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capítulo oito
Luke Skywalker
Um dia depois, Peter já tinha se recuperado dos ferimentos, porém, ainda estava fraco por conta da fome e a sede. Ele não havia bebido nada ainda e muito menos comido alguma coisa.
Sua vergonha era maior do que sua fome e sede. Era o bastante para ele não conseguir falar para o Desconhecido que estava morrendo de fome e sede.
— Pode se levantar? – O mais velho pergunta ao Delarian, enquanto Peter concordava, tentando se levantar.
Conseguiu sair da cama pelo menos, e foi andando lentamente até o Desconhecido, se apoiando na parede do quarto.
— Não faça esforço garoto.
— Eu tenho um nome sabia? – Peter retrucou, já irritado pela lentidão de não conseguir andar firme até o mesmo.
— Não me importo com seu nome. Somente com sua saída daqui. Quanto antes melhor. – Peter não aguentou mais, deis de ontem o homem não demonstrou nenhuma felicidade com sua presença. Então começou a falar com sua raiva em sua face.
— Velhote, não sei se você gosta de mim ou não, e eu não te culpo, não queria também estar aqui machucado. Só que, querendo ou não... eu preciso da sua ajuda. – As palavras de Peter causaram silêncio no local. O desconhecido revirou os olhos.
— Está bem. Está bem. – Se aproximou de Peter, que agora estava com seu corpo de costas para a parede, buscando apoio para não cair. — Se eu te dizer quem eu sou. Como posso confiar em você que não contará para ninguém fora dessa ilha?
— Simples. – Peter olhou sem querer para os lábios dele, e corou desviando o olhar. — Eu não vou sair dessa ilha. – Era tudo o que ele mais queria. Peter nem pensava mais com clareza, tudo o que ele queria era saber mais sobre esse desconhecido, mesmo que tivesse que o matar depois.
— Não sei como mas... – O desconhecido apertou seus punhos, suspirando pesado. — Não consigo não confiar em você garoto. – Peter sorriu curto. E o desconhecido se deu por vencido.
— Meu nome é Luke.
— Espera... Luke... eu conheço esse nome de algum lugar. – Disse pensativo.
— Calma, você é Luke Skywalker? – Seus olhos estavam arregalados.
Quem cala consente. E foi o que aconteceu. O desconhecido era ninguém menos do que o próprio Luke Skywalker. Quem estava em suas visões, sonhos, e todo sentimento lúcido envolvido neles, era o Luke skywalker. O Mestre Jedi, o Jedi que conseguiu trazer o Darth Vader para a luz antes que ele morresse, o irmão de Leia Organa, o melhor piloto da Resistência.
— Puta merda... – Peter olhou para seus próprios pés. Ele não conseguia encarar Luke Skywalker.
Afinal, Como ele iria matar ele?
Peter involuntariamente se lembra dos sonhos eróticos digamos assim, em que esse Desconhecido que na verdade era Luke Skywalker, estava neles. E estava de um jeito muito diferente. Selvagem, perigoso, e muito mais carismático.
— Já sabe meu nome. E eu não sei o seu. Me diga, quem é você? – Seu olhar era como vários blasters sendo apontados para você, o que fazia Peter recuar um pouco.
— É Peter.
— Só Peter?
— Sim. Só Peter. – Peter sentiu o olhar de Luke sobre o ferimento, e logo notou algo que Peter não notou. — O que foi? Eu já estou bem, é sério.
— O problema não é o ferimento. Mas os barulhos constantes de seu estômago pedindo comida. – Luke puxou o braço do garoto, e o levou até fora daquele quarto.
— Ei onde você tá me levando?
Luke apenas revirou os olhos, e ignorou a pergunta de Peter, enquanto o levava.
Peter não teve tempo de olhar tudo, por Luke ser tão rápido ao levar ele com um pouco de... brutalidade. Aquilo fez ele se lembrar de seu Mestre, o que não deixou ele mais feliz, pois estava longe de casa. Pelo que Peter conseguiu ver, a ilha tinha várias criaturinhas Porgs voando, com olhos grandes e aparência de ave, eram pequenos, e fofos. A ilha era verde, coberta por grama pequena, e tinha um cheiro acolhedor de menta e hortelã. A ventania batia em seus cabelos, e causava um arrepio pelo seu corpo, era frio. E tinha várias pequenas casinhas de cimento em uma parte da ilha, uma delas, era a que Peter tinha dormido antes.
Eles chegaram em uma cabana maior. Ela era de pedra como as outras, só o tamanho dela que era maior. Peter deis da hora que entrou já sentiu o cheiro de comida invadindo. Luke soltou o pulso dele, e deixou que ele come-se a vontade.
Enquanto isso, Luke analisava o garoto, escapando algumas olhadas para o peito totalmente exposto dele, por estar sem nenhuma camisa, somente com uma atadura na parte de baixo do abdômen. Não iria mentir, achou o garoto extremamente... intrigante. Não sabia se podia confiar nele ou não, mas iria confiar na força. A força trouxe ele aqui, e ele não teve nenhum treinamento Jedi, mas é sensível à Força, Luke podia sentir isso deis de que viu o garoto.
Mas também sabia que ele escondia alguma coisa. Sua mente não era fraca, então Luke não conseguiria buscar informações com telepatia na mente do mesmo.
Peter veio porque não tinha mais nada naquele lugar que só se vendia sucatas. Ele não tinha pais, uma família, nem nada do tipo que esperasse por ele lá. Então, sua explicação (mentirosa) foi dizer tudo isso à Luke, inclusive, que veio até essa ilha porque seu avô disse que ele precisava ser treinado lá por algum Jedi. Mas seu avô acaba morrendo pela primeira ordem, e seus pais morreram por Snoke. Ou seja, ele buscaria por vingança, na luz.
— Acabei. – Peter limpou sua boca, sentindo-se satisfeito.
— Peter, se sabe que sou Luke Skywalker, então sabe que sou um Mestre Jedi certo?
Peter Assentiu com a cabeça meio confuso com onde Luke queria chegar naquela conversa que começava.
— Então também sabe, que falhei com meu antigo aprendiz, certo?
— Não? Eu nem sei quem foi seu antigo aprendiz. – Peter bebeu mais um pouco de água.
— Meu antigo aprendiz, se voltou contra o lado da luz, se tornando um usuário das trevas. Ele se rebelou contra mim, e eu acabei falhando com ele.
— Mas eu não vou ir pro lado sombrio.
— Eu vejo muito medo em você. – Luke se ajoelhou ao lado de Peter, que estava sentado no chão. — Vejo também muita curiosidade, medo de falhar, e o medo leva ao ódio.
— Eu só estou com medo de não saber o que fazer com a Força, é só isso senhor...
Luke soltou um pequeno sorriso de lado, como se estivesse pensando em algo errado, Peter percebeu e se perguntou o que seria. Ignorando o fato de ter visto ele sorrir um pouco, apenas o viu se levantar e estender a mão para Peter.
— Pode parar de me chamar de senhor. Garoto. Eu vou treinar você. E vou te dizer porque os Jedi tem que chegar ao fim.
Peter apertou a mão e se levantou. Ele concordou com o que Luke disse, só não gostou de ter que saber que iria ser treinado com ele.
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