Para bom entendedor, meia palavra basta
Liam
— Você poderia pelo menos ser gentil, ficar com essa cara vai espantar as pessoas!
Meu dia não foi dos melhores. O Theo cancelou a ida ao cinema porque disse que tinha que trabalhar, depois eu tive que voltar pra casa do meu pai porque ele me ligou dizendo que precisava de mim pra alguma coisa e eu fui correndo, pensei que ele estava doente, mas quando eu cheguei lá ele só queria dinheiro.
Um amigo dele chegou em casa e ele me obrigou a levá-los para comer, eu não neguei, quando eu era pequeno a minha mãe dizia que não se pode negar comida a ninguém.
Viemos a um restaurante caro, eu não me importo de pagar porque eu ainda tenho dinheiro que o Theodore me deu, mas eu não gosto de como meu pai vem me tratando.
— Eu sei que aquele homem que você está namorando tem dinheiro e sei que ele está dando a você, então é melhor você começar a me mandar mais dinheiro, já que não fica mais em casa — ele disse ríspido.
Está aproveitando que seu amigo foi até o banheiro para voltar a me tratar mal.
— Eu já te dei dinheiro semana passada.
— Não foi o suficiente.
— Pra que você quer mais dinheiro? Pra encher a cara e fazer mais dívidas? Eu não vou poder salvar sua pele todas as vezes.
— Fale direito comigo! Se não estivéssemos em um lugar público você se arrependeria.
— O banheiro estava cheio — o homem mais velho volta se sentando à mesa.
— Meu filho estava aqui me contando de como está indo a faculdade — meu pai sorri.
Eu não quero mais ficar aqui.
— Eu vou ao banheiro — digo.
Me levanto.
— Volte logo, filhão.
Suspiro.
Eu só queria ter um pai normal.
Caminho até o banheiro.
Aonde fica?
Quantas pessoas.
Pessoas ricas.
Algumas delas olham para mim e sorriem.
Será que me reconhecem das fotos com o Theo?
Eu não consigo parar de pensar nele.
Como será que ele gosta que eu o chame?
Ele me diz para chamá-lo de Theo, mas toda vez que eu o chamo de Sr.Raeken ele também parece gostar.
Será que eu devo perguntar?
Quando será que vamos nos ver de…
Theo?
Em uma área especial do restaurante eu vejo o Theo.
O que ele está fazendo aqui?
Espera.
Ele não está sozinho.
Quem é aquele?
O Theo está sorrindo?
Ele nunca sorri quando está comigo…
Por que eu me sinto assim?
Ai meu Deus!
Eu acabei esbarrando em um garçom e derrubando as bandejas que ele está carregando.
— Me desculpa! — eu me abaixei rapidamente para ajudá-lo.
Volto meus olhos para a mesa dele, ele está olhando pra cá. Parece surpreso ao me ver. O garoto que está com ele, toca a sua mão e Theo volta a olhar para ele enquanto conversam.
Ele fingiu que não me conhece…
Não se importou…
Por que isso dói?
No que eu estou pensando? É claro que ele faria isso, nós não temos nada, nunca tivemos…
Mas eu queria que a gente tivesse.
Dói.
Eu quero chorar.
Não posso fazer isso aqui, não na frente dele…
Me levanto rapidamente, me desculpando com o garçom e saindo desse lugar sem olhar pra trás.
Theo
O que ele está fazendo aqui e por que ele correu?
Quando nossos olhos se encontraram Liam parecia assustado.
— Então a gente pode assinar os papéis semana que vem, seu pai disse que você anda um pouco ocupado — Corey toca a minha mão novamente.
— Semana que vem está bom, e eu já disse pra parar de me tocar, não gosto que me toquem sem a minha permissão — afasto a minha mão e pego meu celular rapidamente em meu bolso.
Odeio quando tenho que tratar de negócios em jantares, ser obrigado a ser simpático para evitar problemas, rir de piadas sem graça nenhuma. Eu cansei dessa pose que eu sou obrigado a manter em jantares com filhos mimados dos investidores.
Vejo que Liam me enviou uma mensagem, me levanto rapidamente.
— Eu tenho que ir — deixo uma quantia de dinheiro em cima da mesa e nem olho para trás para saber como ele reagiu com isso, também nem me importo.
[ . . . ]
Chego na estação de metrô e ele está parado no lugar vazio olhando para o chão e com as mãos no bolso do seu longo casaco.
— O que está acontecendo? — eu perguntei.
— Você… você está me pagando porque quer algo de mim, então eu… não sei se estou no direito de pedir qualquer coisa, mas eu queria algo de você também.
Ele não me olha, está encarando o chão enquanto mexe seus pés inquietantes.
— Eu sei que tudo é encenação, sempre foi, mas eu queria pedir pra você não me tratar mais de forma especial, pelo menos quando estivermos sozinhos.
Ele tira as mãos do bolso.
Não estou entendendo.
— Você não está satisfeito com tudo que fiz por você até agora? — perguntei.
— Não é sobre o que você fez ou deixou de fazer… é sobre eu não me sentir confortável com isso…
— Você sabe das regras desde o começo, se é isso que você quer então tudo bem. Se foi pra isso que você me chamou aqui, então eu estou indo embora.
Me viro para seguir meu caminho.
— Você acha que estou agindo assim porque eu quero? Foi você que começou a me tratar bem mesmo quando não tinha ninguém olhando.
Olhei para ele.
Ele está chorando?
— Eu sei que tudo fazia parte de um teatro, mas se tornou difícil pensar em você e meu coração não acelerar. Eu me sinto um bobo por ter visto coisa onde não tem, então eu só queria que você não me tratasse como se fossemos namorados de verdade, quando na verdade você nem se importa…
Ele chora mais ainda.
Eu…
Não sei o que dizer.
— Talvez eu seja ganancioso… eu não sei.
Ele tenta enxugar suas lágrimas, mas continua chorando.
Acabei de descobrir que não gosto de vê-lo chorando.
Levo minha mão até seu rosto, enxugo suas lágrimas devagar.
— Me desculpa… — ele diz enquanto funga.
— Vamos para outro lugar — digo, segurando em sua mão.
[ . . . ]
Chegamos no apartamento e entreguei um copo de água para ele, que está sentado no sofá todo encolhido.
— Beba um pouco de água.
— Obrigado — ele dá o primeiro gole.
Ele me fez pensar tanto durante o caminho, eu não fazia ideia de que ele estava gostando de mim de verdade.
— Já se acalmou um pouco?
— Me desculpa por mais cedo, eu só…
— Não sei o que você pensou, mas eu estava em uma reunião importante de negócios. Mesmo assim, uma única mensagem sua fez eu me levantar e ir até você.
Estou de pé escorado na mesa enquanto minhas mãos estão no bolso e ele sentado no sofá, me olhando surpreso agora.
— Você está chateado porque o sentimento não é mútuo?
— Não foi isso que eu quis dizer — ele falou.
— Mas pareceu.
Ele se levanta e pega o seu casaco.
— Eu vou pra casa, meu pai deve estar me esperando. Apenas esqueça do que eu disse — ele veste o casaco — me desculpa ter te incomodado, eu vou te deixar em paz.
— Isso significa que está tudo resolvido?
— Sim…
Liam anda até a porta.
Não está resolvido.
Qual é o problema dele me dizer o que ele quer?
Ele complica tanto as coisas.
Eu não posso deixar ele ir embora assim.
Porra, por que você me deixa assim, Liam?
Vou até ele e o impeço de abrir a porta, segurando sua mão.
— Eu não acho que esteja tudo resolvido — digo, ele leva um pequeno susto por eu estar atrás dele — você nunca me diz exatamente o que você está sentindo e quando você finalmente diz, quer fugir de mim de novo?
— Eu não…
— Eu não posso dizer pra você que estou apaixonado quando eu não estou — abraço seu corpo por trás — mas eu gosto de você e me importo, eu não ficaria com outra pessoa sabendo que isso ia te magoar.
Dou um beijo em sua nuca, ele está nervoso, tenso.
— Eu vou te deixar ir embora se você quiser, mas antes eu quero que você saiba que eu me importo.
Ele vira seu rosto para mim, olha nos meus olhos, eu não consigo decifrar o seu olhar.
Ele se aproxima, nossas respirações se misturam. Um selinho, outro, um beijo.
Eu não sei o que é estar apaixonado, então não posso dizer a ele que estou.
Mas Liam tem o controle sobre mim mais do que ele imagina.
Liam
Fomos para o quarto, estou vestindo apenas a camisa e minha cueca, tirei a camisa de Theo e ela caiu no chão. Continuamos a nos beijar.
— Eu não trouxe camisinha, não pensei que te veria hoje — Theo disse.
Fui até meu casaco e tirei uma de dentro do bolso.
— De menta? — ele sorri de lado.
Vem até mim me faz deitar na cama.
— Eu fiz o meu melhor para te dizer que me importo com você — ele começa abrir minha camisa botão por botão — agora é sua vez de me mostrar.
Ele beija o meu peito, lambe o meu mamilo.
— Ah… eu…
Chupa, morde, passa a língua.
Isso me deixa excitado, eu gosto.
Então ele vai para o outro e repete os movimentos. Tão bom.
— Você vai ter que se abrir pra mim — Theo disse — tem lubrificante aqui? — neguei com a cabeça — tem certeza? Eu me lembro de…
— Você pode chupar? — levo dois dedos perto dos seus lábios.
Ele sorri e morde os lábios.
Coloca os dois na boca. Deixa os dois bem molhados, chupa, baba.
Eu estou ofegante. Será que ele está gostando?
Os tiro da sua boca, volto a me deitar e abro mais as minhas pernas.
Da primeira vez que eu fiz isso não deu muito certo, mas eu vou me esforçar.
Forço um dedo.
Eu continuo apertado mesmo que o Theo ainda me foda tanto.
Dói.
Mexo lá dentro. Está errado. Tiro.
— Coloca seus dedos assim — Theo segura minha mão e me ajuda a penetrar um dedo de novo.
É melhor.
Mexo dentro de mim. Entre as minhas pernas, Theo fica de joelhos e tira seu membro pra fora, enquanto me olha, ele começa a se masturbar, ele não tem pressa, se toca com calma enquanto me olha. Acho que estou ficando mais excitado.
Coloco outro dedo e me mexo aqui dentro. É quente, não é ruim.
— Tá gostando de me ver batendo uma? — eu quase deixei escapar um gemido quando ouvi a sua voz rouca.
Será que seria muito bobo se eu gozasse agora?
— Eu…
— Eu gosto dessa expressão inocente no seu rosto — ele pega uma camisinha — mas eu quero ouvir outra coisa de você hoje.
— O que?
Coloca a camisinha sozinho, olha para mim.
— Me fala o que você sente quando eu faço isso — pincelou seu pau em mim.
— É-É bom.
— E quando eu meto? — Ele força para dentro. Seguro firme nos lençóis. Dói muito…
Acho que ele gosta quando eu sou atrevido. Mas eu não sou bom nisso…
— Eu… dói, m-mas eu… gosto.
— Gosta de sentir dor? — Theo se mexe, vai e vem dentro de mim.
— Eu não sei…
— Do que você gosta?
Fundo.
Estou gemendo…
— Gosto quando você me beija.
Ele sorri de canto.
— Gosta quando eu te beijo enquanto te fodo?
Ele puxa meu corpo para ele, troca as nossas posições e me coloca em seu colo.
— Só um beijo?
Eu sinto o tom de provocação na sua voz.
— Eu gosto de tudo o que você faz, mas…
— Você realmente sabe como me excitar, hein?
Ele me beija, já metendo sua língua na minha boca, eu gosto quando nosso beijo é babado.
Ele mexe o quadril para cima, mete em mim, rápido, depois lento, com força, depois devagar…
— Eu vou me certificar de te foder do jeito que você gosta — Theo falou próximo ao meu ouvido.
Beija meu pescoço. Eu não consigo parar de gemer, ele deve me achar um virgem irritante.
Me deita na cama.
— Você gosta quando eu vou devagar? Ou quando eu vou rápido? Você gostou quando eu bati em você?
— Eu… depende da situação.
— Pode me explicar? — beija meu pescoço, desliza para dentro de mim.
— E-Eu gosto de todos os jeitos… mas eu gosto mais quando você vai fundo e devagarinho.
— Assim?
Deus…
Deus…
Ah…
— E d-depois forte…
Ele sabe como fazer isso, será que ele já transou com muitas pessoas? Ele é tão experiente…
— Você… você pode me dizer como você… ahh… como você gosta também?
Digo, ele beija meu pescoço, desce, lambe, mete.
— Eu gosto de te comer rápido e fundo, gosto quando você me mama e de quanto me provoca. Sua carinha inocente enquanto eu te como me excita, gosto de quando você contrai no meu pau e goza chamando meu nome.
Eu não consegui dizer mais nada, nem pensar em nada, apenas gozei quando ele foi fundo o suficiente.
Eu acho que ele também gozou, não tenho tanta certeza, eu estou exausto.
— Eu sei que está cansado, mas você deveria ir tomar um banho — ouvi ele dizendo quando saiu de dentro de mim.
Ele me deixou cansado novamente.
O vi tirando a camisinha. Será que ele está com gosto de menta? Eu queria experimentar… mas estou tão cansado.
— Quer que eu te ajude a se lavar?
— Tudo bem, eu posso fazer isso.
Me sento na cama, ele segura a minha mão para que eu possa levantar e eu fico de pé indo para o banheiro.
Eu queria que ele viesse, mas acabaria em mais que um banho e eu não sei se consigo, ainda estou cansado de ontem.
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