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capítulo dez
Ligação
Kylo Ren estava de pé olhando fixamente para uma vidraça em sua frente, ele conseguia ver perfeitamente todos os funcionários da Primeira Ordem. Um aperto lhe veio em seu coração ao se lembrar de que seu aprendiz estava longe.
Kylo não fazia ideia de onde Peter podia estar, mesmo que ele sentisse o garoto a todo momento. Eles tinham uma espécie de conexão, e os dois não sabiam ainda o que significa essa "Conexão" entre eles.
Kylo Ren sentiu uma pessoa chegando atrás dele. Kylo se virou e o General Hux estava entrando na sala em que Kylo permanecia.
— Não demore Hux. – Kylo disse antes mesmo do General começar a falar.
— Snoke lhe convocou. Ele deseja ver você imediatamente. – Hux terminou, e revirou os olhos ao ter que avisar Kylo sobre isso.
Os dois não faziam o mínimo para tentarem ter um diálogo normal.
Hux antes que fosse sair, ele sorriu para si mesmo tendo uma ideia genial em sua cabeça. Ele virou seus calcanhares com suas mãos atrás das costas, e sorriu de lado. Kylo sabia exatamente que Hux estava tramando algo em sua cabeça, o que deixou Ren mais irritado com a presença do ruivo aqui.
— Não lhe incomoda o fato de que nossas tropas imperiais não acharam o Delarian?
Delarian.
Aquele simples sobrenome foi o bastante para fazer Kylo Ren bater seu punho contra o vidro do seu lado. A vidraça se quebrou em milhões de pedacinhos, provocando olhares dos funcionários que trabalhavam antes.
Hux sorriu de lado e segurou um riso.
— Sei o quanto o Peter é... Especial, para você. Não é assustador pensar que talvez você nunca mais vai vê-lo novamen-
Hux foi jogado contra a parede com a força de Kylo, apenas com sua mão apontada para Hux, Kylo o segurou pelo pescoço sem nem tocar Hux. Utilizando a força Kylo apertava o pescoço do General até que ele ficasse vermelho com a falta de oxigênio.
Hux começou a ter convulsões, se debatendo, seu corpo pedindo para que parasse aquilo que Kylo fazia com ódio e desgosto.
— Melhor tomar cuidado com suas palavras, Peter não está aqui para proteger você novamente. – Kylo soltou Hux, e o ruivo tossiu em repetidas vezes, seu ar voltando aos poucos. — Nunca mais fale comigo sobre Peter. Fui claro General? – Kylo perguntou com seu olhar neutro mas suas palavras afiadas como agulhas sendo enfiadas na pele.
Hux apenas concordou com a cabeça ainda tossindo, com sua mão pousada na garganta.
— Perfeito. – Kylo foi até a saída da sala, deixando Hux sozinho na sala, inundado de dor e vergonha por ter perdido aquele jogo de provocações.
[ . . . ]
— Muito bem garoto! – Luke Skywalker aplaudiu sorrindo com orgulho.
Peter respirou fundo buscando ar, ele estava cansado mas mantinha seu sorriso no rosto, ele finalmente tinha conseguido controlar a mente dele. Não foi uma lição fácil, Luke pegava pesado, enquanto Peter não aprendesse Luke não iria desistir.
A lição era não ser controlado pela telepatia do seu mestre Skywalker, sendo assim Peter precisava ter sua mente forte, e não fraca, para que nenhum usuário da força conseguisse lhe controlar mentalmente.
Tempo depois, Peter Delarian e Luke estavam sentados na grama, perto de uma fogueira que fizeram para se esquentar do frio que causava nas noites naquela ilha pequena. Peter estava incomodado. Ele se sentia confuso, sua missão era deis do início de tudo matar o Mestre Jedi. Só que ele não sabia deis do começo que esse Mestre Jedi era Luke Skywalker, e ele não fazia ideia de que Luke seria tão atraente assim. Peter deis de que começou a treinar com seu Mestre Luke, teve crises existenciais pensando em se tornar um Jedi e deixar para lá o lado sombrio, e se perguntava a cada momento de como estava o seu Mestre Kylo.
Estava sendo a missão mais dolorosa de sua vida. E ele não imaginava o quanto iria piorar.
— O traje lhe caiu perfeitamente Peter. – A voz de Luke despertou o Delarian, que se virou para olhar para o Skywalker.
— Eu gostei também. – Peter sorriu olhando para sua própria roupa, ele voltou a olhar para Luke com a testa franzida.
— Oque houve? – Luke estranhou a mudança repentina de humor. Ele notou uma lágrima escorrendo na bochecha de Peter.
O jovem não conseguia falar, a mente dele estava tão embaçada que ele não achou palavras para expressar o quanto ele estava chateado. A dor dele era o reflexo da ação dele.
— Peter? – Luke sentado ainda na frente de seu aprendiz, tocou a mão do menino.
Naquele momento Delarian sentiu que não estava tão sozinho quanto pensava. Era fato que ele se sentia sozinho, mas ele não estava. Luke mesmo não confiando ainda em Peter, se sentia na obrigação de ajudar o garoto a buscar a vingança dele. Os dois tinham inimigos em comum.
— Eu... Só estou cansado Mestre. – Peter se levantou limpando as lágrimas meio desajeitado. — Boa noite.
Luke apenas deu um suspiro vendo Peter ir entrar na cabana dele.
Ele não sabia qual era o problema do Delarian. Mas tentaria ajudar o garoto o máximo possível. Ou ele só estava cansado mesmo e precisava chorar. Talvez saudades de casa, ou de alguém especial. Pensou Luke.
[ . . . ]
Kylo Ren estava em um campo de carnificina e banho de sangue. Era uma imagem terrível, com corpos no chão, não havia uma alma viva naquele planeta a não ser os Stormtropers e Kylo Ren.
Todos aqueles corpos foram aniquilados por Kylo. Toda criança, mulher, e homem, foram mortos por Kylo Ren.
Snocke havia dado a ordem para seu aprendiz Kylo aniquilar um planeta inteiro. E foi isso o que Kylo finalizou, mesmo não querendo, mesmo que isso não aliviasse a dor que ele sentia em não querer matar essas pessoas inocentes.
Estava de noite, corpos queimados em uma pilha. E o fogo também era algo visível por cada canto do planeta. Os gritos de dores pararam, o que indicou que todos haviam morrido.
Kylo por um momento pensou sentir a presença de seu aprendiz atrasa dele.
Ele se virou, e não viu nada a não ser o cenário em que ele está, com os corpos no chão que ele havia matado.
De repente, aquela sensação se tornou real, Kylo sentiu seu corpo arrepiar ao sentir uma força muito maior em seu aprendiz.
Peter que antes estava dormindo, se levantou se sua própria cama na ilha de Ahch-To, e olhou ao redor sonolento. Ele sentiu uma força atrás dele, por um momento ele pensou achar que poderia ser o seu Mestre Kylo.
E o pensamento acabou virando realidade.
Peter virou para a direção em que viu Kylo, e seus olhos arregalaram.
Como era possível?
Kylo olhou para trás, dando de cara com seu aprendiz um pouco afastado dele, mas ainda sim ali. Era como se Peter estivesse parado ali entre os corpos no chão.
Era como se Kylo estivesse na cabana de Peter.
— M...Mestre?... – Peter gaguejou. Seus olhos expressando confusão.
Kylo deu um passo, e estava com a testa franzida.
— Como eu consigo te ver? – Kylo perguntou olhando para cada parte do corpo de Peter ainda distante dele.
— Peter, que roupa é essa? – Kylo olhou com desgosto para o traje de Peter, um traje bege e da luz, semelhante aos dos Jedi.
— Isso não é real. Não é possível. – Peter se ajoelhou no chão tocando o chão gelado em baixo de si, tentando saber se era mesmo real.
Kylo olhou ao redor, ele viu o seu aprendiz e não soube reagir. Logo, ele se lembrou que existem conexões Jedi, através da Díade.
Mas porque ele teria essa conexão com seu aprendiz? E como aconteceu essa força entre eles?
— Peter, está tudo bem. Olhe para mim.
– Kylo pediu e Peter o obedeceu olhando atordoado para seu Mestre Ren. — Acho que a força nos ligou, na ligação Díade.
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