viii. o segredo do malfoy.
– S E C R E T S !
harry potter, golden era
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DESNORTEADA, Amélia demorou para notar que agora estava no castelo de Hogwarts novamente, ao perceber que estava sendo guiada por Snape, parou bruscamente, fazendo Severo olhar para a garota.
— Meu pai... — lembrou, sussurrando. — Meu pai está lá, precisamos ir buscá-lo!
— Seu pai já foi pego, Srta. Burke. — Snape respondeu de forma seca. — Ou prefere que eu lhe chame de Srta. Black?
— Já sabia, não é? — Amélia deu uma risada cínica. — Desde o primeiro ano eu estou como uma maluca procurando saber sobre a minha família. Deixe-me adivinhar, Dumbledore também sabia? — Perguntou de forma debochada e ao notar a expressão de Snape, entendeu que aquilo significava que sim. — Onde Harry está?
— Enfermaria.
Snape nem ordenou que Amélia voltasse, sabia que ela iria de qualquer forma. Conhecia muito bem a teimosia da família Burke.
Amélia correu até a enfermeira, mas travou um pouco antes da porta, se escondendo atrás da parede, quando escutou a conversa entre Harry e a Hermione.
— Eu vi o meu pai.
— O que?! — Hermione perguntou, sem entender.
— Ele espantou os dementadores, na outra margem do lago.
— Olha, Harry. Eles pegaram o Sirius. Os dementadores, eles vão dar o beijo a qualquer instante.
Quando Amélia notou uma sombra de outro corredor se aproximando, foi rapidamente para o corredor ao lado da enfermaria, onde olhava o movimento pelo canto da parede, vendo Dumbledore entrando na enfermaria. Não conseguia escutar muita coisa, mas entendia que o diretor falava algo sobre o templo. Recuou um pouco quando viu Dumbledore saindo.
Ia aguardar ele se afastar bastante para poder entrar, mas quando viu Harry e Hermione correndo em sua direção, uma grande confusão instalou-se na cabeça de Amélia. Eles estavam lá dentro, como poderiam estar correndo de um lado oposto?
— E então? — Dumbledore perguntou.
— Ele está livre. Conseguimos!
— O que? — Se fez de desentendido. — Boa noite!
Quando Harry e Hermione abriram as portas da enfermaria para entrar, Amélia parou de se esconder e entrou no cômodo, Rony falava algo sobre os dois terem sumido e aparecido em um lugar diferente. Comprovando ainda mais a teoria de Amélia.
— Mexeram com o tempo? — Amélia perguntou, recebendo imediatamente os olhares de Harry e Hermione. — Como ele está?
— Livre, não se preocupe. Não podíamos levá-lo até você, era arriscado demais. — Hermione explicou.
— Está tudo bem, eu entendo. Obrigada por salvarem meu pai.
— Faria o mesmo por mim. — Harry disse de forma profunda, fazendo Amélia encarar seus olhos. Por um instante esqueceu como respirar. — Sirius pediu para dizer que você é o seu bem mais precioso, que quer recuperar todo tempo perdido assim que conseguir provar sua inocência. — Deu uma pausa, enquanto observava Amélia se emocionar. — Disse também que sua mãe teria o maior orgulho de ver a garota incrível e forte que você se tornou. E que você deveria saber que com certeza irão se ver novamente.
Com um sorriso dos lábios, olhos vermelhos e lágrimas escorrendo pelas bochechas. Era assim que Amélia se encontrava naquele instante. Havia procurado respostas, mas ganhou seu pai e um padrinho. Apesar de estar feliz com aquilo, queria que sua mãe estivesse com ela também.
NO DIA SEGUINTE, Amélia foi procurar por Lupin, depois de tudo que aconteceu, precisava falar com seu padrinho. Se sentia culpada por tê-lo acusado, ele havia lhe dando tanto apoio.
Ao subir as escadas para entrar em seu escritório, viu a porta aberta e Remus colocando suas coisas dentro da mala.
— Olá Amélia. — Remus a cumprimentou. — Harry. — Amélia tomou um pequeno susto quando olhou por cima do ombro e viu Harry um pouco atrás de si. — Eu vi vocês chegando. Já estive pior, acredito. — disse a última frase referente a sua aparência após transformação.
— Foi despedido. — Harry tentou adivinhar.
— Não, não. Pedi demissão, na verdade.
— Por que? — Amélia perguntou, triste.
— Bom, parece que alguém deixou escapar minha verdadeira condição. Amanhã a esta hora, corujas vão começar a chegar e os pais não vão querer um... bom, alguém como eu dando aula para os seus filhos.
— Mas Dumbledore...
— Dumbledore já se arriscou bastante por minha causa. — Remus interrompeu Harry. — Além disso, gente como eu... digamos que estou acostumado com isso.
— Não deveria. — Amélia iniciou sua fala. — Não deveria deixar de fazer algo que gosta por essas pessoas, não é justo. É um excelente professor e pessoa. — Deu uma pausa, reprimindo os lábios. — Me perdoe pelas coisas que eu disse, eu realmente achei que estava...
— Lia, está tudo bem. Eu compreendo, também pensaria o mesmo.
Pensou em falar mais alguma coisa, mas sabia que ia chorar se continuasse, por isso, deu a volta na mesa e abraçou com cuidado seu padrinho, com medo dele estar machucado pelo dia de lua cheia.
— Eu vou sentir sua falta. - Amélia disse, com a voz trêmula.
— Eu também vou, me escreva toda semana, está bem? — Remus perguntou, enquanto fazia um afago no cabelo de Amélia, que afirmou com a cabeça, dando um sorriso. — Não mande cartas para o seu pai por enquanto, é arriscado demais.
A SEMANA DO NATAL havia chegado e Amélia encontrava-se em frente ao Malfoy, que tinha uma feição nada boa. Certamente iria cuspir insultos, pelo soco que havia lhe dado junto com Hermione.
— Vim contra minha vontade de lhe dizer que virá comigo para casa, meus pais ainda querem que você passe o Natal lá. — disse de forma ríspida.
— Na verdade, posso ver que você está radiante, estou vendo uma micro expressão de alegria em seu rosto, Draco? — Amélia perguntou de forma debochada.
— Com certeza, não está vendo o sorriso estampado na minha cara? — respondeu de forma irônica e irritada, bufando.
— Calma aí, loirinho. Não tem senso de humor?
— Apenas me encontre na entrada do castelo com algumas coisas para passar os dias lá depois do almoço, traidora de sangue.
Amélia cerrou o punho e fechou a cara no mesmo instante, enquanto olhava ele ir andando pelo corredor. Adoraria lhe dar outro belo soco como aquele.
Quando voltou para o salão comunal para preparar uma bolsa com tudo que precisaria encontrou Neville puxando sua mala. Quando ia cumprimentá-lo ele acelerou os passos e saiu como um foguete da comunal da grifinória, fazendo Amélia dar um suspiro, triste.
— Amélia! — Hermione desceu as escadas, com um sorriso no rosto.
— Oi, Hermione. Está indo passar o Natal com a sua família?
— Sim, vai mesmo passar o Natal na mansão dos Malfoy's? — Hermione perguntou, fazendo Amélia afirmar com a cabeça, um pouco desanimada. — Feliz Natal!
— Feliz Natal.
Amélia subiu para seu dormitório e pegou a maior bolsa que tinha, não achando necessário levar uma mala. Enquanto colocava peças de roupas e objetos pessoais ali dentro, seus olhos bateram na relíquia da família Burke.
— A única coisa que me fez fazer foi perder tempo, não passa de uma bolota de ouro.
Dizia enquanto organizava seus livros favoritos para colocar dentro da bolsa. Sua frustração com aquela relíquia estava escancarada, não havia como a família Burke fazer algo tão engenhoso a ponto de nenhum feitiço conhecido pudesse destrancar. Pelo menos era o que Amélia acreditava. Vai ver, o que acreditava ser uma fechadura, poderia ser apenas de enfeite.
Quando ia fechar a bolsa seus olhos pararam novamente na relíquia. Soltou um suspiro de derrota e a colocou dentro da bolsa, a escondendo embaixo de todas as coisas que colocara ali dentro.
Separou uma roupa para vestir e a deixou sobre a cama, juntamente com sua bolsa. Amélia pegou um pedaço de pergaminho, sua pena, tinta e um livro, se dirigindo para fora de seu dormitório, sentando no sofá da comunal, aproveitando o fato dela estar fazendo por conta do Natal.
Subiu os pés para cima do sofá, fazendo seus joelhos ficarem perto do rosto e assim apoiou o pergaminho no livro. Após levar a ponta da pena até a tinta, começou a escrever:
"Querido Tio Remus,
Irei para a mansão dos Malfoy's ainda hoje, eu ainda sinto que estou fazendo algo certo e errado ao mesmo tempo. Talvez eu esteja indo para um caminho que me dará muitas respostas ou perda de tempo. Sei que devo estar preparada para me frustrar ou me chocar, mas sabe quão importante para mim é entender o que aconteceu com a minha mãe.
Sinto sua falta, espero poder vê-lo novamente e poder receber aquele abraço que sempre me acalma.
Com carinho, Amélia Burke Black"
— Vai passar o Natal com os Malfoy's?
Amélia quase deu um pulo do sofá quando de repente escutou alguém falar com ela. Olhou por cima do ombro e viu Harry Potter parado no último degrau da escola, ou primeiro degrau, dependendo do ponto de vista.
— É, eu vou. — Respondeu, se ajeitando no sofá, recuperando-se do susto.
— Aposto que vai ser horrível. — disse enquanto cruzava os braços.
— Vai ficar aqui?
— Vou. — respondeu, fazendo ficar um silêncio constrangedor.
Ele continuou parado no mesmo lugar, observando Amélia dobrar o pergaminho e tirar um envelope de carta dentro do livro que estava sobre seu colo.
— Amélia sobre aquele dia, quando eu e o Sirius estávamos com os dementadores... — Harry iniciou outra conversa, coçando a nuca.
— Continue. — Pediu, levando sua atenção até o Potter, que abria a boca diversas vezes, mas nada saia.
— Onde você se enfiou, hein? — mudou de repente de humor, fazendo Amélia levantar uma das sobrancelhas, sem entender. — Lá na floresta, você simplesmente sumiu, estava bem atrás de mim.
— Como assim onde eu me enfiei? — Amélia perguntou enquanto se levantava, indignada. — Eu estava fugindo e acabei encontrando um lugar para me esconder, eu estava atrás, não dava para chamar vocês. Por que estou me explicando? Não sei o porquê de eu ainda achar que poderíamos nos dar bem.
Harry engoliu o seco enquanto a observava pegar suas coisas e se aproximar dele nitidamente nervosa. Não era exatamente aquilo que ele queria dizer, mas odiava tanto o fato de Amélia o deixar nervoso a ponto de fazer seu coração acelerar e esquecer suas falas.
— Se você realmente for morar comigo e com o meu pai, se prepare, Potter. Vou fazer da sua vida um inferno.
— Sirius e Lupin sabem da grande duas-caras você é?
— Duas-caras, essa é nova, confesso. — Amélia deu uma risada nasalada. — Nunca escondi quem eu realmente sou, você que é o único que me provoca a ponto de me deixar realmente irritada.
— Eu provoco você? — Agora Harry também se encontrava indignado, dando alguns passos para se aproximar mais de Amélia.
— Claro que sim! — Respondeu, também se aproximando. — Quem foi que me atropelou e ainda teve a coragem de dizer que a culpa era minha? Quem vive me acusando de coisas que eu claramente não fiz por pura implicância? — Amélia perguntou, fazendo Harry dar uma risada debochada.
— Você nunca vai esquecer isso, não é?
— Não, até eu receber um pedido de desculpas decente!
— Me desculpa, está bem? Não era minha intenção atropelar você. Me desculpa por ter te acusado tantas vezes. — Harry se desculpou, fazendo Amélia cruzar os braços. — Aceita minhas desculpas e pode finalmente esquecer tudo isso?
Amélia ficou alguns segundos com sua expressão neutra no rosto, mas aos poucos Harry pôde observar um sorriso cínico brotando em seus lábios. É Harry, você acabou de ser feito de bobo.
— Não. — seu sorriso aumentou, fazendo Harry trincar o maxilar. — Não aceito, Harry Idiota Potter. — disse a última parte quase em um sussurro quando aproximou seu rosto do dele, a podendo sentir sua respiração bater contra seu rosto.
Harry tentava não olhar para os lábios de Amélia, que estavam tão próximos e pareciam tão convidativos naquele momento. A Burke pareceu notar isso, pois deu uma risada nasalada.
— Feliz Natal, Potter.
Foi a última coisa que Amélia disse para Potter, antes de sair de Hogwarts.
APÓS O ALMOÇO, Amélia e Draco se encontraram em frente ao castelo de Hogwarts. O trajeto até a mansão dos Malfoy's era um pouco mais longe do que ela imaginava, quase chegou a adormecer no transporte que havia sido mandado para buscar os dois.
Quando Draco avisou que haviam chegado, Amélia olhou para janela, sussurrando um "Uau", vendo o tamanho da mansão. A Burke pegou sua bolsa, a jogando sobre o ombro, mas antes que ela saísse, Draco avisou:
— Não precisa trazer, os elfos se encarregaram de levar nossas coisas.
Não discutiu sobre, deixou a bolsa sobre o banco e saiu de dentro do veículo, caminhando ao lado de Draco até a entrada da mansão, onde havia um casal, os pais do Malfoy.
— Srta. Burke, não imagina o tamanho da nossa felicidade ao finalmente poder conhecê-la. — Disse o homem, levantando a mão, que foi cumprimentada por Amélia. — Me chamo Lucius e esta é minha esposa, Narcissa. — Apontou para a mulher ao seu lado, que deu um sorriso.
Amélia ia erguer sua mão para cumprimentá-la também, mas foi surpreendida por uma abraço vindo de Narcisa. Um tanto confusa, a garota retribuiu.
Quando o abraço foi encerrado, encarou os olhos de Narcisa que pareciam se encher de lágrimas.
— Você é mais parecida com a sua mãe do que eu imaginava. — Disse docemente, fazendo Amélia sorrir.
— Por favor, entrem. Almoçaram antes de sair?
— Sim. — Amélia e Draco responderam ao mesmo tempo, enquanto adentravam na mansão.
— Devo dizer que se Draco não tivesse mencionado sobre você em uma de suas últimas cartas, jamais teríamos imaginado que estaria em Hogwarts. — disse Lucius.
— Não sabiam onde eu estava?
— Ninguém fazia ideia do seu paradeiro, até Dumbledore descobrir sobre seu primeiro acidente com magia. — Ele explicou, tomando toda atenção de Amélia. — Acreditávamos que estava morta.
— Queríamos que tivesse crescido conosco, Cassandra chegou a lhe trazer aqui quando ainda era recém-nascida. Gostaria de ver o quarto em que sua mãe ficava? Ela vinha me visitar sempre que podia.
— As coisas dela ainda estão lá?
— Nunca tive coragem de tirar suas coisas, venha.
Narcissa fez um sinal com a mão, para que Amélia a seguisse. Subiram uma escada e viraram para o corredor, onde andaram até a penúltima porta a direita. Amélia observou ela puxar uma chave e então destrancou a porta, a abrindo e dando espaço para que a garota entrasse primeiro.
Quando colocou os pés para dentro do quarto, deu de cara com sua cama devidamente arrumada. Virando o rosto, pode ver um quadro, onde havia uma pintura de sua mãe. Com um sorriso triste, se aproximou do quadro e em seguida abaixou a cabeça, analisando a estante que tinha logo embaixo. Haviam alguns pergaminhos velhos com nada escrito, uma pena, alguns livros, nada muito especial.
— Por muito tempo eu tive a esperança de que ela pudesse estar viva. — Narcissa confessou. — Mas ela jamais a deixaria sozinha, Cassandra sempre foi apaixonada por você, sonhava com seu futuro brilhante.
— Sabe quem é o meu pai?
— Você sabe? — Narcissa perguntou na defensiva, ela já sabia.
— Sirius Black. — Amélia respondeu, fazendo Narcissa afirmar com a cabeça.
— Cassandra trouxe orgulho e problemas ao mesmo tempo por ter se apaixonado por ele. É um sangue-puro, mas causava muitos problemas, sua avó não ia muito com a cara dele. — Narcissa deu uma risada baixa, parecia se lembrar de algo. — Me lembro de quando Cassandra contou em meio a um jantar que namorava com ele, sua avó chegou até a se engasgar com a comida. — Contou, fazendo Amélia dar risada.
— Sabia sobre algo que mais ninguém poderia saber? Algum segredo.
— Cassandra tinha muitas ambições, estava sempre procurando ser a melhor. Vivia na seção reservada. Nunca soube exatamente o que ela tanto pesquisava.
— Posso dormir aqui?
— Claro que pode, fique à vontade.
Amélia observou Narcissa ir embora e em seguida apareceu um elfo, com sua bolsa. Notando sua feição cansada, a garota pegou sua bolsa, avisando que não precisava arrumar, pois ela mesma faria isso, na intenção de ajudar.
Fechou a porta assim que o elfo foi embora, deixou sua bolsa sobre a cama e começou a abrir as gavetas, vendo apenas roupas e itens pessoais, nada relevante.
Começou a retirar os livros da estante, os abrindo e balançando, vendo alguns papéis saindo de alguns deles. Eram apenas anotações, nada importante.
Quando pegou os livros para colocá-los em seus devidos lugares, notou que em um dos espaços da estante, havia uma parte da madeira no canto um pouco mais alto que o resto. Passou o dedo pelo local e notou ser um tipo de botão. Quando apertou o botão, ouviu um som de algo que foi destrancado.
Analisou toda a estante, mas tudo parecia igual. Então, teve a ideia de tirar a estante do lugar e assim fez. Quando olhou o que poderia ter atrás da estante, viu uma portinha camuflada no papel de parede do quarto rente ao chão, que estava entreaberta por ter sido destrancada.
Se abaixou para se aproximar da portinha e a abriu totalmente, vendo que dentro dela havia uma carta e uma chave pequena. Seu coração quase saiu do peito quando se lembrou da relíquia.
Tirou a carta e a chave dali, indo se sentar sobre a cama. Analisou o envelope da carta, procurando algum nome, mas havia apenas um símbolo de árvore. Quando abriu a carta, deu de cara com a seguinte mensagem:
"Os Burke's têm como destino a loucura, insanidade ou passar o resto da vida servindo alguém maior e cuidar daquela loja empoeirada. Você sabe disso. Desejo que a loucura te persiga até que tenha a morte mais agonizante possível. Eu sei o que você é."
Amélia colocou a carta na cama em choque com as palavras escritas naquela carta. O que levou sua mãe a ser ameaçada de tal forma? Por que escondeu a carta? Sua identidade de espiã da Ordem da Fênix havia sido descoberta?
Com tantas perguntas rondando sua mente, ela pegou a chave e procurou a relíquia dentro da mochila, onde colocou a chave na fechadura e deu um suspiro aliviado com viu que aquela era a chave certa.
Rodou a chave e então a bolota de ouro se abriu e quando Amélia viu o que havia ali dentro, murchou em desânimo. Era apenas um espelho, um espelho pequeno de ouro, dentro de um ovo de ouro.
Não sabia mais o que fazer. Aquela carta significava que alguém realmente assassinou sua mãe? Que loja empoeirada era essa citada na carta? Narcisa talvez poderia saber, já que aparentemente, sua mãe parecia confiar mais nela ao contar sobre tais coisas. Não iria criticar por não ter falado para seu pai, certamente teve medo de envolver Sirius nisso ou quis evitar preocupações. Ele certamente já estava preocupado demais com o fato dela ter que ser uma espiã.
Olhou cada pedaço daquele espelho, mas a única coisa que conseguia ver era seu reflexo atrás dele. Estava tão confiante, para nada. Achou que encontraria respostas, mas encontrou ainda mais perguntas e incertezas.
Lembrando da fala de Narcisa sobre não saberem o paradeiro dela durante todo esse tempo, não entendia como. Remus levou ela até o orfanato, nunca saiu de lá. Uma criança desaparecida, como não pensaram em procurar pelos orfanatos? Eles realmente a procuraram? Não sabia se deveria realmente confiar nas palavras deles.
Durante a madrugada, Amélia não conseguiu dormir. Inquieta sobre a cama macia, levantou-se irritada pela falta de sono.
Lentamente girou a maçaneta da porta de madeira, a abrindo devagar para não fazer barulho e acabar acordando alguém. E assim que colocou os pés para fora do quarto que pertencia a sua mãe, Amélia caminhou pelos corredores, abraçada ao próprio corpo por conta do frio.
Enquanto observava as decorações do corredor em que andava, a Burke parou no meio do caminho ao notar algo no teto. Havia uma porta.
Analisando bem, conseguiu notar graças a luz da lua que invadia a corredor pela janela, uma linha extremamente fina que poderia passar despercebida muito facilmente.
Ficando na ponta dos pés, Amélia esticou o braço e puxou a linha, que apesar de bem fina era super resistente. Logo uma pequena escada surgiu através da porta, indicando ali um cômodo não informado pelos Malfoy's, que haviam dado para Amélia um tour pela mansão.
Com cuidado, Amélia subiu as escadas, fazendo um leve ranger pelas madeiras que pareciam antigas.
Ao subir o último degrau, Amélia olhou em volta, vendo um tipo de quarto bem feio em comparação ao resto da mansão, mas bem limpo. A garota não saberia dizer o que era aquilo, mas com certeza era bem cuidado.
Havia uma cama, um pequeno guarda-roupa, uma bancada e alguns livros de magia. Abrindo o guarda-roupa, Amélia se surpreendeu ao ver um uniforme feminino da sonserina, possivelmente era de Narcissa de sua época em Hogwarts.
Sobre a bancada, Amélia encontrou uma caixa de tamanho médio, com as iniciais D.M. gravadas na tampa.
— Draco? — Amélia pensou alto.
Ao tentar abrir, foi impedida por uma tranca. Precisava de uma chave para descobrir o que tinha ali dentro, mas já havia visto tudo que tinha naquele sótão, mas nenhuma chave foi encontrada.
Frustrada, Amélia voltou para o seu quarto, se perguntando o que Draco escondia naquela caixa e o porquê de ter um quarto daquele no sótão.
Talvez no próximo ano letivo Amélia tenha mais sorte com sua investigação, ou não.
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