cap. doze







Pandora estava largada no sofá como se fosse parte dele, um balde de pipoca doce equilibrado na barriga enquanto levava os grãos caramelizados à boca. O semestre finalmente tinha dado um tempo, e os próximos dois meses prometiam o puro e doce vazio da liberdade. Nenhum trabalho, nenhuma prova, nenhum despertador cruel. Apenas ela, a TV e... o som do celular tocando.

A melodia inconfundível de Sweet Child O' Mine ecoou pela sala, e Pandora abriu um sorriso preguiçoso. Era o toque que ela reservava para Bella, sua melhor amiga e cúmplice de aventuras.

Ela atendeu com a mesma energia despreocupada de sempre.
– Alô, Pandora na linha. Apenas para convidados especiais.

Do outro lado, o som da risada de Bella era contagiante.
– Oi, rainha do drama. O que está fazendo?

– Ah, você sabe. – Pandora gesticulou como se Bella pudesse vê-la, antes de enfiar mais pipoca na boca. – Só acabando com qualquer vestígio de doce nessa casa.

– Hum, que chique. Eu estava pensando... Você gosta de sol?

Pandora quase engasgou de tanto rir.
– Só porque eu sou pálida como um fantasma e moro na cidade mais chuvosa do mundo, você acha que eu odeio o sol? Eu e ele somos amigos... Eu acho.

– Hahaha! Engraçadinha. – Bella riu, divertida. – Mas estou falando sério. Qual é a sua com o sol, raio de sol?

– Não sei... Depende. Por quê? – Pandora sentou-se no sofá, interessada.

A voz de Bella assumiu um tom conspiratório.
– Phoenix.

Pandora levantou de repente, derrubando um punhado de pipoca no chão.
– Vai, fala mais. Estou gostando disso.

– Então... – Bella fez uma pausa dramática. – Mamãe mandou uma chave extra da casa. Pensei em nós duas. Sem garotos. Praia. Sol. Talvez uns coquetéis...

– Bella Moon, eu te amo! – Pandora exclamou, saltitando pela sala. – Isso é a melhor ideia que você já teve na vida.

– Seus pais vão deixar? – Bella perguntou, com uma pitada de preocupação.

– Você está brincando? Eles te adoram! – Pandora respondeu, jogando uma pipoca no ar e tentando pegar com a boca. – E eles amam ainda mais quando eu saio de casa.

Bella gargalhou do outro lado.
– Então está combinado? Amanhã?

Pandora fechou o punho no ar, como se estivesse comemorando um gol.
– Amanhã. Phoenix, aí vamos nós!

Ela desligou o telefone com o coração acelerado. Os próximos dois meses tinham acabado de ficar muito mais interessantes.

[...]

 Aqui está o trecho revisado e ampliado, com mais profundidade nas emoções e dinamicidade entre Pandora e Paul:

Pandora teve que passar por um pequeno show para conquistar a permissão dos pais para ir a Phoenix com Bella. Após um debate cheio de argumentos e, claro, uma dancinha embaraçosa para suavizar a tensão, eles finalmente cederam. Ela não perdeu tempo e, assim que ouviu o "sim", correu para arrumar suas malas com a animação de quem tinha acabado de ganhar na loteria.

Enquanto jogava roupas, biquínis e acessórios na mala com a velocidade de um furacão, Paul apareceu na porta do quarto, os braços cruzados e uma expressão meio curiosa, meio preocupada.
– Então... Phoenix? – ele perguntou, arqueando uma sobrancelha ao observar a bagunça crescente no cômodo.

– Phoenix. – Pandora confirmou, sem nem pausar a tarefa de enfiar sandálias e chapéus na mala.

– E quanto tempo você vai ficar lá?

– Dois meses.

Paul quase engasgou com a resposta.
– Dois meses?! – Ele exclamou, incrédulo.

Pandora parou e o encarou, uma sobrancelha levantada.
– Relaxe, Paul. Eu vou mandar um correio por pombo-correio toda semana.

Ele soltou uma risada irônica, sacudindo a cabeça.
– Claro, muito reconfortante. Na verdade, eu só vou... – Ele fez uma pausa, estreitando os olhos. – Ficar preocupado o tempo todo.

Pandora colocou as mãos na cintura, desafiadora.
– Não acha engraçado?

– O quê?

– Você, do dia para a noite, resolvendo ficar preocupado comigo. – Ela deu um passo na direção dele, apontando o dedo. – Somos amigos há quanto tempo? Quatro meses?

Paul coçou a nuca, desconfortável.
– Pra mim, parece anos.

Ela suavizou o olhar e segurou as mãos dele, apertando-as levemente.
– Olha, Paul, eu e Bella vamos ficar bem. Não precisa se preocupar tanto. – Ela se inclinou e deixou um beijo rápido na bochecha dele. O gesto o pegou de surpresa, fazendo seu rosto ficar imediatamente vermelho.

– E eu vou mandar mensagem todos os dias para você. – Ela prometeu, sorrindo.

Paul a encarou por um momento, como se estivesse tentando processar o que sentia.
– Promete mesmo?

– Prometo! – Pandora garantiu, com aquele sorriso cheio de energia que ele já conhecia bem.

Ele suspirou, finalmente cedendo.
– Ok... Assim eu fico menos preocupado.

Pandora riu, bagunçando os cabelos dele com carinho.
– Oh, bobão. Não sabe o quanto isso é fofo.

Enquanto Paul tentava esconder o sorriso que escapava, Pandora voltou a arrumar a mala, agora mais empolgada do que nunca. Ela sabia que os próximos dois meses seriam inesquecíveis, mas também sabia que tinha alguém especial esperando por ela quando voltasse.
















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