09: capítulo

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↳˳⸙;; ❝LUNAᵕ̈ ೫˚∗:

Enquanto a noite tomava conta de La Push, eu me encontrava sozinha em casa, estudando alguns feitiços. Eu gostava de passar o tempo assim, descobrindo mais sobre o que eu podia fazer. A quietude da noite era perfeita para minha concentração.

Até que senti um cheiro conhecido. Antes que a pessoa pudesse bater na porta, corri em velocidade de vampiro e a abri.

- Paul Lahote, a que devo a honra da sua indesejável visita? - ironizei.

- Tem certeza que é indesejável? Você veio abrir a porta antes mesmo de eu bater nela. - debochou.

- Isso não quer dizer nada. Então, o que deseja, hum? - perguntei, curiosa.

- O pessoal tá te chamando pra ir pra praia de La Push. A gente tá fazendo uma fogueira lá, comidas e tals... - explicou, e eu assenti.

- Agora? - perguntei, e ele assentiu.

- Sim, você vai? - ele perguntou. Pensei por alguns segundos. Não seria nada mal ir, afinal, eu não tinha mais nada para fazer em casa além do que já estava fazendo, mas isso eu podia fazer em outro momento.

- Claro, vou só trocar de roupa. Você veio de quê? - perguntei.

- De moto, quer uma carona? - perguntou, e eu dei um sorrisinho de lado.

- Só se você me deixar dirigir. - falei, e ele suspirou.

- Não valeu, não tô afim de morrer. - debochou, e eu revirei os olhos.

- Eu vou dirigir sim, e não tem como você negar. Eu volto já, pode entrar, Lahote. - disse, e ele assentiu. Rapidamente, fui ao quarto me arrumar e, em alguns minutos, já estava novamente na sala.

- Vamos. - ele disse, e saímos para o exterior da minha casa.

Na minha velocidade de vampiro, fui rapidamente para cima da moto de Paul.

- As chaves. - ordenei, e ele bufou.

- Você tem certeza que sabe dirigir? - ele perguntou, parecendo preocupado.

- Se a gente cair, do chão não passa, lobinho. - ironizei, e ele me entregou as chaves e o capacete. - Melhor tirar esse capacete da minha frente.

- Você tem que usar, é pra sua segurança. - ele disse. É estranho eu achar fofo ele tão cuidadoso assim comigo? Mas entendo, é o lance do imprinting.

- Relaxa, Paul, eu garanto que não preciso de capacete. - disse, e ele assentiu forçadamente e subiu na moto atrás de mim.

Acelerei com tudo, e Paul segurou rapidamente e forte na minha cintura.

- Tá ficando maluca, eu ia caindo. - resmungou, e eu dei uma risada alta.

- Segura, lobão! - gritei, animada, e empinei a moto, sentindo Paul reclamar comigo atrás de mim.

- Você é completamente doida, mulher! - ele disse no meu ouvido, e eu senti um arrepio percorrer meu corpo.

O caminho de mais ou menos oito minutos foi todo com Paul resmungando que a gente ia morrer atrás de mim.

Parei a moto já na areia da praia, e a atenção de todos foi toda para nós. Estavam todos ali: Jared, Kim, Jacob, Embry, Seth, Leah, Sam, Emily e pude notar também Bella Swan e o velho Billy Black.

- Eu não acredito no que meus olhos estão vendo, Paul Lahote deixando uma garota pilotar a moto dele? - Jared brincou.

- É melhor calar essa boca. - Paul resmungou, sentando ali em alguns bancos que tinham ao redor da fogueira.

- Boa noite a todos, fiquei surpresa com o convite. - disse, sentando ali, da mesma forma que ele, no lugar que sobrava ao lado do lobo estressado, Paul Lahote.

- Todos acharam uma boa ideia você participar. Aliás, você tem muitas histórias pra contar, não é? - Billy disse, e eu sorri levemente.

- Por que? - Bella perguntou, me olhando.

- Ela é uma tribrida. - Jacob respondeu, e a garota me olhou confusa.

- O que é isso? - perguntou, curiosa.

- Ela é vampira, lobisomem e bruxa. - Jared disse de boca cheia, e Kim deu um beliscão nele, que resmungou.

- Nossa... como isso é possível? - Bella perguntou, surpresa.

- É uma longa história. - respondi.

- Aliás, quantos anos você tem? O Billy fala como se você vivesse desde os tempos dos dinossauros. - Embry disse, e eu ri.

- Bom, é quase, né? - respondi, pegando um bolinho que tinha ali.

- Como assim? - Leah perguntou.

- Ela tá com vergonha de falar que é mais velha que eu. - Billy brincou, e eu revirei os olhos.

- Calado, velhote. - resmunguei, e ele riu junto dos outros.

- Já que você tá fazendo um suspense pra responder sua idade, que tal a gente chutar? - Embry sugeriu.

- Bom, tentem. - respondi, assentindo em concordância.

- Sessenta anos? - Embry perguntou, e eu neguei.

- Meu Deus, então é mais que sessenta? - Jared perguntou, surpreso.

- Sim. - respondi.

- Que velha... - Paul debochou do meu lado, e eu mandei o dedo pra ele, que colocou um marshmallow no meu dedo como se fosse um anel.

Bufei e enfiei o dedo na boca, tirando o marshmallow e comendo.

- Que delícia. - provoquei, mastigando, e Paul me olhou fixamente, passando a língua nos lábios e desviando o olhar. Eu podia ouvir o coração acelerado dele.

- Você tem o que então? Cem anos? - Sam perguntou.

- Mais... - disse, e ele arregalou os olhos.

- Quinhentos anos? - Seth perguntou.

- Mais... - falei, coçando a nuca. Paul parecia cada vez mais chocado com isso.

- Setecentos? - Jacob chutou.

- Mil e quinhentos... - disse de vez, e todos, menos Billy, que já sabia, me olharam surpresos e chocados.

- Meu Deus... isso é difícil de acreditar. - Emily comentou. - Você parece ser tão nova, mas já viveu muito.

- Eu parei de envelhecer aos dezenove anos. - disse, e eles me olharam curiosos. - Meu lado vampira e lobisomem foi ativado nessa idade também.

- E o lado bruxa? - Paul perguntou.

- Sempre esteve comigo desde bebê. - respondi, e ele me olhou. Parecia querer saber tudo sobre mim.

- Você é mais velha que meu pai. - Jacob disse, rindo.

- Infelizmente, sou. - ri levemente, e Billy também.

- Como vocês se conheceram? - Leah perguntou para mim e Billy.

- Por volta dos meus 17 anos, conheci Luna quando ela começou a frequentar a comunidade de La Push junto com o avô dela. Viramos amigos. Com o tempo, descobri tudo sobre ela, mas nossa amizade se fortaleceu mais quando Luna salvou a comunidade de um ataque de um clã de vampiros. Luna salvou muitas pessoas.

- E matei vários vampiros. - disse, e ele sorriu. - Eu era meio teatral na época.

- Mas você já era vampira nesse tempo, não é? - Bella perguntou.

- Sim, mas não como eles. Eu não saía por aí enfiando as presas no pescoço de qualquer um. - disse.

- Que bom, você não era tão malvada como contam nos livros. - Seth disse.

- Esse livro é uma mentira. - Paul disse sério, e eu me impressionei por ele ter dito isso na frente de todos.

Foi então que decidi compartilhar um pouco mais sobre minha história, sentindo que era o momento certo.

- Minha linhagem é antiga e complicada. Meu avô era um grande guerreiro, um lobisomem alfa de uma matilha poderosa. Minha avó era uma bruxa com habilidades extraordinárias. Eles se apaixonaram e tiveram minha mãe, que herdou poderes de ambos os lados. Quando minha mãe conheceu meu pai, um vampiro de um clã nobre, houve muita resistência das famílias, mas o amor deles foi mais forte. E então, eu nasci.

Todos me olhavam com fascinação enquanto eu contava minha história.

- Minha família fez muitos sacrifícios para me proteger e esconder minha existência. Sempre estivemos na mira de outros clãs que queriam nossos poderes. Cresci aprendendo a lutar e a me esconder, sempre em alerta. Mas nem tudo foi perfeito...

Senti um peso no coração ao continuar.

- Meu pai... ele traiu minha mãe. Ela descobriu e foi devastador para ela. O ódio que ela sentiu não foi só por ele, mas por mim também. Ela sentia que, de alguma forma, eu era parte dele, e isso a consumiu. Uma noite, em um acesso de fúria, minha mãe matou meu pai. E então, consumida pela dor e pela loucura, ela se matou.

Houve um silêncio pesado ao meu redor.

- Mas a história não termina aí. - continuei, com a voz embargada. - No momento de sua morte, minha mãe lançou um feitiço antigo e poderoso, transferindo sua alma para dentro de mim. Por anos, eu carreguei a alma dela, e sob sua influência, cometi atrocidades que me fizeram ser considerada um monstro.

Os rostos ao meu redor estavam chocados e comovidos. Eu podia ver a compreensão nos olhos de alguns, enquanto outros ainda processavam o que haviam ouvido.

- Isso deve ter sido terrível para você. - Emily disse, com empatia.

- Foi um inferno. - admiti. - Mas, eventualmente, eu encontrei uma maneira de expulsar a alma dela do meu corpo. Foi uma batalha interna intensa, mas eu consegui me livrar dela. No entanto, a culpa e o trauma das ações que cometi sob sua influência ainda me assombram.

Os rostos ao meu redor estavam chocados e comovidos. Eu podia ver a compreensão nos olhos de alguns, enquanto outros ainda processavam o que haviam ouvido.

- Você realmente passou por muita coisa, Luna. - ele disse suavemente. - E mesmo assim, você está aqui, ajudando as pessoas. Isso diz muito sobre quem você realmente é.

Sorri levemente, sentindo uma onda de gratidão pelo lobo.

- Obrigada, Paul. - disse, sincera.

- Acho que todos nós devemos muito a você, Luna. - Seth disse, com seriedade. - Você não é um monstro. Você é uma heroína.

Os outros assentiram, e eu senti uma sensação de pertencimento que não sentia há muito tempo. Ali, na praia de La Push, com meus novos amigos, eu sabia que tinha encontrado um lugar onde finalmente poderia ser eu mesma.

E, por mais que meu passado fosse sombrio, eu estava determinada a fazer um futuro melhor para todos nós.

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