cap. vinte e quatro
especial de ano novo!!!
feliz ano novo para todos.
O ar estava gelado, com o tipo de frio que fazia as luzes piscantes de Ano Novo parecerem ainda mais mágicas. As ruas estavam repletas de pessoas envoltas em casacos pesados, gorros e cachecóis, seus rostos iluminados por sorrisos e pelo brilho dourado dos fogos que estourariam em breve. Entre a multidão, Paul caminhava ao lado de Pandora, seu ritmo desacelerado como se quisesse absorver cada momento da noite.
-- Você não acha que estamos longe demais do lugar principal? - perguntou Pandora, sua voz ecoando no ar frio. Ela apertou o cachecol em volta do pescoço e olhou ao redor, tentando localizar o epicentro da festa. - Se não corrermos, vamos perder a contagem regressiva.
Paul sorriu, um sorriso que ela conhecia bem — aquele que significava que ele sabia algo que ela não sabia.
-- Confie em mim - respondeu ele, segurando levemente o braço dela e guiando-a por uma viela que parecia deserta. - Eu tenho um lugar especial em mente.
Pandora arqueou uma sobrancelha, mas o seguiu.
-- Especial como... perigoso?
-- Não dessa vez - ele respondeu com um tom brincalhão. - Você vai adorar, prometo.
Eles caminharam em silêncio por alguns minutos, os sons da multidão diminuindo a cada passo. Pandora, que normalmente era tão confiante, sentia-se estranhamente nervosa. Talvez fosse a sensação de mistério que Paul criava sempre que tinha uma ideia. Ou talvez fosse o fato de que aquela noite parecia mais importante do que qualquer outra.
Finalmente, eles chegaram a um pequeno parque. No centro, havia um lago congelado, cuja superfície refletia as estrelas acima. Uma única árvore, decorada com luzes brancas suaves, ficava ao lado do lago, espalhando uma atmosfera encantadora.
-- Uau - disse Pandora, incapaz de conter sua surpresa. - Como você encontrou este lugar?
Paul deu de ombros.
-- Eu tenho meus segredos. Agora, espere aqui. - Ele caminhou até uma pequena bolsa que havia deixado escondida perto da árvore e voltou com um cobertor e uma garrafa térmica. - É champanhe. Ou, pelo menos, a melhor imitação que eu consegui encontrar.
Pandora riu e aceitou o cobertor que ele ofereceu. Sentaram-se juntos na beira do lago, com o cobertor compartilhado entre eles. Paul serviu o champanhe em duas pequenas taças de metal, o vapor quente subindo como pequenas nuvens.
-- Então, o que você espera para este Ano Novo? - perguntou ele, sua voz séria pela primeira vez naquela noite.
Pandora olhou para ele, surpresa. Normalmente, Paul evitava perguntas tão profundas, preferindo manter as coisas leves e divertidas. Mas, ao ver os olhos dele, percebeu que ele queria uma resposta real.
-- Hmmm - ela disse, pensando. -- Espero... menos confusão. Mais momentos como este. Com paz. Com... você. - Ela corou um pouco, mas não desviou o olhar. - E você? O que espera?
Paul hesitou, um sorriso suave tocando seus lábios.
-- Eu espero que a gente continue assim. Que estejamos juntos, não importa o que aconteça. Mesmo que seja difícil. - Ele ergueu a taça. - Então, vamos brindar a isso?
Pandora ergueu a taça também, seus dedos roçando os dele.
-- A mais momentos juntos.
O som de fogos de artifício explodindo ao longe interrompeu o momento, e ambos olharam para o céu. Os primeiros fogos eram como faíscas prateadas dançando na escuridão, seguidos por explosões de vermelho, azul e dourado. A luz refletia no lago congelado, criando um espetáculo deslumbrante.
-- Feliz Ano Novo, Pandora. - disse Paul, virando-se para ela.
-- Feliz Ano Novo, Paul - respondeu ela, sorrindo. E, por um momento, o mundo inteiro desapareceu, deixando apenas os dois sob o brilho das estrelas e dos fogos de artifício.
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