006.
⚽️' ━ chapter six ━ '⚽️
Pedro González
🇪🇸#Favor
ERA COMPLICADO estar sempre na mesma situação, vendo que tudo entre mim e Valentina causava alguma discussão. Ela ainda estava chateada comigo pelo acontecimento da festa, mas, infelizmente, eu não pediria desculpas, sabendo que quem estava errada era ela por pensar tudo aquilo sobre Stella sem ao menos conhecê-la.
— Você defendeu a Stella da bruxa da Valentina? — Pablo perguntou, com um sorriso curioso. —
— Para de chamar a Valentina de bruxa, Pablo — Respondi, um pouco exasperado. — E sim, eu defendi a Stella, mas isso só piorou meu relacionamento com a Tina.
— Então termina! — Pablo disse, de maneira direta. — Se isso já não está dando certo, por que continuar?
— Você fala isso porque não namora. Quem está em uma situação assim tem muito mais complicação — Respondi, balançando a cabeça. —
— Olha, pelo que você passa com a Valentina, já me deixou traumatizado com relacionamento. Deixa eu e minha solteirice em paz! — Ele retrucou, dando uma risada nervosa. —
— Boa sorte, Pablo — Desejei, revirando os olhos. —
Nós nos levantamos e começamos a caminhar em direção ao campo de treinamento. Enquanto isso, aproveitei para dar um aviso a ele.
— E olha, nunca mais apareça bêbado pra encher minha paciência quando eu estiver perto da Stella — Avisei, tentando manter um tom sério. —
Pablo soltou uma risada despreocupada.
— Eu falei demais, né? — Perguntou ele, com um sorriso de quem já sabia a resposta. —
— Falou. Inclusive, soltou que eu e a Stella daríamos um belo casal — Respondi, lançando um olhar repreensivo. —
— Ah, relaxa! Até que seria legal ver vocês juntos. Vocês formariam um casal interessante. — Ele deu de ombros, ainda rindo. —
— Você e essa sua mania de querer juntar todo mundo… — Revirei os olhos novamente, mas não consegui evitar um sorriso. —
— Até você gostou da ideia, vai! Vocês super combinariam — Provocou Pablo, com um sorriso travesso. —
— Para de sonhar alto, Pablo. Não tem nada disso — Respondi, tentando cortar a brincadeira ali. —
— Ah, qual é! Já pensou? A galera ia pirar com vocês juntos. Seria o casal do ano! — Ele riu, não se dando por vencido. —
— Você realmente não desiste, né? — Suspirei, sem conseguir esconder um sorriso de canto. —
— Tá bom, tá bom. Mas que eu ia gostar de ver, ah, isso ia! — Pablo deu uma risada, levantando as mãos em rendição. —
Assim que Pablo finalmente parou de me provocar, Balde apareceu, passando o braço ao redor dos meus ombros com aquele sorriso despreocupado de sempre.
— E aí, meu amigão do lado direito do coração! — Brincou Balde. —
Revirei os olhos e soltei uma risada.
— Lado direito? Desde quando o coração fica desse lado, Balde? — Respondi, divertido. —
— Viu só, Pedro? Até o Balde tá te confundindo — Ele riu. — Acho que isso é um sinal…
Balancei a cabeça, rindo junto com eles.
— Vocês são uma dupla de traíras, isso sim! — Retruquei, empurrando levemente os dois. —
— Ei, é só amizade sincera! — Balde respondeu, piscando. —
— Mudando assunto, Pedrão, quem veio te apoiar no treino aberto hoje? — Pablo perguntou, com um sorriso provocador. —
— Ninguém, até onde eu sei. A Valentina ainda tá chateada comigo, então duvido que ela venha. —
Suspirei e dei de ombros. —
— Ainda bem que a gente resolveu isso por você. Eu e o Pablo convidamos alguém especial. — Balde disse, com um sorriso travesso. —
Antes que eu pudesse perguntar, Pablo apontou discretamente para o lado do campo, onde Stella estava, conversando animadamente com Carina, parecendo completamente envolvida na conversa. Um sorriso involuntário surgiu no meu rosto ao vê-la.
— Ih, olha a cara de bobo! — Pablo riu, me cutucando. —
— Pedro, se soubéssemos que você ficaria assim, tínhamos convidado ela antes — Balde provocou, com um olhar divertido. —
Revirei os olhos e balancei a cabeça, tentando me defender.
— Que nada a ver, vocês estão viajando. Stella é só uma amiga — Retruquei, cruzando os braços. —
Pablo soltou uma risada exagerada.
— Só uma amiga? Sei... Essa sua desculpa tá muito clichê! — Ele disse, balançando o dedo em minha direção. — A gente te conhece, Pedro.
— Vai ver é a “amiga” que te faz sorrir desse jeito — Ele brincou. — Relaxa, cara, a gente entende.
— Vocês dois são muito engraçados... mas é só amizade mesmo — Respondi, tentando me esquivar das provocações. — Agora vamos logo treinar antes que o Flick chegue e a gente leve um sermão.
— Fugindo do assunto? — Balde riu, enquanto começávamos a caminhar em direção ao campo. — Mas tudo bem, vai se preparando porque a zoação vai continuar depois.
— Mal posso esperar — Retruquei, rindo e balançando a cabeça. —
Tentei focar no treino, mas meus olhos insistiam em desviar para a arquibancada, onde Stella estava, rindo e conversando com Carina. A cada vez que me pegava observando-a, fazia um esforço para voltar ao exercício, mas a presença dela ali parecia quase impossível de ignorar.
Entre um exercício e outro, acabava olhando em sua direção, atraído pela leveza e pelo sorriso que ela carregava. A tentativa de concentração se tornava ainda mais difícil com ela tão próxima, e eu sabia que precisava me corrigir. Não deveria me deixar distrair tanto assim, especialmente sabendo que tinha uma namorada. Era frustrante, mas a verdade era que a presença de Stella tornava tudo muito mais complicado.
Quando o treino finalmente chegou ao fim, os meninos começaram a me provocar.
— Vai lá e fala com a Stella! — Pablo disse, rindo. —
Tentei ignorá-los, mas a ideia não saía da minha cabeça. Justo quando estava pensando em me afastar, Ferran chegou.
— O que está pegando, Pedro? — Ele indagou, olhando para mim e para os outros. —
— O Pedro não quer ir falar com a Stella — Balde explicou, com um sorriso malicioso. —
Ferran passou o braço pelo meu ombro e começou a me puxar em direção à arquibancada, onde Stella ainda estava conversando.
— Você deveria, sim, falar com ela! — Ferran insistiu. — Não custa nada, cara.
Revirei os olhos, exagerando na expressão de desespero.
— Poxa, Ferran, já basta vocês todos me empurrando. Será que eu posso pelo menos fingir que tenho um pouco de paz? — Reclamei, fingindo drama, colocando a mão na testa e suspirando como se estivesse sofrendo muito. —
Pablo soltou uma risada alta.
— Drama, sempre! — Ele provocou. — Vai logo, Pedro, para de enrolar!
Suspirei, ainda fazendo cara de quem estava sendo forçado a cumprir uma missão impossível.
— Tá bom, tá bom… Mas só porque vocês não vão me deixar em paz mesmo! — Falei, com uma expressão de “não tenho escolha”, arrancando mais risadas deles enquanto eu finalmente me dirigia à arquibancada, tentando controlar o nervosismo. —
Cheguei perto da arquibancada, apoiando-me na proteção que separava o campo do público, e dei um sorriso meio tímido.
— Oi, Stella... Carina — Cumprimentei, tentando parecer descontraído. —
Carina acenou de volta com um sorriso antes de pegar o celular.
— Vou aproveitar para fazer uma ligação rapidinho — Disse, piscando de leve para Stella antes de se afastar. —
— Sabe, até parece que vocês armaram tudo isso para me deixar sozinha aqui com você. — Stella riu e cruzou os braços, lançando um olhar desconfiado. —
— Bem, talvez só um pouquinho. Mas, se ajudou, ponto para a gente, né? — Dei de ombros e sorri de canto, entrando na brincadeira. —
— Muito espertinhos vocês — Ela respondeu, balançando a cabeça e sorrindo, mas com um toque de diversão nos olhos. — Vou ter que ficar esperta com vocês daqui para frente.
— É bom mesmo, ou então a gente vai continuar "armando" encontros assim — Brinquei, fingindo mistério. —
— Vocês são impossíveis, sabia? — Ela riu, balançando a cabeça novamente. —
— Só um pouco, mas é tudo por uma boa causa — Respondi, piscando. — Mas e aí, como estão as coisas? Já conseguiu resolver a situação com o Artur?
Stella suspirou e deu um leve sorriso, meio hesitante.
— Está indo... bem — Respondeu, desviando o olhar. — Ele é teimoso, sabe? Ainda não consegui falar com ele, parece que está sempre me evitando. Artur sendo Artur, como sempre.
Assenti, entendendo a frustração dela.
— Ele vai acabar cedendo uma hora, tenho certeza. É só questão de tempo — Falei, tentando animá-la. — E, se precisar, você sabe que estou aqui pra dar uma força.
— Obrigada... É bom saber que tenho alguém do meu lado. — Ela sorriu de volta, parecendo um pouco mais tranquila. —
— Mais tarde passo lá na sua casa e tento conversar com o Artur. Vai que, comigo, ele resolve ceder um pouco — Comento, tentando soar confiante. —
Stella riu, balançando a cabeça.
— Ah, até parece que você é tão persuasivo assim! — Brincou, com um olhar desafiador. — Boa sorte, você vai precisar.
— Pode deixar — Respondi, sorrindo de volta. — E se eu conseguir, você me deve uma, hein?
— Fechado. Mas não vai achando que vai ser fácil, viu? — Ela soltou uma risada e concordou. —
— Eu sei, mas sou o melhor amigo dele, então vou conseguir — Eu disse, com um sorriso confiante. — E quando isso acontecer, você vai me dever um favor.
— Tá bom, combinado — Respondeu ela, rindo, mas com aquele brilho no olhar que sempre me desarmava. — Mas não se ache tanto, tá?
— Ah, pode deixar! Só vou lembrar você do favor toda vez que a gente se encontrar — Brinquei, fazendo-a rir mais uma vez. —
Ela balançou a cabeça, ainda rindo, e me deu um leve empurrão no ombro.
— Você é impossível, sabia? — Disse, tentando parecer séria, mas com um sorriso que entregava o quanto estava se divertindo. —
— Impossível, mas eficiente. — Pisquei, entrando na brincadeira. —
Por um instante, ficamos ali em silêncio, um ao lado do outro, e pude sentir a leveza da conversa. Era aquilo que eu precisava naquele momento.
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Era quase impossível existir uma pessoa tão cabeça dura quanto Artur. Quando ele tinha uma opinião, convencer ele do contrário era uma missão praticamente impossível.
— Cara, não seja injusto com ela — Insisti, tentando trazer um pouco de razão. — Todo mundo tem o direito de aproveitar a vida como quiser, você sabe disso.
— Eu sei, Pedro, mas ela é minha irmã. Meu dever é protegê-la, mas às vezes parece que ela não se ajuda — Ele rebateu, frustrado. —
— Mas já parou pra pensar que talvez ela só queira viver a vida dela? Esses sites de fofoca exageram demais — Tentei argumentar, mantendo o tom tranquilo. —
— Pode até ser, mas isso não muda o fato de que ela sempre acaba aparecendo nessas páginas. Fica difícil ajudar ela assim. — Falou, sério. —
Suspirei, entendendo o lado dele, mas ainda acreditando que ele precisava ser mais flexível.
— Olha, Artur, acho que talvez a melhor forma de proteger a Stella seja simplesmente apoiando as escolhas dela. Vai por mim, as coisas podem melhorar se ela sentir que você está do lado dela — Falei, torcendo para que ele entendesse. —
— Tá bom, você pode ter razão… — Ele soltou um suspiro longo, parecendo considerar minhas palavras. —
— Então pensa bem, Artur. Você já teve ela longe por dois anos. Aproveita esse tempo com ela agora, em vez de arrumar motivos pra manterem distância. Vai por mim, conversa com ela e resolve isso. Você vai ver que é o melhor — Falei, tentando fazê-lo enxergar a situação de outra forma. —
— Talvez você tenha razão, Pedro. Acho que preciso mesmo parar de pegar tanto no pé dela e tentar entender o lado dela. — Ele admitiu, suspirando. —
— É isso aí! Tenho certeza que ela só quer ter você por perto, cara. Então, vai lá e faz as pazes. — Respondi, sorrindo. —
Artur assentiu com um pequeno sorriso no rosto, e eu esperava que ele realmente levasse aquilo a sério.
— E você? Como tá indo o seu relacionamento? — Perguntou, com um olhar curioso. Mudando de assunto. —
— Tá complicado, pra ser sincero. Mas espero resolver tudo logo. Sabe como é... nem sempre as coisas são tão simples quanto a gente gostaria. — Suspirei, tentando organizar os pensamentos. —
— Relacionamento é complicado mesmo, mas se tem alguém que consegue resolver isso, é você. —
Ele assentiu, parecendo entender. —
Enquanto conversávamos, meu celular vibrou. Era uma mensagem da Valentina.
“Oi, Pedro! Que tal sairmos para jantar hoje?”
Confirmei rapidamente, respondendo que estaria lá.
— Preciso ir agora, cara. Prometi um jantar pra Valentina. — Dei um aceno e comecei a sair, mas ao passar pela sala, vi Stella sentada sozinha, distraída. —
— Agora você me deve um favor — Falei, sorrindo de canto, enquanto ela levantava o olhar surpresa, mas divertida. —
— Ah, é? E quem disse que vou te pagar? — Ela riu, cruzando os braços. —
— Ah, você vai. Vai por mim, uma hora dessas eu cobro! — Brinquei, e saí, deixando um sorriso no rosto dela. —
Enquanto caminhava para fora, ainda sorrindo da pequena vitória, pensei comigo mesmo que esperaria exatamente o momento certo para cobrar aquele favor. Ter Stella me devendo alguma coisa era uma carta que valeria a pena guardar e usar quando fosse realmente necessário.
ADORO fazer capítulo com bastante diálogos deles, bom agora tem uma pessoinha devendo favor vamos ver o que acontece.
DESCULPA qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.
VOTEM e COMENTEM muito para liberação do próximo capítulo ser rápido e eu saber o que estão achando. Bjos da Bia.
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