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↳˳⸙;; ❝LUNAᵕ̈ ೫˚∗:

Chegamos à casa de Billy rapidamente, o ar estava pesado com a tensão do momento. Os garotos levaram Jacob para dentro e o colocaram com cuidado na cama. Enquanto faziam isso, senti o olhar de Billy sobre mim, cheio de surpresa e talvez um pouco de reconhecimento. Fazia anos desde a última vez que nos vimos.

— Luna? — Billy finalmente disse, a incredulidade em sua voz evidente.

Assenti, mas não havia tempo para lembranças. O filho dele estava sofrendo.

— Jacob, vou tirar um pouco da sua dor até que Carlisle chegue, tudo bem? — disse, tentando manter a voz calma, o que era um pouco difícil porque eu tinha a língua mais afiada que uma faca.

Os lobos ao redor de mim ficaram em silêncio, seus olhos arregalados enquanto eu começava a conjurar a magia. Minhas mãos começaram a brilhar com uma luz suave e roxa, e eu as coloquei sobre o corpo machucado de Jacob. Senti a energia fluindo de mim para ele, aliviando a dor e acalmando seus nervos.

Os lobos estavam atônitos, seus olhos fixos em mim enquanto eu trabalhava. A surpresa em seus rostos era palpável. Nunca tinham visto nada assim antes.

— Como... — um deles começou, mas não terminou a pergunta, o choque era evidente.

Continuei focada, vendo Jacob relaxar um pouco sob meu toque. Quando finalmente parei, a sala estava em silêncio absoluto. Olhei para Billy, que tinha uma expressão mista de surpresa e algo que parecia... esperança?

— Obrigado, Luna. — Billy disse, sua voz baixa mas cheia de gratidão.

Assenti novamente, me afastando da cama. Carlisle não demoraria a chegar e, até lá, Jacob estaria um pouco mais confortável. Os lobos ainda me olhavam com admiração e confusão, mas não era o momento para explicações detalhadas. Eles sabiam que eu era diferente.

Depois de um tempo, Carlisle chegou e fomos todos para o lado de fora da casa.

— O que você é? — um deles perguntou.

— Longa história, compra o livro depois — respondi, e Billy me olhou.

— Já faz 40 anos desde a última vez que nos vimos, e você ainda continua nova — ele disse, e eu sorri de lado.

— E você tá bem velho... e cadeirante, o que foi que aconteceu com você? — perguntei, e ele sorriu levemente.

— É uma longa história também, acho que tenho que te apresentar pra eles... — ele disse apontando para os lobos que estavam ali. — Esse é Sam, o alfa, Embry, Jared, Seth, Leah e Paul.

— Eu sou Luna... Luna Petrova — falei olhando cada um, especialmente o que descobri se chamar Paul. Ele me olhava esquisito; depois vou perguntar qual o problema dele.

— Petrova? Tipo aquela bruxa? — Seth disse curioso.

— Em carne e osso — disse sarcasticamente, e ele arregalou os olhos.

— Que tipo de vampira é você? Eu nunca vi nenhum vampiro com essa habilidade... — Paul disse, e eu o olhei. A voz dele até que era bonitinha, e ele também.

— Digamos que eu não sou só uma vampira... — falei, e eles me olharam curiosos.

— E você é o quê, então? — Leah perguntou, parecendo sem paciência.

— Uma tribrida? Já ouviram falar de mim? — perguntei com um sorrisinho.

— Meu Deus... — Jared disse impressionado.

— Luna é metade vampira, metade lobisomem e metade bruxa — Billy completou, e eu sorri de lado ao ver o choque na cara de cada um.

— Isso é loucura... — Paul disse, me olhando.

— No lugar de vocês, eu também acharia, mas é o que eu sou — falei e troquei olhares com Paul.

O olhar foi interrompido com um grito de Jacob.

— Coitado — disse, sentando em um banco ali.

— Você vai ter que ajudá-lo novamente depois, ele voltou a sentir dor — Billy disse.

— Claro que ele tá sentindo dor, o loiro tá macetando os ossos dele — falei ao ouvir outro grito de Jacob.

— Vai ver tá descontando a raiva dos lobos no Jacob — Jared disse em tom de brincadeira, e eu o olhei.

— Ele é mocinho, não faria isso — disse irônica, e alguns riram, menos Paul, que ainda me olhava atentamente.

— Eu tô cagada? — perguntei, olhando pra ele, e ele olhou pra baixo sem jeito, rindo fraco.

Os outros estavam rindo também.

— O quê? Não... quer dizer, eu não entendi — ele respondeu.

— Não é porque você não tira o olho de mim, aí eu pensei que eu tava, sabe — disse irônica, e ele fez uma expressão séria pra mim, e eu dei um sorrisinho sarcástico.

Ele parece ser bem estressadinho.

Carlisle saiu pela porta e nos olhou.

— O pior já passou, ele vai ficar bem. Dei morfina, mas a temperatura dele vai anular o soro. Vou voltar para uma perfusão — disse Carlisle.

— Obrigado — Billy disse, estendendo a mão pra ele, que retribuiu.

— Ele te chamou — Carlisle disse, olhando pra Bella, que, depois de anos, eu fui perceber a presença dela ali.

— Agora estou confusa. Ela é namorada do Jacob ou do magrelo pálido? — perguntei, e Jared riu.

— Magrelo pálido? Essa foi muito boa — Jared disse rindo.

— Eu acho que ela gosta dos dois — Embry comentou.

— Ela gosta de maltratar o Jacob, o coitado só vive na esperança — Leah comentou.

— Estão afim de comer alguma coisa? Acho que todos vocês merecem depois dessa luta — Billy perguntou, olhando pra todos.

— Eu adoraria! — Jared disse animado, entrando na casa junto com os outros da alcateia.

— Eu acho que já vou indo — falei, ao ficar a sós com Billy.

— Não seja teimosa, come algo primeiro. Eu sei que você ama macarronada, principalmente a da minha irmã — Billy insistiu que eu ficasse para o jantar, então sentei na cadeira restante de frente para Paul.

A comida começou a ser servida, e a tensão no ar começou a se dissipar enquanto os lobos se acomodavam ao meu redor.

— Então, Luna — Sam começou, pegando um prato de macarronada —, você pode nos contar mais sobre a sua história? De onde você veio?

Eu respirei fundo, pensando em como resumir minha complicada história.

— Bem, eu já nasci tribrida. Minha mãe era uma poderosa bruxa e meu pai, um vampiro. Além disso, carrego o gene de lobisomem. Então, sempre fui uma mistura das três raças — disse, observando as reações deles enquanto falava.

— Uau, isso é... inacreditável — disse Embry, balançando a cabeça. — E onde você mora agora?

— Atualmente, estou em New Orleans, ajudando alguns amigos — respondi, pegando um pedaço de pão.

— E o que te trouxe de volta aqui? — Leah perguntou, ainda com uma expressão desconfiada.

— Gosto de uma boa luta e devo um favor a Carlisle de muitos anos atrás — respondi, olhando brevemente para Billy. — Então, achei que era uma boa oportunidade para pagar essa dívida.

— É impressionante que você tenha essas habilidades — disse Seth, ainda parecendo admirado. — Você sempre soube que era diferente?

— Sempre soube que havia algo especial em mim, mas foi só quando minhas habilidades começaram a se manifestar que percebi o quão diferente eu realmente era — expliquei, sorrindo para ele.

Paul estava em silêncio, me observando atentamente. Havia algo nos olhos dele, algo que eu não conseguia decifrar.

— E você, Paul? Por que está tão quieto? — perguntei, provocando-o um pouco.

— Só estou tentando entender tudo isso — ele disse finalmente. — Você é... algo que nunca vi antes.

— Isso é verdade — ri levemente. — E você? O que faz quando não está lutando contra vampiros?

Paul deu um meio sorriso.

— Protegendo a tribo. Nada tão emocionante quanto a sua história, claro.

— Proteger aqueles que amamos é uma das coisas mais nobres que podemos fazer, Lahote — respondi sinceramente, e ele assentiu.

— E quanto ao seu futuro, Luna? O que você pretende fazer? — Billy perguntou, desviando a conversa.

— Ainda estou descobrindo isso — admiti. — Mas, por agora, estou aqui para ajudar no que for necessário, matar mais vampiros que forem ameaça.

— Bem, é bom ter você de volta — disse Billy, com um sorriso sincero. — E, claro, bom ver que ainda gosta da macarronada da minha irmã.

— Sempre será a minha favorita — respondi, pegando mais um pouco da comida deliciosa.

Sam parecia curioso.

— Então, Luna, como é ser uma tribrida? Você deve ser bem poderosa.

— Dá pra dizer que sim — respondi com um sorriso. — Mas também significa que eu tenho responsabilidades e inimigos em dobro.

Paul arqueou uma sobrancelha.

— Responsabilidades, hein? E você é boa em lidar com elas?
— Muito boa. — olhei diretamente para ele. — Melhor do que alguns que conheço.

— Tem certeza? — Paul sorriu de lado, desafiador.

— Absoluta. — provoquei de volta. — E você? Tem certeza de que está à altura de um desafio?

Os outros lobos riram baixo, aproveitando o clima de provocação.

— Sempre. — Paul respondeu, seu olhar intenso cravado no meu.

— Que bom. — pisquei para ele. — Porque eu não costumo perder.

Seth interrompeu, tentando aliviar a tensão. — Parece que vocês dois já estão prontos para a próxima luta.

— Quem sabe? — falei, ainda olhando para Paul. — Talvez algum dia a gente descubra.

— Isso vai ser interessante de ver. — Sam disse, sorrindo. — Muito interessante mesmo.

A conversa continuou, com os lobos fazendo perguntas sobre minhas habilidades, minha vida e minhas experiências.

— Eu já vou indo, lembrei que deixei meu carro no acostamento da pista. — disse, ficando de pé.

— Você vai voltar? — Seth perguntou.

— Voltar pra onde? — perguntei.

— Pra La Push, visitar a gente. — Jared respondeu e deu batidinhas nas costas de Paul, o que eu achei estranho.

— Não sei, talvez eu venha aqui pra... comer? Algo assim. — respondi.

— E pra visitar seu velho amigo também, precisamos beber uma juntos. — Billy brincou, e eu ri.

— Você tá muito velhote, acho que não aguenta um porre. — disse, e ele riu.

— Vamos pagar pra ver. — Billy brincou.

— Bom... tchau. — disse para todos e saí da casa, mas ouvi passos atrás de mim.

— Não é seguro você ir sozinha agora. — disse Paul, e eu me virei para olhá-lo.

— Não entendi a preocupação, eu sei me cuidar, Lahote. Acho que não tem nenhum louco aqui para mexer comigo. — disse, e ele suspirou.

— Você é sempre tão teimosa assim? — ele perguntou.

— Teimosa e sem paciência... — disse, e ele sorriu de lado.

— Qualquer coisa, você uiva, já que é uma loba. — ele disse, e eu revirei os olhos.

— Boa noite, Lahote. — falei e o olhei por uma última vez antes de sair na minha velocidade de vampira.

Cheguei no lugar que tinha deixado meu carro e fui até Seattle, onde aluguei um hotel para ficar temporariamente.

↳˳⸙;; ❝  ᵕ̈ ೫˚∗:↳˳⸙;; ❝  ᵕ̈ ೫˚∗:↳˳⸙;; ❝  ᵕ̈ ೫˚∗: