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Sam vinha sendo atormentado pela imagem de Lucifer, a ilusão de se internar num manicômio para ter paz apenas pareceu piorar sua situação, eram noites em claro e madrugadas perturbadas. A fome foi esquecida e sua rotina consistia em ficar na cama e apenas levantar para tomar os remédios, negava falar com terapeutas pois sua última tentativa foi julgado pior que os loucos.
Winchester era obrigado a conviver com seu hospedeiro nada amigável, e esse tirava proveito do sofrimento alheio lhe torturando de várias formas inimagináveis. Certo momento após alguns meses internado, Sam até mesmo passou a negar visitas de seu irmão mais velho e qualquer outra pessoa. Cada vez mais se isolava no quarto e aceitava apenas os medicamentos.
O que em pouco tempo também foi cessado, e o pobre caçador jogado na solitária quando sua tormenta ficou pior. Ele já não conseguia mais ignorar Lucifer e agora estava numa briga interna onde o terrível diabo lhe fazia gritar de raiva para deixá-lo em paz. E naquela noite em especifico, não foi diferente.
━ Pode calar a boca e me deixar dormir!? ━ Winchester esbraveja enquanto encolhia no canto da enorme solitária, tentando não olhar na direção que o diabo estava em pé certamente lhe encarando.
"Qual é Sam, vamos conversar! Você sabe que aqui não é seu lugar!"
Lucifer se aproximava de sua vítima, abaixando ao lado do rapaz vendo esse virar o rosto pro outro canto se negando a fazer contato visual.
"Acha que confessar seus pecados vai ajudar em alguma coisa? Garoto... eles não fazem ideia da atrocidade que você é."
━ CALA A BOCA! ━ Samuel grita finalmente olhando para Lucifer que sorri em contentamento, o pobre caçador sentia estar na beira do precipício e se pôr mais um segundo ele cogitasse se jogar, adeus sanidade mental e bem-vindo Apocalipse.
"Vamos Sammy, já está passando da hora. Diga Sim pra mim hm? Nem mesmo seu querido irmão vai vir te salvar mais. Ninguém liga..."
A fala do diabo foi cortada pela porta enorme da solitária se abrindo, demorou, mas Sam finalmente olhou em direção a saída vendo dois homens vestido de branco ali parados. Um deles deu um passo à frente e por um segundo winchester temeu o que poderia acontecer consigo.
━ Senhor Winchester, venha conosco. Achamos alguém que talvez possa resolver seus problemas.
━ O que... ━ o mais novo parecia confuso ao ouvir aquilo, mas quando viu Lucifer rindo em descaso, travou o maxilar e decidiu acompanhar os homens.
Não fazia ideia do que ou quem poderia realmente ajudá-lo, até porque não acreditava mais que existisse ajuda a alguém que esteja sendo atormentado pelo próprio diabo em pessoa. Conforme ia andando pelos corredores do manicômio, sentia a presença do diabo atrás de si e consigo todo seu falatório incansável.
"Esses caras acham que pode te ajudar? Sério? Qual é Sam!? Já não tínhamos entrado num acordo que você não tem salvação? An? Fala comigo Sammy..."
Sam aperta os olhos com força e respira fundo, precisava se manter firme. Decidiu que pelo resto do caminho para seja lá onde estivesse indo, iria usar uma pequena tática que descobriu nesses últimos meses internado, pensar em dez coisas impossíveis de se fazerem. Viu isso uma vez em um filme e percebeu que talvez tal ideia não fosse tão ruim dado suas circunstâncias.
♱
Igreja. Essa era a ideia de ajuda daqueles médicos? Sério? Sam por um momento repensou toda sua vontade em deixar eles o ajudarem, já estava exausto por toda algazarra de Lucifer durante o caminho e não sabia se aguentaria sermões de um padre dizendo que ele deveria "aceitar deus em sua vida".
Mas no segundo que pisou dentro da enorme catedral, sua mente ficou no mais puro silêncio. Sam parou estático na porta e olhou em volta, não admirando a tão enorme e belíssima igreja, mas sim procurando por seu torturador de olhos vermelhos.
━ Está tudo bem, filho? ━ um dos médicos questiona olhando em direção ao caçador, vendo ele ter um certo comportamento "estranho."
Winchester nega, e quase sorri ao ver que poderia ter um segundo de paz. Termina de acompanhar os médicos em branco só então notando a igreja estar vazia com apenas algumas freiras e padres circundando pelo local, Samuel foi levado até os fundos numa sala pequena, mesmo sem saber o que iriam fazer com ele apenas decidiu seguir as ordens dos homens em branco.
━ Espere aqui, filho, o Padre Valentine irá chegar para te atender. ━ Winchester balançou a cabeça em concordância, sentando-se na cadeira da sala minúscula.
Se viu sozinho segundos depois, respirou fundo gostando daquele breve silêncio e até mesmo achando estranho. Se deixou analisar em volta percebendo que talvez aquela sala lhe era familiar... iriam colocar Sam Winchester para confessar seus pecados? E o que ele diria? Que estava sendo atormentado pelo diabo em pessoa?
Tal pensamento conseguiu fazer o coitado ficar aflito, talvez não fosse boa ideia ele ter aceitado ajuda. Talvez não houvesse salvação ou perdão para seus pecados, uma estranha sensação de aflição começou a querer tomar conta de Sam, o rapaz se remexia na cadeira até um barulho de ranger invadir a sala e passos começarem a se aproximar.
━ Você deve ser o paciente, Sam Winchester. ━ a voz mansa vem e logo uma figura feminina surge na frente de Samuel, ele encara a mulher confuso vendo essa sorrir. ━ Prazer, Sam!
Ela estende a mão em direção ao rapaz, sinalizando educação no cumprimento. Winchester hesita por um segundo, porém decidi apertar a mão da morena, sorrindo de forma breve. Ela sentou-se à frente do caçador e ele percebeu como suas vestimentas eram certinhas, em mãos agora pousado em seu colo havia uma bíblia, Sam quase riu da ironia da situação.
━ Sou Jill Valentine. Irei ser responsável por seu caso a partir de agora. ━ ela explica e Winchester apenas consegue enxergar mais ironia naquele cenário todo.
━ Pensei que Valentine fosse um homem. Disseram que seria um padre...
━ É, recebo muito isso. Não se vê muitos padres mulheres hoje em dia, não é?
Os dois se encaram, Samuel ainda incerto e agora analisando a mulher com aquele vestido preto sentada a sua frente segurando uma bíblia, o que ela poderia fazer por ele afinal?
━ Vai me fazer confessar meus pecados? ━ ele usa do sarcasmo, ficando totalmente na defensiva. Já Valentine sorri de canto negando, mantendo sua postura "certinha".
━ Apenas se você quiser. Na verdade, quero saber sobre sua atual situação, Doutor Cassidy me contou que você estava internado num manicômio. Na solitária pra ser mais específica.
Winchester ri abafado desviando olhar, umedece os lábios um tanto machucados tentando não começar seu tique nervoso que havia desenvolvido nesses últimos meses. Jill não tirou o sorriso do rosto e prosseguiu, cruzando devagar as pernas só então chamando de volta a atenção do caçador.
━ Por que você se internou naquele manicômio, Samuel?
━ É Sam. ━ o rapaz corrige, mas a mulher não pareceu se importar, talvez ele estivesse sendo duro demais com ela. Ficaram calados somente se olhando, mas a cabeça de Winchester era um turbilhão de pensamentos caóticos e questionamentos sem fim.
Lucifer não estava ali e pelo visto nem iria aparecer mais, talvez Sam devesse apenas relaxar um pouco daquela tensão toda, deixar de lado seu modo defensivo e quem sabe tentar abrir o jogo com Jill. Afinal, olhando bem, ela não parecia o tipo que iria julgá-lo, certo?
━ Desculpe... ━ ele murmura, abaixando olhar por um segundo, mas no outro encarou a mulher aos poucos deixando sua guarda ir caindo. ━ Me internei pois achei que fosse a melhor opção pro meu problema.
━ Quer me contar qual é seu problema?
Ela parecia tão calma e tranquila que até mesmo assustava Winchester, ele quase ficou tenso de novo, mas uma ponta de esperança surgiu dentro de si quando reparou que talvez aquele fosse o momento para contar a verdade. Ou pelo menos parte dela.
━ Eu... venho sendo atormentado pelo diabo em pessoa. ━ ele joga como um balde de água fria, mas Jill ainda parecia tranquila e isso apenas deixou o rapaz intrigado. ━ Não vai dizer que estou louco?
━ E por que diria? Acho que todos nós somos atormentados por demônios hoje em dia, cada um de forma diferente. Além do mais, não estou aqui pra te julgar, Sam.
A maneira que o nome saiu da boca feminina fez Winchester arrepiar, ela tinha uma forma tão delicada de sorrir e falar que o coitado quase sentiu pena em jogar tais confissões nas costas da mulher. Mas ela parecia insistir de uma forma neutra e simples que Sam continuasse a se expressar, e assim ele fez.
━ É, talvez esteja certa. A diferença é que esse em questão não me deixa em paz. Ele me fez... fazer... coisas...
━ Coisas ruins? ━ Valentine concluiu o que Winchester parecia ter dificuldade de terminar, vendo ele concordar devagar com a cabeça. ━ Que tipo de coisas ruins?
━ Não acho ser uma boa ideia falar...
Ele desvia olhar outra vez, ficando tenso quando recorda das coisas pecaminosas que Lucifer obrigou Sam a fazer. Isso ainda aterrorizava o rapaz de formas insanas, porém a voz mansa de Jill puxou ele de volta a realidade fazendo os dois trocarem olhares outra vez.
━ Então não fale, Sam. Conte somente o que sentir confortável em expressar. Ele fala com você? O diabo... ━ de novo Winchester fica relutante em responder, mas balança a cabeça, sua voz saindo quase num sussurro.
━ Todos os dias. O tempo todo.
━ E ele está falando agora?
━ Não... dês que entrei aqui, ele sumiu. Não o vejo nem o ouço mais. Nunca pensei que Lucifer realmente fosse ter medo de pisar em igrejas.
Samuel suspira, Jill parecia analisar o rapaz com aqueles olhos tão curiosos, mas por que? Ela estava interessada na história de um louco que diz ver Satã? Mais uma troca silenciosa de olhares ocorreu até o caçador conseguir prosseguir com suas confissões.
━ Ele não só fala, como me provoca. Ameaça, tenta manipular... diz coisas horrendas na tentativa de distorcer a realidade que vivo. Ele quer... ━ Valentine notou como ele não conseguiu terminar outra vez, por isso pendeu o corpo um pouco mais pra frente quase estendendo sua mão para alcançar a do rapaz.
━ O que ele quer, Sam? Pode dizer... está seguro aqui comigo.
Pela primeira vez em meses, Sam conseguiu acreditar em algo que lhe fora dito. O sorriso que Jill deu ao caçador fez sua tão culpada alma se acalmar dentro do corpo machucado e pesado, soltou um suspiro balançando a cabeça tomando forças para continuar.
━ Ele quer que eu faça coisas pra ele. Que eu... mate pessoas. Comece seu trabalho sujo. Não importa quantas vezes eu negue, dia após dia... ━ Winchester pausa, se rendendo ao tique nervoso, passou a balançar as pernas e cravar suas unhas curtas na pele, puxando com força. ━ Ele me tortura. Me faz ver coisas, sentir coisas...
A mulher avalia toda a situação catastrófica em que seu atual paciente se encontrava, Sam parecia estar tentando se machucar inconscientemente conforme apertava e puxava a pele no braço, o balançar das pernas certamente causados pela ansiedade ou nervosismo. Jill chegou à conclusão que eles precisariam de longas e longas sessões juntos.
━ Sam, me escute...
Ela se levanta chamando atenção do homem, aproxima devagar do caçador parando alguns centímetros de distância a sua frente. Ainda segurava sua bíblia e sorria como antes, o vestido preto longo caia até perto dos calcanhares deixando à mostra os saltos que Jill usava. Certamente ela era menor que Winchester, a morena então toma liberdade de delicadamente tocar o ombro alheio vendo Sam parar repentinamente com seus tiques.
━ Não irei pregar a bíblia pra você. Muito menos lhe dizer que é louco ou que precisa de Deus em sua vida... estou aqui pra te ajudar a enfrentar isso. Única coisa que preciso de você, é que confie em mim, consegue fazer isso?
A pergunta clara ecoa pela cabeça confusa do caçador, por um segundo sua boca seca e simplesmente as palavras somem de seu vocabulário. Ele queria imensamente confiar nela, até porque Valentine parecia uma boa pessoa, mas a questão na verdade era... ele realmente conseguiria? Mal percebeu os longos minutos de silêncio que havia ficado, Jill lhe olhava com tamanha calma e tranquilidade que Sam se perdia facilmente naquelas orbes castanhas.
━ Irei tentar. ━ a voz do homem sai num sussurro tão relutante, a padre acena e por alguma razão matem sua mão no ombro de Winchester, aquilo parecia ter lhe acalmado. ━ Obrigado...
━ Jill. Me chame de Jill, querido.
Winchester concordou num aceno lento, aos poucos ela foi afastando e retirando a mão do ombro de Sam. Foi como um choque para ambos, porém nenhum deles iria admitir, Valentine deu espaço para o rapaz se levantar também vendo esse demorar, porém logo aprumar a postura. Segundos depois os mesmos médicos de antes retornaram à sala, parando na porta, embora nenhum olhasse em direção a Winchester ou Jill.
━ Teremos duas sessões por semana. Iremos alternar entre você vir aqui, e eu ir no hospital. ━ Sam franze o cenho ao ouvir ela chamar o manicômio de hospital, aquele lugar podia ser tudo, menos um hospital. ━ Durante esse primeiros dias irei te avaliar, sinta-se à vontade para contar o que achar necessário. Iremos ver onde você se adapta melhor, afinal, quero que se sinta livre pra confessar o que quiser comigo.
A última fala da mulher causou um arrepio repentino em Sam, embora ele tentasse parecer o mais neutro possível. Apenas concordou com a explicação breve e os termos que lhe fora dito, por fim Jill Valentine se despediu de Sam Winchester sendo ali apenas o começo de algo interessante.
O pecador favorito de Lucifer confessando para uma ingênua e bondosa padre, até que ponto aquilo poderia ir?
Winchester foi acompanhado pra fora da igreja e no segundo que colocou o pé pra fora, foi como ser atingido por um soco no estômago.
"SAAAM!!! SENTI SAUDAAAADEEES!!"
Lucifer gritava no ouvido de sua vítima enquanto esse entrava no carro, com custo colocou o cinto e se encolheu no banco tentando olhar pra qualquer canto, menos onde o diabo estava. Mas ele em questão gritava e gritava de modo estridente, Sam por um segundo quis pular do carro.
Todo o caminho de volta ao manicômio foi torturante, como de se esperar, assim que Samuel foi devolvido à sua tão familiar solitária e a porta fora fechada o deixando novamente sozinho naquele vazio branco, a imagem de Lucifer apareceu ao seu lado. Ele sorria e Sam se encolhia fechando os olhos, o diabo cantarolava algo até passar a conversar com Winchester outra vez.
"Vai me contar o que foi fazer naquela igreja? Fiquei curioso, sabe que não consigo entrar lá dentro... tinha símbolos de proteção por toda a parte."
Quando Sam ouve aquilo, finalmente encara o diabo após tanto tempo com sua expressão séria numa mistura de confusão. E Lucifer percebe, pois sorri ainda mais divertido encarando o coitado.
"Você nãooo sabia? Chocante!"
━ Cala boca... ━ Samuel murmura revirando os olhos, odiando cada segundo.
"Aaanw, ele disse 'cala boca' pra mim!"
Sam tenta continuar ignorando Lucifer, dessa vez deitando-se encolhido como uma criança. O diabo levanta e passa a andar pela sala branca de forma despreocupada, embora carregava o maldito sorriso sínico que Winchester odiava.
“Aquela igreja toda estava coberta por símbolos, Sammy. Contra anjos, demônios, espíritos e até coisas que nunca ouvi falar na vida... sério!”
O caçador não podia negar que tais coisas estava o deixando curioso, mas em momento algum ousou encarar o diabo, esse que apenas prosseguia com suas “observações”.
“Quem construiu aquela igreja era pior que você Sammy, louquinho de pedra. Mas o que me deixou mais intrigado foi você não ter percebido que tinha gente da sua laia lá dentro...”
━ O que? ━ Sam acaba se virando para Lucifer que quase pula de felicidade ao ganhar a atenção de sua casca perfeita, devagar o humano ajeita sua postura voltando a ficar sentado.
“Achei que vocês caçadores sabiam reconhecer os da própria espécie. Não me diga que entrou lá sem saber disso também?” ━ num piscar de olhos, o diabo aparece sentado ao lado de Sam que toma um susto, porém trata de virar o rosto como se ignorasse tal presença. ━ “Você já foi mais esperto, Sammy, qual é...”
Winchester trava seu maxilar com tanta força, pela primeira vez ponderando sobre algo que Lucifer o disse e que chocantemente fazia sentido. Então havia caçadores naquela igreja? Seria possível Jill ser uma deles? Não... ela teria dito a ele, certo? Certo?
O diabo agora fazia seu showzinho de tortura, cantando e berrando no ouvido de Sam, mas o jovem paciente agora ponderava somente naquelas questões que lhe foram levantadas ironicamente pelo seu maior inimigo. Em sorte, Winchester teria mais sessões com Jill e visitaria aquela igreja mais vezes, talvez quem sabe pudesse tirar suas próprias conclusões. Mas por enquanto naquela noite, sua única dificuldade era conviver com sua tormenta sem fim apelidada de Satã.
♱
━ Então, como foi com seu primeiro paciente, filha?
━ Ele não é meu primeiro paciente, pai. E ocorreu tudo bem.
Na cozinha da formosa casa, andava de um lado pro outro a pequena Jill Valentine, enquanto era acompanhada com o olhar curioso e atento de seu pai, Christopher Valentine. Os dois haviam acabado de jantar e agora organizavam as coisas afim de encerrarem o dia, mas Chris sempre era formidável com seus questionamentos em questão da filha e sua rotina na igreja.
━ Ouvi dizer que ele se internou sozinho no manicômio. ━ o pai termina de ajudar a filha e ambos se encaram, embora Jill cruzasse os braços e julgasse o mais velho com o olhar, Chris sorriu para a menor.
━ Já disse pra parar com esses julgamentos, pai!
━ Ok, ok. Desculpe. Só que, você sabe como são os rumores desses Winchesters. Não gosto da ideia da minha filha cuidando de um deles. Ainda mais na minha igreja.
Jill revira os olhos e segue pra sala, Chris apaga as luzes da cozinha e acompanha a filha vendo ela sentar-se no sofá, decidindo lhe acompanhar. A jovem deita contra o peito do pai, e Christopher recebe a filha num abraço caloroso, beijando o topo de sua testa.
━ Também não gosto dessa ideia... mas ele parecia tão perdido. E se o que ele diz realmente for verdade, sabe que é nosso dever ajuda-lo, independente de quem ele seja. ━ Jill ergue seu olhar encarando o pai, ambos trocando um sorriso em concordância.
━ Sim, eu sei docinho.
A jovem ri boba pelo apelido carinhoso do pai, ficaram ali por mais algum tempo, mas a pequena Jill não conseguiu tirar da cabeça o bendito caçador Sam Winchester. Ela não sabia muito desse mundo exceto pelas poucas coisas que seu pai lhe contou, mas tendo agora de perto um paciente que sofreu cruelmente nas garras dessa vida cruel de caça sobrenatural, Jill não podia negar sua curiosidade maior pelo pequeno caso de Sam. E todo aquele mundo desconhecido por ela.
Talvez ela estivesse sendo atraída pela tentação dos pecados de um certo Winchester, e aquilo poderia ser somente o começo de sua trajetória.
olá meus horrores! cá está o primeiro cap da
tão aguardada fic, hehehe espero que
tenham gostado e logo irei trazer mais pra vocês!
bjs <3
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