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capítulo seis
Acidente


Peter navegando pela galáxia enquanto seguia seu objetivo na localização exata para a ilha, fumava um cigarro e olhava para o horizonte enquanto a nave estava no piloto automático. Estar sem fazer nada facilitava as coisas, ele não precisava fazer nada e isso significaria não quebrar algo ou acabar morrendo antes de encontrar essa tal ilha.

Mas assim que uma tempestade de meteoros começava a se revelar, ele se posicionou melhor sobre a cadeira, e começou a pilotar a nave sucata. Depois dos tensos momentos pela vasta escuridão da galáxia, e os meteoros brutais que ele havia passado cessarem, ele se lembrou da segunda parte do plano, em que ele teria que se passar pelo Peter Temmisky. Ele não seria mais Peter Delarian, ou seja, teria que mentir para o Mestre Jedi.

— Isso é loucura Peter! – O garoto dizia para si mesmo se levantando de seu assento.

Tirou sua roupa inteira, que foi trocada por outra roupa mais pobre, e feita em Jakuu, um planeta afastado e habituado por pessoas que não são fáceis de lidar pelas trocas comerciais, roubos, e os catadores de lixo.

De fato ele não gostou daquela roupa, obviamente era mais pobre e diferente de tudo o que ele já usou. E o mais estranho era pensar no plano que Snoke armou. Afinal, porque ele queria que Peter tirasse informações desse Mestre Jedi? E quando seria a hora certa de mata-lo? Eram perguntas que não se esvaziaram da mente do Delarian, que tinha medo de descobrir mais coisas que não gostaria tanto. Depois de suas visões, naquele seu sonho lúcido, ele nunca mais parou de pensar sequer uma vez naquele desconhecido que tanto o deixava com um ar de 'Eu te amo' e somente isso.

Peter acabou se deitando na cadeira, meio encolhido, tentando ficar em uma posição confortável. Seu plano era dormir um pouco, e quando chegar na ilha ele iria dar um jeito de manter seu disfarce de pé.

Mas não foi exatamente isso que aconteceu...

De repente a nave começa a balançar, e os barulhos estrondos acordaram Peter no pulo. Com o susto, ele arregalou os olhos com suas mãos apertando as alças da cadeira em que ele estava deitado antes. A nave começava agora a emitir um som irritantemente alto que não cessava, de alarme. Ele tentou checar para ver o que seria esse problema, mas quando se levantou ele caiu contra o chão, fazendo seu rosto chocar contra aquele chão gelado e agora marcado de sangue seu. Ele cuspiu o sangue ao lado, e se levantou com raiva.

Sem soluções, ele tentou permanecer calmo, só respirando fundo e olhando para frente no seu campo de visão em que estava sendo formado por um planeta se aproximando da nave. Ele não sabia que planeta era aquele, e quando a nave chegou dentro dele, ela começava a balançar mais e o seu lado de fora à pegar fogo.

— Puta merda! – Ele se afastou do painel de controle, e pegou sua mochila tirando de lá um comunicador para falar com seu Mestre ou com a central a onde Hux é o responsável General, em caso de emergência.

Ele apertou as teclas, e chamou. Ninguém atendeu. Chamou mais uma vez, e a nave já estava quase perto do solo, ou seja, caindo mais rápido. Chamou mais uma vez, e atenderam soando a voz séria porém preocupada, de Hux.

— Oh, você atendeu! – Peter suspirou aliviado apertando seu cabelo.

— O que houve Peter? – A voz metálica pelo comunicador pergunta, mas antes que Peter pudesse falar

Era tarde de mais.

A nave caiu contra o solo, chocando contra a terra espaçosa e a grama que estaria naquele território. Peter não assimilou bem, mas a única coisa que ele podia raciocinar naquele rápido momento, era que a nave rolava mais ainda para a frente, quebrando-se aos poucos, o barulho era o que causava mais pânico. Peter sentiu uma dor invadir seu abdômen e não pode olhar, estava atordoado demais para checar enquanto a nave não parava quieta.

Quando ela parou de ponta cabeça com vidros quebrados, barulhos cessado, sangue escorrendo no chão, e coisas de metais espalhadas no chão, Peter teve um único momento para entender que a dor que ele sentia no abdômen, podendo ser muito grave, o faria desmaiar.

— Kylo... – Seu sussurro foi a única força que ele possuía naquele momento. E disse o que mais gostaria antes de morrer.

Caiu desmaiado nos destroços da nave, e seus olhos se fecharam nauseante e suplicante por ajuda. Ele só queria voltar para casa e terminar de uma vez essa missão. Era só isso.

[ . . . ]

HORAS  ANTES

Ahch-To, uma ilha isolada porém, habituada por algumas criaturinha curiosas, nomeadas como Porgs. Aves pequenas que adoram fuçar as coisas e se intrometer em situações. Ahch-To era um planeta majoritariamente coberto por água, com várias ilhas rochosas com árvores verdes. Três décadas depois da Guerra Civil Galáctica, o planeta serviu como lar para um Mestre Jedi desconhecido, que havia ido para o exílio procurando pelo primeiro Templo Jedi depois que sua geração de Jedi foi morta por um Aprendiz Sith, neto de Darth Vader.

O Mestre Jedi estava acostumado a morar ali naquela ilha, sozinho. Somente sua solidão que tornava tudo mais difícil para ele e a vida dele naquela ilha. Nem mesmo os Porgs, as criatuinhas que viviam ali, lhe causavam mais o sentimento de estar acompanhado. Para ele e a teimosia dele, ele estava sozinho.

Mas tudo tinha mudado, assim que ele escutou o barulho de uma nave vindo até a direção da ilha Ahch-To.

Não uma nave qualquer, era uma sucata, e tinha alguém dentro, ele sentiu ao sair de sua pequena casa de pedra, um pouco confortável até, pelos moveis dentro, poucos, porém necessários. Na nave que vinha chegando, era como um meteoro vindo até a ilha, suas chamas saindo iluminando tudo em sua volta. Já era noite então era mais visível ainda.

Quando a nave caiu, o Mestre Jedi caminhou até ela, já com seu sabre-de-luz em mãos caso acontecesse algo. Ele checou mais a fundo os destroços e tapou sua boca para não ilanar possíveis gases tóxicos. Viu claramente entre um painel quebrado e uma cadeira destroçada, um garoto com vestes bege, com cinzas por conta da explosão. Mas afinal,

Como ele estaria vivo?

O Mestre Jedi se perguntava como aquele garoto poderia estar inteiro ali, quem dirá vivo. Tirou o garoto dos destroços e quando os dois já estavam no terreno de gramado, na ilha, o Jedi colocou o garoto deitado, e sentiu a respiração dele ao lado da garganta. Ele estava respirando.

Tantas perguntas...

O Mestre Jedi pensou. E revirou os olhos com a irritação de não querer problemas isso é, não querer que venham para a ilha descobrir tudo sobre os Sagrados Jedi's, e descobrir quem ele é. E o problema estava bem em seu colo enquanto ele carregava o garoto até sua cama.

Depositou ele ali e seu coração gela assim que viu o ferimento profundo no abdômen dele. Sem pensar duas vezes tirou a camisa suja do garoto de cabelos castanhos desacordado, e tratou dos ferimentos dele, além do mais profundo e grave.

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