O dia tinha sido longo para Eva. Ser assistente técnica do Barcelona não era nada fácil, principalmente quando se tem que esconder um casamento e uma filha do mundo inteiro. Mas, sinceramente? Ela não trocaria sua vida por nada.

Assim que entrou em casa, o som das risadas infantis preencheu seus ouvidos. Ísis, com seu um ano de idade, já sabia que quando a mãe chegava, era sinônimo de colo e dengo. A pequena, de cabelos escuros e olhos castanhos expressivos, correu (ou melhor, tentou correr) até Eva, que não demorou a pegá-la nos braços.

—— ¡Hola, mi amor! — Eva disse, cobrindo a bochecha macia da filha de beijos.

—— Mamá! — Ísis gritou, batendo as mãozinhas em empolgação.

Foi nesse momento que Pedri apareceu, encostando-se no batente da porta, observando a cena com um sorriso apaixonado. O coração dele sempre batia mais forte ao ver Eva e Ísis juntas. Seu maior medo sempre foi que esse segredo pudesse prejudicá-las de alguma forma, mas não conseguia evitar: ele amava essas duas mais do que qualquer coisa no mundo.

—— Nem um beijo pro marido? — Pedri brincou, cruzando os braços.

Eva sorriu, aproximando-se dele e deixando um selinho rápido em seus lábios.

—— Melhor agora? — perguntou, divertida.

—— Ainda não... — Ele a puxou pela cintura, segurando Ísis junto, e a beijou com mais intensidade.

—— Eca, papá! — Ísis fez uma careta, fazendo os dois rirem.

Pedri deu um beijo na testa da pequena, balançando a cabeça.

—— Você vai entender um dia, pequeña.

Eva soltou uma risada baixa, encostando a cabeça no peito do marido. Apesar de toda a loucura, segredos e pressão, nada no mundo poderia ser mais perfeito do que aquilo.