.27 𝖽𝖾 𝗆𝖺𝗋𝖼̧𝗈 𝖽𝖾 2012.

Alexandria estava abastecida por pelo menos um mês, mas tinham um novo problema para lidar naquele momento. Uma luta inesperada com o grupo dos famosos Salvadores, que na verdade arruinam tudo o que tocam, e essa batalha vem desencadeando grandes dúvidas sobre o líder desse grupo na família Grimes. Estão no escritório da casa de Hannah, sentados em suas cadeiras em frente à grande mesa de escritório enquanto Hannah estava atrás dela.

— Eu não sei, não, existem muitas pessoas com o mesmo nome. São milhares de Negan's por aí, pode ser qualquer um. – Hannah Dixon argumenta, é a mais tranquila sobre o assunto.  — Acho que deveríamos pensar com mais razão e menos emoção.

— Ainda assim existe a possibilidade de ser ele, Hannah, mesmo que seja apenas um porcento. – Lara resmunga, está nervosa com a situação em si, ainda mais com a possibilidade do pai de sua filha ser o mandante de um grupo assassino. — Negan podia ser tudo, mas ele não era um cara mal e eu não acho que isso seja possível, mas tenho medo.

Já tem um tempo que Camila esqueceu da família paterna, nem mesmo toca no nome de sua irmã mais velha ou até mesmo em seu pai, Negan Smith. Dois anos sem vê-los e um ano e meio sem notícias deles a fez apagar a memória de família feliz, isso preocupa sua mãe. Se algum dia Negan aparecer, mesmo ele não sendo um cara malvado, ainda assim vai ser difícil o introduzir na vida de sua filha novamente.

— Não vamos criar um caso com especulações, é como Hannah disse, pode ser qualquer um. – Rick tenta acalmá-la. — Estamos preparados, não há como voltar atrás agora, mesmo que seja ele. E se for, continua sendo um risco para nós e sempre eliminamos esses riscos, sendo ou não o pai da sua filha. Sendo ou não alguém que já fez parte de nossas vidas.

Sabia que o irmão estava certo, mas estava preocupada com o envolvimento de sua filha nessa história. Um dia Camila iria saber quem matou o seu pai e porquê, e de maneira alguma ela quer que sua filha sofra com isso.

— Tudo bem, vai ser algo rápido mesmo. – Ela respondeu por fim, suspirando. — Mas eu quero ir junto.

Rick arregala os olhos, se virando para ela enquanto Hannah teve a mesma reação.

— O quê? Mas você não tem participado de coisas do tipo ultimamente,  e vai ser algo perigoso demais. Não, eu quero vocês duas em casa.

— Se vão matar um cara que eu um dia amei, quero estar lá para presenciar. – Balançou os ombros, mas foi um péssimo momento para falar em amor e ex, pois Merle adentrou o cômodo junto do irmão naquele momento.

O ambiente ficou silencioso por um instante, tendo Merle e Lara se encarando de uma maneira diferente e intrigante, tendo seus irmãos como plateia para aquele momento de constrangimento. O Dixon mais velho parou ali mesmo, rindo em nervoso enquanto ainda encarava a esposa.

— Então é por isso que está estranha desde que eu te contei sobre os Salvadores, por que o homem que amou é o líder? – Indagou, sentindo seu coração palpitar com ainda mais força que o normal. — Foi por isso que insistiu tanto em ir para uma missão depois de tanto tempo afastada, por causa do seu ex.

— Merle, não é isso, é claro que não. – Ela se apressa, levantando-se rapidamente. — Estou preocupada com as consequências dos nossos atos.

Diante aquele novo desentendimento, Rick e Hannah se levantam em uma enorme calmaria. A verdade é que já se acostumaram com brigas em casais, sejam elas de Hannah com Daryl ou Lara e Merle, sabem lidar com a situação perfeitamente.

— Será que não, Lara? Ou será que está mentindo para si mesma... – Ele indagou, saindo tão repentinamente quanto entrou.

Os três deixaram que Lara fosse atrás do marido enquanto permaneceram no mesmo lugar, ouvindo a discussão ecoar pelo casarão Dixon. Hannah se aproxima do marido, recebendo um beijo casto em sua bochecha.

— Comeu o café da manhã que Carol preparou? – A loira balançou a cabeça em afirmação. — E como se sente hoje, tudo bem com a pequena Dixon aí dentro?

Os cuidados com Hannah triplicaram após sua última consulta, estão fazendo de tudo para conseguir aumentar o peso do bebê e Daryl vem se mantendo ainda mais atento em cada passo dado pela esposa. Descobrir que esperam uma menina o encheu de alegria e também aos amigos, que ainda comemoram tudo isso com grandes sorrisos.

— Estamos bem, sua filha que não gosta de nada que comemos e faz questão de tentar jogar tudo fora. – Respondeu, pousou a mão na barriga tufada enquanto sorriu pequeno. — Ela ainda não se mexe, isso me deixa preocupada.

— Vai ver só é preguiçosa. – Rick brinca, sorrindo feito um pai orgulhoso. — Carl só foi se mexer após os cinco meses de gestação e isso deixava Lori arrancando os cabelos de tanta preocupação, talvez ela seja igual ao primo e esteja querendo te pregar uma peça.

Daryl deu de ombros, indo na onda do cunhado porque o que ele menos precisa agora é de uma esposa apavorada com a saúde de seu bebê, mesmo que todos já estejam atentos a qualquer sinal dado pela mulher.

— Ele tem razão, amor, ela só precisa de mais tempo. – Confortou a esposa. Daryl adora o sorriso preguiçoso que nasce nos lábios de Hannah todas as vezes que ele a chama de amor, se sente cada dia mais atraído por essa mulher. — E qual é a dessa história de que o líder dos Salvadores é ex da Lara?

— Nós não sabemos se isso é verdade..– A voz de Rick sobressai a de Hannah. — Não estou descartando a possibilidade, mas vamos combinar que seria muita coincidência estarmos indo matar o pai da Camila, e eu sempre quis matar aquele cara.

— Ah, isso é verdade, Rick sempre o odiou e nem mesmo quiseram ser apresentados.  Negan teve medo de que o "irmão barra pesada chefe de polícia" da Lara quisesse o eliminar por ter feito o que fez.

Daryl franziu as sobrancelhas, encucado com tudo.

— O quê, por quê?

— Ora, porque ele era casado e ninguém sabia disso, provavelmente não teríamos descoberto se Lara não tivesse engravidado no mesmo tempo que a filha mais velha dele contraiu tuberculose. – Deu de ombros como se não tivesse acabado de soltar o maior absurdo de todo o universo dos traíras. — O bom é que a esposa dele não culpou Laura pela traição e aceitou o bebê de bom grado, mas continuou com ele mesmo assim.

— Ela era idiota ou algo assim? Tinha necessidades especiais? – Indagou em escárnio. — Porque 'pra ser burra desse jeito e aceitar tudo isso pra continuar com o cara, no mínimo ela era insegura.

Hannah gostaria de ter rido ainda mais por compartilhar do mesmo pensamento que o marido, mas conheceu Lucille e sua alma reluzente que nunca faria mal a uma mosca sequer, e para ela aquela mulher merecia todo o respeito do mundo. O único erro que Lucille Smith cometeu foi ter amado o homem mais canalha da face da terra, saber disso e ainda assim continuar ao seu lado. Ninguém nunca a contou que ela também poderia ser a pessoa mais incrível do universo de alguém.

[. . .]

29 de março de 2012.

O ataque aos Salvadores ocorreu de uma maneira interessante, e não tinha nenhum Negan Smith por ali. Hannah estava atendendo Maggie na enfermaria quando Giulia adentrou o consultório em uma euforia enigmática.

— Oi, tudo bem com você? Carl me contou, eu vim correndo. – Ela diz entre sílabas e pausas cansadas. Giulia se preocupa imensamente com a saúde de Maggie e do bebê, ama mais o sobrinho que o resto do mundo. — Se machucou, algo com a barriga?

— Nossa, quanta preocupação! – Hannah brinca em um sorriso trocado com Maggie. — Beba uma água, Giu, o bebê está bem mas não sei se você vai ficar se continuar com esses sustos.

Maggie sofreu alguns machucados após ser sequestrada por um grupo de Salvadores, mas não foi nada tão grave a ponto de afetar em sua gestação. Giulia respira profundamente antes de se jogar na poltrona de acompanhante.

— Pode examinar meu coração qualquer dia desses, tia? Acho que esse garoto vai acabar me matando antes mesmo dele nascer. – Expressa em um tom brincalhão. — E, sim, eu sei que é um menino. Ele vai crescer e algum dia vai se casar com a sua filha, assim serão felizes para sempre.

— Ah, que Daryl não te ouça falando algo assim da princesinha dele. – Diz Hannah, rindo da idéia maluca de Giulia tanto quanto Maggie. — Ele está louco de preocupação com essas coisas, mas a menina ainda nem nasceu e já estão pensando em futuros namorados... Que Deus o ajude, porque eu vou ajudar minha filha sempre.

— Pai de menina tem que se preocupar desde a barriga, mesmo. Meu pai contava que assim que descobriu que eu era uma garota ele iniciou o projeto fazendeiro. – Maggie contou, rindo sem a dor de falar sobre o pai. — Quando Beth nasceu, então. . . Colocou tela nas janelas.

— Glenn nos fez morar em um apartamento que não tinha escadas ao lado de fora do prédio porque pensou que eu poderia usar aquilo para fugir algum dia. Algum dia. Eu tinha sete anos quando nos mudamos para lá.

Uma risada em grupo ecoa aquela sala, trazendo alegria e eternizando um bom momento entre amigas na memória das três, precisariam disso em algum momento. Glenn adentrou o consultório junto a Daryl, ambos riam de algo que eles mesmo haviam dito um ao outro.

— Oh, aí estão os pais do ano. – Giulia brinca. — Sujos de tinta e pó de madeira, ainda por cima.

— Glenn me ajudou a pintar o quarto da bebê hoje, também tentamos fazer uma prateleira bonita mas acho que não sou tão bom quanto ele nesse serviço.

Descobrir que a gravidez está mais avançada do que pensavam estar fez com que aceleracem muitas coisas, principalmente o quarto do bebê e a busca por aparelhos essenciais na vida de uma gestante.

— Eu posso não ser um bom pintor, mas a senhora Pruitt me ensinou tudo sobre carpintaria quando o esposo dela morreu.  Ela era a minha vizinha de baixo. – Respondeu descontraído, beijando o topo da cabeça de Maggie. — E então, tudo certo com o bebê?

— Saudável e esperto, como um verdadeiro Rhee. – Giulia quem o respondeu. — Já que está tudo bem por aqui, eu vou indo porque lembrei que Annie está me esperando para o nosso piquenique em comemoração ao nosso mês-versário.

— Huu, ela deve estar uma fera com você agora. – Daryl brincou, ele mesmo ajudou Annie a assar bolinhos uma noite antes de partir, como um teste. Viram Giulia correr para fora em uma grande pressa. — Acho que teremos problemas com isso mais tarde.

— Ah, com certeza eu terei de a ouvir tagarelar sobre uma discussão antes de dormir, é sempre assim. – Respondeu Glenn, ajudando a esposa a ficar de pé. — Mas são boas garotas e é isso que importa.

Hannah e Maggie se manteram em silêncio enquanto seus maridos
de repente entabularam uma animada conversa sobre seus ótimos trabalhos paternais com as garotas e como aquilo os treinaram para o futuro, quando seus filhos estivessem grandes o suficiente para fazer com que passassem pelas mesmas situações.

Logo após, Hannah e o marido se preparam para ir embora. As horas voam em Alexandria quando se tem muito o que fazer, e ainda no caminho de casa o casal encontra com Clara e Peter, que assistiam ao filho brincar na varanda de casa. Ver George saudável e se divertindo com as próprias risadas aqueceu seus corações, imaginando o dia em que seria sua pequena garotinha ali.

Os Monroe acenam, sorridentes.

— Boa tarde, meninos! Como vai a nossa gatinha? – Clara quem pergunta. — Ah, Bel, eu preparei algo para você, será que pode esperar por um instante?

— Oi, Monroe's. Tudo certinho, mas ela ainda é preguiçosa demais para dar um sinal disso para nós. – Dito isso, Clara corre para dentro em pulos animados. George correu até a calçada, chamando a atenção do casal para si enquanto seu pai o observa. — Ei, garotão, você se recuperou bem rápido, estou impressionada.

— George é um menino muito forte, não é, filho?! – Peter diz, morria de orgulho de seu garoto. — Que bom que não prejudicou você e a bebê, ficamos preocupados com a possibilidade. Clara não se perdoaria se algo tivesse acontecido.

Hannah sorri, se sentindo contente em saber que a saúde é o bem estar de sua filha é tão importante para seus amigos quanto é para ela. Ser grávida durante um apocalipse se torna menos assustador quando se tem com quem contar.

— Eu peguei catapora com cinco anos, Peter, o filho da vizinha me passou após suas férias na Califórnia.

Clara voltou com uma caixa enorme, mal conseguindo carregá-la cujo o conteúdo era somente coisas de bebê. O casal Dixon ficou abismado quando a avistou sair pela porta com seu sorriso de orelha a orelha.

— Sei como é difícil obter coisas de bebês hoje em dia, então estocamos muita coisa quando tivemos a sorte grande de encontrar um lugar cheio delas. Está tudo lacrado, trouxemos tudo na esperança de algum dia termos uma garotinha, mas você fez primeiro que a gente e merece isso.

Clara jogou a caixa nos braços largos de Daryl. Os olhos de ambos se arregalam, havia muita coisa ali dentro e todas eram femininas. De roupas à lençóis e produtos de higiene, havia de tudo. Era como uma mina de ouro que encheu seus corações de alegria.

— Oh meu Deus, Clara, isso é... – Hannah tentou expressar sua gratidão, mas apenas suas lágrimas alegres saíram. Ela ri em entusiasmo, agarrando a amiga em um abraço apertado. — Obrigada, não sabe o quanto isso significa para nós.

— Ah, isso tá pesado pra caramba, é tudo para a bebê? – Daryl pergunta, sorrindo.

Clara beijou a bochecha da amiga com carinho.

— Ah, e tem muito mais de onde veio essa daí. – Peter disse, mostrando a outra caixa, desta vez menor que a anterior, mas ainda muito grande. — Nós temos muita coisa, a menina de vocês merece tudo do bom e do melhor. A loja era a melhor da cidade, é tudo da mais alta qualidade.

O sorriso entre os quatro era admirável, quatro amigos que iriam longe com suas parcerias. Daryl arregalou ainda mais seus olhos, espantado dessa vez mas ainda assim extremamente feliz e realizado por ter tudo para seu bebê agora.

— Meu Deus, isso é muita coisa, Peter. – Ele disse, rindo de nervoso. — Vamos dividir com a Maggie e Glenn.

— Sim, claro. – Hannah disse prontamente, mas logo foi cortada.

— Não, isso é da filha de vocês. Há outras duas caixas separadas exclusivamente para os Rhee, eu tenho 'pra mim que vai ser um menino. – Clara quem disse, muito bem humorada por sinal. — Vão, organizem o quartinho dela com tudo o que ganharam.

Hannah sorriu, indo embora com o marido e suas duas caixas repletas de coisas para sua amada filha. Se divertia imaginando tudo em seu devido lugar, ansiosa para chegar em casa e descobrir cada item presente dentro daquelas caixas grandes. O casal conversou o caminho inteiro sobre como a chegada de um bebê os afetaria emocionalmente e a probabilidade de enlouquecerem no processo, mas Daryl prometeu à Hannah que independente da situação e/ou seus níveis de estresse no sangue, iriam sempre lembrar que amavam um ao outro.

Não havia ninguém em casa além deles e Carol, que estava na varanda quando chegaram. A mulher, muito curiosa, apagou o cigarro imediatamente antes mesmo que Hannah pudesse sentir o cheiro. Ela abana o ar, tentando afastar as fumaças antes que a loira a inala.

— Desculpe por isso, querida, deixa que eu ajudo você com isso. – Ela se apressa a dizer, tomando a caixa dos braços da mulher. — Uh, está pesado, o que tem aqui dentro?

— Tudo bem, Carol, a casa também é sua. – Hannah a respondeu, cumprimentando a mulher com um beijo no rosto. — Ainda não sabemos, mas são coisa de bebê. Um montão delas, na verdade.

— Espero que o cigarro que estava tragando não seja meu, Peletier. – Daryl brinca, mas na verdade nem se importa com o que Carol usa ou não o que pertence a ele. — Ganhamos na loteria do bebê, vamos entrar e ver o que temos por aqui.

Entraram rapidamente e foram direto para o quarto do casal, pois o quarto do bebê ainda está recém-pintado e com reformas futuras a serem feitas. Os dois amigos pousam as caixas no colchão macio e Hannah pula na cama, cruzando as pernas e abrindo a caixa menor. Eram produtos de banho e pós-banho, uma porção deles. Sabonetes, óleo corporal, perfumes, sabonete líquido e entre outros, tudo em dose tripla. Três de cada. Também haviam itens de higiene, soro nasal e coisas relacionadas ao assunto. No fundo da caixa haviam mantas de crochê e um lindo tapete cor de creme com bolinhas coloridas.

— Não pensei que ficaria tão animado vendo um tapete para o quarto de uma criança. – Daryl diz, abrindo a segunda e maior caixa, vendo que a primeira coisa que havia ali dentro era uma caixa menor cheia de pelúcias lindas. — Quando me tornei tão 'besta?

— Ora, querido, os filhos amolecem a gente. – Carol responde, imersa em uma lembrança do passado ao avistar uma girafa fofa de pelúcia. — Sophia tinha uma igual à essa, ela adorava a senhora Pintas, ficou com ela até os dez anos mas teria ficado por muito mais se resistisse a toda aquela sujeira. Ela não gostava que levassem a girafa, dizia que perdia a magia.

Um silêncio constrangedor caiu sobre eles, tendo o casal trocando um olhar de socorro. Daryl decide agir, pousando a mão no ombro da grande amiga e o afagando, transmitindo seu consolo empático. Carol faz um som ao limpar a garganta, sumindo com a pequena lágrima que desceu de seus olhos bonitos.

— Pode ficar com ela, se quiser. – Hannah responde se referindo à pelúcia, vendo o riso melancólico de Carol se formando. — Se ajuda você a manter Sophia viva em seu coração, então deveria ficar com a Senhora Pintas. Sophia iria gostar.

Carol funga, se agarrando a sua nova senhora Pintas com seu coração um pouco menos partido. Daryl, a fim de dissipar o clima de melancolia e tristeza, se pôs a dizer:

— Tem uma cômoda bonita lá no sótão, uma boa demão de tinta e ela servirá perfeitamente no quarto do bebê. Eu mal posso acreditar que em pouco tempo terei uma garotinha com a aparência do amor da minha vida nos meus braços, parece loucura.

O rosto de Hannah se ilumina em um vislumbre do passado, lembrando-se de quando Daryl comentou, há muitos anos atrás, que gostaria que seus filhos fossem semelhantes à ela por inteiro, somente ela. Era como se suas vidas finalmente estivesse começando. Ela beija o rosto do marido com ternura enquanto Carol parou perto da porta.

— Vocês dois serão ótimos pais. – Ela dispara em um sorriso. — Vou jantar com Tobin hoje, Annie estará com os amigos em algo que eu acho ser uma noite do pijama ou uma grande orgia de adolescentes e Jeremy estará na guarda hoje. A casa é só para vocês, aproveitem.

E naquela noite o casal Dixon teve sua paz e felicidade preservada, tendo um lindo jantar à luz de velas e uma tremenda noite de amor muito barulhenta. Sorte não ter ninguém em casa. Deveriam ter aproveitado mais enquanto podiam, pois foi a última noite juntos por um longo e doloroso tempo.

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001: Oi, espero que estejam preparados para o que vem à seguir. Peguem seus lenços, os copos de água com açúcar e o remédio para a ansiedade, também deixem o dinheiro separado para a terapia da semana pois Negan Smith chegará no próximo capítulo. Que Deus esteja conosco.

Beijos da Malu!💋🫶