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Comentem ao decorrer do capítulo galera. Me ajudem por favor. Comentários faz com que eu tenha disponibilidade pra escrever❤️🥹

                       
                        Bárbara Passos

Um pouco depois que Victor saiu, Peter chegou.

Estávamos sentados no sofá enquanto jogávamos conversa fora. Fazia uma semana que não nos víamos então estávamos atualizando sobre o que aconteceu nesse tempo.

——— Eu estava pensando que nós poderíamos sair para jantar. Faz tempo que não saímos. ——— Peter fala e acaricia a minha coxa.

——— Pode ser, mas vamos um pouco mais tarde porque comi agora pouco.

——— Tudo bem. ——— sua mão sobe pelo meu corpo e para na minha nuca.

Sou puxada em sua direção e nossos lábios se encontram. Seguro em sua nuca e aprofundo o beijo.

Me apoio em seu ombro e me sento em seu colo, com uma perna de cada lado do seu corpo.

Peter separou nossas bocas e sorriu, depois começou a beijar o meu pescoço, tombei a cabeça pro lado para facilitar mais.

Então de repente os beijos param.

——— O que é isso? ——— ele segura o meu queixo e vira minha cabeça, olhando para algo no meu pescoço.

——— Isso o que? ——— pergunto confusa.

——— Você está com um chupão no pescoço. ——— Peter fala e eu paraliso imediatamente.

Merda. Que merda!

——— Que porra é essa, Bárbara? ——— ele me tira do seu colo e eu caio no sofá.

——— Eu...eu não sei. ——— desvio o meu olhar e engulo em seco.

——— Não sabe? Como não sabe? O chupão apareceu magicamente no seu pescoço? Me explica essa merda agora! ——— Peter se levanta, passando a mão pelo cabelo e começando andar de um lado pro outro na sala.

——— Não é o que você está pensando. Eu me machuquei, só isso. ——— me levanto.

——— Se machucou no pescoço?! Eu não sou um idiota, Bárbara, sei que isso é um chupão, agora eu quero que me conta quem foi o filho da puta que o fez.

——— Amor...——— tento me aproximar mas ele recua.

——— Não, não tem "amor". Você me traiu. Eu nunca pensei que você fosse capaz de fazer isso comigo, estamos juntos a tanto tempo e você foi capaz de fazer algo assim...Porra!

——— Me desculpa...——— senti meus olhos se encherem de lágrimas.

——— Me conta, é o mínimo que você deve fazer por mim agora. Foi só uma vez que aconteceu? ——— abaixo o olhar e nego com a cabeça. ——— A quanto tempo isso está acontecendo?

——— Não sei ao certo...deve ter uns dois meses. ——— passo a mão pelo rosto. ——— Eu não sei!

——— Dois meses? Que merda, como eu não desconfiei de nada?! ——— ele pergunta pra si próprio. ——— Quem é o cara?

Fico em silêncio, sentindo as lágrimas descerem pelas minhas bochechas.

——— Qual o nome dele Bárbara? ——— permaneço em silêncio. ——— Eu conheço? ——— silêncio...——— Vai mesmo proteger ele? Dois meses é mais sério pra você do que os anos que passamos juntos?

——— Não é isso. Eu não posso...

——— Claro que pode, só que quer defender seja lá quem for. Saiba que vou descobrir, a verdade uma hora aparece.

——— Me perdoa. ——— seguro seus braços, olhando em seus olhos. ——— Não quero te perder.

——— Se realmente não quisesse me perder, você nunca teria me traído. ——— ele tira minhas mãos de seus braços. ——— O foda é que o chupão é recente. Tem quanto tempo que vocês se viram?

——— Ele foi embora alguns minutos antes de você chegar. ——— assim que respondo vejo ainda mais decepção aparecer no rosto de Peter.

——— Que nojo. ——— ele cospe as palavras. ——— Transou com ele e ia transar comigo no mesmo dia. Que nojo de você, Bárbara!

——— Não, não fique com nojo de mim por favor. Eu errei, errei pra caralho mas preciso que você me perdoe, Peter...

——— Te perdoar? Me poupe, Bárbara. Está arrependida agora porque eu descobri, caso o contrário ainda estaria vivendo essa sua vida dupla. ——— observo ele caminhar até o balcão e pegar a chave do seu carro que estava lá em cima. ——— Vou ligar para seus pais e contar o motivo de eu estar terminando com você. Me esqueça!

——— Peter não. ——— vou até ele e seguro seu braço. ——— Você não precisa contar nada para os meus pais, eles não precisam saber disso. Eles vão ficar decepcionados comigo, não faz isso...

——— Não me encosta. ——— Peter empurra minha mão. ——— Não coloque essas mãos de vadia em mim. Você não tem noção do tanto que estou arrependido de ter perdido anos da minha vida com alguém do seu nível de caráter.

——— Peter...——— praticamente imploro. Eu não sabia mais o que dizer. Eu não tenho nada pra dizer!

——— Vou embora. ——— ele dá as costas e sai do apartamento, fazendo questão de bater a porta com tudo.

Pego um copo de água que estava em cima do balcão e jogo no chão com toda a força que eu tinha, fazendo com que milhares de pedacinhos de vidro se espalhassem pelo chão.

Passei as mãos pelo cabelo e comecei a chorar ainda mais.

Não acredito no que acabou de acontecer. Não acredito que Peter descobriu e que foi da pior forma.

——— Porra...——— me agacho no chão e começo a catar os cacos de vidro. Acabo cortando meu dedo e começa sair sangue rapidamente. ——— Cacete!

Me coloco de pé e vou até o banheiro, deixando gotinhas de sangue ao longo do caminho. Pego um pedaço de papel higiênico e enrolo no meu dedo cortado.

Volto para a sala e pego meu celular com a mão livre, indo até o contato de Victor e ligando para ele.

No terceiro toque ele atende:

——— Fala, Babi.

——— Peter descobriu. Vem até aqui por favor. Se ele te ligar não atenda. Só vem logo...

——— Estou indo. ——— Victor desliga a chamada e eu me jogo no sofá.

Coloco meus pés sobre o sofá e deito minha cabeça em uma almofada.

Estou me sentindo uma péssima pessoa, mas do que eu já estava sentindo antes.

Peter me olhou com tanta decepção...

Ele vai contar aos meus pais sobre isso. Como vou olha-lós depois? Com certeza viram me dar um sermão dos feios.

Estou envergonhada. Principalmente pelo fato dele ter descoberto por causa de um chupão no pescoço enquanto estávamos nos agarrando.

Quando Victor chegou eu já havia encharcado a almofada de lágrimas. Me levantei e abri a porta, não demorando para me jogar nos braços dele.

——— Ei, calma. ——— seus braços me abraçam e ele entra comigo pra dentro do apartamento, fechando a porta com o pé.

——— Foi horrível, Victor...——— afasto meu rosto do seu peito para poder olha-lo.

Ele limpa minhas lágrimas com o dedo e coloca uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.

——— Eu estou aqui, se acalma e me conta o que houve. ——— ele pega minha mão e levanta um pouco. ——— O que aconteceu? Por que está sangrando?

——— Me cortei com um copo quebrado. ——— aponto para os cacos no chão da cozinha.

——— Vai lá pra sala, vou catar aquilo e já vou para você me contar. ——— Victor segura minha bochecha e deixa um selinho na minha boca. ——— Se acalma! ——— ele repete.

Faço o que ele havia falado e me sento no sofá. Depois que Victor catou todos os cacos de vidro e limpou o chão, ele veio pra sala e se sentou ao meu lado.

——— Aqui, toma. ——— ele me entrega um copo de água. ——— Então?

——— Ele chegou, nos sentamos no sofá e...começamos a nos beijar. ——— desvio o olhar. ——— As coisas foram se intensificando e então ele viu um chupão no meu pescoço. Um chupão que você fez.

——— Que merda. ——— Victor passa a mão pelo cabelo.

——— Ele me disse um monte de coisas horríveis e queria que eu contasse quem era o cara.

——— E você contou que era eu?

——— Não, eu não contei e isso deixo ele mais bravo ainda. Victor, ele nunca mais vai querer olhar para mim e vai contar aos meus pais o que eu fiz. Já pensou que vergonha para eles?

——— Não entendi, o que que os seus pais tem a ver com isso? ——— Victor pergunta com as sobrancelhas franzidas.

——— Ele quer me atingir de alguma forma e sabe que odeio decepcionar meus pais, envergonha-los ou algo do tipo. ——— limpo algumas lágrimas que rolavam pela minha bochecha. ——— Está tudo um saco!

——— Eu sinto muito, Babi. ——— ele passa o braço pelo meu ombro e me puxa pro seu peito. ——— Sabíamos que uma hora ou outra isso poderia acontecer. Não se preocupe com os seus pais, todo mundo erra e eles te amam independente de qualquer coisa.

——— E agora?

——— E agora o que?

——— Nós dois.

——— Não estou entendendo, Babi...

——— Você vai terminar com Aria, eu e Peter não estamos mais juntos. E agora, como fica nós dois?

——— Mas você me disse que se ficassem juntos não daríamos certo. ——— Victor diz confuso.

——— Eu sei mas...eu posso ter mudado de ideia. Ainda não sei, tudo está muito confuso pra mim agora.

A minha cabeça qualquer hora vai explodir, é tanta coisa acontecendo, culpa acumulada, sem contar no segredo da Aria.

Mas por mais que tudo isso esteja acontecendo, não quero deixar Victor. Não é surpresa eu dizer que quero ele e que ele se tornou uma pessoa significante para mim.

Eu gosto sim do Victor. Pode ser que eu até esteja apaixonada, mas não sei se é verdade. Até porque estou muito confusa com tudo.

Só que nesse momento quero pensar em mim, só por um momento. Não pensar no julgamento ou sentimentos das pessoas. Pensar apenas em mim, em Victor e nós dois, porque de alguma forma ele me faz feliz.

——— Já te dei minha opinião sobre a gente, Bárbara. A escolha está totalmente em suas mãos. ——— ele diz. ——— Mas não pensa nisso hoje, okay?

——— Ta bom. ——— falo e ele beija minha bochecha.

——— Me deixa ver seu corte. ——— Victor pede e eu levo minha mão até a dele.

Ele tira o papel do meu dedo e não estava mais sangrando igual antes.

——— Acha que precisa de ponto? ——— pergunto.

——— Acho que não, parece que foi superficial. ——— ele se coloca de pé. ——— Vou pegar o kit de primeiros socorros pra fazer um curativo, espera aí.

Victor sai da sala e em alguns segundos volta com o kit nas mãos. Ele se senta novamente no sofá, pega minha mão e coloca sobre seu colo.

Ele limpou, passou remédio e colocou um curativo no machucado.

Depois deitei a cabeça em seu ombro e ficamos em silêncio por bastante tempo.

iii👀

-Gi

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