ambiente, ignorando o garoto que estava de costas para a porta.
─ O que está fazendo aqui, Davis? - Ele perguntou com o maxilar travado e os punhos cerrados, fazendo ela olhar para eles de canto, soltando uma risada ácida.
─ Por mais que eu queira lutar com você, eu fiz uma promessa ao meu dojô. - Ela passou os dedos pelas navalhas, dando de ombros pensativa antes de continuar. - Mas acho que você não entende muito sobre mantê-las, certo? - Riu baixo.
─ Olha, você precisa entender que o cobra kai não está te ajudando, loira! Aquele lugar só está te arrastando para o fundo do poço, é melhor sair antes de não conseguir mais. - Falcão avisou, sua voz mais baixa e cuidadosa, um tanto preocupado com a forma que ela parecia apenas ignorar ele.
─ Ela não aceita concelhos de traidores. - Robby exclamou ao entrar no cômodo, sendo acompanhada pelo resto do grupo.
Falcão virou assustado com eles, soltando o celular no chão com a mensagem ainda não encaminhada. O de moicano contornou a maca ─ indo pelo lado contrário que a loira estava ─ empurrando a mesma contra dois garotos, fazendo um deles pisar no celular, quebrando a tela e impossibilitando o envio da mensagem.
O garoto trocou socos e chutes com os dois que o cercaram, mas não viu Kyler aparecer do outro lado da maca, o mesmo segurando uma faixa branca, a qual passou pelo pescoço do Moskowitz puxando ele contra o móvel, deixando ele impossibilitado de se mover quando os outros dois seguraram os seus braços.
─ Não foi difícil te achar, seu merdinha! A Davis estava certa sobre você. - Kyler exclamou segurando o garoto, que tentava a todo custo sair do aperto.
Robby apareceu do lado da loira, repetindo a ação dela de passar os dedos pelas navalhas. A Davis segurou uma em mãos a analisando, esticando ela para o Keene pegá-la, seus olhos frios encontrando os olhos em chamas do garoto. Ela inclinou a cabeça, avisando que era aquela que usariam.
─ Vão ignorar as regras para não lutar? - Falcão perguntou ofegante, tentando enxergar o que os dois faziam.
─ Não viemos lutar. - Robby respondeu ainda olhando para a Davis.
Ele repetiu o movimento dela, inclinando a cabeça apenas concordando antes de virar e ir até o Moskowitz com o objeto afiado em mãos. Juniper o seguiu em passos lentos, ficando atrás dele quando o mesmo abriu a navalha na frente do alvo. Falcão arregalou os olhos quando ligou os pontos, erguendo os mesmo para a Davis em busca de um pingo de misericórdia.
Mas ele não achou, mesmo que procurasse entre os detalhes nas íris escuras dela, ele não acharia. Pois era isso que ela era e sempre foi. Sua lealdade era a sua melhor qualidade, mas uma vez que ela a perdesse, ninguém poderia impedi-la de buscar por vingança.
• • •
O clima no miyagi-do era tenso aquela noite. Com os dois senseis brigando pela liderança do dojô e torneio, os alunos estavam com os nervos a flor da pele e totalmente focados no empate que ambos chegaram quando os dois marcaram ponto ao mesmo tempo, deixando os dois caídos no tatame.
─ Vejam o replay! - Bert deu a ideia quando Miguel e Sam não sabiam dizer de quem foi o ponto.
Mitch e Chris voltaram o vídeo que gravaram, mas não adiantou de nada, pois o ângulo não favorecia para eles chegarem a uma conclusão.
─ Coloca em outro ângulo. - Johnny pediu para o aluno, que o olhou confuso.
─ Não tem outro ângulo. - Chris avisou.
─ Vocês não tem outro celular? - O sensei perguntou desacreditado.
Miguel, que até então observava a tela do celular, escutou alguns passos, notando uma figura se aproximando deles com um capuz cobrindo o rosto.
─ Falcão? - O Diaz perguntou confuso, fazendo todos olharem na direção que ele olhava.
─ Eli, o que aconteceu? - Serena saiu do meio das pessoas com o olhar preocupado, notando o comportamento estranho dele.
Quando ela, Miguel e Demetri estavam se aproximando, o mesmo tirou o capuz da cabeça lentamente, mostrando parte do seu cabelo raspado enquanto as beiradas continuavam roxas. Os três pararam onde estavam, soltando resmungos surpresos com o incidente.
─ Juniper. - Serena sussurrou com os olhos arregalados, sentindo seus braços se arrepiarem quando Falcão a encarou, sendo o único que escutou.
Ela tinha avisado eles, mas eles foram burros demais em achar que não teriam nada em troca depois do que fizeram. Mas ela sentia que parte disso era culpa dela e das suas palavras.
─ Quem fez isso? - Johnny passou entre os alunos, indo até o Moskowitz.
─ O cobra kai. - Ele engoliu a seco, o gosto do seu próprio remédio sendo amargo e doloroso.
─ Se Kreese e Silver fizeram isso, vão pagar. - O Lawrence exclamou irritado.
─ Caramba, Johnny! O Kreese tentou te matar! Vai lutar contra ambos? - Daniel reclamou perplexo.
─ Vou! Olha o que fizeram! - Apontou para o Moskowitz.
─ Quer apagar o fogo com gasolina? Por que não estou surpreso? - O Larusso disse desapontado.
─ Sensei, pare! - Miguel tentou pedir para o Lawrence.
─ Você acha que só o seu jeito serve. - Mesmo assim o sensei continuou. - Ficou tão orgulhoso com aquela pegadinha do sprinkler! Se tivessem batido neles como ensinei, isso não teria acontecido! - Johnny insistiu irritado.
─ Se brigarem após uma provocação, onde eles vão parar? No hospital? Na cadeia? - Daniel retrucou. - Só porque ficou nos dois lugares...
─ Chega, pai! - Sam o cortou irritada, dando um passo para a frente.
─ O quê? - O homem olhou para a filha surpreso.
─ Johnny tem razão! - A garota afirmou. - Não importa quantas vezes os enfrentamos, se não revidarmos, eles não vão parar! - Samantha explicou angustiada com a situação.
─ Estava preocupado com a minha influência? - Daniel olhou sarcástico para o Lawrence - É isso que quer, Johnny? Fazer minha filha e meus alunos agirem como você?
─ Não precisa mais se preocupar com isso. - O Lawrence avisou cansado da discussão. - Vamos parar por aqui.
─ Por mim, ótimo! - Daniel concordou satisfeito.
─ Presas de águia, vamos. - Johnny chamou os seus alunos, que foram um por um atrás do sensei.
Miguel parecia incerto para onde ir, ou se ficava, mas logo deixou para trás Daniel e Sam, indo para o lado de Johnny antes deles começarem a andar.
─ Eli... - Serena sussurrou preocupada, não tirando os olhos dele por um segundo desde que o viu entrar sem a confiança que ele tinha antes.
Demetri apareceu do seu lado segurando o seu ombro, ambos encarando o amigo desviar o olhar e sair com o resto do seu dojô, deixando a Campbell com os seus pensamentos ainda mais confusos, mas todos eles rondavam sobre uma única pessoa.
Juniper Davis.
I. Primeiro quero agradecer vocês pelos 100k de leituras aqui em the loneliest!!! Fiquei muito feliz e queria ter postado esse capítulo logo quando bateu, mas como não deu estou postando agora como agradecimento<3
II. E segundo, não tenho o que comentar sobre esse capítulo, pq ele é um dos mais esperados por mim, mas eu dependo da reação de vocês pra saber se está bom ou não.
III. Já estamos chegando na reta final do quarto ato acreditam? Tô em choque, mas muito animada pra tudo o que eu tô planejando pros últimos capítulos!
IV. Quero avisar vocês que infelizmente os capítulos vão sim demorar pra serem postados agora, pq minhas aulas voltaram e eu tenho que dar prioridade aos meus estudos e pra minha vida fora da internet.
V. Não esqueçam de votar e comentar, até o próximo capítulo<3
não revisado.
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