004.
⚽️' ━ chapter four ━ '⚽️
Pedro González
🇪🇸#Festa¹
AS RECLAMAÇÕES constantes de Valentina sobre o fato de eu ter aceitado o convite para a festa da Stella estavam começando a me esgotar. Sinceramente, eu me pergunto várias vezes de onde tiro paciência para lidar com algumas das birras que ela faz. Se eu não gostasse tanto dela, talvez já tivesse terminado.
Respirei fundo antes de responder, tentando manter a calma.
— A gente já conversou sobre isso, Tina. Eu não vou deixar de ir à festa de última hora — Disse, mantendo o tom firme. — Eu prometi ao Artur que iria, quer você queira ou não ir comigo.
Ela bufou, cruzando os braços e me lançando um olhar irritada.
— Sempre o Artur e essa festa. Parece que tudo agora gira em torno disso — Reclamou, revirando os olhos. —
Eu suspirei, já cansado daquela discussão repetida. Valentina sempre soube que eu valorizava as amizades que tinha, mas ultimamente parecia que qualquer coisa que não envolvesse ela se tornava um problema.
— Não é sobre o Artur ou a festa, Valentina — Comecei, tentando ser o mais claro possível. — É sobre manter a palavra. Eu disse que iria e não vou voltar atrás só por causa de uma implicância sua.
Ela ficou em silêncio por alguns segundos, olhando para mim como se estivesse decidindo o que dizer.
— Tudo bem, Pedro, você faz o que quiser. Mas não pense que vou ficar feliz com isso — Disse ela firme. —
Respirei fundo, sentindo a frustração começar a surgir, mas me forcei a manter a calma. Me sentei no sofá, tentando ser paciente. Eu realmente não queria que isso fosse mais um motivo de discussão entre nós.
— Tina, eu não tô fazendo isso pra te deixar mal — Comecei, olhando diretamente para ela. — Na verdade, eu queria muito que você fosse comigo. Eu não quero que essa festa seja algo que nos afaste, e sim algo que possamos aproveitar juntos.
Ela me olhou por um momento, seu olhar suavizando um pouco. Pude ver que ela estava considerando minhas palavras, mas ainda hesitante. Valentina sempre foi teimosa, mas também sabia ser sensata quando queria.
— Você realmente quer que eu vá? — Perguntou, a voz mais suave agora. —
— Claro que sim. Quero que a gente se divirta juntos. Não faz sentido você ficar chateada por algo que pode ser uma boa oportunidade para nós dois aproveitarmos — Assenti, tentando mostrar que estava sendo sincera. —
Ela suspirou, descruzando os braços e parecendo finalmente ceder.
— Tá bom, Pedro... Eu vou. Mas só porque você me convenceu — Disse, com um pequeno sorriso no rosto, que parecia mais aliviada. —
Um sorriso de alívio também surgiu no meu rosto.
— Valeu, Tina. Você vai ver, vai ser legal — Garanti, me levantando para ir até ela. —
Eu a abracei com firmeza, sentindo a tensão entre nós finalmente se desfazer. Valentina relaxou nos meus braços, e por um momento, tudo pareceu voltar ao normal. Era esse o lado dela que eu gostava de ver, aquele em que ela deixava as birras de lado e mostrava o quanto se importava.
— Vai ser divertido, prometo — Sussurrei perto de seu ouvido, tentando aliviar qualquer último resquício de dúvida. —
Ela riu de leve, batendo de leve no meu ombro.
— Você sempre sabe como me convencer, não é? — Brincou, mas havia um tom de carinho na voz. —
— Talvez eu tenha um talento especial pra isso — Respondi, sorrindo. —
Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, meu celular começou a tocar. Quando olhei para a tela, franzi o cenho.
— É o Pablo — Avisei, meio sem jeito. —
Valentina revirou os olhos instantaneamente e soltou um suspiro de impaciência. Não era segredo que ela não gostava dele, e sempre fazia questão de mostrar isso.
— Sério, Pedro? Você vai mesmo atender? — Ela perguntou, cruzando os braços. O tom de desaprovação era inconfundível. —
— Sim, vai ser rápido, prometo — Garanti, levantando a mão em sinal de paz antes de atender. —
— Alô, Pablo? — Falei, ao atender a ligação. —
— E aí, Pedrão, como você está? — Ele perguntou com aquele tom descontraído de sempre. —
— Tô bem, e você? — Respondi, tentando manter a conversa leve, mesmo sentindo Valentina me fuzilar com o olhar. —
— Estou ótimo, cara. Então, queria te pedir um favor — Ele começou, e eu já sabia que vinha algo inesperado. —
— Ok, do que se trata? — Perguntei, ficando ligeiramente preocupado. —
— Você poderia me dar uma carona pra festa? Tô afim de beber e acho melhor não ir dirigindo — Ele explicou, tentando soar casual. —
Olhei para Valentina, que agora bufava impacientemente, claramente percebendo a direção que a conversa estava tomando.
— Pablo, a Valentina vai comigo, e... — Comecei a responder, mas ele logo me cortou. —
— Ah, eu sei que ela não vai gostar muito, mas, pô, é só uma carona. Eu prometo que não vai ter problema — Ele disse, numa tentativa de me convencer. —
Suspirei, sabendo que isso ia me custar pontos com Valentina.
— Tá bom, eu te levo sim. — Concordei, tentando não fazer a situação parecer maior do que já estava. —
— Valeu, Pedrão! Te vejo logo mais — Ele disse animado, antes de desligar. —
— Eu não podia negar, Tina. O Pablo é um dos meus melhores amigos — Tentei justificar, ainda olhando para Valentina, que cruzou os braços, visivelmente irritada. —
— E isso significa que eu tenho que aturar ele também? — Ela rebateu, balançando a cabeça. —
— Não é isso... eu só estou tentando ajudar — Suspirei, passando a mão pelos cabelos. — Ele quer beber e achou melhor não dirigir. Prefiro fazer isso do que deixar ele arriscar, você entende, né?
Valentina me lançou um olhar misto de frustração e resignação, antes de finalmente ceder um pouco.
— Tá bom, Pedro. Eu entendo... mas só espero que ele não estrague a nossa noite, porque essa era pra ser uma festa legal. — Ela respondeu, suavemente. —
Me aproximei dela e deixei um selar nos seus lábios, sentindo o calor do momento suavizar a tensão entre nós.
— Não se preocupa, vai ser uma boa noite. Vamos nos divertir, prometo — Falei suavemente, enquanto sentia seu corpo relaxar um pouco nos meus braços. Valentina suspirou, mas agora, com um toque de aceitação, ela parecia mais disposta a seguir em frente com a noite, apesar de Pablo. —
— Você melhor que ninguém sabe como me convencer... — Disse ela, com um leve sorriso nos lábios, ainda meio relutante, mas cedendo ao clima. —
Eu sorri de volta, esperançoso de que tudo acabasse bem.
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Apertei mais a mão de Valentina, que estava entrelaçada à minha, enquanto caminhávamos em direção ao salão onde a festa já estava rolando. Pablo tinha desaparecido no momento em que saímos do carro.
— Olha, até que o Pablo foi legal hoje, hein? — Comentei, tentando quebrar o gelo. —
— Só se foi com você, né — Ela rebateu, revirando os olhos, mantendo-se séria. —
Eu suspirei, percebendo que Valentina ainda estava irritada com a situação. Apertei sua mão de leve, tentando aliviar o clima.
— Ei, vamos esquecer isso por enquanto. A noite é nossa, e eu quero aproveitar com você — Disse suavemente, olhando nos olhos dela. —
Valentina respirou fundo, e por um segundo, sua expressão pareceu suavizar.
— E aí, Pedro! — Artur apareceu de repente com um sorriso largo. — Valentina, você veio!
— Depois de eu insistir muito, sim — Respondi, tentando manter o tom descontraído. —
— Ah, não é para tanto — Valentina retrucou, cruzando os braços e olhando de lado, ainda um pouco irritada. —
— O importante é que vocês vieram. Que tal a gente pegar uma bebida? — Artur sugeriu, quebrando o silêncio. —
— Podem ir, eu vou daqui a pouco, vou falar com os meninos e logo encontro vocês. Tá bom, Tina? — Perguntei, tentando soar mais casual. —
— Tá bom, só não demora — Valentina respondeu, com um meio sorriso, embora ainda um pouco relutante. —
Antes de sair, me inclinei e deixei um beijo suave nos lábios dela. Valentina sorriu de leve, e então me afastei, indo em direção ao outro lado do salão, onde os meninos já estavam reunidos e conversando. Assim que cheguei perto, Pablo foi o primeiro a me notar. Ele riu e me deu um tapinha no ombro.
— Conseguiu se livrar da bruxa, hein? — Brincou, rindo, mas logo recebeu uma cotovelada de leve de Ansu, que balançou a cabeça, repreendendo-o. —
— Para com isso, Pablo. Fico feliz que você tenha conseguido vir, Pedro. Não seria a mesma coisa sem você — Disse Ansu, sorrindo para mim. —
— Valeu, cara. Tô aqui, né? — Respondi, dando de ombros, tentando não dar muita importância à piada de Pablo. — E o Ferran, cadê?
— Você ainda pergunta? Deve estar ficando com alguma garota por aí, escondido em algum canto desse salão — Respondeu Pablo, com um sorriso malicioso. —
— Para de ser inconveniente. Ferran só está... se divertindo do jeito dele. — Ansu, que estava ao lado, deu uma cotovelada em Pablo. —
— O de sempre, então — Comentei, rindo. — Mas e vocês? Como está a noite até agora?
Ansu deu de ombros.
— Tá de boa. Tirando o fato de que o Fermin largou a gente pra ficar com a Stella — Disse, meio brincando, meio sério. —
— Ele já conhecia ela? — Eu franzi a testa, curioso. —
— Conhecia sim. Parece que rolou um clima entre os dois. — Pablo riu, balançando a cabeça. —
Algo estranho mexeu dentro de mim, uma sensação desconfortável que eu não conseguia identificar. Mas era incômodo o suficiente pra me fazer apertar os punhos, tentando disfarça, mesmo que não fizesse sentido. Fermin e Stella? E por que isso me incomodava tanto? Respirei fundo, tentando ignorar o sentimento estranho.
— Bom, acho que vou voltar pra ver a Tina — Falei, dando um sorriso meio forçado. — Não posso deixar ela sozinha por muito tempo.
— Boa sorte com a Valentina — Brincou Pablo, me dando um leve soco no braço antes de voltar sua atenção para outra conversa. —
Eu forcei um riso e me afastei, mas enquanto caminhava de volta, minha cabeça ainda estava cheia de pensamentos confusos. Desde quando eu sentia esse tipo de coisa em relação à Stella? Não fazia sentido. Ela era só... Stella. Balancei a cabeça, tentando me focar na Valentina e no fato de que eu tinha uma noite inteira pra passar com ela.
Eu forcei um sorriso ao me aproximar de Valentina, que já estava parecendo bem mais animada do que antes. Seus olhos brilhavam enquanto ela me puxava para perto.
— Amor, você não vai acreditar! — Disse ela, claramente empolgada. — O Artur acabou de me contar que vai comemorar o aniversário dele em Ibiza! A gente vai também, né? Vai ser incrível!
Tentei me concentrar na empolgação dela, mas minha mente ainda vagava, ecoando os pensamentos estranhos sobre Stella. Mesmo assim, sorri, querendo aproveitar o momento com Valentina.
— Ibiza, hein? — Comentei, tentando parecer animado. — Isso parece demais. Tenho certeza de que vai ser uma festa e tanto.
Valentina sorriu, empolgada.
— E onde o Artur tá agora? — Perguntei, tentando parecer tranquilo. —
— Ah, ele precisou falar com a tal da Stella — Respondeu Valentina, sem muita importância. — Parece que tinha algo importante pra resolver com ela.
Nesse momento, meu celular vibrou no bolso, e eu tirei para ver uma mensagem no grupo com os meninos. Fiquei paralisado ao ver um print que Ansu havia enviado, mostrando uma notícia sobre Stella e Fermin que tinham ficado juntos em uma balada na noite anterior.
Valentina, percebendo a expressão no meu rosto, estendeu a mão e pegou o celular da minha mão para olhar a notícia. A leitura fez sua expressão mudar rapidamente.
— Nossa, essa garota é bem esperta. Mal chegou e não perdeu a chance de agarrar um jogador — Comentou, com um tom de desprezo. —
— Tina, não precisa falar assim da Stella. A gente não tem nada a ver com ela e não devemos ficar julgando ninguém — Eespondi, tentando manter a calma. —
— Eu estou falando a verdade. Eu vi ela, e essa carinha de boa garota dela não me engana. — Valentina revirou os olhos, claramente irritada. —
— Olha, eu entendo que você não goste dela, mas sair aí julgando antes mesmo de conhecer é injusto — Argumentei, sentindo a frustração crescer. —
— E eu não sou obrigada a gostar dela só porque ela é irmã do Artur. — Valentina retrucou, cruzando os braços. —
— Eu sei que você não é, mas o que ela fez não tem nada a ver com você — Tentei defender, sentindo a frustração crescer. — E ficar atacando a garota não vai mudar nada.
— É porque você está a defendendo? — Valentina perguntou, cruzando os braços, os olhos desafiadores. —
— Não é questão de defendê-la, é questão de ser justo — respondi, tentando manter a calma. — Ela mal chegou e você já está julgando a vida dela.
— E eu sou obrigada a gostar dela só porque ela faz parte do grupo dos seus amigos? — Valentina retrucou, sua expressão cada vez mais séria. —
— Não é isso, Tina, mas todos devemos ter uma chance de conhecer uns aos outros — Respondi, tentando manter a calma. — Julgar alguém sem nem saber quem é não faz sentido.
— E se eu não quiser? — Ela questionou, cruzando os braços e desafiando-me com o olhar. —
— Então você está se privando de conhecer pessoas legais — insisti, sentindo a frustração crescer. — Olha, eu entendo que você não goste dela, mas ficar atacando não vai mudar nada.
— O que você sabe sobre o que eu sinto? — Valentina rebateu, a voz se elevando. — Para mim, ela é só uma oportunista!
— Isso não é justo, Tina! — Falei, sentindo a raiva aumentar. — Você não a conhece!
— E eu não tenho que gostar dela! — Valentina gritou, sua paciência se esgotando. —
— Mas você poderia tentar, pelo menos! — Respondi, sem saber como contornar a situação. —
— Sabe de uma coisa? Eu estou cansada disso! Eu vou embora! — Valentina se virou abruptamente, decidida. —
Eu suspirei fundo, percebendo que Valentina nunca deixaria de lado essa mania de julgar as pessoas. Era frustrante.
A frustração e o desânimo começaram a tomar conta de mim. Valentina tinha um jeito único de ver o mundo, mas isso muitas vezes a impedia de enxergar as coisas de maneira diferente.
Com um olhar de preocupação, comecei a caminhar pela festa, tentando encontrar Stella. Meu coração estava acelerado, não apenas pela tensão da briga, mas também pela necessidade de entender o que estava acontecendo com ela.
AMO saber que mesmo eles não tendo nada ele já a defende. A diva da Stella sendo assunto de briga do casal.
DESCULPA qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da Fanfic.
VOTEM e comentem muito que trago a segunda parte da festa amanhã que promete muito. Bjos da Bia.
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