𝗠𝗮𝗻𝘀𝗮̃𝗼 𝗛𝗮𝗿𝗴𝗿𝗲𝗲𝘃𝗲𝘀
[08:23]

ABRO MEUS OLHOS LENTAMENTE POR CONTA DA CLARIDADE DO QUARTO, já era de manhã olho o horário em meu relógio mesinha ao lado da cama.

E já tinha passado duas hora e vinte três minutos, ou seja eu tô muito atrasada.

Papai é bem rígido em relação a ser pontual.

Entro no banheiro de meu quarto e tomei um banho rápido porém deu pra me lavar bem. Abri meu armário e vestir o meu uniforme branco.

Pentei meus cabelos brancos e apenas prendi duas mechas com duas fivela, as colocando pra trás.

Descendo as escadas e caminho até a sala e encontro um homem dormindo sem roupa.

Na verdade só de cueca.

Era Klaus.

-- Então não era um sonho? __ Penso alto. Tudo que aconteceu ontem não foi ilusão ou um sonho.

Todos cresceram, Ben morreu e Five voltou do futuro e está num corpo de treze anos.

Ben: Na verdade é tudo real.
__ Um voz rouca, bom, nem tão rouca assim, ecoa na sala. Olho para o outro sofá e vejo um homem de moletom e jaqueta de couro usando capuz.

-- Benny? __senti meus olhos encherem de lágrimas.

Ben: Espera. Você consegue me ver?

-- É claro que tô te vendo.__ Digo óbvia, mas me dou conta. __ -- Deve ser coisa da minha cabeça. Aí meu Deus eu tô ficando louca?

Toco em minha cabeça piscando os olhos pra ver se eu tô alucinando ou algo do tipo.

Ben: Você não tá louca.

Escuto alguns gritos vindo de Klaus, parecia que tava tendo um pesadelo. Até que o moreno se levanta rapidamente no sofá.

Ben: Sabia que você fala dormindo?
__ Diz para o irmão. Klaus foi até o chão procurando algo. __ -- Nem adianta, a droga acabou.

-- Então quer dizer que você Klaus se tornou um drogado?

Klaus: Você consegue escutar o Ben?

-- Não muda de assunto Klaus. Se tornou um drogado?

Klaus: Claro que não, é apenas...
__ Tenta achar um palavra para descrever melhor.

-- Drogas. São drogas. Isso faz mal a saúde.

Klaus: Olha aqui Princesa Branca não tô com saco para sermões de uma criança a essa hora da manhã.

-- Temos a mesma idade.

Klaus: Mas quem está com a aparência de quatorze não sou eu.

Ben: Eu tive uma ideia, que tal começar o dia com algo saudável, tipo ovos mexidos.

Klaus: Não dá pra fumar ovo. __ Diz segurando um cigarro indo até um dos armários.

Escutamos um tosse.

Pogo: Bom dia Srta. Crystal e Sr. Klaus.

Klaus: Que susto !
__ Escondeu o cigarro.

Pogo: Minhas sinceras desculpas Sr. Klaus. Alguns objetos do escritório do seu pai sumiu, especialmente uma caixinha cravejada de pérolas

Eu e Ben o olhamos em reprovação.

Klaus: Sério? Não me diga.
__ Se faz de desentendido.

Pogo: O senhor sabe onde pode estar?

Klaus: Não não. Não faço ideia.
__ Era evidente que estava mentindo. Ben confirmou isso quando fez uma careta.

Ben: Mentiroso.

Klaus: Cala a boca.

Pogo: Que grosseria.

Klaus: Não foi com você. É que eu tive que lidar com muitas coisas, várias memória na cabeça daqueles bons tempos. Na verdade nem tão bons assim. Tempos horríveis, terríveis e deprimentes.

Pogo: O conteúdo daquela caixa é inestimável. Caso achem um jeito de voltar para o escritório, quem será que tenha pegado será inocentado de toda a culpa e de suas consequências.

-- Então que cara sortudo não?

Então Pogo sai da sala. E volto meu olhar para o maior.

-- Deixa eu ver. Você pegou a caixa trocou por dinheiro e conseguiu comprar drogas.

Klaus: Será que dá pra sair do meu pé?

-- Eu não tô no seu pé. __ Cruzei os braços.

E volto meu olhar para Ben.

Ele havia ficado tão bonito adulto. Ele continua fofo porém com um ar maduro.

Klaus: É bem emocionante esse reencontro de casais, bom, ex-casais.
__ Rir debochando subindo para seu quarto. __ -- Mas tenho que tomar um banho.

Ben: Eu senti sua falta.

-- Ben... você... __ Era impossível segurara as lágrimas.

Ben: Por favor não chora. Eu odeio te ver assim.

-- Você se foi pra sempre... eu não sei o porque consigo te ver.

Ben: Eu também não sei o por quê de você consigui me ver, deve ser um novo poder. Mas enquanto eu puder eu ficarei com você

-- Eu sinto muito pelo o que aconteceu com você. Tinha muito o que viver.

Ben: Eu também sinto. E eu tinha esperança de que acordaria, eu nunca perdi a fé. E agora está desperta e bem.
__ Sorrir, era um dos sorrisos mais lindos e sinceros, eu amava ver N° 06 sorrir.

Eu o amo.

-- Está tudo tão confuso sabe. Ainda tô tentando me acostumar.

Ben: Sei que por você ser criança, pode ser errado o que eu vou falar... mas eu nunca parei de te amar.

Abrir um sorriso e sinto as lágrimas molharem minha bochechas.
Eu o amo tanto... e não podemos mais ter o tínhamos antes.

Nem termos um futuros juntos...

Ben morreu... meu coração está em pedaços desde que descobrir, que não o teria de novo.

Eu sei que éramos muito jovens quando começamos a namorar. Mas o amor não muda, independente da idade.

Crescemos juntos, Ben foi meu primeiro amor, primeiro beijo, primeiro pessoa que amei com tanta intensidade, mesmo com tão pouca idade.

Five: Tá falando sozinha?É algum tipo de sintoma depois de ter ficado dezesseis anos dormindo?

Escuto a voz do garoto atrás de mim. Me assustei e me virei para olhá-lo.

-- Eu não tô falando sozinha. Tenho uma boa companhia.

Five: Quem? Jesus?

-- Estou falando de Benny.

Five: Ah seu namorado. __ Revira os olhos. __ -- Você tava chorando?

- Ahaa não. Caiu um cisco em meu olho__ Limpo minhas lágrimas.

Five: Não adianta mentir pra mim. Eu te conheço bem, Crystal.

Me olhou intensamente, como se pudesse enxergar até minha alma. O que me fez ficar desconfortável.

Envergonhada, talvez.

Five: Um novo poder? Se pode ver o Ben então é um novo poder.

-- Acho que sim.

Five: Entendi. Oi Ben. __ Mando um tchau pro lado oposto onde o asiático estava.

Ben: Eu tô aqui.
__ Disse do outro lado da sala. Mesmo sabendo que ele não escutaria.

Five: Sabe onde está Klaus?
__ Pergunta com as mãos nos bolsos da calça.

-- Ele foi tomar banho. Você saiu cedo. Onde estava?

Five: Eu não te devo satisfações.

-- Ei cara pra que tanta grosseria!?
__ Reviro os olhos cruzando meus braços.

Five: Acho que temos algo em comum. __ Sorrir Debochado. __ -- Tanto faz. Vou esperá-lo terminar de se banhar. __ Diz enquanto se senta na mesa do bar e prepara uma bebida.

-- Não pode beber.
__ Disse e me arrependi de dizer. As vezes eu esqueço que não somos mais crianças.

O Five não era mais criança.

Five: Eu tenho idade pra ser seu avô.

- Eu ainda estou tentando assimilar tudo. __ Me sento no sofá olhando para um ponto aleatório.

Five: Vai se acostumar.

De repente ficou um silêncio desconfortável. Eu não iria falar com número Cinco.
E parece que ele não tava pra papo.

Ben já tinha sumido.

Five: Eu posso confiar em você, certo? E preciso saber que não vai me achar maluco.
__ Sua voz soou me fazendo olhá-lo.

- O que quer dizer com isso?

Five: Não responde minha pergunta com outra. Só diga que sim ou não.

- Eu não posso prometer nada. O que tem pra me dizer?
__ Me levantei do sofá e me sentei ao seu lado.

Five: O velho tava certo... viajar no tempo é um jogo de azar, mergulhei no gelo e não virei noz.

- O que aconteceu com você nesse tempo todo? O que você viu no futuro? Como eu tava?

Five: Uma pergunta de cada vez. __ Dar um gole em sua bebida. __ -- O futuro tá uma merda. E você tava morta. Assim como todos.

- Como assim?

Five: O mundo vai acabar daqui a oito dias. Agora Sete.

- Espera. O que? Como assim?

Five: Eu não sei como aconteceu. Só sei que aconteceu. E eu quero impedir que isso aconteça de novo.

- Como vai fazer isso?

Five: Acredita em mim? A Vanya acha que eu preciso de um psicólogo.

- Por que não acreditaria? Temos poderes, você viajou no tempo. Eu não duvido de mais nada. Eu quero ajudar com o que for preciso.

Five: Bom, vamos conversar com Klaus, ele vai nos ajudar com uma coisinha.
__ Diz se levantando indo até as escadas.

O acompanhei e fomos até o quarto de Klaus e Cinco explicou que ele tinha que se vestir de forma adequada porque ele iria se passar como pai de nós dois.

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Agora o quarto de Five. Klaus tava escondido dentro do armário e eu no banheiro.

Vanya: Graças a Deus. Eu fiquei preocupada.

Five: Desculpa sair sem avisar.
__ Diz com uma voz mansa.

Vanya: Desculpa eu que não soube ouvir. Eu não consegui processar o que você tava dizendo. Ainda não consigo, pra falar a verdade.

Five: Tá certa de agir assim. Talvez não tenha sido real. Como você disse o velho dizia que viajar no tempo pode contaminar a mente.

Vanya: Eu não sou a pessoa certa pra ouvir você falar dessas coisas. Eu me consultava com uma terapeuta. Eu posso te passar o número dela.

Five: Valeu. Eu vou descansar um pouco. Faz muito tempo que eu não dormir de verdade.

Vanya: Tudo bem.
__ Diz saindo do quarto.

Klaus sai do armário derrubando as coisas no chão e eu sair do banheiro.

Five: Para de fazer barulho, ela vai escutar.

Klaus: É tão tocante esse negócio de família, nosso pai, o tempo.

Five: Eu não te disse pra vestir um coisa profissional?

Klaus: Essa roupa é a melhor que eu tenho.

- Dá pra ver que não tem senso de moda.

Klaus: Crystal será que dá pra fechar a boquinha?

- No dia que tiver autoridade sobre mim aí eu fecho. Ou seja nunca.

Five: Não tenho tempo pra isso. __ Revira os olhos. __ -- Vamos procurar um roupa melhor no guarda-roupa do velho.

Klaus: Tá. Contanto que me pague.

Five: Só quando acabar o serviço.

Klaus: Tá. Deixa eu ver se eu entendi. Só tenho que ir pra esse lugar e fingir ser pais de vocês dois.

- Acertou em cheio.

Klaus: Mas como vai ser a história?

Five: Como assim. O que tá falando?

Klaus: Eu era muito jovem quando tive vocês, uns dezesseis. Eu era um jovem muito mal aconselhado e sua mãe era uma grande vagabunda. Seja lá que ela for... e a gente se conheceu na discoteca. Você lembra... o sexo era incrível

- Ah não Klaus. Agora eu tô com uma horrível cena na cabeça.

Klaus: Desculpas as vezes eu esqueço que são crianças.

Five: Que nojo. Isso que você sabe de cérebro. E eu sou mais velho que os dois.

Klaus: Olha que eu coloco você de castigo.

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𝗠𝗲𝗿𝗶𝘁𝗲𝗰𝗵 𝗣𝗿𝗼𝘀𝘁𝗵𝗲𝘁𝗶𝗰'𝘀
[10:08]

ESTÁMOS SENTANDOS DE FRENTE PARA O SR. BIGGS. Five está determinado a encontrar de quem era o dono do olho de vidro.

Lance: Como eu disse a seu filho hoje mais cedo. Qualquer informação sobre a prótese que fazemos é estritamente confidencial, sem o consentimento do cliente eu não posso ajudar vocês.

Five: Não vamos conseguir o consentimento se você não der o nome.
__ Diz em pé.

Lance: Não é problema meu. Eu sinto muito. Mas não a nada que eu possa fazer.

Quando ia usar meu poderes Klaus me interrompeu.

Klaus: E onde é que fica o meu consentimento?

Lance: Como é?

Klaus: Quem deu a permissão a você pra colocar as mãos no meu filho?

Eu e Five o olhamos confusos.

Lance: O que? Eu não toquei no sei filho.

Klaus: Ah você jura? Então como foi que ele ficou com esses lábios inchados?

Lance: Ele não está com os olhos inchados. __ Assim Klaus se levantou da cadeira e socou a boca de Five.

Aí meu Deus.

Tampei a boca tentando não rir.

Klaus: Eu quero esse nome. Eu quero agora.

Lance: Você é maluco.

Klaus: Você não faz ideia. Paz na terra que coisa linda.__ Pega um globo de cristal e quebra na própria cabeça.

O Sr. Biggs pegou o telefone tentando chamar as seguranças.

Klaus tomou o telefone brutalmente de sua mão.

Klaus: Aconteceu uma agressão no escritório do Sr. Biggs e preciso de seguranças agora. AGORA!. __ Desligou a chamada.

- Olha isso é novo.
__ Comento sobre esse Klaus adulto.

Klaus: Vou te contar uma coisa. Daqui a sessenta segundos vão entrar dois seguranças e vão ver que isso aqui vai tá cheio de sangue e vão perguntar o que foi que aconteceu. E a gente vai dizer que deu muita porra em nós, e minha querida filhinha não vai desmentir nada. Vai fazer muito sucesso na cadeia, acredite eu já estive lá. Um nenênzinho como você vai rodar como se fosse... você vai fazer o maior sucesso.

Lance: Minha nossa, você é um louco pervertido.

- Ah ele sabe. Vamos para o real assunto. Vai nos ajudar. __ Sorrir pro mesmo e sair uma onda sonora de minha voz.

Lance: Claro. Me sigam.

O Sr. Biggs abre a gaveta que tinha vários documentos em pastas e selecionou um.

Lance: Estranho. Ele não foi comprado por um cliente aqui.

Klaus: Como assim?

Lance: De acordo com os registros o número de série desse olho... não pode está certo. Ele nem mesmo foi fabricado ainda. Onde foi que achou esse olho?

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Saímos do prédio e Klaus relembra seu show que deu lá. Foi realmente eu loucura.

Klaus: Agora me dar as 20 pratas.

Five: Tá de brincadeira? O mundo vai acabar e você só se preocupa em ficar chapado?

Klaus: Eu também tô com fominha.

Five: Você é inútil. Vocês todos são inúteis.

- Ei, veja lá como fala. Eu sou a melhor ajuda que você poderia ter.

Klaus: O nacizismo dela continua.
__ Diz baixo.

Five: Tudo então. Me diga como vamos salvar o mundo? __ Diz e fico pensativa. __ -- Tá vendo? Não sabe de nada. É apenas um criança.

- É melhor falar direito. Eu te derrubo em três segundos, ô coroa.
__ Fica de frente pro outro.

Klaus: Sabe o que é isso Cinco? Tesão acumulada. Esses anos todos sem transar deve deixar qualquer um maluco, né? Ficar sozinho.

Olhamos pro maior.

Five: Eu não tava sozinho.

- Não?

Five: O nome dela era dolores. Ficamos juntos mais de trinta anos.
__ Ele diz olhando pro céu.

- Deve sentir a falta dela. Eu também sinto muita falta do Ben, mas pelo menos matei esse saudade hoje de manhã.

Klaus: Caramba. Vocês dois tiveram longos relacionamentos.O máximo que fiquei com alguém foi sei lá... três semanas.
__ Olhamos pro lado e Five havia sumido.

Um taxi passou na nosso frente e percebemos o moreno dentro do carro dando um tchauzinho.

Klaus: MINHAS 20 PRATAS!
__ Grita bravo.

- Onde será que ele foi?

Klaus: Eu não sei. Eu só quero o meu dinheiro.

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Perolas de Klaus sksk

Five com saudades de Dolores.

Ben reencontrando a amada.
Que pena que ele morreu.

Crystal tá sofrendo muito com a ausência do Ben. Ele realmente não merecia ter morrido.

01/09/23