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Tw: este capítulo aborda temas sensíveis.
Tentativa de abuso sexual.
Se você tem gatilho a este assunto, pode pular para o próximo capítulo, irei explicar resumidamente para vocês os acontecimentos daqui.

26 𝖽𝖾 𝖺𝗀𝗈𝗌𝗍𝗈 𝖽𝖾 2011

𝐇𝐚𝐧𝐧𝐚𝐡 𝐈𝐬𝐚𝐛𝐞𝐥 𝐆𝐫𝐢𝐦𝐞𝐬

Estava sendo difícil lidar com a perda de minha cuhada, os cuidados com a bebê e consolar meu sobrinho mais velho. No primeiro dia eu não o procurei, não conseguia lidar com a dor de outra pessoa quando em mim parecia querer explodir o peito. Mas ele veio até mim no segundo dia, chorou em meu colo e adormeceu em meus braços. Outra vez, o prometi aquele pudim de chocolate enquanto assistíamos desenhos de super heróis. Perdemos Carol e T-dog, isto também é um grande peso a ser carregado.

Me mantive forte pela promessa que fiz a Lori antes que ela partisse. Disse a ela que cuidaria das crianças e estou cuidando. Rick está lidando com o luto de sua maneira, e essa maneira não envolvia os filhos. Continua trancado nos túneis desde o dia da morte de sua esposa, há quatro dias atrás.

Hoje ele resolveu aparecer e enfrentar seus problemas. Mas não é com isso que estou preocupada agora. A bebê precisa de fórmula, ou irá morrer de fome. Nós precisamos de comida. Então, me ofereci para ir com Glenn e Maggie até a cidade hoje.

— tem certeza de que está pronta para ir lá fora? – Daryl questiona, os braços ao redor de meu pescoço em um abraço apertado. — é perigoso, você sabe.

Suspiro, sorrindo para ele. Daryl está preocupado quanto a minha repentina vontade de ir através das cercas logo após a morte de alguém importante. Tenho quase certeza de que pensa que estou tendo pensamentos suicidas neste momento. Chega a ser fofo.

— ficarei bem, querido. – selo nossos lábios rapidamente, preservando nossa imagem aos olhos de minha sobrinha, Camila. Me abaixo em sua frente, tentando alcançar sua altura. Sorrio, tirando a mecha loira da frente de seus olhos.  —  querida, a titia ficaria muito feliz se você mantesse a bebê segura até minha volta.

Camila vira os lábios, segurando o choro. Ela afirma em um aceno tímido, me agarrando em um abraço dengoso.

— não quero que vá, tia.

Ah, é claro. Lara explicou o que aconteceu com Lori, de uma maneira que não doesse tanto na pequena criança que adorava a tia. Mas, ainda assim ela sentiu, e sentiu forte. Agora, meu bebê sente medo de perder mais pessoas de sua família.

Respiro fundo, deslizando as mãos por suas costas em um ato carinhoso. Beijei seus fios claros, passando confiança.

— está tudo bem, meu amor. Prometo que estarei de volta antes do jantar, ok? Vai ser tão rápido que mal irá notar.

— e vai me colocar 'pra dormir hoje? Contar a história da princesa loira que dormiu por vários anos?

Seu pedido saiu tão doce que foi basicamente impossível de ser negado. Sorrio, afirmando em um aceno de cabeça.

— eu conto a história da bela adormecida 'pra você quando formos dormir, e até deixo que durma comigo se você for obediente.

— vem, filha, a tia Hannah não vai demorar. – minha irmã chama, ao lado de Beth e a bebê. — quanto menos durar esse abraço, mais rápido ela volta para casa.

Minha sobrinha encerra o abraço, beijando minha bochecha com carinho e sussurrando um boa sorte em meu ouvido antes de correr para a mãe outra vez. Aceno para elas enquanto me levanto, voltando a atenção ao meu namorado. Ele passa o polegar em minha bochecha, como se limpasse o resquício de algo ali.

— vou atrás de você se não voltar até o jantar. Não vai querer um Dixon seguindo seus passos, eu te garanto.

Sorrio, me jogando em seus braços. Beijei seus lábios em poucos segundos, segurando seu rosto entre meus dedos.

— vou considerar isso como uma ameaça sexual. Adoro ameaças sexuais. – sussurro em seu ouvido, vendo o sorriso crescer em seus lábios. — te adoro, mi amor. A gente se vê em poucas horas.

[.....]

— [...] e ai eu cai, na porta da sala. Foi o pior primeiro dia da faculdade de todos os tempos. – Maggie contava no banco do passageiro.

Minha risada ecoa o carro vermelho. Minha amiga resolveu que era uma boa ideia conversar sobre o antigo mundo durante a viagem. E bom, Glenn e eu temos muitas histórias boas do nosso período da faculdade. Entretanto, Maggie possue as melhores.

— gaguejei durante o primeiro seminário e me chamaram de gaguinho por um mês inteiro. – meu amigo diz, como se fosse uma competição.

— eu dei o apelido 'pra ele. – Maggie move a cabeça para minha direção, o banco de trás, com um sorriso se esboçando. Glenn maneia a cabeça, em concordância. — sempre fui o pior pesadelo dele, mesmo antes de virarmos amigos.

— pois é, Hannah é o Karma que terei sempre comigo, pelo resto da minha vida. – tentou parecer rude, mas soou fofo e ingênuo.

— como se tornaram amigos? Algo me diz que envolve algo engraçado no meio da história.

Seguro o riso, enquanto Glenn não fez esforço para isso. A história é engraçada, mas não para mim. Para mim, é humilhante.

— conte a ela, Bel. Conte como nos conhecemos de verdade.

Rolo os olhos enquanto Maggie fica ainda mais ansiosa pela resposta. Ele sabe que eu odeio.

— grampeei meu dedo enquanto finalizava um trabalho sobre anatomia. – murmuro. As risadas ecoam o carro, e eu nem acabei de contar o que aconteceu. — cai no choro porque não gosto de ver meu próprio sangue, então o asiático estranho me ajudou.

— ou, o estranho aqui foi o único que se comoveu com o seu escândalo e conseguiu tirar o grampo do seu dedo branquelo.

Mais risadas. Gosto de quando Glenn e eu estamos rindo, me faz lembrar de como éramos antes do mundo acabar. Do quanto a gente zoava um com o outro e a penca de apelidos nada convencionais que tínhamos entre nós. Hoje, eu sinto que ainda sou um pouquinho assim. Zoeira e brincalhona, é claro que sou. Ainda gosto de desafiar a autoridade dos meus irmãos e ensinar coisas aos garotos que só eu ensinaria. Mas, sinto que o mundo me fez amadurecer um pouco mais.

O carro foi estacionado em um bairro comercial. Haviam lojas para todos os lados. Esse era o prazer de se estar em King County, tudo era perto. Desço do carro com a arma empunhada, pronta para atirar caso um zumbi aparecesse. O sol era quente, não haviam nuvens no céu. Aspiro o ar fresco e, por incrível que pareça, saudável.

— é um belo dia. – a Greene comenta, ohando para o céu. — devíamos fazer um piquenique em dias como este.

— devíamos fazer um todos os dias em que a bebê Grimes completar meses. – Glenn opina, recebendo o alicate gigante em suas mãos.

A ideia não é ruim. Lembro que meus irmãos faziam churrasco todos os dias 15 e 28 nos primeiros anos dos filhos. Carl é do dia 15, Camila de 28. Acho que podemos fazer isso pela memória afetiva, que ela não lembrará, da neném. 

— uh, se acharmos os ingredientes, eu posso fazer um delicioso bolo de chocolate. – Maggie se oferece, sorrindo animada. — aprendi uma receita incrível na faculdade.

— estou louca para provar dos seus dotes culinários.

A conversa acaba quando Glenn abre a porta e um bando de morcegos saem voando sobre nossas cabeças. A risada em seguida foi inevitável, tanto pelo susto quanto pelas caras que fizemos. Para nossa sorte, a loja estava recheada de fórmulas, enlatados e industrializados. Pedimos para que o Rhee pegue o patinho de borracha para minha nova sobrinha, e ele acata ao pedido.

— aqui é tão silencioso, fala sério. Não temos isso em casa, estão senpre grunindo nas cercas. – Maggie reclama.

Estava pronta para respondê-la quando uma voz grossa e rouca nos alcança. E bem, eu conhecia aquela voz. Nerda, eu conheço muito bem essa voz.

— e o que vocês, boa gente, chamam de casa?

Nos viramos todos juntos, apontando nossas armas para a cabeça de seja lá quem....Merle. Merle Dixon e um homem que eu não conheço. Meus olhos se arregalam, enquanto ele demorou mais para reconhecer meu amigo.

— uou. Fala aí, galera. – enfatiza, abaixando a arma e indicando para que o amigo faça o mesmo. — cara, desculpa, não sabia que eram vocês.

Merle. – seu nome saiu feito um sussurro. Meu coração disparado denunciava a surpresa em ver o desgraçado vivo.

— eai, Hannah banana. – sorri, seu sorriso egocêntrico continua o mesmo. — qual é, vai continuar apontando esta arma para o seu mano?

Um sorriso escapa dos meus lábios. E, bem, a vontade de abraçá-lo é enorme. Ainda assim, não se é confiável. Minha arma é abaixada, mas meus amigos continuam com os dedos no gatilho.

— e então? O que chamam de casa? Meu irmão está com vocês?

Glenn levou os olhos para seu braço, e a faca em uma prótese, no lugar da mão esquerda. Ele tira, jogando-a no chão sem nem pensar duas vezes.

— achei em uma fábrica abandonada, em Atlanta. Legal, não é? Multi utilidades. – dá de ombros. — Daryl?

— ele está bem, está vivo. – Glenn o respondeu, o sorriso no rosto de meu cunhado se tornou mais intenso e verdadeiro, como se acabasse de tirar um peso das costas. — pode ficar aqui, nós falamos ao Daryl onde está e ele virá até você.

— não, cara. Me leve até ele, qual é?

— Merle, não. Daremos sua localização ao Daryl, ele vem até você.

Foi tudo tão rápido que ficou difícil acompanhar. Em um momento, eu estava ao lado de Maggie, encarando a discussão. No segundo seguinte, alguém me acertou no rosto e eu estava no chão, com uma arma apontada para minha cabeça e um braço ao redor de meu pescoço. Meus olhos se arregalam ainda mais ao perceber que Merle fazia o mesmo com Maggie.

— entra no carro, Glenn. Nós vamos dar uma volta. – ele grita, destravando a arma. Seus olhos se encontram com os meus, e notou o aperto em meu pescoço. — cara, pega leve, é minha cunhada. Meu irmão me mata se ela ficar marcada.

[...]

Já perdi a noção de quanto tempo estamos aqui. Homens no qual eu não faço ideia de quem seja me colocaram nesta sala, que aparentemente é o local de tortura. Não vejo Merle desde que nos tiraram daquele carro. Talvez não tenha encontrado coragem lara enfrentar meus olhos pela covardia que cometeu.

Ouvia o Glenn sendo espancado na sala ao lado, ouvia Merle o batendo. Confesso, aquilo me deixava furiosa com aquele babaca. Depois de um tempo, o silêncio pairou, o que me preocupou. Se Merle não está mais o batendo e Glenn está em silêncio, ou ele desmaiou, ou o Merle saiu da sala, ou o Glenn está morto.

Logo depois, eu posso escutar uma porta sendo aberta. Não era a minha, não era a do Glenn, era a da Maggie. Meu coração aperta, me perguntando o que aconteceria com a minha garota. Consigo ouvir Glenn lutando contra um zumbi, ouço os grunidos do podre, ouço o grito esbravejado do meu melhor amigo, ele matou o zumbi. Depois de um longo tempo, a minha porta é aberta.

Vejo um homem alto, branco e cabelos escuros, Merle está logo atrás dele, me olha desconfiado. Sinto o ar pesar diante a entrada daquele homem, minha pele arrepiar de uma maneira ruim. Um mau pressentimento.

— você é um babaca, Merle – esbravejo, ele desvia o olhar e o homem sorri.

— Merle só obedece ordens, loirinha. – sua voz carrega malícia

Estou de pé, ao lado da cadeira que antes eu sentava. O homem se aproxima de mim ainda sorrindo, aquilo me causava náuseas. Meus passos vão se afastando cada vez em que ele se aproximava.

— a patricinha vai me dizer onde estão os outros, ou eu terei de fazer o mesmo que fiz com a fazendeira? ‐ pergunta, meu corpo arrepia.

— o que fez com ela, seu verme? – indago, a voz se alterando.

Ele ainda sorri, parou a alguns metros de mim e balança os ombros.

— me diga onde fica essa sua casa, ou você irá mesmo descobrir o que aconteceu.

— prefiro a morte.

Seu sorriso some. Ele dá passos largos até mim, seus olhos transbordavam ódio, seu rosto estava sério e eu nem me movi. Foi como se estivessem me congelado ali, em sua frente.

— Philip, ela não. – Merle ordenou, a voz firme e grossa.

O homem se vira gentilmente para meu cunhado e dá um sorriso asqueroso.

— acho que nenhum dos dois entendeu o quanto eu mando aqui, não é? Ficará ai, Merle, tendo o prazer de nos assistir.

Merle é segurado por dois de seus capangas. Ele se debate, mas é em vão. O homem se vira para mim outra vez e se aproxima em passos pequenos, eu permaneço imóvel. Transpiro o medo, pavor, a angústia por saber o que irá acontecer aqui.

— tire a camisa – ele ordena. Não o respondo e ele se irrita — TIRA A CAMISA, AGORA.

estremesso e dou um passo para trás, tirando minha camiseta. A jogo sobre a mesa, seus olhos encaram meus seios e ele sorri abertamente. Merle continua se debatendo, tentava se soltar. A sensação de ter mais alguém encarando minha pele exposta me causa pânico.

— agora o sutiã – junto as sobrancelhas — o sutiã, ou eu volto a espancar o asiático.

Respiro fundo, tentando não surtar. Tiro o sutiã, deixando meus seios a mostra. Ele se aproxima ainda mais e toca um deles, fazendo eu sentir nojo de mim mesma. Aperto os olhos, pedindo para que aquilo acabasse logo. Ele me puxa pels cintura e segura meus pulsos atrás das costas, jogando meu corpo contra s mesa gelada.

— meu irmão vai matar você – rosno entre dentes, segurando o choro enquanto ele sorri asquerosamente.

— talvez – se aproxima do meu ouvido — mas eu já terei te tocado.

Sinto ele abaixar minha calça, e naquele momento, a lágrima cai. Tento me soltar, mas ele me acerta um tapa forte na bunda, fazendo o local arder. Meu coração dispara e a sensação do toque dele em minha pele é aterrorizante.

— solta ela, seu desgraçado. – ouço Merle.

Sinto ele abaixar minha calcinha, deixando tudo completamente exposto. Ele ainda não me tocou, mas é só questão de tempo até que aconteça. O choro se intensifica, tornando os soluços mais altos.

— sabe qual a parte mais engraçada em tudo isso, loirinha? –  sua mão encontrou minha intimidade. Meus olhos se apertam com força, aceitando a droga do meu destino. Morrer agora seria incrível, de verdade. — é que eu já sei a localização do seu lar, estou aqui por pura diversão.

Sinto ele me penetrar com o dedo, e naquele momento, um grito agonizante ecoou pela sala. Posso ouvir Glenn e Maggie gritando na sala ao lado, eles suplicam, mas nada para aquele homem. A dor de ter o coração estraçalhado novamente se alastrando.

— confesso, eu só admirei os peitos da sua amiguinha, mas você? Eu poderia deixar essa oportunidade passar — ele fala, sua mão passeando pelo meu corpo completamente nú.

Tiros ecoam lá fora, ele finalmente me solta e me joga no chão com toda a sua força,  fazendo-me bater as costas na cadeira e ralar um joelho.

— que merda é essa, Matias? – pergunta, pegando sua arma

— não faço ideia, chefe.

Uma bomba de fumaça invade o local, eu nem me dou o trabalho de me mover. Continuo no chão, chorando feito um bebê enquanto sinto a dor do impacto da queda. Outro grito de desespero, repleto de dor e sofrimentom

— Hannah – ouço chamarem, são Daryl e Rick

Engoli o choro, limpando a lágrima que percorria meu rosto.

— Rick! – chamo, o mais alto que consegui.

Não demora muito, sinto mãos delicadas tocarem meu braço e me puxar pela mão, mas eu nem me movo.

— Hannah, temos que ir – era  Maggie

Fungo em um suspiro aliviado. Tive medo de que Daryl viesse até mim. Eu não saberia como reagir.

— estou sem calça – sussurrei, quase que inaudível.

Ela não diz nada, só passa a mão pela minha perna, até encontrar a barra da calça e me ajuda a puxá-la para cima. Maggie segura minha mão com força, sem intenção alguma de soltá-la.

— vem, vamos para casa.

Ela me puxa pelos corredores, até esbarrarmos em alguém. Por conta da fumaça, não dá para saber quem é, mas sabemos que é do nosso grupo. Os gritos se misturando aos disparos das armas de fogo me assustava.

— peguei ela, vamos sair, agora. – ela grita, ainda me puxando.

Já não choro mais, mas ainda estou tremendo e com muita dor onde bati. Ainda estou sem camisa e com os seios a mostra, mas os cubro com um de meus braços. Varamos fora do galpão, agora estamos nas ruas, o que faz com que alguns percebam o meu estado. Os olhos de Oscar se desviam no instante e que me enxerga.

— Rick. – Glenn chamou, quase que em desespero. Seus olhos carregavam culpa.

Ele se vira, batendo os olhos em mim. Posso ver o ódio, tristeza e pena misturados em seu olhar. Daryl faz menção de se virar, mas minha irmã o distrai. Rick fica para trás e desabotoa a camisa, tira e me entrega, ficando apenas com uma regata por baixo. Ele me ajuda a vestir, o que é difícil, já que estamos correndo.

Visto a camisa e ele me puxa pela mão, me mantendo ao seu lado. Daryl nos manda entrar em uma das casas e obedecemos, para despistar os que nos seguiam.

Me escoro em um barril, segurando o choro e tentando controlar a respiração. Os pés batucavam contra o piso de madeira com uma frequência absurda. Eu estava na beira do abismo.

— Daryl, tem uma coisa que você precisa saber – Glenn diz, sua voz é ofegante — Merle está aqui, ele fez isso comigo.

— Merle está aqui?  então ele é o tal do governador?

— não, ele não. Mas trabalha para ele, é o braço direito.

Não ouço muita coisa, estou concentrada em controlar o ataque de pânico que está prestes a me acontecer.

— oi, Bebel – Lara sussurrou, se aproximando. Parece tão preocupada. — que tal a gente contar até dez, em? – me puxa para seua braços

Um ... dois ... três ... quatro .......

— Hannah, está se sentindo bem? – ouço Daryl perguntar — o que aconteceu com ela?

Minha respiração descompensa e as mãos tremem. Sinto a enorme vontade de vomitar e um calafrio percorrer minha espinha. Aperto a mão de Lara com mais força e ela me olha espantada. Os sintomas se alastrando feito praga em meu sistema, assim como a preocupação no rosto de minha irmã.

— temos que ir, Hannah está tendo um ataque de pânico.

O grupo se agita. Nos preparamos para sair. Rick ajuda o Glenn a correr, enquanto Daryl cuida das nossas costas, os prisioneiros estão mais a frente e Lara e Maggie me puxam. Depois disso, eu não me recordo de muito, apenas da situação sair do meu controle e o desmaio chegar. O desmaio veio, e com ele, a paz.

























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001: espero, de verdade, que entendam que eu não romantizo nenhum  trauma nesta fanfic. Meninas, e meninos também, se sofrem este inferno, denunciem o abusador. Estamos juntas nessa. Eu consegui, sei que também conseguem.

002: escrever esse capítulo não foi fácil. Eu tirei metade dos acontecimentos por achar pesado demais, mas infelizmente era algo que já estava no roteiro.

003: a Malu ama vocês.

Beijos da Malu!💋

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