𝟯𝟭. PETER, MEU AMIGO.

CAPÍTULO FINAL
(TRINTA E UM)
'nós só dizemos adeus com palavras
eu morri centenas de vezes
você volta para ela e eu aos...'

Tendia a chover muito em Londres em qualquer época do ano, mas aquele sábado foi para Regulus o mais tempestuoso de todos. Seus cabelos acabaram muito mais encaracolados do que o desejado ao serem encharcados pela grande quantidade de chuva que teve de enfrentar em seus poucos passos até o moinho onde ele observa o velho cata-vento que trabalhava avidamente perante  a fonte chuva e o vento incontrolável que invadia.

Desconfiado, o jovem Black caminhou com suas botas escuras pingando lama e atravessou a porta de madeira de carvalho vermelho, não antes de pronunciar o feitiço que lhe fora enviado por carta a uma semana, apenas dois dias depois do que ele ouviu na taberna, horas depois que ele cometeu a grande fraqueza de contar sobre a profecia para seu mestre.

━ Estou aqui. ━ Anunciou quando a porta se fechou atrás de si, forçou os olhos cinzentos procurando pela figura que não poderia ser imperceptível naquela sala tão comum, ao contrário do bruxo que esperava por ele.

━ Percebo que sim. ━ Balbuciou o velho que apertava entre os dedos um mirtilo que logo se transformava em suco. Ele não se virou, embora estivesse apontando um dedo arroxeado de suco para trás, secando assim a capa de Regulus, que antes pingava água no chão de madeira. ━ Atrasado, Sr. Black.

━ Você não estipulou um horário. ━ Regulus defendeu-se. ━ Após o pôr do sol não é exatamente preciso.

━ Deveria ser para você. ━ Respondeu o bruxo, virando-se e finalmente olhando, por baixo dos óculos meia-lua, para o mais jovem naquela sala. ━ Soube que é muito apressado em seus assuntos.

Regulus se enfureceu muito mais rápido do que o esperado. Seus olhos cinzentos beiravam o azul escuro por um instante, surpreendendo, mesmo que por pouco, o velho Dumbledore que arqueou levemente uma das sobrancelhas que abandonaram a coloração ruiva para a cinzenta que acompanhava seus cabelos grisalhos.

━ Se está querendo me dizer alguma coisa, apenas diga. ━ A voz do Black mais parecia com um rosnando, o que agradavelmente lembrou o professor do irmão mais velho daquele que pairava em sua frente.

━ É você quem está querendo falar. Você, Sr. Black, é aquele que procura uma solução para algo que, novamente, você arruinou. ━ O velho homem tenta corrigir a fúria do jovem que tão cedo se obrigava a envelhecer, uma tentativa inútil.

━ Pedi sua ajuda uma vez, você me negou ao considerar meu pedido egoísta. ━ O de cabelos molhados se moveu apoiando o pé direito sobre uma tábua solta e levantando levemente o queixo. ━ Dessa vez não peço por mim, mas por uma mãe e um bebê inocente.

Dumbledore observou Regulus em silêncio por alguns instantes, seus olhos azuis brilhando por trás dos óculos meia-lua, como se estivesse ponderando não apenas o pedido, mas também o jovem homem que o fazia. O moinho continuava a ranger ao som do vento e da chuva que açoitam as paredes externas, criando uma noite densa, quase totalmente sufocante.

O cheiro levemente adocicado do mirtilo fresco e moído invadia o ar enquanto o líquido ainda gotejava dos dedos de Dumbledore. Ele girou o corpo lentamente, virando-se completamente para encarar o jovem Black. Havia algo de profundo na postura cansada de Dumbledore, algo que parecia prever um futuro não dito.

━ Um bebê inocente, ━ repetiu o diretor de Hogwarts, sua voz soando como um eco perdido na tempestade, como se duvidasse das palavras de Regulus. — E por que, Regulus, deveria eu acreditar que agora você se importa com inocentes? Especialmente, quando falamos de uma criança que provavelmente não faz parte de seus...interesses habituais.

Regulus, que ainda lutava para manter o controle de sua frustração, respirou fundo. O cheiro de madeira envelhecida e terra molhada que impregnava o moinho misturava-se ao gosto metálico de sangue em sua boca, o velho hábito de morder o interior da bochecha havia voltado como se nunca antes tivesse desaparecido. Suas botas ainda estavam pesadas de lama, como se o chão puxasse seu corpo para baixo, uma metáfora irônica de sua própria vida, cada vez mais enredada em escolhas sombrias.

━ Eu não me importava antes, é verdade. ━ Ele admitiu, suas palavras soando mais ásperas do que pretendia. Não gostava daquele assunto. ━ Mas isso não importa agora. Há coisas em jogo que você não entende, ou talvez entenda melhor do que eu. O fato é que... ━ Ele hesitou, a mão se fechando em um punho tenso ao lado de seu corpo, as unhas pressionando a palma da mão com força, o anel prateado com o brasão da família parecia queimar sua pele quando ele admitia. ━ Eu cometi um erro.

Dumbledore permaneceu impassível, seu olhar não saindo do rosto de Regulus, mas o silêncio se prolongou por mais tempo do que o jovem estava preparado para suportar. O ranger do moinho e o tamborilar da chuva enchiam o espaço como uma canção constante, quase hipnótica, que parecia ecoar a crescente tensão entre os dois bruxos. Nenhum deles esperou aquelas palavras, Regulus Black, um dos jovens favoritos de Voldemort, tinha cometido mais erros do que era capaz de contar nos dedos. Ainda assim, ele nunca admitiu nenhum deles, exceto neste momento.

Também foi um choque inesperado para o velho bruxo de cabelos grisalhos, quando o jovem herdeiro dos Black, com um movimento repentino, caiu de joelhos sobre o chão envelhecido e rangente do moinho. O barulho das tábuas pareceu ecoar pela sala como um lamento antigo, reverberando no ar carregado da tempestade lá fora. Regulus, normalmente tão orgulhoso e soberbo, agora se curvava diante de Dumbledore, os ombros magros estavam tensos e a cabeça inclinada levemente para frente, como se carregasse um peso muito maior do que seu próprio corpo.

Seus olhos cinzentos, normalmente frios e sem emoção, encontraram os de Dumbledore com uma intensidade nova, algo entre desespero e esperança, uma chama vacilante que nunca antes se permitira mostrar. E então, como uma gota solitária de chuva caindo no vidro, uma única lágrima escapou de seus olhos, percorrendo seu rosto pálido e contornando os traços angulosos, brilhando sob a luz tênue da sala.

Por favor...

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Thalia sabia que estava presa em um sonho. Estava consciente de que seu corpo permanecia seguro na cama, ao lado de seu marido e do pequeno Harry, seu filho de um ano. Ainda assim, havia uma inquietude incômoda naquela visão, uma sensação familiar que a perseguia desde o início da guerra. Sabia que era apenas um tormento da noite, mas o desconforto era palpável, como um véu pesado que nunca conseguia levantar. Embora o frio do outono já tivesse se espalhado por sua casa e também pela floresta que aparecia no pesadelo, Thalia não podia senti-lo, como se estivesse mergulhada em uma estranha e mórbida calmaria.

Caminhava pela floresta morta, onde árvores estéreis erguiam galhos retorcidos contra o céu cinzento, como garras tentando alcançar o inalcançável. E então, divergindo daquele cenário sombrio, avistou uma pequena cabana. A imagem era perturbadoramente desconexa, com janelas adornadas por flores vermelhas e pequenos gnomos de pedra dispostos à entrada, como se dessem as boas-vindas. Havia até um tapete gasto com a palavra “Bem-vindo” bordada, uma promessa de calor e acolhimento em contraste gritante com a desolação ao redor, não parecia certo, não parecia justo.

Diante da porta, um garotinho estava sentado, com o rosto e as mãos cobertos de suco de amora. Ele parecia ter a mesma idade de Harry, pequeno demais para comer doces, mas totalmente satisfeito com a  fruta que segurava, como se aquilo fosse seu maior tesouro. Thalia aproximou-se, intrigada, sentindo uma estranha e desconfortável familiaridade. Os olhos do menino, espelhados e enigmáticos, eram tão familiares, como se já os tivesse visto em algum lugar. Tentava lembrar, mas o sonho parecia brincar com suas lembranças, tornando tudo confuso e indistinto.

Enquanto o observava, sentiu os pelos da nuca arrepiando. Uma figura encapuzada emergiu das sombras da floresta, movendo-se com um silêncio quase sobrenatural. A criatura, envolta em um manto escuro, passou ao lado das flores que murcharam ao toque de seus pés, como se a própria natureza recuasse diante de sua presença fria e sombria. No entanto, o garotinho não demonstrou medo; ao contrário, estendeu os braços para a figura, escondendo o rostinho nos cabelos longos de um tom de outono, que escapavam do capuz e contrastavam suavemente com o traje escuro.

Thalia abriu a boca, prestes a gritar para que soltasse o menino, quando o garotinho, com um gesto inocente e confiante, ergueu as pequenas mãos e afastou o capuz escuro que cobria a figura. O que ela viu em seguida fez seu coração disparar e seus pés vacilarem. Ali, sob o capuz, estava uma face que ela reconhecia, uma visão tão inusitada quanto aterradora. Era uma face que não deveria estar ali, mas que, inexplicavelmente, trazia uma sensação de familiaridade dolorosa e perturbadora, como se voltasse a ser criança, como se não houvesse guerra. Ela deu um passo para trás, o corpo se chocando contra a parede da cabana. O ar se tornou espesso, sufocante, e tudo ao seu redor começou a escurecer, até que, num último lampejo de lucidez, ela percebeu que estava acordando.

Thalia despertou com um sobressalto, o corpo inteiro tremendo e o peito arfando em busca de ar, como se tivesse emergido de um oceano profundo e escuro. O quarto estava mergulhado na penumbra silenciosa da madrugada, e ao seu lado, seu marido e o pequeno Harry dormiam, alheios ao terror que ainda pulsava nas veias dela.

Thalia soube, em um silêncio que ecoava a cada batida de seu coração, que seu medo não era só seu. Não sabia como tinha acontecido, como era possível, mas entendia o fim como nunca antes compreendeu o começo.

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Narcisa aprendera a controlar palavras e atitudes como uma mestra manipula suas marionetes. Era algo que fazia com tanta naturalidade que, mesmo sob as rígidas exigências de Lucius e as ameaças que rondavam sua família, ela encontrava brechas. O incidente entre sua irmã Bellatrix e o pequeno Draco havia levado seu marido a proibir visitas e encontros, insistindo que Bella deveria ficar longe deles. No entanto, Narcisa, determinada e astuta, como muitas vezes fingia não ser, desobedecia, abrindo caminhos clandestinos para se encontrar com a irmã.

Espaços como tabernas e bares, repletos de olhos vigilantes e espiões da Ordem, eram perigosos demais. Suas próprias casas, além de vigiadas, eram território proibido por Lucius. Restava, então, um refúgio improvável: uma rua escura e esquecida de uma vila trouxa, onde poucos se importavam com segredos sussurrados sob a luz amarelada dos postes. Aquela noite em particular, véspera do Halloween de 1981, tornava a rua ainda mais desconfortável, com decorações patéticas espalhadas pelas casas, caricaturas de bruxas penduradas em portas e lanternas de abóbora piscando luzes laranja.

Narcisa, envolta em uma capa preta que esvoaçava ao menor toque do vento gelado de outubro, observava o ambiente com desdém. A vila trouxa parecia mergulhada em uma paródia infantil de tudo o que ela conhecia. As casas pequenas, as janelas decoradas de forma grotesca, as crianças que amanhã estariam fantasiadas correndo ao longe, cada detalhe lhe parecia uma afronta à verdadeira essência do mundo bruxo.

Ainda assim, ali, longe dos olhos atentos de seu marido e dos inimigos que espreitavam nas sombras, Narcisa se sentia livre para ser apenas uma irmã à espera.

━ Eles são três. ━ A voz de Bellatrix cortou o ar frio da noite, surgindo sem o menor aviso.

━ Boa noite para você também, Bella. ━ Narcisa retrucou com ironia, arqueando as sobrancelhas quase invisíveis sob o capuz escuro, um brilho de sarcasmo dançando em seus olhos azuis.

Bellatrix revirou os olhos, mas deu um passo à frente e abraçou a irmã, o gesto rápido e firme, como se não pudesse permitir a si mesma um segundo a mais de afeto.

━ Ora, Cissa, você sabe que não temos tempo para essas formalidades ━ murmurou, retomando seu tom urgente. ━ São três meninos. Vai acontecer amanhã.

━ Três? Eu tinha certeza de que seria só…

━ Eu sei. ━ Bellatrix interrompeu, o desgosto evidente em cada palavra. ━ Mas Pettigrew deu ao Lorde outro nome em troca da sua vidinha patética. ━ Ela cuspiu o nome como veneno, virando o rosto em desdém. ━ Você estava certa. Ele não é o fiel do segredo dos Potter.

Narcisa congelou. O nome "Potter" ecoou em sua mente como um trovão distante, mas devastador. Seus pensamentos voaram para a irmã mais nova, que agora, assim como ela, também era mãe. Thalia, com seu bebê tão inocente quanto Draco, mas marcado para ser caçado como um animal encurralado. O pânico fervilhava sob sua expressão cuidadosamente controlada.

━ Não posso acreditar que está cooperando com isso. ━ Ela sussurrou, um tom de incredulidade em sua voz. Narcisa deu um passo à frente, agarrando as mãos da irmã mais velha, seu toque intenso, quase desesperado. ━ O bebê da profecia é o filho da sua própria irmã!

━ Ela não é mais minha irmã! ━ Bellatrix rebateu com a mesma dureza de sempre, uma recusa que vinha como uma espada afiada, já usada em tantas discussões anteriores. ━ Ela fez a escolha dela, Cissa, e agora que lide com as consequências.

Narcisa soltou as mãos da irmã e deu alguns passos para longe, cruzando os braços e respirando fundo enquanto seu olhar se perdia na rua escura, a tensão tomando conta de seus movimentos enquanto andava de um lado para o outro. Aquela noite, com suas sombras e incertezas, parecia agora mais sufocante, uma prisão feita de segredos perigosos e impotência.

━ Eu ainda acho que deveríamos sugerir Sirius ou Andrômeda ━ Bellatrix insistiu, parando à frente da irmã e olhando-a diretamente. ━ Ela confia cegamente nesses traidores de sangue que você está tentando proteger!

━ Eu estou protegendo a nós! ━ Narcisa rebateu, os olhos brilhando de fúria contida ao encarar Bellatrix. ━ Quer outro palpite errado como o de Pettigrew? Vá em frente! Diga o óbvio e depois arque com as consequências! Thalia não é uma tola, e ela sabe que pensaríamos primeiro em Sirius e… ━ A loira parou, um suspiro trêmulo escapando de seus lábios. ━ Ela sabe que imaginaríamos que seriam eles.

Um silêncio desconfortável pairou entre as irmãs, uma vez Black, era denso e carregado de ressentimento. A frieza no olhar de Bellatrix era como uma barreira, e Narcisa se sentia impotente diante da devoção cega da irmã. As duas, lado a lado na escuridão, pareciam estar em mundos diferentes, divididas por escolhas, lealdades e sacrifícios e ainda assim eram igualmente impotente naquele mundo de homens.

━ Vai acontecer, Narcisa. ━ A voz de Bellatrix quebrou o silêncio, agora mais baixa, quase pesarosa. Ela desviou o olhar, incapaz de encarar a dor nos azulados olhos da irmã. ━ Amanhã, a essa hora, já estará feito. Ele não vai parar, por ninguém.

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Quando o frio da morte entrou na casa dos Potter, Thalia soube que aquela presença era nada mais do que uma simples visita. Ao contrário do que qualquer alma poderia esperar, ela não sentiu medo. Em vez disso, havia uma calma incomum que se espalhava pelo ambiente, uma certeza que lhe dizia que não precisaria dizer adeus. Harry brincava com James na sala de estar, os risos do pequeno garotinho enchendo a casa com um calor quase mágico, enquanto Thalia, na cozinha, terminava de guardar o jantar. Ela escutou o som da porta se abrindo e nem mesmo por um breve instante seu coração se apertou.

Mas Thalia sempre fora uma mulher guiada por uma esperança tola e persistente, uma fé cega que a fazia acreditar que o pior nunca a alcançaria, que o amor e a força que sustentavam sua família seriam suficientes para protegê-los.

━ Thalia, pegue Harry e vá! ━ A voz de James cortou o silêncio como uma lâmina, firme e carregada de urgência, enquanto ele corria para entregar o menino em seus braços. Seus olhos, normalmente cheios de brilho e diversão, agora estavam sombrios, desesperados.

Harry, sem entender o que se passava, agarrou-se ao pescoço da mãe, os olhinhos muito verdes, redondos e curiosos, enquanto os bracinhos pequenos se envolviam ao redor dela. Thalia sentiu o coração apertar ao perceber o medo desesperado nos olhos de James, mas não hesitou; apertou Harry contra o peito e correu para o andar de cima, o peso da criança em seus braços se tornando um escudo, uma lembrança viva do que ela mais precisava proteger.

Ao fundo, ouvia James se preparando, Thalia parou no topo da escada, o pequeno Harry seguro em seus braços, e olhou para baixo, onde James aguardava, varinha em punho, determinado a enfrentar o intruso. No entanto, quando a porta se abriu e uma figura encapuzada atravessou o limiar, ela não sentiu o medo que imaginara sentir ao ver a morte em sua porta. Ao contrário, uma estranha calma tomou conta dela, e as palavras escaparam em um sussurro suave, como se falasse para si mesma:

Bartolomeu...

James, captando o murmúrio da esposa, virou-se para ela, os olhos cheios de tensão, mas agora também de confusão. A mente dele ecoava com a mesma pergunta: Como ela sabia? Ao focar melhor na figura encapuzada que invadira a sala, ele notou o que passara despercebido num primeiro olhar. Não era Voldemort, o Senhor das Trevas, que estava ali para caçá-los. A postura, o olhar sombrio e o jeito de quem parecia hesitar por um segundo… Era Bartô Crouch Jr.

Um entendimento silencioso passou entre James e Thalia, uma troca de olhares que transmitiu mais do que qualquer palavra poderia. James abaixou minimamente a varinha, o olhar cintilando com a possibilidade de que aquela noite não seria como temiam.

Thalia, uma vez uma jovem com esperanças quase ingênuas e um coração quebrado, agora era uma mãe, uma mulher que aprendera a ler os sinais do destino. E seu instinto lhe gritava que aquela profecia que os condenara não os incluía de fato, que seu filho não era o escolhido para aquele destino sombrio. Naquele momento, sentiu-se como se, finalmente, pudesse respirar novamente, como se algo que estivera reprimido em seu coração tivesse sido libertado.

Não era Harry.

Harry Potter não era o garoto da profecia.

epílogo em breve ;)

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