vii. o feitiço do patrono.

–  S E C R E T S   !
harry potter, golden era
dressadsgwttp⠀⠀©⠀⠀2024

APÓS SUBIREM AS ESCADAS, os quatro deram de cara com Malfoy e então Amélia recuou um pouco, pois acreditava que ela agora tinha o mesmo pensamento que ele.

— Vieram ver o show? — Perguntou de forma divertida.

— Você! — Esbravejou Hermione, correndo na direção dele. — Sua barata nojenta, abominável e asquerosa! — Ela continuou, levando sua varinha até a garganta de Malfoy.

— Hermione, não! — Disse Rony. — Não vale a pena.

Amélia, um pouco atrás de Hermione, colocou uma de suas mãos em seu ombro, a observando abaixar sua varinha, enquanto Draco tinha uma expressão medrosa.

Quando as duas garotas começaram a se virar para irem embora, Draco e seu grupinho começaram a dar risadas debochadas. Um flash de memória de Neville chorando por conta de sua ação ascendeu em sua mente, fazendo Amélia se virar rapidamente e acertar um soco no rosto de Draco. O que ela não esperava era que Hermione iria fazer o mesmo, tendo o rosto do Malfoy sendo acertado duas vezes ao mesmo tempo.

O grupo de sonserinos foram embora correndo, Amélia e Hermione se encararam, ambas com sorrisos nos rostos.

— Essa foi boa. — Disse Hermione.

— Boa não, brilhante!

— Parece que seu plano não vai mais acontecer. — Harry falou para Amélia, com um sorriso cínico no rosto.

— Que se dane.

Todos ficaram em silêncio e olharam na direção da cabana de Hagrid, vendo o homem com a foice se aproximar de Bicuço, não podiam acreditar que aquela atrocidade estava realmente acontecendo.

Amélia levou sua mão até a boca com os olhos lacrimejando quando o ato foi finalizado. Hermione chorando abraçou Rony e Harry também triste abraçou Hermione de lado e levou sua mão até o ombro de Amélia, a puxando também para o abraço.

— Ai! - Rony reclamou de dor e todos viram Perebas começar a fugir novamente. - Ele me mordeu.

— Droga, Rony. Dá 'pra você segurar esse seu rato? — Perguntou Amélia, impaciente.

— Rony, Rony! — Hermione chamava o amigo enquanto ele se afastava para ir atrás do Perebas.

— Perebas, volte aqui!

Rony chamou pelo seu rato enquanto os outros três o chamavam, correndo atrás dele. Estavam indo muito longe, quando notaram onde acabaram travaram quando viram Rony se aproximando de uma árvore enorme, mas finalmente conseguiu pegar o rato.

— Olha, Harry! Você sabe que árvore é essa. — Disse Hermione.

— Isso é mal, Rony, corra! — Alertou Harry.

Amélia sentiu sua respiração ficar pesada e algo queimar em seu peito, colocou a mão em seu colar, podendo sentir ele vibrando um pouco. Ouviu um leve sussurro atrás de si, apesar de não saber de quem era, a voz lhe parecia familiar. Virando aos poucos o rosto, viu atrás de si o mesmo cachorro preto que viu naquela noite na praça.

— Harry, Amélia, Hermione! Corram, é o sinistro. — Rony alertou, fazendo os dois que ainda não haviam notado se virarem rapidamente.

Preparada para lutar com aquele ser, estava para pegar sua varinha, mas ele simplesmente pulou sobre os três e correu na direção do Rony. Em choque, viram o sinistro morder e começar a puxar a perna do Weasley.

— Rony! — Os três chamavam o nome do garoto, correndo em sua direção.

Harry se jogou no chão para tentar pegar a mão do amigo, que era levado para uma passagem embaixo da árvore. Amélia de repente foi jogada para longe e antes que Harry ou Hermione pudesse ajudá-la, também foram jogados na mesma direção pela árvore.

— Vocês estão bem? — Harry perguntou para as duas, que afirmaram com a cabeça.

Os três se ajudaram a levantar e quando escutaram o grito de Rony, começaram a avançar, mas a árvore tentava acertá-los com seus galhos, tendo que fazer eles desviarem e se separarem.

— Se abaixem!

Hermione alertou, mas Harry não foi rápido o suficiente e foi acertado pela árvore novamente, o jogando para longe e fazendo seus óculos saírem de seu rosto. Em seguida, Hermione foi acertada e agora estava rodando grudada na árvore. Amélia estava desnorteada no chão pois acabara de ser acertada no rosto.

Hermione gritando, Harry procurando seus óculos e Amélia tentando levantar, com tonturas. Quando se deu conta, Amélia estava sendo segurada por Harry e ele sendo segurado por Hermione, agora os três giravam, o que piorava ainda mais a tontura dela. Quando Hermione soltou Harry, ele e Amélia foram jogados na direção do buraco em que Rony foi levado pelo sinistro. Quando Harry ia tentar se levantar Hermione caiu sobre ele, o fazendo voltar ao chão.

— Ai, me desculpe! — Hermione se desculpou. — Amélia, você está bem?

— Está tudo girando. — Respondeu enquanto era ajudada a levantar pelos dois.

Tentou permanecer em pé, mas quando notou que suas pernas iriam falhar, Harry a segurou quase a abraçando, para ajudá-la a permanecer em pé. Estava tonta demais para se sentir afetada pelo ato de Potter.

Começaram a andar em silêncio e com cautela. Quando subiram as escadas de madeira, notaram que estavam dentro da casa dos gritos, o lugar mais assombrado da Grã-Bretanha. Quando escutaram Rony gemendo de dor apressaram os passos.

— Rony! — Disse Harry ao ver Rony caído no chão segurando Perebas.

Amélia se soltou de Harry para se encostar um pouco e abaixou um pouco a cabeça sentindo que sua tontura poderia melhorar mais se parasse um pouco e tinha razão, já sentia que estava melhorando. Quando Harry perguntou para Rony sobre o cachorro, ele logo avisou:

— Harry, é uma armadilha! Ele é o cão. É um animago!

Os três olharam para as patas marcadas no chão que levavam até um pé, quando seus olhares subiram para o rosto da tal pessoa, Amélia entrou em desespero ao vê-lo ali na sua frente. Sirius Black, o seu pai.

Quando ele começou a dar passos em direção a eles, Amélia se colocou na frente da Hermione e do Harry, levantando levemente o queixo, encarando Sirius que paralisou quando seus olhos pararam em sua filha.

— Não vou permitir que toque neles, vai ter que me matar primeiro.

— Só uma pessoa vai morrer hoje, Amélia. — Sirius disse, fazendo Hermione estranhar.

— Como ele sabe o seu nome? — Ela sussurrou, mas não deu tempo de Amélia responder.

— Então vai ser você! — Esbravejou Harry em relação a fala de Sirius.

Harry saiu na frente de Amélia e Hermione, o que fez Amélia tentar segurar ele, mas foi em vão, Harry estava tomado de ódio e então partiu para cima de Sirius, fazendo os dois caírem no chão e Harry apontar sua varinha para o rosto do Black, que deu risada.

— Vai me matar na frente da minha filha, Harry? — Perguntou Sirius, rindo.

Amélia deu alguns passos para trás, fazendo a madeira do chão fazer barulho. Harry, Hermione e Rony encararam ela chocados, enquanto a garota só tinha vontade de chorar e gritar. Mas todos se assustaram quando a porta foi aberta com brutalidade.

— Expelliarmus! — Remus apareceu, lançando o feitiço, fazendo a varinha de Harry voar longe e fazer sinal para que ele se afastasse.

Harry se levantou e foi na direção de Amélia, que ainda se encontrava da mesma forma. Com as mãos tremendo e a respiração descompassada, Harry decidiu ficar em silêncio e não fazer nada. Não era momento de cobrar explicações com Amélia naquele estado.

— Ora, ora, Sirius... Você está meio acabado, não? — Disse Remus, enquanto apontava a varinha em sua direção. — Finalmente, o corpo reflete a loucura interior.

— E você entende muito bem de loucura interior, não é, Remo? — Sirius refutou.

Amélia esperava que Lupin fosse acabar com Sirius, fazê-lo confessar se fez algo com sua mãe ou não, ou que o levasse preso para que ele fosse mandado para Azkaban novamente. Mas quando viu ele abaixar a varinha e o ajudar a levantar dando um abraço em seguida, uma expressão decepcionada preencheu o rosto de Harry e Amélia.

— Eu o achei, ele está aqui! — Disse Sirius, para Remus, que concordava.

— Só pode ser uma pegadinha, não é? — Amélia quase gritou, chamando a atenção dos dois. — Estava o ajudando esse tempo todo? Eu abri o meu coração, amei tê-lo como meu padrinho, ignorei o fato de você ter me largado naquele orfanato, EU CONFIEI EM VOCÊ! — Amélia ia aumentando cada vez mais o tom de voz. — Se veio para matar Harry, estou disposta a enfrentar vocês, dementadores ou seja lá mais o que, eu não vou carregar mais essa culpa de ser filha de um assassino!

Naquele ponto Amélia estava chorando e soltando soluços em meio a sua fala, Remus e Sirius alternavam seus olhares para Amélia e outros pontos do cômodo.

— Ele é um lobisomem! — Disse Hermione, fazendo Amélia olhar para ela. — Por isso ele não tem dado aula.

Remus começou a se aproximar de Hermione e Amélia abriu os braços em sua frente para tentar impedir que ele chegasse perto dela.

— Há quanto tempo você sabe?

— Desde que o Professor Snape pediu a redação.

— É, Hermione. Das bruxas da sua idade, é a mais inteligente que já conheci.

— Chega de conversa, Remo. Vamos matá-lo! — Disse Sirius impaciente.

— Espere!

— EU JÁ ESPEREI MUITO! - Sirius gritou. — Doze anos de espera... em Azkaban!

— Não diga como se não merecesse isso! — Amélia devolveu no mesmo tom, Sirius mal conseguia olhar em seus olhos agora. — Você matou minha mãe? — Perguntou com a voz falhando, por conta do choro que segurava.

— Sua mãe está morta. — Sirius finalmente olhou nos olhos de Amélia. — Mas não fui eu o responsável pela morte dela.

— Eu não acredito em você! — Amélia respondeu brava.

Sirius pegou a varinha de Remus e quando Amélia pegou a sua para poder se defender de qualquer ataque, Remus disse:

— Harry e Amélia possuem o direito de saber. — Remus disse para Sirius.

— Eu sei o porquê, ele traiu meus pais! — Disse Harry e Amélia virou seu rosto em sua direção, ele já sabia. — Por sua causa eles estão mortos!

— Não, Harry, não foi ele. Alguém realmente traiu seus pais, mas foi alguém que até recentemente eu achava que estava morto! — Negou Remus, explicando.

— E quem foi, então?

— Pedro Pettigrew! - Sirius respondeu. — E ele está neste quarto, agora! Vamos, apareça, Pedro! Saia, vamos brincar.

— Expelliarmus! - Snape apareceu, arrancando a varinha da mão de Sirius com o feitiço, fazendo todos ali se assustarem. — Como é doce a vingança. Sonhei tanto que fosse eu a encontrá-lo.

— Severo... — Começou, Remus.

Amélia parou de prestar atenção um pouco na conversa para olhar na direção em que Harry estava, vendo o mesmo de forma devagar pegar sua varinha para não chamar a atenção dos três que estavam brigando entre eles. Se perguntando o que ele queria fazer.

— Por que você não vai embora com seu kit de química, hein? — Perguntou Sirius para Snape.

— Sabia que podia matá-lo, mas por que negar isso aos dementadores? Eles estão tão ansiosos para ver você. Estou detectando um sinal de medo? Estou sim. O beijo de um dementador, pode-se imaginar como deve ser difícil. Dizem que é quase insuportável de se presenciar, mas vou fazer um esforço.

— Severo, por favor! — Remus pediu.

— Vá na frente. — Snape ordenou, fazendo sinal para que as quatro crianças ali presentes passassem.

Hermione segurou disfarçadamente a blusa de Amélia para que apenas Harry seguisse e quando ele deu alguns passos para frente, apontou a varinha para Sirius, mas mudou rapidamente para a direção de Snape, lançando o feitiço Expelliarmus, fazendo Severo ser lançado para longe.

— O que você está fazendo? — Amélia perguntou em um sussurro desesperado.

— Fale desse Pedro Pettigrew. — Harry ordenou ainda segurando a varinha, agora em direção ao Lupin.

— Ele estudou com a gente, achávamos que era nosso amigo!

— Mas você mesmo me disse que ele está morto, ele o matou. — Disse Amélia, apontando para Sirius.

— Ainda não! Eu achava isso, até que Harry mencionou ter visto ele no mapa.

— Mapa, do que estão falando?

— O mapa estava mentindo! — Harry respondeu.

— O mapa nunca mente! - Foi a vez de Sirius responder. — Ele está vivo e está bem ali! — Ele apontou para Rony.

— Eu? Ele é maluco! — Rony se defendeu.

— Você não, seu tolo. O seu rato!

— O Perebas está na minha família há...

— Doze anos? - Sirius o interrompeu e então Amélia encarou a rato, sem acreditar que ainda correu atrás daquele rato para ajudar Rony. — Uma vida muito longa para um rato comum como ele. Ele tem um dedinho faltando, não tem?

— E daí? — Rony perguntou, assustado.

— Tudo que acharam de Pettigrew foi... — Harry começou.

— Seu dedo. — Amélia completou.

— Esse covarde cortou o dedo para que todos achassem que estava morto. E depois ele se transformou em um rato!

Sirius pegou o rato às ordens de Harry, enquanto Rony estava desesperado chamando pelo Perebas. O rato foi colocado em cima de uma piano velho e tentava fugir, mas estava sendo cercado por Sirius e Remus, que tentavam acertá-lo com feitiços.

Os quatro entraram em choque quando viram o rato se transformar em um homem, eles estavam falando a verdade. Sirius e Remus puxaram ele e o colocaram de pé, apontando suas varinhas na direção dele.

— Remo? É o Sirius? Meus velhos amigos! — Disse Pedro Pettigrew, de forma falsa. Tentou fugir, mas foi segurado pelos dois, que o empurraram.

— Harry, olha só para você! É tão parecido com seu pai. — Disse ao olhar para o Potter, mas quando seus olhos pousaram em Amélia, o viu engolir o seco, nervoso. — A-Amélia... Você é idêntica a sua mãe. James e Cassandra, éramos tão amigos...

— Como se atreve a falar com ele e com a minha filha, seu desgraçado. — Sirius disse raivoso, agarrando seu braço e o puxando para longe de Harry e de mim. — E falar de James e Cassandra na frente deles?!

— Você entregou James e Lily para Voldemort, não foi? — Perguntou Remus.

— Eu não queria entregar... — Pedro respondeu, com voz de choro. — O Lorde das Trevas, as armas que possui. Me diz, Sirius, o que você teria feito?

— EU MORRERIA! Eu preferia morrer do que trair os meus amigos.

Uma correria começou entre os três, Pedro continuava tentando fugir, mas era em vão. Tinha duas varinhas apontadas em sua direção, não tinha como escapar.

— Você fez algo contra Cassandra naquela noite? — Sirius perguntou, aproximando ainda mais a varinha do pescoço de Pedro, que tremia. — Entregou ela como fez com James e Lily?

— Não! - Respondeu como se fosse algo óbvio. — Eu não fiz, eu juro! — Ele correu até Harry. — Harry, James jamais iria querer que me matassem. Seu pai, seu pai, teria me poupado. — Sirius e Remus o puxaram para longe de Harry novamente. — Amélia! - Pedro chamou pela garota. — Cassandra me ajudaria...

— O que está falando, seu idiota? — Harry acabou dando um leve sorriso, notando que Amélia tinha um jeito de falar parecido com de Sirius. — Cassandra seria a primeira a querer te enviar para forca! Se ela estivesse aqui faria questão de te fazer pagar por cada ano meu em Azkaban.

— Você deveria saber que se Voldemort não o matasse, nós o mataríamos!

— Não! — Disse Harry, chamando a atenção de todos.

— Harry, este homem... — Remus iniciou sua fala.

— Eu sei o que ele é. — Harry o interrompeu. — Mas vamos levá-lo ao castelo.

— Deus te abençoe, garoto. Deus te abençoe! — Pedro disse enquanto tentava se aproximar de Harry.

— Não me toque! — Harry ordenou. — Nós vamos levá-lo ao castelo. Os dementadores irão cuidar de você.

Amélia achava a decisão tola, mas permaneceu em silêncio, Pedro foi responsável pela morte dos pais de Harry, não iria se meter. Apesar de seu pai ter sido preso injustamente por causa dele.

Todos — com exceção de Snape — saíram da casa dos gritos, um pouco mais calmos, fazendo Sirius iniciar uma conversa.

— Desculpe a mordida. Deve estar doendo um pouco. — Disse para Rony.

— Um pouco? Quase arrancou minha perna!

— Eu queria pegar aquele rato! — Sirius se justificou. — Normalmente, me comporto muito bem quando me transformo em cão.

— Acho que eu também devo desculpas. — Amélia olhou para Sirius, que negou com a cabeça.

— Você estava certa em sentir raiva, eu agiria da mesma forma. Sabe, — Sirius deu uma pequena risada, colocando o braço sobre os ombros de Amélia. — Achei que teria a personalidade de Cassandra, mas se parece muito comigo, Amélia.

— Eu notei isso. — Harry entrou no assunto, recebendo um olhar de Amélia para que ele calasse a boca, mas foi ignorado. — Chamou Pettigrew de idiota da mesma forma que ela chama.

— Chama ele de idiota?

— Quando ele merece, sim. — Amélia confessa, dando de ombros.

— Precisam se dar bem, pois pretendo levá-los comigo assim que as coisas se acertarem.

— Nos levar, nós três juntos em uma mesma casa? — Amélia perguntou, sem acreditar. — Morar com o meu pai é ótimo, mas viver com Harry na mesma casa é uma missão impossível.

— Eu estou aqui, sabia?

— Eu sei, seu idiota. É para você escutar mesmo.

— Pelas barbas de Merlin, o que farei com vocês dois? — Perguntou Sirius, fazendo Hermione dar risada.

— Acredite, já deram trégua, já pediram desculpas, mas nunca pararam de odiar um ao outro.

— É tudo culpa dele! Se ele não tivesse me atropelado naquele dia...

— De novo isso? Já disse que a culpada foi você por ter ficado parada no meio do caminho.

— Eu e Cassandra começamos assim...

— Não pira, nunca vou gostar desse idiota.

— Muito menos eu! - Harry respondeu, de forma birrenta.

Quem eles queriam enganar?

Quando finalmente saíram, notaram que já era noite. Andavam em um ritmo lento para poder ajudar Rony, que tinha sua perna machucada.

Amélia e Harry tinham expressões mais radiantes, estavam realmente felizes, finalmente algo bom estava acontecendo. O sorriso da nova Black se desmanchou quando as nuvens que cobriam a lua saíram da frente, dando a visão da lua cheia.

— Pai... — Amélia o chamou quase em um sussurro quando olhou para Lupin e viu todo seu corpo começar a tremer.

Se juntando à Hermione e Rony, Amélia e Harry encaravam a cena com os corações desesperados por conta da preocupação. Amélia estava vendo seu padrinho se transformar em um lobisomem.

Sirius foi ajudar o amigo e Pedro tentou se aproveitar da situação, pegando a varinha, mas logo foi desarmado. Pettigrew voltou a se transformar em um rato e começou a fugir.

O trio arregalaram os olhos quando viram Amélia correr na direção de Pedro. A garota já longe, podia ouvir Sirius chamar pelo seu nome. O Black não sabia se deveria ir atrás dela tendo Lupin ali já transformado ou ficar perto dele em sua forma animaga para evitar de que ele machucasse alguém ou a si próprio.

Amélia corria pela floresta, com sua varinha em mãos, alguns pequenos galhos e folhas por sua roupa e cabelo. Pedro era menor por conta da forma animaga, o que lhe dava vantagem sobre Amélia, que quando precisou de abaixar para passar por conta dos galhos e folhagens perdeu Pettigrew de vista.

Permaneceu parada no mesmo lugar, olhando em volta com a respiração ofegante e frequentemente virava a cabeça por conta dos barulhos que ouvia perto de si. Recuou um pouco quando escutou um uivo e ao olhar para o lado, deu um pulo de susto quando viu uma coruja sobre um tronco de árvore caído.

— Qual é a probabilidade de você também ser algum animago? — Amélia brincou para tentar aliviar a própria tensão.

— Parece que se perdeu na floresta, Lia.

Amélia se assustou quando repentinamente escutou a voz e acertou o cotovelo com tudo na pessoa. Quando ouviu o gemido de dor, se virou rapidamente e levou a mão até a boca ao ver que se tratava de Harry.

— Está maluco? — Perguntou, brava — O que veio fazer aqui?

— O que você veio fazer aqui? — Devolveu a pergunta. — Está cheio de dementadores por aqui e você tentando dar uma de heroína!

— E você dando um de príncipe encantado, tentando salvar uma donzela. Volte para o seu mundinho de conto de fadas!

— Você, uma donzela? Está mais para uma ogra. — Amélia ameaçou lhe dar um soco.

— Dá para vocês falarem mais baixo? — Hermione sussurrou, aparecendo atrás de Harry, fazendo Amélia notar sua presença ali.

Quando viram Lupin surgir em meio às árvores começaram a correr na esperança de poder lhe despistar.

Ao se esconderem atrás de uma árvore, ficaram em profundo silêncio, tentando não respirar até que ele pudesse ir embora.
Notando que ele parecia ter ido embora, tentaram espiar e não viram mais Lupin ali. Suspiraram aliviados, mas logo tomaram outro susto, ele estava bem ao lado deles.

Os três voltaram a correr, Amélia estando um pouco mais atrás acabou saindo do rumo que seguia juntamente de Hermione e Harry após sentir ser puxada para trás de algumas pedras grandes. Apavorada, encarou a mão gelada que a puxou coberta por uma capa preta. Subindo o olhar, na esperança de ver o rosto da pessoa, mas nada, dava para ver nada além de dois brilhos vermelhos que acreditava vir dos olhos do desconhecido e alguns fios longos e loiros fugindo da capa.

— Quem é você? — Perguntou assustada.

Não obteve nenhuma resposta, apenas observou o dedo pálido e fino ser levantado, fazendo sinal de silêncio.

Amedrontada demais para fazer o contrário, ficou em silêncio, acompanhada do silêncio da floresta e do ser ou pessoa que estava lhe ajudando a se esconder.

Quando Amélia escutou gritos, mas precisamente de Harry, se levantou bruscamente, tendo o movimento seguido pela pessoa encapuzada.

— Não sei quem você é, suas intenções ou o motivo de ter me ajudado. Agradeço pela ajuda, mas se resolver me seguir, não vou pensar duas antes de te matar.

Amélia correu na direção de onde escutou o grito. Afastando as folhagens, ela pode ver de longe, depois do lago, Harry sentado no chão e Sirius desmaiado, ambos tendo suas almas sugadas pelos Dementadores. Seu coração começou a bater de forma desesperada e suas mãos tremendo. Não, não podia perdê-los.

Puxando sua varinha, Amélia a ergueu na direção dos dois e gritou:

EXPECTO PATRONUM!

Amélia não sabia exatamente o que estava sentindo e quando seu feitiço do patrono tomou forma de uma corsa, ficou ainda mais confusa.

De volta com dois capítulos para compensar a semana passada que não consegui atualizar 🫶

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top