02
Comentem ao decorrer do capítulo gente, por favor🥹. Me ajudem a engajar a fic.
𝘽𝙖𝙧𝙗𝙖𝙧𝙖 𝙋𝙖𝙨𝙨𝙤𝙨
A dor de cabeça é o que está me dominando hoje, já tomei um par de paracetamol mas não está melhorando.
A faculdade e o trabalho estão me deixando louca, sem contar que tenho que procurar um outro trabalho para quando eu me formar.
No momento estou trabalhando de auxiliar de design em uma empresa, não é nada muito grande mas pelo menos estou na minha área.
Era 18:10h e eu havia acabado de sair da empresa. Antes de pegar um táxi passei em um café e comprei um latte.
O caminho até em casa, como sempre, foi demorado por conta da hora do rush. Quando cheguei, abri a porta do apartamento e tive a decepção de ver Victor sentado no sofá.
——— Ah que ótimo, pensei que não tinha como meu dia piorar! ——— fecho a porta e jogo a embalagem de café no lixo ao lado do balcão.
——— Ixi, já vi que está mais azeda que o normal hoje. ——— ele ri e volta a assistir televisão.
——— Cadê a Aria?
——— Está no quarto dela trocando de roupa.
——— Vai dormir aqui? Parece que não tem casa! ——— prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e deixo minha bolsa em cima do balcão.
——— Vou. Amo aqui, tão aconchegante...tirando a sua presença, claro. ——— ele provoca e eu faço uma careta em sua direção.
——— Me erra, Victor! ——— vou até o meu quarto.
Dei uma arrumada ali, tinha algumas coisas fora do lugar então organizei. Depois tomei um banho longo para ver se a dor de cabeça melhorava o que não adiantou muito.
Coloquei um pijama e fui pra sala, encontrando o casal. Aria estava conversando no telefone e Victor continuava na mesma posição de antes, assistindo tv.
——— Que merda, como assim? ——— Aria diz ao telefone. ——— O desfile já é amanhã, você tem ideia disso?
Fui até a cozinha pegar uma água e continuei prestando atenção na conversa da minha amiga.
——— Okay, estou indo aí. ——— a loira se levantou e correu até o quarto, minutos depois apareceu com a sua bolsa.
——— Aonde vai? Leva o Victor! ——— falei.
——— Uma das roupas das modelos estragou, vou ter que ir lá arrumar, posso ficar a noite toda.
——— Pelo amor de Deus, leva o Victor!
——— Não dá, né Babi? Já está tarde, logo vocês vão estar dormindo. Deixa de seu chata. ——— ela deixa um beijo no meu rosto e depois vai até Victor, deixando um selinho em seus lábios. ——— Boa noite, amo vocês.
Aria sai do apartamento que nem um flash e eu tenho vontade de mata-la por deixar o bichinho de estimação dela aqui.
——— Bom, o que vai fazer para a gente comer? ——— Victor pergunta do sofá.
——— Pode tirar seu cavalinho da chuva, não vou cozinhar hoje.
——— E por que não? Você adora cozinhar.
——— Não estou bem. ——— termino de beber minha água e Victor tira o olho da televisão, direcionando o olhar para mim.
——— Como assim não está bem?
——— Dor de cabeça, talvez eu esteja adoecendo. Tomara...
Victor franze o cenho. ——— Como assim " tomara"? Larga de ser estranha.
——— Se eu tiver doente, posso pegar atestado pra faculdade e trabalho, assim poderei ter uns dias de paz!
——— Você não presta. ——— ele ri.
——— Ao invés de ficar me enchendo o saco, pede uma pizza pra gente.
——— Então tá, mas só porque você está dodói e eu sou uma boa pessoa. ——— Victor pega o celular, com certeza pra pedir a pizza no ifood.
——— Vou esperar no quarto, quando a pizza chegar me chama.
——— Não vai pro quarto, não pode deixar uma visita sozinha.
——— Ata que eu vou ficar aqui com você, vai sonhando. ——— dou risada e vou pro meu quarto, fechando a porta.
Fui até meu criado mudo e peguei o paracetamol em cima da escrivaninha, coloquei um comprimido na boca e tomei com a água da minha garrafinha.
Me deitei na cama e apaguei a luz, queria descansar e ver se minha dor de cabeça finalmente passava.
Acabei cochilando e acordei com Victor me sacudindo pelo ombro.
——— O que você quer? ——— pergunto e cubro minha cabeça embaixo da coberta.
——— A pizza chegou dorminhoca. ——— ele fala.
——— Já estou indo, agora rala do meu quarto. ——— falo e ele sai do meu quarto rindo.
Resmungo quando percebo que minha cabeça ainda dói. Pulei pra fora da cama e caminhei até a sala, me jogando ao lado de Victor no sofá.
——— Você está na merda, hein. ——— Victor me zoa e eu o encaro feio. ——— Ai, tá legal.
——— Vamos comer em silêncio, é o melhor que podemos fazer. ——— pego uma pizza e mordo um pedaço.
Não deu tempo nem de dar três mordidas e Victor já estava tagarelando novamente.
——— Eu não consigo ficar em silêncio por muito tempo. ——— reviro meus olhos. ——— Por que Peter não veio dormir aqui hoje?
——— Porque ele não é inconveniente que nem você. ——— bebo um gole do meu refrigerante.
——— Inconveniente nada, como eu disse, aqui é aconchegante. ——— Victor pega um mais um pedaço de pizza.
——— Okay, Victor. ——— coloco a mão na testa e bufo.
——— Ainda tá com dor de cabeça? ——— ele pergunta.
——— Tô sim, e a minha garganta está começando a arranhar também. ——— deixo o copo de refri em cima da mesinha de centro.
——— Seu desejo de ficar doente se realizou então. ——— Victor sorri. ——— Quer um chá?
——— Victor, não me irrita!
——— Não estou irritando, foi uma pergunta sincera, chá ajuda a dormir.
——— Eu não quero chá.
——— Ainda bem porque eu estava morto de preguiça pra fazer. ——— ele se estica no sofá.
——— Engraçadinho. ——— coloco a borda da pizza na caixa e me levanto. ——— Enchi, vou tentar dormir, já que você atrapalhou meu sono.
——— Foi você que pediu para te chamar, louca!
——— Foda-se. ——— saio da sala e entro no meu quarto.
Me deitei na cama e fiquei encarando o nada por bastante tempo, lembrei que fazia algumas horinhas que não olhava o celular então o peguei na escrivaninha.
Tinha algumas mensagens, da minha mãe, do meu pai, de Aria e de Peter.
Minha mãe e meu pai queriam desejar boa noite, Aria implorando para eu não matar Victor e Peter me explicando porque não havia me ligado hoje.
Respondi todas e larguei o celular. Me aconcheguei pela milésima vez na cama e finamente consegui dormir.
Sabe quando você está dormindo e tem a sensação que não ouviu o despertador porque o tempo que está dormindo é suspeito? Então, isso me fez abrir os olhos confusa.
Tateei a cama na procura do meu celular e quando achei liguei o visor. 10:40, caramba eu realmente não ouvi meu despertador tocar para eu ir pra faculdade.
Percebi que eu estou com mais frio que o normal, deduzi que estivesse com febre, porém estou com preguiça de me levantar, procurar o termômetro e tomar remédio.
Não sei se vou conseguir ir ao trabalho hoje, realmente adoeci. Se caso eu não melhorar e amanhã tiver que faltar ao trabalho novamente, vou ter que ir ao médico pra poder ter atestado.
Não sou muito fã de hospitais!
Escutei batidas na porta do meu quarto e disse um " entra".
——— Bom dia, amiga. ——— Aria entrou no quarto com uma xícara e um prato. ——— Victor me disse que você está doente, resolvi trazer isso pra você.
——— Muito obrigada. ——— me sento na cama e ela me entrega o copo com chocolate quente e o prato com uma panqueca. ——— Chegou que horas?
——— Quatro e pouco da manhã. ——— Aria se senta na ponta da minha cama. ——— Você acha que vai conseguir ir no desfile hoje?
——— Não sei amiga, vou fazer um esforço, mas estou com muita descrença e corpo ruim, sabe? ——— bebo um gole do chocolate quente e mordo um pedaço da panqueca.
——— Tudo bem, eu vou entender. Você foi em outros desfiles e tenho certeza que vai nos próximos. ——— minha amiga toca a minha mão e se levanta.
——— Claro que vou. ——— sorrio. ——— Se não for muito incomodo, poderia pegar o termômetro pra mim? Acho que devo estar com febre.
——— Pego sim. ——— ela caminha até minha cômoda e pega o termômetro, me entregando e depois coloca a mão na minha testa. ——— Está quente mesmo.
——— Pois é.
——— Tenho que voltar pro trabalho agora, tem muita coisa a ser feito hoje ainda.
——— Tá bom, boa sorte, vai dar tudo certo.
——— Obrigada. Qualquer coisa você me liga, tá bom? ——— Aria pergunta e eu confirmo com a cabeça. ——— Tchau, te amo.
——— Te amo.
Aria sai do quarto e fecha a porta. Termino de tomar meu café da manhã e deixo o prato e o copo em cima da escrivaninha.
Coloco o termômetro embaixo do meu braço e fico esperando, quando apita tiro de baixo do braço e vejo que estou com 37.8.
Pretendo passar o dia todo deitada hoje, dormindo embaixo de coberta.
Eu dormi o dia todo, acordava só pra tomar remédio ou dar uma mexida no celular. Já era tarde da noite e pelo barulho Aria havia acabado de chegar em casa.
A porta do meu quarto foi aberta e Aria e Peter apareceram.
——— Como você está, amor? ——— Peter se aproxima e deixa um beijo em minha testa.
——— Dor no corpo e febre, mas já abaixou um pouco. ——— ele se sentou.
——— E o desfile, Aria? ——— perguntei pra minha melhor amiga.
——— Deu tudo certo, graças a Deus.
——— Aria se dedicou muito, foi tudo muito bem organizado. ——— Peter falou.
——— Obrigada. ——— Aria sorri de lado. ——— Boa noite para vocês dois, vou dormir, estou exausta. ——— ela sai e fecha a porta do meu quarto.
Peter direciona seu olhar para mim.
——— Acho que você deveria tomar uma banho. ——— ele sugere e eu faço careta.
——— Ah não, eu não quero levantar da cama. ——— me aconchego e puxo a coberta até meu pescoço.
——— Amor...
——— Não.
——— Então tá, vou me trocar pra poder dormir. ——— Peter se levanta e vai até meu guarda roupa, tirando a roupa que estava e colocando um pijama dele que estava ali.
——— Victor está por aí? ——— perguntei.
——— Não, ele saiu do desfile e foi pra casa, Aria e eu viemos juntos pra cá. Mas por que quer saber? ——— ele da a volta da cama e se deita ao meu lado.
——— Nada demais, é que acho que qualquer dia desses aquele trem vem morar aqui, ele não vai embora nunca!
Peter ri. ——— Vocês dois deviam parar com essa implicância, ele e Aria já namoram a três anos, tá na cara que vão casar e vocês vão ter que se aturarem pro resto da vida.
——— Não sou eu quem implico, é ele, aquele sem nada pra fazer. Ele não pode me ver quieta que já vem falar lorota na minha cabeça. ——— reviro os olhos.
——— Sei que no fundo vocês se amam. ——— Peter zoa.
——— Tá' repreendido!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top