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capítulo sete
Olhos azuis
O Aprendiz de Kylo Ren, tinha acordado. Se lembrando de ter sonhado com algo essa noite em que ele dormia com muita dor e só percebeu assim que acordou sentindo um desconforto em seu abdômen. Ele antes de levantar seu tronco para se sentar, olhou o lugar a onde ele estava. Era de manhã, ele percebeu isso pela luz que invadia a fresta da porta nesse possível quarto em que ele estava. Olhou para o lado direito, e era uma parede de pedra, sim, sua cama estava encostada na parede. O que era estranho pois ele nunca dormiu em uma cama de casal encostada entre a parede direita e encostada no fundo do quarto.
Aquele quarto era pequeno comparado aos que ele já viu.
Finalmente, Peter tinha tentado se levantar, primeiro se sentando ao levantar seu tronco para frente, arfando de dor e murmurando alguns palavrões. Ele sentiu que não conseguiria se levantar por completo, então voltou a deitar seu tronco de volta. Quando tentou mais uma vez, lutando para não sentir dor, ele foi surpreendido pela porta sendo aberta, e entrando um homem no quarto pequeno e um pouco escuro.
Oh não... o homem desconhecido...
Pensou Delarian para si mesmo, olhando para o homem na sua frente. Ao se lembrar de seus sonhos, logo sabia que aqueles sonhos eram os mesmos de suas visões, em que ele estava com esse mesmo homem estranho e desconhecido, na sua frente.
Seu pelo se arrepiou ao não tirar os olhos dele. Não podia, ele não permitiria. Não iria tirar os olhos daquele homem em sua frente, que tanto o fazia duvidar de si mesmo. Peter abriu a boca para falar, mas não conseguiu emitir uma só palavra na presença dele. E pra piorar, o desconhecido também não dizia nada, somente o olhava como se estivesse intrigado com algo. Ele era sério, e intenso. Peter se odiou por ter achado ele atraente. O que era um problema, porque talvez fosse ele o Mestre Jedi que Peter tinha que matar.
Os dois não conseguindo dizer nada, apenas se olharam. Porém, o desconhecido foi mais rápido e agiu, indo até o corpo de Peter, sem cerimônias. O peito do garoto descia e subia rapidamente nem disfarçando a sua ansiedade eminente.
— Ei oque você-
Antes que Peter pudesse terminar a frase, o desconhecido checou sua ferida do abdômen. Ele estava perto demais. Peter adorava sentir aquele medo, era como se ele pudesse tocar à qualquer momento a barba daquele homem, e perguntar coisas que quisesse sem vergonha alguma. Ele estava tão próximo, era só se aproximar mais um pouquinho.
— Vai cicatrizar mais rápido do que você imagina garoto.
A voz era tão grossa mas tão relaxante. Por Deus, como Peter queria ouvir mais palavras, que não fossem tão rápidas quanto essas que pareciam durar pouco tempo. O "Garoto" o fez sentir jovem, não era à toa, Peter tinha vinte anos, mas mesmo assim garoto parecia como uma diferença de idade entre os dois. O que também não era mentira.
— Eu agradeço – Peter olhou nos olhos azuis do mais velho que estava ajoelhado perto dele. Sem dúvidas ele era muito mais alto que Peter. O desconhecido não o olhou, apenas se levantou e limpou as mãos com um pano. — Pela ajuda... – Sussurrou engolindo em seco.
— Como chegou até aqui? – O desconhecido cruzou os braços, e agora ele não aprentava mais carisma, mas sim seriedade e causou medo ao Delarian, que já passou por várias coisas e já matou várias coisas... O suficiente para não ter medo. Porém, aquele olhar o deixou com medo.
— Com a minha nave. – O garoto não perdia seu lado sarcástico e divertido. Soltou um pequeno sorriso, e o homem continuava com sua expressão de antes.
Peter mudou sua expressão encarando mais com seriedade. — Inclusive, ela ainda está inteira?
— Não. Felizmente, tenho outra nave e você pode usa-la para dar o fora dessa ilha o mais rápido possível. – O desconhecido era frio com as palavras, como se expressa-se seu ódio apenas com palavras.
— Mas... eu não tenho para onde ir. – O Delarian mentiu.
Peter sabia que tinha que matar esse desconhecido, mas justo ele? Não poderia ter mandado ele matar um homem menos atraente? Não, Snoke pediu para matar justamente esse. Mas se Peter se lembra bem, ele precisava primeiro reunir informações sobre esse Mestre Jedi, ele precisava se infiltrar, aprender as artes Jedi, e sobre como ele viva sozinho aqui escondido como uma lenda.
A parte de se tornar um fingimento Jedi, era o que mais Peter temia, não queria aprender as artes Jedi, e se ele voltasse para o lado da luz? Não, ele não trairia seu Mestre.
Ou trairia?
— Como não? De onde raios você veio então? – O desconhecido se aproximou mais ainda de braços cruzados e a testa franzida. — Você não tem uma família? Pais, irmãos ou namorada?
— Não, e... não, e definitivamente... – Sorriu com a parte de "Namorada" já que ele gostava de garotos, e o Desconhecido entendeu. — Não. Olha, eu não tenho ninguém, sou órfão e sou catador de sucata. Eu literalmente vendo as coisas para sobreviver.
Ótimo Peter, continue assim, sua atuação merece um prêmio de tão real. Se ele acreditar, já temos um ponto a mais.
— Entendo. – Ele descruzou os braços. E tirou um sabre-de-luz de dentro de um pequeno baú. Peter ficou confuso, mas quando notou uma marca familiar no Sabre, ele sabia que aquele Sabre-de-luz era o que o Snoke lhe deu. — Onde achou isso?
— Eu encontrei em uma doca escura, estava lá no chão e eu não sabia como usar. Mas senti que me chamava.
— Você é sensível à Força. – O desconhecido entregou o Sabre-de-luz.
— Não perca. O Sabre te escolheu por algum motivo.
— Isso... é de Jedi não é?
— Sim. – O Desconhecido engoliu em seco, era óbvio que ele era um Mestre Jedi mesmo, Peter sorriu um pouco de lado.
— Olha, nós não nos apresentamos ainda, e... eu não sei o seu nome. – Peter olhou para o chão, depois seu olhar sobe para os olhos azuis do mais velho, que estava sério ainda, com sua postura autóritaria.
Os olhos de Peter brilhavam, e o desconhecido notava cada ação do mesmo, seja a perna balançando mostrando sua ansiedade, e seja o menino mordendo o lábio demonstrando sua excitação.
— Não vamos nos conhecer. Você vai embora daqui garoto, você não me ouviu antes? – Seu tom ficou mais irritado, e Peter engole em seco.
— E-eu não tenho onde ir. Por favor. – Peter odiou ter se humilhado a esse ponto. Ele se levantou meio cambaleando, e engoliu o choro da dor.
— Eu acabei não te contando uma coisa na verdade...
— Então você está mentindo para mim. Garoto, se tem uma coisa que eu não tolero é mentiras-
— Calma, me deixa terminar... – Peter estava torcendo para não cair no chão pela sua dor no abdômen. — No planeta em que eu vivia, pegando sucata, umas pessoas me disseram, que existe uma ilha sagrada, chamada Ahch-To. Ela é antiga, e era habituada pelos primeiros Jedi's. – Peter sentiu tontura por forçar tanto. E o desconhecido notou e esperou que o garoto terminasse.
— Meu avô sempre me dizia que eu tinha a força comigo, e que meus pais eram Jedi's. Só que... eles morreram pelas ordens de um Sith chamado Snoke. Meu avô também morreu, pelo comando da primeira ordem... então...
— Então quer se vingar. É isso? – O desconhecido viu que Peter já estava suando frio, sua ferida estava sangrando mais e a atadura estava manchada. Não iria mais deixar o garoto daquele estado. Antes que Peter fosse cair no chão ao concordar com a pergunta, O Desconhecido o pegou pela cintura e Peter olha para os olhos dele, com seus olhos querendo fechar pela náusea que ele sentia. — O problema que eu fui arranjar... – O desconhecido revirou os olhos e colocou novamente Peter na cama.
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