01.

HÉCTOR FORT
📍BARCELONA, ESPANHA

No momento do impacto, o mundo pareceu desacelerar, e uma sensação avassaladora tomou conta de mim, o carro girava em uma dança descontrolada de metal retorcido. A visão através do para-brisas era um emaranhado de luzes distorcidas, e o som estridente da colisão reverberava em meus ouvidos.

Meu corpo sendo lançado desgovernado dentro do veículo. Cada movimento alastrando uma dor diferente em cada parte de meu corpo, o odor se diminuiu com o arbag que preenchia o interior do carro.

Sem cinto de segurança para me ancorar, senti a força centrífuga agindo sobre mim. O impacto contra a porta foi contundente, seguido por um segundo de suspensão antes de ser lançado novamente, desta vez em direção ao painel.

A visão turva revelando destroços e vidros espalhados como confete sombrios, tentei virar meu rosto para encarar Christian no volante, o sangue por toda parte do corpo do meu amigo que estava desacordado deixou-me um tanto apavorado. Criando um cenário surreal de caos.

A dor começou a insinuar, uma sinfonia de pulsos latejantes que se estende por todo o meu corpo, em seguida a escuridão que me envolveu pareceu eterna.

Abro os olhos assustado me levantado da cama em um pulo, o suor em todo o meu corpo fazia meu coração acelerar, deixando a minha respiração ofegante, passo os olhos por toda extensão do local, soltando um suspiro aliviado ao perceber que era meu quarto.

Apenas um sonho.

Que fez-me relembrar daquele dia que estava mas para um pesadelo que para um sonho.

Tento regular minha respiração com uma mão sobre meu peito, fecho os olhos por longos segundos, reabro após minha respiração está normalizada.

Levanto-me com a ajuda das muletas, a torção que tive em meu pé direto durante o acidente fez que eu perdesse os movimentos nele durante o tempo em coma, mas com os exercícios que vou fazer na fisioterapia logo volto a andar sem a ajuda das muletas.

Caminho com todo o cuidado até o banheiro. Tomo um longo banho e demorado, sentindo o alívio após sair do banheiro.

Desço as escadas com um pouco de dificuldades por estar usando as muletas, assim que chego no último degrau escuto o grito da minha irmã que reverbou da cozinha.

― Héctor Fort Garcia! ― Maya exclamou e houve-se bonança ― Quem mandou você levantar?

― Ninguém, além do mas eu tô machucado, não alejado, maninha ― Respondi sentando na cadeira, desvio o olhar para ela que estava parada em frente à mesa negando com a cabeça ― Cadê mamãe e papai?

― Voltaram para Madrid a trabalho ― Maya diz sem importância, arqueio minhas sonbracelhas confuso ―

― Como assim eles me largaram aqui? Sozinho? ― A questiono confusa, ela senta na cadeira a minha frente me olhando seria ― Oque?

― Eu tô aqui, e vou ficar até você tiver cento e dez por cento, Hectorzinho ― Ela diz simples, apenas assenti ―

― Você e o Pablo, como estão? ― A questiono meio receosa, ela dá de ombros sem me encarar ―

― Bem, depois da chatisse pos-lesão dele estamos ótimos ― Ela comenta e franzi o cenho sem entender ―

― O Pablo tá lesionado? ― A questiono surpresa, ela devia o olhar do celular e me encara concordando ―

― Faz uns dois meses, provavelmente ele volta só em setembro ― Maya diz sutilmente, suspiro fundo e assenti ―

Não pergunto mas nada à ela, prestando atenção no café da manhã que ela tinha feito para mim.

― Tá quieto assim porque? ― Maya quebra o silêncio de longos minutos, subo o olhar até encontrar os olhos verdes curiosos ―

― Só não tive uma boa noite de sono, bella ― Digo, simples ―

― Eu sei que não é só isso, pode confiar em mim, Héctor ― Ela diz carinhosamente esticando as mãos sobre a mesa até entrelaçar com as minhas

― Não sei, tive um sonho com o acidente e sinceramente não gostei de relembrar tudo de novo. Trouxe uma sensação ruim em meu peito por saber que nunca mas vou ver o Christian... ― Digo esboçando nenhuma entonação em minha voz, solto um logo suspiro e sinto o aperto em minhas mãos ―

― Bom, eu não sei como te ajudar com isso, mas a sensação que tive de quase perder você, fez uma angústia gigantesca pairarar em meu coração por não saber quando você iria acordar, e se acordaria algum dia tive muito medo de nunca mas conseguir conversar com você, mesmo que quando aconteceu tudo estávamos brigados, eu não suportaria te perder. Você é meu único irmão, Héctor ― Explicou calma ―

― Acho que você tem que ir atrás de uma psicóloga, vai te ajudar ― Maya diz dando a volta na mesa e me puxando para um abraço ― Eu te amo muito, quero você bem.

― É voce tem razão. Eu te amo muito também, bella ― Digo entre o nosso abraço, ela solta uma risada ―

― Prefiro esse Héctor sentimental, você é melhor assim, maninho ― Ela diz descontraída após nos afastarmos do abraço. O som da campanhia ecoando pela casa, me fez arquear uma sonbracelha ― Já volto.

Ela saiu me deixando sozinho, encaro toda a cozinha antes de voltar o olhar para minhas mãos.

― Eae Héctor ― A voz animadora de Marc atrás de mim fez eu seguir o mesmo com o olhar até ele sentar ao meu lado ― Tá melhor?

― Uh-hum ― Digo simples ao meu amigo e tomo um gole do café, escuto o celular de Maya apitar sinalizando alguma notificação, Marc iria pegar o celular mas Maya foi mais rápido ―

― Não coloque a mão no meu celular! Marc Guiu!
― Ela disse seria deixando um tapa na cabeça dele, soltei uma risada com a cena ―

― Vai rindo, seu traíra nem para ajudar seu amigo ― Marc diz dramatizando a situação e dou de ombros sem importância, concentrado meu olhar no copo de café ―

― Você começa a fisioterapia hoje, Héctor ― Minha irmã avisa e desvio o olhar para ela com as sonbracelhas arqueadas ―

― Mas eu mal cheguei em casa ― Argumennto a encarando, ela dá de ombros enquanto Marc mexia no celular rindo de algo ―

― Regras são regras. E quanto mas rápido você se recuperar melhor, maninho ― Ela diz sorridente apertando minha bochecha, faço uma careta de desgosto ―

― Tá, tá entendi ― falo encarando Maya e Marc se levantando da cadeira ― Onde vocês vão?

― Marc vai me levar para casa do Pablo ― Ela explica pegando a bolsa e pendurando no ombro, caminhando até parar ao meu lado e deixando um beijo em minha bochecha ― Se cuida, maninho.

― Se cuida, tá bom. ― Marc pediu, assenti e fizemos um toque ― O nome da fisioterapeuta é Luna.

― Entendi. E se eu precisar ligar para vocês, tô sem o meu celular até agora? ― Falo questionando os dois que ficaram sem jeito com a minha pergunta ―

― Então não conseguimos achar mais o seu celular ― Maya diz sem enrolação, Marc assentiu―

― E muito menos compramos outro para você, Héctor ― Marc completou, bufo frustrado mais assenti ―

― Tá bom, entendi ― Digo, simples ―

― Não fica assim e aproveita a sua fisioterapia, maninho ― Maya diz gentilmente e esboço um sorriso sutil em meus lábios, enquanto ela acenou uma última vez e saiu puxando Marc junto com ela ―

Solto um longo suspiro ao encarar tudo novamente. Oque eu vou fazer enquanto não chega a hora da fisioterapia.

Levanto-me pegando as muletas apoiadas no balcão, e caminho com dificuldade para a sala sento-me no sofá pegando o controle e ligando a tv em algum programa qualquer para passar o tempo.

Encosto no estofado do sofá encarando o teto, é tão chato ter que ficar sem alguma distração, por exemplo um celular, a televisão passando sempre as mesmas coisas era algo enjoativo.

Escuto a campanhia ecoar pela casa, lavanto com dificuldade já que estava apoiado em um pé só, pego as muletas e caminho em direção a porta de entrada.

Abro a porta dando de cara com uma mulher loira de olhos azuis, encaro ela dos pés a cabeça até parar no nome gravado no jaleco. Luna Montenegro.

― Você é o Héctor Fort, certo? ― Ela questiona gentilmente com um sorriso nos lábios, assenti após sair do transe ―

― Sim, e você Luna Montenegro? ― A questiono de volta com um sorriso sem mostrar os dentes, ela assenti levemente ― Entra.

Ok. Eu não pensei que a fisioterapeuta que o Barcelona mandaria seria uma mulher quase da minha idade. Mas o importante é ela me ajudar a recuperar logo.

001. Cheguei com o primeiro capítulo para vocês. Tivemos marczinho e mayazinha com o nosso querido Hectorzinho.

002. Gente coitado do Héctor vivendo sem celular, e tendo que usar muletas. Enfim a Luna já aparecendo por aqui.

003. Desculpa qualquer erro ortográfico. Espero que estejam gostando da fanfic.

004. Tik Tok @Biah.jr e Instagram @Autorabiah_

003. Votem e comentem, é, sempre bom saber oque vocês acharam do capítulo. Bjos da Bia😘.

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