0.5 | 𝗔𝗨𝗧𝗢𝗕𝗢𝗧𝗦
𝖯𝗋𝗈𝖿𝗎𝗇𝖽𝖺𝗆𝖾𝗇𝗍𝖾
𝖺𝖻𝖺𝗅𝖺𝖽𝖺
GISELE se acomodou no banco do passageiro da Ferrari, olhando pela janela enquanto o carro acelerava com suavidade. Ela percebeu que Mirage havia desviado do caminho e estava seguindo outra estrada.
— Para onde estamos indo? — Gisele perguntou, o tom de curiosidade preenchendo sua voz enquanto ela observava as curvas da estrada. Mirage, com seu característico sotaque italiano, respondeu sem hesitar:
— Estou pegando um atalho, — disse ele, as palavras impregnadas com um charme natural. — E também vamos deixar os pombinhos sozinhos um pouco.
Gisele arqueou uma sobrancelha e soltou uma gargalhada divertida, imaginando o que Mirage queria dizer com "pombinhos".
— Mirage, você é o melhor carro que alguém poderia ter, — ela disse, rindo de maneira leve e espontânea. — Tentando fazer papel de cupido com o Camaro, é?
Mirage, como se percebesse o tom brincalhão, emitiu um som que poderia ser considerado um riso mecânico, um "purr" metálico, e respondeu com uma pitada de humor.
— Eu apenas faço o meu trabalho, Principessa. Eles são jovens, precisam de um empurrãozinho de vez em quando.
Gisele balançou a cabeça com uma risada abafada, um sorriso leve em seu rosto enquanto apreciava a companhia de Mirage. A cada curva, a cada aceleração suave do carro, ela se sentia mais à vontade. No entanto, sua mente logo se afastou da diversão quando um pensamento pesado surgiu, apagando o momento de alegria.
Ela não conseguia evitar imaginar como Will reagiria se soubesse da verdade, de que sua amada Ferrari, o carro dos seus sonhos, era, na realidade, um robô alienígena. A ironia da situação fez um nó apertar em seu estômago. Mas logo, a lembrança do incidente na base voltou com força, trazendo consigo uma onda de tristeza que Gisele tentou, mas não conseguiu, afastar. Ela fechou os olhos por um momento, e uma voz suave, mas cheia de preocupação, ecoou em sua mente.
“Esteja bem, meu amor.”
Foi uma prece silenciosa, um pedido de que Will estivesse bem, onde quer que estivesse. Gisele sentiu a dor da saudade, uma dor que, embora amarga, não a impedia de continuar. Ela sabia que tinha uma missão, algo maior do que seus sentimentos, mas isso não a impedia de se preocupar.
A voz de Mirage a tirou abruptamente de seus pensamentos.
— Piccola, acho que você gostaria de olhar pela janela agora.
Ela olhou para o carro, e seus olhos encontraram o vidro da janela, como se o robô tivesse lido sua mente e soubesse exatamente o que ela precisava naquele momento. Sem hesitar, ela fez o que ele sugeriu e, ao olhar para fora, seu coração disparou ao ver uma bola de fogo enorme cortando o céu. Era como um meteoro, mas algo dentro dela dizia que não era isso. A forma, a cor e a intensidade do fogo eram diferentes, mais enigmáticas, como se aquilo fosse algo muito mais... controlado.
— Puta que pariu — Gisele murmurou, surpresa e assustada, as palavras saindo quase sem ela perceber, uma reação involuntária diante da imensidão da cena.
Mirage soltou um som que se assemelhava a um riso, como se ele estivesse desfrutando da reação dela. Eles seguiram pela estrada, indo em direção ao local onde o meteoro aparentemente havia caído. Quando se aproximaram, Gisele percebeu que o que parecia ser um impacto de meteorito na verdade era um grande buraco no portão de uma garagem, onde uma entrada metálica havia sido danificada. A forma do buraco no portão era quase perfeita, como se tivesse sido causado por algo vindo do alto com grande força.
Enquanto Mirage passava em frente à garagem, um carro do samu, um modelo amarelo com as sirenes ligadas, saiu apressado do lado da garagem. Mirage, como se tivesse captado o movimento, começou a segui-lo.
— Ele é um não é? — Gisele perguntou, seus olhos focados no carro da Samu. A suspeita em sua voz era clara, e ela não sabia exatamente o que significava, mas sentia que algo maior estava se desenrolando ali, algo que ela precisava entender.
Mirage não respondeu de imediato, mas a aceleração do carro e a forma como ele começou a segui-lo mais de perto indicavam que ele sabia exatamente o que estava acontecendo. Gisele sentiu um calafrio percorrer sua espinha.
O que estava acontecendo ali não era apenas coincidência. Tudo parecia estar se conectando de uma forma que ela não conseguia prever.
—
O carro de Mirage desacelerou suavemente antes de parar em um beco escuro, iluminado apenas pelas luzes distantes da cidade. Gisele olhou ao redor, seus olhos imediatamente sendo atraídos pelos outros veículos estacionados ali.
Entre eles, havia três carros comuns e, no centro, um imponente caminhão azul e vermelho. Seu design era clássico, mas havia algo de majestoso e quase protetor nele que fez Gisele se sentir estranhamente segura.
— Caramba… — ela murmurou para si mesma, já apaixonada pelo veículo antes mesmo de saber quem ele realmente era.
A porta da Ferrari se abriu suavemente, um convite silencioso para que ela saísse. Gisele obedeceu, sentindo o vento noturno contra seu rosto enquanto descia do carro. Assim que seus pés tocaram o chão, Mirage começou a se transformar, suas peças se movendo com fluidez mecânica até que sua forma robótica se erguesse à sua frente.
Gisele ainda não havia se acostumado totalmente com aquilo, e talvez nunca se acostumasse. Ver algo tão grandioso e surreal acontecendo diante de seus olhos sempre causaria aquele arrepio de empolgação e fascínio.
De repente, um barulho de motor se aproximando fez todos se virarem. O Camaro, que antes era uma "lata velha" cheia de ferrugem, agora brilhava como novo — um modelo do ano, reluzente sob a pouca luz do beco.
Gisele arqueou as sobrancelhas, impressionada com a mudança, enquanto Sam e Mikaela saíam de dentro dele, correndo para se juntar a ela. O Camaro parou ao lado dos outros veículos e, em um movimento sincronizado, todos os carros começaram a se transformar. Peças metálicas se moviam em um espetáculo fascinante, revelando as formas robóticas que estavam ocultas.
Então, o caminhão azul e vermelho deu um passo à frente, abaixando-se sobre um joelho para encará-los diretamente. Sua presença era imponente, mas sua voz, quando finalmente falou, era calma e cheia de sabedoria.
— Você é Samuel James Witwicky, descendente de Archibald Witwicky? — a pergunta ecoou pelo beco antes que o olhar brilhante do robô se voltasse para Gisele. — E você, Gisele Angelina Witwicky, também descendente de Archibald Witwicky?
— Ele sabe seus nomes... — Mikaela sussurrou para Gisele, a tensão nítida em sua voz.
Sam hesitou por um momento, mas então respondeu com um aceno de cabeça.
— Sim. Gisele, ainda processando a situação, apenas assentiu, seus olhos presos à figura grandiosa do robô.
— Meu nome é Optimus Prime. Somos organismos robóticos autônomos do planeta Cybertron.
Houve um breve silêncio antes que outro robô, menor e com detalhes em amarelo, se adiantasse para complementar:
— Mas podem nos chamar de Autobots para facilitar!
— Autobots… — Sam repetiu, o nome soando estranho em sua boca, mas carregado de significado.
Antes que qualquer um deles pudesse formular uma nova pergunta, um robô prateado se aproximou e começou a se mover de forma exagerada, fazendo uma dança desajeitada.
— Qual é o lance aí, galera?! — disse ele, sua voz animada contrastando com o clima sério. Optimus virou a cabeça levemente para o lado, antes de fazer as apresentações.
— Meu primeiro-tenente, designação: Jazz. — Lugarzinho bacana pra gente curtir, hein? — Jazz brincou, jogando-se despreocupadamente sobre um carro velho abandonado e cruzando os braços como se estivesse relaxando.
— Peraí, como ele aprendeu a falar desse jeito? — Sam perguntou, intrigado.
— Aprendemos todas as línguas da Terra através da internet. — Optimus explicou, se levantando para sua altura total antes de continuar as apresentações. — Este é meu especialista em armas, Ironhide.
Os olhos de Gisele foram imediatamente atraídos para o robô robusto que Optimus indicou. Ironhide era um tanque de guerra ambulante, com uma estrutura forte e intimidadora. E, para enfatizar ainda mais sua personalidade, ele ergueu seus enormes canhões, apontando diretamente para Sam.
— Quer tentar a sorte, moleque? — Ironhide provocou com um sorriso desafiador.
— Demais… — Gisele murmurou, seus olhos brilhando de fascínio ao observar os canhões gigantescos. Seu tom era semelhante ao de uma criança que acabava de ver um brinquedo incrível pela primeira vez.
Optimus Prime suspirou levemente antes de intervir.
— Calma, Ironhide.
— Brincadeirinha! — Ironhide recuou um pouco, guardando seus canhões. — Só queria mostrar os meus canhões pra ele.
Gisele trocou um olhar divertido com Mirage, enquanto Sam ainda tentava entender o que exatamente estava acontecendo ali. Aquilo tudo estava apenas começando, e Gisele sabia que sua vida nunca mais seria a mesma.
O enorme caminhão azul e vermelho deu um passo à frente, suas placas metálicas reluzindo sob a luz fraca do beco. Sua voz grave e imponente ressoou pelo local enquanto apontava para um dos robôs ao seu lado.
— Nosso oficial médico, Ratchet.
O Autobot amarelo e robusto deu um passo à frente, inclinando levemente a cabeça. Em seguida, farejou o ar ao redor dos humanos, como se estivesse analisando informações invisíveis para eles. Depois de um breve momento, ele fez uma declaração inesperada e direta:
— Mm... O nível de feromônio do garoto indica que ele quer acasalar com a fêmea.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor.
Os olhos de Mikaela se arregalaram de choque, enquanto Sam corou violentamente, desviando o olhar em desespero.
Gisele, por outro lado, não conseguiu segurar o riso. Ela explodiu em gargalhadas, quase dobrando o corpo para frente ao ver o rosto de puro constrangimento do irmão.
— Isso é inacreditável — Gisele fala ainda rindo.
— Ah, qual é?! — Sam reclamou, cruzando os braços, claramente indignado.
— Isso é ridículo… — Mikaela murmurou, ainda atordoada, passando a mão no rosto.
Mas a diversão de Gisele durou pouco. Ratchet virou-se para ela com um olhar analítico, como se estivesse escaneando suas emoções da mesma forma que havia feito com Sam.
— Os níveis de tristeza da garota indicam que ela está profundamente abalada.
Seu sorriso morreu no mesmo instante.
Um aperto tomou conta do peito de Gisele, como se um peso invisível tivesse acabado de cair sobre ela. Por um momento, tudo ao seu redor pareceu se apagar. As palavras de Ratchet trouxeram à tona as memórias que ela tentava reprimir: o ataque à base, as explosões, os gritos... A incerteza sobre Will. Ela engoliu em seco, mas não disse nada.
Sam, percebendo sua mudança de expressão, colocou sua mão em seu ombro, num gesto silencioso de conforto.
Optimus, percebendo o momento tenso, decidiu prosseguir.
— Vocês já conhecem seus guardiões: Mirage e Bumblebee.
Bumblebee, sempre animado, fez uma pequena dancinha para se apresentar, movendo os braços de maneira descontraída.
Sam, ainda processando tudo, olhou para ele com um misto de curiosidade e admiração.
— Bumblebee, é isso? — Ele repetiu o nome. — Então você é meu guardião, né?
— Os processadores vocais dele foram danificados. — Ratchet explicou, antes de disparar um pequeno feixe de laser vermelho na jugular de Bee, que recuou um pouco com um estalo metálico. — Ainda estou consertando. Sam assentiu, observando o procedimento com atenção.
Enquanto isso, Gisele voltou-se para seu próprio guardião, curiosa.
— Sabe… eu nunca perguntei por que seu nome é Mirage.
O robô vermelho cruzou os braços e olhou para ela com um sorriso divertido.
— Principessa, o que esse nome ti ricorda? Ela franziu a testa por um momento antes de responder:
— Uma ilusão. Afinal, uma miragem não é real.
Mirage assentiu satisfeito.
— É exatamente isso que meu nome significa. Os olhos de Gisele brilharam de entusiasmo.
— Então... você pode criar ilusões? Ou se clonar?
Mirage confirmou com um aceno.
— Irado. — Ela sorriu, claramente fascinada. Foi Mikaela quem trouxe o grupo de volta ao assunto principal.
— Por que estão aqui? A expressão de Optimus ficou séria.
— Estamos procurando o AllSpark. Precisamos encontrá-lo antes de Megatron.
— Mega o quê? — Gisele franziu o cenho. Optimus apertou um lado de sua cabeça, e uma projeção holográfica surgiu diante deles. As imagens mostravam um planeta metálico devastado pela guerra, explosões consumindo cidades inteiras e, no centro da destruição, um robô gigantesco e ameaçador.
— Nosso planeta já foi um império poderoso, pacífico e justo. — A voz de Optimus era carregada de tristeza e peso. — Até sermos traídos por Megatron, líder dos Decepticons. Todos os que o desafiaram foram destruídos. Nossa guerra acabou destruindo o planeta… e o AllSpark se perdeu nas estrelas. Megatron o seguiu até a Terra, onde o capitão Witwicky encontrou ele.
Sam piscou, surpreso.
— Nosso tataravô…
— Foi por acidente que nossos destinos se cruzaram. Megatron fez um pouso de emergência antes que ele pudesse pegar o cubo. Acidentalmente,ele ativou o sistema de navegação de Megatron. As coordenadas da localização do cubo na terra ficaram gravadas nos óculos dele.
Sam sentiu o estômago revirar.
— Como sabia dos óculos? Optimus respondeu com naturalidade:
— eBay.
O rosto de Sam se contorceu em descrença.
— Vocês usam eBay?!
Mas antes que ele pudesse reagir àquela revelação absurda, Ratchet interveio com um aviso sombrio.
— Se os Decepticons encontrarem o AllSpark primeiro, usarão seu poder para transformar as máquinas da Terra e criaram um novo exército.
Um calafrio percorreu a espinha de Gisele. Ela não conseguia nem imaginar como seria um cenário onde cada máquina ao redor deles — carros, aviões, tanques — se transformasse em uma arma mortal.
— E a raça humana será então extinta. — A voz de Optimus era grave e definitiva. Ele olhou diretamente para Sam. — Sam Witwicky… você tem a chave para a sobrevivência da Terra.
O silêncio que se seguiu era quase sufocante. Sam trocou um olhar nervoso com Mikaela antes de olhar para Gisele, que o observava com uma expressão séria. Ela cruzou os braços e estreitou os olhos.
— É bom que você ainda tenha esses óculos, Samuel…
Sam engoliu em seco.
⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Oi Oi, atualização fresquinha para vocês, meus amores!
⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Não sei se vocês viram, mas agora estou seguindo um cronograma de postagens! Essa semana reservei para atualizar histórias específicas, e Legends Never Die está entre elas! Então, até domingo, um capítulo novinho vai ser lançado!
⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Agora, falando sobre os capítulos… Faltam de 5 a 6 para terminarmos o primeiro filme! *Dancinha de comemoração*
⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Espero de coração que tenham gostado desses capítulos, e não esqueçam de voltar para comentar! Eu adoro ver as reações de vocês!
⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Ah, e eu quero convidar todos vocês para conferir uma nova história que postei no meu perfil! É sobre The Walking Dead, e se você ama esse universo, vai se sentir em casa. Dá uma olhadinha, vocês vão curtir!
⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Até o próximo capítulo, Autobots!
⌗﹒🏁﹒౨ৎ˚₊‧ • Lembrando: Sem sacrifício, não há vitória
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