🎸𓄹͓ ˖࣪ 𖥨 TRÊS: A primeira

THREE ❦
❛Tudo desabou,
tudo que eu te dei se foi❜

DEPOIS DAQUELA NOITE, Nate e Mary Rose não foram mais estranhos um para o outro, encontraram motivos para gostarem um do outro com mais facilidade do que imaginaram.

Mary Rose encantava o garoto cada dia mais, ela era viva, e seus amigos eram semelhantes a mesma em sua poderosa necessidade de provar que estavam vivos, cambaleando e caindo ao longo de seus dias em uma onda de ânsia e ousadia. Nada havia do medo em seus olhos ou ossos, eram almas voando em seu aberto, e este sentimento era compartilhado por Nate Kearney.


Quando Nate estava na presença da garota, ele podia sentir, a atmosfera era outra, esquecia-se de que o mundo era feito de regras e que havia um roteiro que todos seguiam mesmo sem perceber, Mary Rose parecia escrever as próprias falas e páginas. A verdade era que a garota havia estourado a bolha de um só mundo que Nate conhecia.

E isso o deixou admirado, a tamanha confiança de Mary Rose e seu eterno espírito livre, tais coisas não passavam despercebidas nem mesmo por alguém que não podia ver. A garota era ouro, seus cachos voando enquanto ela sorria com seus dentes brancos e extremamente alinhados, seus olhos pequenos e cíclicos longos, a forma como caminhava, como falava e agia, ela encantava a todos ao seu redor, fazia amigos e ganhava admiradores por onde passava... era como se o mundo fosse mesmo em preto e branco, e ela pudesse colorir tudo.

O fato era; Nate Kearney nunca tinha se apaixonado verdadeiramente antes, era era um garoto bonito e tinha frequentes encontros com várias garotas pelas quais ele sentia desejo, diga-se de passagem que muito desejo. Mas não era a mesma coisa com Mary Rose, havia desejo é claro, era impossível conviver com ela, falar com ela e sentir seu cheiro sem deseja-la, mas não era só isso.

Por dias o garoto ficou em extrema confusão  sem saber como expressar ou explicar a sua melhor amiga e ao seu irmão o que estava passando em sua cabeça, mas Faith Ebony era uma garota de visão maior, ela  ao precisava de palavras, observava os detalhes deles e logo percebeu, disse a Nathaniel que eles estavam apaixonados, os dois, Nate e Mary Rose, mas ele não conseguia ver razões para que uma garota como aquela o visse e muito menos estivesse apaixonada por ele.

E Nate não era o único que não era o único com esse questionamento, Mary Rose praticamente chorou de raiva ao voltar do bar em que cantaram naquela noite, raiva porque Nate Kearney era um sangue puro com — assim como ela —, porque ele era o garoto que antes era um supermacista, raiva porque ele evoluiu e isso tomou conta de sua mente, fazendo o ódio de sua Mary de onze anos diminuir a cada ano e agora tudo que restava eram os olhos brilhantes e malditamente azuis dele a admirando.

Tudo. O jeito como ele a olhou naquele palco, como a aplaudiu, como sorriu parecendo maravilhado, a forma como ele ficava nervoso perto dela, como prestava atenção em cada palavra que ela cantava e depois cada palavra que ela dizia, cada resquício de fascínio, como ele a observava quando ela fingia não estar notando — céus! como não notar —, todas as coisas que não abandonaram sua mente, que a perseguiam e não a deixavam voltar a ser a Mary de onze, doze, treze, quatorze e quinze anos...

Todas as coisas sobre ele que ela já notava antes daquele maldito baile em que foram predestinados a casar, as coisas que a fizeram enfeitiçar um saco de bolinhas na aula de poções para que pudesse ser a dupla de Nate Kearney porque ele era o garoto mais inteligente que ela conhecia na Sonserina, porque ele era engraçado e agora também era legal, porque era tão desgraçadamente bonito e porque ela — obviamente — já estava afim dele ainda que não quisesse admitir nem mesmo para si mesma.

E agora era assim que eles viviam, apaixonados um pelo outro, por três torturante meses eles vieram se conhecendo, evitando o sentimento tentando fazê-lo desaparecer. Nate porque temia não ser correspondido, porque temia também o amor e ser abandonado.

E Mary Rose porque sabia que o abandonaria.

Outra noite em outro dos concertos da banda, — um dos últimos pois naquele anos os marotos iriam se formar, Nate não podia deixar de sentir alguma inveja pois se não tivesse abandonado seus estudos já no primeiro ano poderia estar agora se formando com eles —. Nate e Mary Rose decidiram aproveitar um pouco mais do mundo trouxa, prometeram para James que voltariam até as duas para voltar ao castelo e então saíram correndo para fora daquele bar, estava frio e os cabelos de Mary Rose agora estavam vermelho escuro, uma cor que combinava tão bem com ela, assim como todas as outras.

Eles correram pelas ruas, eram dez da noite ainda era bem cedo para eles, viram um parque de diversões da cidade e Nate revelou nunca ter ido a uma roda-gigante, aquilo foi o suficiente para que Mary Rose o puxasse pela mão, correndo contra o ar gélido, dois corações de fogo indo em direção ao parque encontrando quase nenhuma fila no brinquedo que tanto queriam visitar. Nate Kearney agradeceu aos céus por Mary Rose ter dinheiro trouxa com ela pois ele nem mesmo sabia onde conseguir.

Nate sentou em um dos assentos e então Mary Rose sentou-se ao seu lado encostando a cabeça em seu ombro enquanto eles subiam lentamente até o topo, quando pararam, o céu brilhava em um azul escuro, tantas estrelas incontáveis no céu e uma lua minguante que brilhava mais do que quase tudo ali, exceto — para Nate —, Mary Rose Rowle.

— Então... o que está achando? — Ela perguntou com seus olhos curiosos o seguindo a cada pequeno movimento. — É como imaginou que seria?

Nate se virou para ela, os lábios dela marcados com um batom vermelho escuro, ele observou o céu e depois todas as pequenas pessoas que andavam lá embaixo, enquanto ele naquele momento se sentia gigante.

— É melhor. — Ele confessou, a fazendo abrir um grande e belo sorriso do qual ele levou alguns minutos para se recuperar. — Então... o céu e as estrelas, uma roda gigante e apenas eu e você.

Mary Rose se afastou um pouco, Nate pensou ter assustado ela, mas Lembrou-se que nada e nem ninguém conseguiriam fazer isso.

— Está tentando dizer que quer me beijar? — Ela perguntou em um tom que o Kearney do quinto ano — e todos os anos antes desse — acharia mais que insolente.

— Estou? — Ele perguntou se aproximando mais uma vez, e desta ela não se afastou, ficou para vendo ele se aproximar cada vez mais, porém antes que pudesse tocar seu lábios ela segurou seu rosto com cuidado. — O que foi?

Mary Rose vinha se contendo desse desejo a algum tempo, evitava até mesmo encostar nele, e foi isso que fez Nate pensar que não tinha nenhuma chance com ela, mas com o passar das semanas a garota ia se aproximando e agora eles viviam grudados, isto fez o Kearney pensar que a tinha conquistado, e realmente tinha, mas o medo ainda não havia desaparecido.

— Se vamos fazer isso, você tem que prometer... — Ela parecia mais séria do que nunca, suas mãos estavam frias e trêmulas e mesmo com a luz da lua Nate pode vê-la empalidecer. — Prometa que não vai se apaixonar por mim.

Nate riu, porque era tarde demais para isso, e também porque era engraçado que o ego dela fosse grande o suficiente para admitir que um beijo era o suficiente para tê-lo a seus pés.

— Tudo bem, eu prometo. — Ele respondeu mas ela continuou séria. — Eu prometo, Rose, eu prometo.

— Nate...

Ele não a deixou terminar, a beijou, o beijo foi bagunçado e maluco, assim como eles eram, mas foi bom. Na verdade ótimo, fez mais que borboletas na barriga, foi marcante, foi o primeiro beijo dela e com toda certeza o favorito dele.

Quando acabou ela escondeu o rosto no pescoço dele e ele a abraçou, Mary Rose tremia, ele não sabia dizer exatamente porque mas ela tremia segurando-se para não chorar porque não queria que Nate pensasse que o beijo dele era ruim, porque não era, ele era bom, ela o amou.

Ela o amou.

Verdadeiramente amou.

Seu primeiro e último amor.

Mais dias e meses se passaram, Nate e Mary Rose não era mais odiosos um com o outro, não eram mais bons amigos, eram amáveis e carinhoso. Estavam perdidamente apaixonados, os amigos dela eram os amigos dele e vice-versa, ele era dela e ela era dele, era o amor que eles conheciam.

Eles conversavam o tempo todo, durante as aulas escreviam bilhetes em pedaços pequenos de pergaminhos quando não podiam falar o tempo todo. Também viviam invadindo a comunal um do outro, sentavam em frente a lareira e ficavam até tarde conversando, conversavam sobre as grandes coisas. O significado da vida. O que acontece quando se casassem? Como seria, o que fariam? Conversavam sobre tudo. O mundo era feito de bem e mal, ou eram todos bons e todos  maus? Conversavam  sobre suas famílias também, Nate perguntava sobre a família Rowle e Rose perguntava sobre os Kearney . Para Nate seu irmão era sua âncora. Para Mary Rose a memória de sua mãe era sua tábua de salvação. Eles ficávamos em silêncio então, porque sabiam que suas famílias não eram boas. Era quando a conversa geralmente terminava  e eles seguiam seus caminhos separados.

Mas em outro dia estavam juntos novamente, porque eram bons e não eram como seus pais eram melhores e sabiam que eram. Nate percebeu nesse tempo que Mary Rose embora parecesse muito unida a seus amigos, não deixava que estes soubessem nada dela embora soubesse quase tudo deles, ela também desaparecia as vezes sempre que sentia que estava deixando alguém se aproximar demais, Nate não entendeu, até o momento em que o sétimo ano chegou.

Era Outubro, logo eles voltariam para seu último ano em Hogwarts, Mary Rose reclamou que sentiria falta de sua antiga banda, de seus amigos um ano mais velho que a deixaram para viver suas vidas adultas, reclamou mas estava muito feliz por eles embora temesse por suas vidas na guerra.

E então o dia prometido no baile a alguns meses atrás chegou, e como foi de boa vontade que os noivos concordaram, ficaram desta vez mais felizes com a cerimônia, assim como ficaram quando descobriram que não seria usado o voto perpétuo. Mary Rose pareceu respirar novamente quando recebeu esta notícia, o Kearney estranhou embora também estivesse mais aliviado.

— Bem, só não quero que faça algo que não possa se arrepender. — Explicou Mary Rose quando o garoto questionou sua reação.

— Não vou me arrepender de casar com você. — Ele respondeu Mary Rose parou no meio do corredor da grande casa dos Rowle, ela ia subir s escadas para vestir seu vestido de noiva.

— Eu não apostaria nisso. — A garota que antes sempre fora tão confiante sorriu triste, Nate queria impedi-la de subir aquelas escadas, queria sentar com ela em algum lugar e conversar, ele sempre sentiu que a garota queria dizer alguma coisa. Alguma coisa que ela nunca disse.

Não até aquele momento.

Mas o Kearney a deixou subir as escadas e desaparecer junto a várias mulheres que a prometiam beleza jamais vista em outra noiva, e ele não duvidava da palavra delas. Ele saiu, foi para os fundos da casa ele estava nervoso, sentia que algo estava errado.

— Ainda tem tempo pra fugir, velho amigo — A velha conhecida voz de Regulus Black foi ouvida e e Nate viu o garoto se aproximando, trajado com um terno branco assim como todos os outros convidados enquanto ele e Mary Rose visitam preto.

— Por Merlim, Regulus! — Ele caminhou até o amigo o abraçando brevemente para poder voltar a analisá-lo, não parecia tão diferente, seu cabelo antes curto já estava crescido novamente, ainda muito magro e com muitas olheiras, ainda Regulus Black com seu ar misterioso. — Como você está, cara? Não sabia que viria.

— Nem eu, na verdade, mas aparentemente vim roubar seus convidados. — Ele deu de ombros olhando para os próprios pés.

— O que quer dizer? — Ele perguntou verdadeiramente confuso.

— Minha noiva está ali convencendo os seus convidados a irem ao meu casamento no próximo ano. — Ele apontou para Wendy que estava distante dali, em meio a vários convidados bebendo champagne e rindo como uma mulher de 25 anos e não uma garota de 16.

— Sinto muito, Regulus. — Ele lamentou pelo amigo. — Sinto mesmo.

— Está tudo bem — Regulus forçou um sorriso e então sentou em uma grande pedra que estava ali perto, o Kearney o imitou. — Ela...

— Não, ela não vem. — Nate respondeu rapidamente.

— É claro, claro. — Regulus limpou a garganta. — É melhor pra todo mundo.

— Ainda ama ela? — Nate perguntou embora a resposta já fosse óbvia.

— Como eu não amaria? — Ele sorriu parecendo estar imaginando ela agora ali com eles, assim como nós velhos tempos. — E você? Ama a Rowle?

— Eu acho que sim — Nate também sorriu. Regulus parecia tão perspicaz quanto Faith, ou talvez ele só fosse muito óbvio, o sorriso respondeu a Regulus antes mesmo das palavras.

— Espero que seja feliz, meu amigo. — Regulus deu três tapinhas em suas costas o fazendo rir. — Você merece ser feliz, Nate, todos vocês merecem.

Nate não sabia exatamente se Regulus estava mesmo falando dele e Mary Rose, provavelmente não, mas apenas agradeceu.

Mary Rose desceu as escadas, seu vestido longo e escuro, ao era pesado e parecia perfeito para correr, mas ela não queria correr agora, sequer tinha forças.

— Ele está lá? Está me esperando? — Ela peguntou ansiosa para o mais novo Kearney vendo as pessoas ao redor sorrir. — Ele não fugiu não é?

— Ele está lá no altar, Srta. Rowle. — Lucky sorriu educadamente segurando a mão dela, os olhos dele estavam vermelhos como os de alguém que parecia ter chorado.

Mary Rose conseguia imaginar o motivo, ouviu os boatos de que Regulus e Wendy estavam no casamento, e sabia do passado entre Lucky e Wendy, pois o mesmo havia contado a ela algum dia do passado.

— Meu irmão pode ser um parvo, mas ele é leal
a as pessoas que ele ama. E você, é a pessoa que ele ama agora. — Ele completou e Mary Rose assentiu respirando fundo tentando se convencer das palavras de Lucky.

Seu pai se aproximou para levá-la até o altar, e ela aceitou sem muita opção, apesar de ter uma grande mágoa de seu pai pelas maldades que ele cometeu e pela tentativa dele de sempre controlar sua vida, a garota ficou feliz em ter alguém para caminhar com ela até seu noivo e futuro marido.

Nate perguntou o que sua mãe pensaria se estivesse viva, se ela gostaria de Mary Rose, se aprovaria o casamento, mas no fim nada disso importava, o garoto nem mesmo conhecia direito sua mãe.

Os pensamentos dos dois acabaram quase se viram, Nate nunca achou que Mary Rose poderia ficar ainda mais bonita do que já era, mas ela se superou, ele nunca veria tamanha beleza novamente, ela era perfeita, era sua vida caminhando até ele com um sorriso enorme, era sua alma livre, seu coração de fogo.

A cerimônia foi linda, ainda que um pouco barulhenta, quando Nate e Mary Rose se beijaram conseguiram ouvir:

— Nate finalmente realizou o sonho de beijar uma garota! — Wendy exclamou muito alto por conta da bebida causando a risada de muitos e o constrangimento de Walburga que estava ao lado deles.

Ao fim quando a noite chegou, a festa continuou lá fora, mas Nate e Mary Rose subiram para o quarto e então a garota sentou-se sobre a cama, e Nate sabia que agora ela era iria falar o que queria por todo esse tempo.

— Você está apaixonado? — Ela perguntou, seus olhos cheios de lágrimas porque em seu coração ela já sabia a resposta, já sabia no momento em que o beijou e que permitiu que tudo isso acontecesse.

— Estou. — Ele não via problema em admitir para ela, mas ao presenciar a primeira lágrima que escorreu pelo rosto dela, Nate se preocupou, sentou ao lado dela e tentou tocar seu rosto mas a garota se afastou se encolhendo contra os travesseiros. — O que foi, Mary Rose?

A garota olhou para ele, seu cabelo dourado e malditos olhos azuis, seu rosto angelical, ele era bom, bom demais e não merecia o que ela tinha feito, não merecia aquela egoísta que se enraizou em seu coração tomando conta de tudo. Mary Rose cobriu o rosto com as mãos e chorou de soluçar, Nate tinha certeza de que se alguém passasse pelo corredor poderia ouvir seu lamento, ele não entendia e muito menos sabia como reagir.

— Rose... — Ele disse. Sua voz baixa e suave. — Fale comigo, amor, por favor...

— Oh, Nate! Eu sinto muito! — Ela disse limpando as lágrimas e saltando para abraçá-lo, ele ainda não entendia mas não recusou seu abraço. — Eu deveria ter dito, mas fiquei com tanto medo, fiquei com medo de toda a pena que você... que todos podiam sentir, eu não queria sua pena.

— Mary Rose, do que você está falando? — Ele segurou o rosto dela a forçando a olhá-lo nos olhos, céus! Ela parecia tão triste, ele podia ver seu coração despedaçado no reflexo de seus olhos encharcados, o Kearney gostaria de fazer alguma coisa para mudar isso, para mudar aquilo e consertar o coração quebrado de sua amada, mas não podia pois sequer sabia por qual motivo seu pobre coração estava despedaçado. — Fale comigo, Rose, fale por favor.

Ela se aproximou mais, o beijou, primeiro a ponta de seu nariz, depois suas bochechas, suas têmporas, suas sobrancelhas, sua testa, sua mandíbula, seu queixo, suas mãos e então por fim, finalmente, seus lábios.

Foi um beijo triste, — se é que isso poderia existir — um beijo de quem se despede e se vai, foi o beijo de adeus de sua alma livre, de sua estrela do rock, de sua Mary Rose, a garota que tinha necessidade em provar o quão viva era.

Ele entendeu então, porque as vezes o sorriso da garota desaparecia, porque ela nunca deixava as pessoas serem realmente próximas dela, porque ela se afastava as vezes, era tudo para que as pessoas não ficassem acostumadas a sua presença ali.

Mas Nate ficou, e ela permitiu isso, ele a amava, estava apaixonado e ela permitiu isso da forma mais egoísta possível.

Nate entendeu porque ela implorava por suas desculpas quando as três palavras escaparam dos lábios dela como facas em seu coração.

Eu estou morrendo.

⋆·˚༘🎸

"Às pessoas podem completar quinhentos anos, sem nunca ter vivido nenhum só dia, podem casar-se e manter sua família por gerações, sem nunca ter amado um só minuto, podem beijar centenas de pessoas em sua vida, sem nunca ter sentido paixão ou fervor por nenhuma delas.

Mas eu, Mary Rose Rowle-Kearney, não sou uma dessas pessoas, eu vivi apenas dezessete anos de minha vida porque a porra da minha tatará vó tentou comprar uma briga e acabou sendo amaldiçoada, todas as mulheres da família só vivem até os dezessete anos, só agora entendi porque minha mãe foi mãe tão nova, achei que ela era só uma adolescente sem causa...bem, como eu dizia...

Eu vivi mil vidas em dezessete anos, eu casei com o amor da minha vida, meu único e eterno amor, e tive o melhor dos anos casada com ele, eu beijei e senti a paixão e o fervor que nem todas as pessoas dos dois mundos juntas poderiam sentir, eu o amei, e eu o amarei para sempre.

Peço ao meu marido, meu amigo, e também rival nas horas vagas que não se permita parar de viver só porque meu coração já não bate mais, não faça isso, viva tudo, viaje, conheça pessoas, se apaixone, case novamente! Viva! Não viva por mim, e sim por você.

Você merece toda a felicidade do mundo, você é bom eu sei disso porque eu te amei, e eu te amo ainda agora que meu coração já não bate, você é meu Nate, meu amor, o único que me conheceu de verdade e por completo.

Eu quero que você seja feliz, não quero que seja como aquelas pessoas que citei, quero que viva como eu vivi, que sinta o que você me fez sentir. Eu quero todas as boas coisas para você. Porque eu te amo, e vou amar para sempre, te carrego comigo e caso você sinta minha falta vai poder encontrar em cada estrela que encontrar.

Viva, meu coração de fogo, apenas viva

Para o meu, Sr. Azedo. "

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